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- O contributo da intervenção socioeducativa para o desenvolvimento de competências pessoais/profissionaisPublication . Castro, Marília; Ribeiro, Maria do CéuConfrontados com uma realidade cada vez mais complexa na senda do presente contexto sociocomunitário, a reconfiguração da intervenção socioeducativa apresenta-se como uma imperativa necessidade. Ao educador social é solicitada a construção de respostas consistentes e eficazes às atuais necessidades estruturantes e evolutivas da comunidade. Assiste-se a um permanente trabalho, mutável e de uma inconstância premente de metodologias de trabalho, de cooperação interdisciplinar e interinstitucional. O profissional social atual deve possuir um perfil pessoal e profissional assente no rigor, na autonomia, em valores de cidadania, capaz de encetar diálogos construtivos e respeitosos para com os demais, alcançando um enriquecimento pessoal, sociocultural e educativo. A educabilidade e a capacitação orientada para o desenvolvimento de competências, numa triangulação educativa que se propõe dinâmica, flexível e sistemática, tem na profissão social um enfoque técnico e interventivo de uma responsabilidade promotora de renovação e de transformação pessoal e coletiva, assumindo este profissional um papel que há muito ultrapassou os designados contextos sociais desfavorecidos e de risco. A formação pedagógica surge aliada a uma atenta e sensível perceção social e coloca ao futuro profissional esta multiplicidade de desafios e dificuldades. Na senda da necessidade de dar resposta a estes desafios surge a seguinte questão-problema: Qual o contributo da intervenção socioeducativa para o desenvolvimento de competências pessoais/profissionais? Procurando orientar esta resposta delineamos os seguintes objetivos: i) identificar desafios e constrangimentos vivenciados em intervenção socioeducativa, e ii) analisar o contributo da sua intervenção para o desenvolvimento de competências pessoais/profissionais. Como instrumento de recolha de dados recorremos ao inquérito por questionário, criado na plataforma Google Forms, aplicado online, a alunos da licenciatura em Educação Social de uma instituição de ensino superior (amostra probabilística). As conclusões preliminares deste estudo destacam as relações interpessoais, a autonomia, a responsabilidade, o desenvolvimento do saber ser e saber estar e a capacidade de escuta, como as competências que consideram ter desenvolvido. Referem, ainda, que a intervenção socioeducativa, estágio, é uma componente que muito valorizam no seu percurso académico, bem como o seu contributo para a sua formação como educadores sociais.
- Da memória patrimonial às tradições regionais: a não formalidade educativa e o educador de museuPublication . Castro, Marília; Ribeiro, Maria do CéuAs preocupações educativas em contexto museológico devendo assumir-se como uma prática discursiva corrente encerra potenciais comunicativos muito enriquecedores para o processo de construção cultural e artística de todo o indivíduo. Têm sido preocupações assumidas pela própria legislação em vigor que relativamente às instituições museus, as proposições educativas não formais e a inclusão sociocultural têm de estar presentes nas suas preocupações, como instituição de interesse público que se considera. Este espaço é responsável pela preservação e conservação do património que integra o seu espólio, mas igualmente pelo estudo, análise e investigação, logo produtor de saber, para além da comunicação e estruturação de um pensamento reflexivo e crítico. Uma atitude que ultrapassa a responsabilidade pelo património material mas também pelo património imaterial. A atitude consciente e refletida por parte do educador de museu permite-lhe ser um profissional responsável e atento dessas potencialidades na divulgação dos valores patrimonais nacionais e regionais, de memória e de tradição, isto é, mediador de conhecimento. O recurso às aprendizagens nas várias expressões artísticas transportam os envolvidos para as suas vivências, tornam-se meios facilitadores de superação, numa construção de identidade humana e criativa. Nessa dinâmica construtora são apreendidos conteúdos, condutas, saberes num diálogo consistente entre as instituições educativas e formativas. Num cruzamento entre perceções e interações que ultrapassa todos os espaços delimitados tradicionalmente, o projeto dos contextos museológicos permitem transpor os seus espaços e “visitar” novos palcos numa estratégia de aprendizagem ativamente (re)construída. As representações socioculturais e estético-artísticas assumem-se como parte de um imaginário criativo, inovador e simultaneamente perene para todos os envolvidos. Não sendo pioneiro, o trabalho estruturado e implementado pela educadora do Museu Etnográfico pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Bragança, reconhecidamente de mérito desafiou-nos ao presente estudo avaliativo. As atividades planificadas sob temáticas variadas (dos festevos carnavalescos às atividades artesanais, da primavera às datas mais comemorativas) foram implementadas com variados públicos utentes da instituição (crianças do pré-escolar, 1.