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SDB - Livros

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  • Vozes do berço: memórias de uma vivência
    Publication . Lopes, Ana Suzete (Ed.); Lema, Filipe (Ed.); Costa, Jacinta Casimiro da (Ed.)
    A antologia de poesia de alunos do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) nasceu de uma vontade de unir e promover a li- teratura no seio da comunidade estudantil do Instituto, e de um sonho pessoal, que possa contribuir para uma sociedade mais consciente, inclusiva e próxima da leitura. Somos alunos do IPB, de países e continentes diferentes, e falantes da língua portuguesa, inglesa, crioula e espanhola, mas foi a escrita que nos uniu neste projeto. Conseguimos escritos de estudantes de Angola, São Tomé e Príncipe, Portugal, Brasil, Guiné-Bissau, Índia, Cabo Verde, Espanha e Paraguai. Li algures que devemos amar a vida e os bons amigos, pois a vida é curta e os bons amigos estão em vias de extinção. Em Bra- gança, tem-se dito que os amigos são para sempre. Aqui também o aluno vai e as suas obras ficam. Nós, os autores deste livro, criamos a nossa oportunidade, fomos atrás dela e demos vida ao primeiro volume da antologia de alunos deste Instituto, ao qual atribuímos o título de “Vozes do Berço – memórias de uma vivência”, onde, com um desejo de alegria e muita satisfação, vos apresentamos a nossa escrita. Como mentor, promotor e coordenador deste projeto, de- safio a que me propus, desafiei os autores e aqueles que não puderam participar neste 1o volume do projeto, o qual agradeço profundamente por terem aceitado o desafio. Acho que a minha loucura combinou perfeitamente com a de todos vós (poetisas e poetas) desta edição.
  • D. Carlos: atirador de caça
    Publication . Oliveira, Águedo de
    Vão passados quase três lustros após a leitura pública do testamento do Doutor Artur Aguedo de Oliveira sem que os preceitos nele consignados tenham encontrado resposta que dê satisfação possível às últimas vontades do generoso espírito que presidiu à sua redacção a favor dos transmontanos do distrito de Bragança, sediando na cidade deste nome a Fundação OS NOSSOS LIVROS e em Macedo de Cavaleiros o que deveria ser o Infantário "Dona Júlia Águeda de Oliveira", preito filial cm memória de sua Mãe. Não é de estranhar que depois de morto se faça letra morta daquilo que representa a vontade expressa num testamento cerrado como este a que nos referimos. E assim também não é de estranhar que se registem faltas no cumprimento das últimas intenções testamentadas pelo Doutor Artur Águeda de Oliveira, porquanto mesmo em vida, teve certamente o desgosto de ver que aduladores de tempos idos lhe negavam colaboração para a publicação de um livro, como se consegue perceber através da seguinte troca de correspondência.
  • A terra de duas línguas: antologia de autores transmontanos
    Publication . Rodrigues, Ernesto; Ferreira, Amadeu
    Solo difícil, condições económicas e socioculturais adversas, batalha esgotante pela sobrevivência, abandono e desertificação: este panorama é ainda de hoje e cria uma relação especial com a literatura. Mas, onde quer que estejamos, trazemos connosco as raízes. Faz-se cada um embaixador do reino. A memória é a maior riqueza deste chão. As formas de produção, cumuladas em comunitarismo agro-pastoril ou em expressões de vida marcada por rituais de trabalho longa e rimaticamente descritos no Cancioneiro Popular Transmontano e Alto-Duriense (1966), de Guilherme Felgueiras, seduzem os melhores folcloristas, etnógrafos e musicólogos, dentro e fora da região e do país. Houvera acenos antropológicos ante litteram: Manuel Severim de Faria (1583-1665) jornadeara até Miranda do Douro e sua língua, que primeiramente noticiou; mais incisivo é Frei Luís de Sousa, na Vida de D. Frei Bertolameu dos Mártires (1619), descrevendo o Barroso como «um sítio tão intratável de serras e penedias, quasi sempre cubertas de neve, de picos que se vão às nuvens, de brenhas temerosas, de vales profundíssimos e passos perigosos, que mais parecem morada de feras e selvagens que de homens capazes de razão e juízo». O tom recresce, e mais quando depara com aquela «pobre gente», desamparada: «Podemos bem dizer que não havia cristandade mais que no nome.» Recebem- no, porém, com alegria e cantigas, «entre as voltas e saltos dos bailes» (1984, p. 334-335). Dentro do lapso temporal do Arcebispo (1514-1590) viveu o poeta da Castro, António Ferreira (1528-1569), casado em segundas núpcias com D. Maria Leite, de Lamas de Orelhão (Mirandela), que decerto visitou, inspirando-lhe “História de Santa Comba dos Valles”: «Conta-se que reinava um grão rei mouro / Entre Tâmega e Tua, e que ocupava / / Toda a terra de Lamas, rico de ouro». O poema, que não é longo, encerra com o «som de Tua» rimando com Lua. Merecia reedição cuidada.