ºCEB, utentes do Centro de Educação Especial e da Estrutura Residencial de Pessoas Idosas), pretendiam divulgar o património local junto destes públicos e perceber que importância lhe atribuem. Em termos Trata-se de um estudo qualitativo de natureza descritiva e interpretativa, que utilizou grelhas registo de recolha de dados, preenchidas pelos investigadores, no final de cada atividade, por auscultação direta aos públicos presentes. Da análise dos dados recolhidos conclui-se que os sujeitos reconheceram a importância dos momentos de partilha proporcionados pelas atividades que se reportavam às atividades tradicionais, aquisição de novos conhecimentos, interiorização de valores normativos, ultrapassar de receios pelos costumes desconhecidos. Dessa análise destaca-se a importância que os públicos mais velhos atribuíram a estes momentos, referindo que os viam como passagem de testemunho aos públicos mais novos.
- Lista das Mesas Administrativas da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Bragança de 1900 à presente vigência (2016-2019)Publication . Castro, MaríliaNa monografia da Santa Casa da Misericórdia de Bragança, repetidamente já mencionada como uma obra incontornável para a história desta Irmandade, Pe. José de Castro elencou o nome de todos os provedores e presidentes de Comissões Administrativas, a que a documentação alude, até ao ano económico de 1947-1948 – data da publicação da sua obra. Volvidos setenta anos, a Santa Casa de Bragança conta no amago dos seus corpos gerentes com distintas coadjuvações, que refletem não só as alterações estatutárias do seu Compromisso ao longo do século XX, bem como, as necessidades de uma Instituição em contínuo crescendo ao nível das diversas respostas que, atualmente neste novo milénio engloba. Por tal, a estruturação de uma listagem mais pormenorizada dos seus corpos gerentes (Mesas Administrativas e Comissões Administrativas) apresentou-se como de imensa pertinência para a história da Santa Casa e também para a história da cidade de Bragança. Por tal motivo, no rol agora apresentado englobaram-se para além dos nomes dos provedores e presidentes, desde o início do século XX, a menção dos restantes membros das Mesas e Comissões (e quando possível indicando as distribuições de responsabilidade pelos pelouros existentes) até à presente vigência.
- Santa e Real Casa da Misericórdia de BragançaPublication . Castro, MaríliaObra de grandiosa amplitude se revelou a instituição das irmandades da misericórdia em território português… Pela leitura dos subsistentes documentos regulamentares, conhecemos a sua intenção primeira e mais genuína: consolidar-se como um elo de assistência que a população mais necessitada tanto carecia. As Irmandades de Nossa Senhora da Misericórdia tentaram responder sempre a este apelo. Os textos dos seus Compromissos, sendo reflexo de tal, foram integrando as alterações regulamentares que se apresentaram pertinentes com as mudanças da sua contextualidade histórica. Se entre as iniciais centúrias os documentos estatutários das Irmandades de Misericórdia mantiveram indescritível “permanência” – o Compromisso de Lisboa de 1516 perdurou em vigência até 1618, e entre este segundo documento e os seguintes, cerca de duzentos anos passaram. Pelas incursões estatutárias do monografista da Santa Casa de Bragança, Padre José de Castro, esta terá sido a sua realidade1.
- Encargos e funções religiosas da Misericórdia de BragançaPublication . Castro, MaríliaO monografista da Irmandade brigantina dedicou na sua obra um capítulo à igreja privativa (capítulo III) tecendo nele, todas as considerações e descrições da igreja, capela do Senhor dos Passos, altares devocionais, sacristia, coro alto, alfaias e paramentaria que lhe foram possíveis. Ficamos através delas a conhecer a dimensão de uma igreja que aumentou arquitetonicamente, algumas reformas que a Irmandade teve disponibilidade económica em empreender, e em cujas palavras se depreende a existência, então, de um património que o decurso dos tempos e dos corpos gerentes não foi capaz de preservar.
- Viver, celebrar, morrer…Publication . Castro, MaríliaAs “práticas do bem-fazer”, de que se destaca o socorro aos desvalidos, integraram aquela que foi, com certeza, a mais empolgante missão da Misericórdia. Mas houve outras manifestações promovidas, animadas e tuteladas pela associação confraternal (ou em colaboração com outros parceiros), em que as gentes da coletividade se envolveram e participaram com devoção e emoção. Trata-se de serviços religiosos, de festividades marcantes e de rituais ligados a momentos fulcrais do calendário litúrgico, da vida da Misericórdia e da vida dos crentes. Foram iniciativas que se impuseram, sobretudo, pela sua componente religiosa (sagrada) – graças a encenações realizadas e à arte de criar emoção e fascínio… – e que marcaram as existências dos que aqui viveram as vidas que lhes deram para viver.
- A cidade de Bragança e algumas das suas festividades religiosasPublication . Castro, Marília; Líbano, PatríciaA religião católica abrange na liturgia solene a música sacra, tendo-se esta apresentado, desde sempre para a Cristandade, como um elemento estruturante e identitário do culto divino. Desde São Gregório Magno (séc. VI/VII) que se reflete sobre a forma como a música deve intervir no culto. Estas reflexões assumiram percurso histórico e, já no século XX tiveram continuidade em Cartas Encíclicas e Atas Conciliares. Apesar de não subsistirem grandes evidências dos instrumentos que integrariam as solenidades religiosas, a documentação arquivística, remete-nos para a sonoridade do órgão, da harpa, do baixão e da trombeta e de coros. Nas solenidades processionais a partir de Novecentos, o acompanhamento musical de cânticos religiosos era feito por bandas regimentais e/ou civis. Entre as partituras do Fundo de Música Escrita do Arquivo Distrital de Bragança encontra-se um reportório de música religiosa, que terá sido interpretado pelas formações musicais brigantinas, em contexto de festividades religiosas: celebrações em honra de Nossa Senhora das Graças, como responsabilidade da edilidade camarária, e encargos religiosos da Santa Casa da Misericórdia. Nestas solenidades, a participação de coros e bandas de música tem sido uma constante. A aprendizagem musical na formação dos seminaristas apresentou-se, durante um vasto período, com exigência curricular. Entre os professores de música do Seminário de S. José de Bragança identificam-se os nomes dos presbíteros Firmino Alves de Oliveira, Francisco Cândido de Sousa, Theobaldus Wiskamp, Mário Augusto Moura dos Santos Brás, Eduardo José Gomes de Almeida e Octávio Augusto Sobrinho Alves.
- Educação não formal em Educação Social: contributos da supervisão socioeducativaPublication . Ribeiro, Maria do Céu; Castro, MaríliaA intencionalidade da ação do profissional de educação social coloca-o na área da educação não formal e imbuído de uma responsabilidade comunitária socioeducativa. A sua intervenção multidimensional no plano processual em que está enquadrado, arroga uma consciente responsabilidade ao contribuir para a formação dos indivíduos da comunidade com quem se propõe interagir. Entendida e percecionada nesta linha interpretativa, a não formalidade educativa assume-se como um importante instrumento nesse processo de desenvolvimento pessoal, social e comunitário. O educador social sendo responsável por esse acompanhamento socioeducativo, que deve levar a uma inserção social e ativa dos indivíduos, deve estar ciente da constante e permanente mudança da sociedade atual, bem como deve conhecer aprofundadamente os contextos de ação socioeducativa para delinear estratégias e ações interventivas que respondam às necessidades desses mesmos contextos. Este processo de aprendizagem, individual e coletiva, coloca nestes profissionais diversas responsabilidades éticas e deontológicas, nesse seu compromisso para com a sociedade, comunidades e instituições. Pela responsabilidade explicita e, porque a sua condição de estagiário o coloca no patamar do individuo em formação, a supervisão socioeducativa, levada a efeito pelo supervisor da instituição formadora e instituição de acolhimento, projetam esta responsabilidade numa tríade que orienta toda a sua ação para o desenvolvimento de competências do estagiário e dos indivíduos com os quais este desenvolve a sua ação socioeducativa. Pelo exposto quisemos conhecer as perceções dos estagiários sobre o trabalho dos supervisores e identificar competências que consideram importantes desenvolver, neste processo de formação em contexto. Este estudo realizou-se com 10 alunos do 3.º ano da licenciatura em educação social. Trata-se de um estudo qualitativo de natureza descritiva e interpretativa, que utilizou um questionário de questões abertas, para a recolha de dados. Para a análise dos dados recorremos à análise de conteúdo, tendo como base as seguintes categorias: i) conceções de supervisão socioeducativa; ii) processo de supervisão socioeducativa e; iii) competências a desenvolver pelo estagiário. Os resultados obtidos mostraram que os estagiários destacam o impacto dos princípios de promoção da autonomia e da capacidade de refletir sobre as situações socioeducativas como aspetos importantes no desenvolvimento de competências como futuros educadores sociais. Apesar das dificuldades inerentes ao momento pandémico que vivenciamos estes destacam, no processo de orientação atividade socioeducativa, princípios, atitudes, inter-relação, cooperação, colaboração e apoio, considerando que estes são elementos que suportam a orientação e supervisão que têm vivenciado e que caraterizam como próxima e disponível. Em suma, preconizam uma conceção de supervisão socieducativa de caráter reflexivo valorizando, nesse processo, princípios de cooperação, colaboração, apoio, disponibilidade, proximidade e autonomia entre todos os intervenientes.
- Da herança cultural à herança patrimonial: uma responsabilidade (re)conhecida?Publication . Castro, Marília; Ribeiro, Maria do CéuTodo o indivíduo deve ser sensivelmente orientado e integrado na sua heran ça cultural, num caminho processual a ser construído desde a infância. Contactar com o património cultural e artístico deve contribuir para um desejado sentido edificador de uma herança identitária coletiva. Acresce aos futuros professores uma responsabilidade nesse papel contributivo.
- Identidade(s) europeia(s) e diversidade(s) cultural(is): perceções dos estudantesPublication . Ribeiro, Maria do Céu; Castro, MaríliaReiteradamente se tem afirmado a premência do desenvolvimento de uma consciência social e cultural de todos os atuais atores para uma identidade sociocultural global, multilingue, mas respeitadora das diversidades culturais. Igualmente, se tem refletido sobre a atualização de conceitos, critérios e paradigmas culturais, bem como sobre a importância de uma atitude estimuladora de uma permanente inclusão, esperando que as comunidades e instituições acolhedoras criem respostas para os obstáculos e dificuldades emergentes. Assumindo cumulativamente a cultura como o conjunto de valores, crenças, tradições e convicções de uma comunidade e, em simultâneo, tendo presente que se trata de um conceito em constante mudança (através do tempo e/ou através dos diferentes contextos) numa relação recíproca, dinâmica, de interação numa atitude de respeito para com o outro em que a comunicação se perspetiva como chave para a construção de uma cidadania ativa e intercultural – “La esencia de un verdadero enfoque intercultural es la consciencia de esta diversidade, que reconoce su origen natural o su origen de elegir (…) como una definición necessária de nosotros en el mundo” (Odina, 2009, p. 92). Partilhar, participar, transmitir são alguns dos verbos presentes neste processo/contacto, ultrapassando sentimentos de “não-pertença”. Nesta premência da construção de pontes entre os povos, numa atitude de cooperação e solidariedade, protege-se e promove-se a diversidade das expressões culturais e valorizam-se intercâmbios, numa postura de liberdade de expressão, aceitação do multilinguismo, acesso às expressões artísticas, conhecimento científico e tecnológico, tal como se encontra plasmado na Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, datada de 2001. Cientes da transformação cultural resultante dos atuais movimentos de globalização em que num desvanecer de fronteiras se tenta gerir conflitos e diferenças pelo diálogo, acoplamos também um enriquecimento e mudança contínua num claro reconhecimento desta realidade intercultural que nos cerca.