ESSa - Posters em Encontros Científicos Nacionais
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- Acidente vascular cerebral no serviço de urgência da unidade hospitalar de Bragança durante o ano de 2010. Caracterização clínica e sociodemográfica dos casos, e destino dos pacientes nas primeiras 24 horasPublication . Ferreira, Vera; Delgado, Sílvia; Preto, Leonel; Barreira, Ilda; Alves, SandrinaUm estudo recente aponta as regiões rurais do norte de Portugal como sendo aquelas onde a incidência do AVC é das mais elevadas (Correia., et al., 2004). O mesmo estudo refere uma taxa de letalidade aos 28 dias de 16,9% na área rural contra 14,6% na área urbana. Foi um dos objectivos conhecer aspectos clínicos e sociodemográficos presentes na população com doença cerebrovascular (AVC isquémico, AVC hemorrágico e AIT) que recorreu ao serviço de urgência da unidade hospitalar de Bragança durante o período em análise. Estudo descritivo, transversal, com carácter retrospectivo. Analisou 12 meses de implementação do protocolo da Via Verde do AVC (ano de 2010). Recorremos a registos electrónicos para recolha de dados com posterior tratamento estatístico dos mesmos.Foram admitidos no Serviço de Urgência da Unidade de Bragança do Centro Hospitalar do Nordeste 213 doentes com o diagnóstico confirmado de AVC durante o ano de 2010. O AVC isquémico foi o mais predominante com 57,7% (n= 123); seguido do AIT com 25,4% (n= 54) e do AVC hemorrágico com 16,9% (n= 36). Para o total da amostra em estudo houve maior incidência da patologia no sexo masculino; já que 58% dos doentes eram homens. O sexo masculino foi o predominante, quer no AVC isquémico; quer no hemorrágico, quer no AIT. Constatámos que os pacientes apresentavam uma idade média bastante elevada; a rondar os 80 anos, para o total da amostra estudada. O doente mais novo apresentava 39 anos de idade e o mais velho 99 anos. Não observamos variação significativa da variável idade, segundo os vários tipos de AVCs (Tabela 2). Dos 213 doentes participantes no estudo, a maioria (76,1%) era de proveniência rural. Das variáveis clínicas, salientamos a Diabetes Mellitus, presente como antecedente patológico em 24,4% dos doentes da amostra; a HTA presente em 63,8% dos doentes, e a Fibrilhação Auricular prevalente em 17,4% dos casos. Obtivemos uma taxa de mortalidade nas primeiras 24 hora de 5,6% para o total da amostra. A maioria dos pacientes seguiu para serviços de Medicina (n= 131), e para a Unidade de AVC (N= 35).
- Acidentes com crianças: perceção de paisPublication . Antão, Celeste; Mata, Maria Augusta; Sousa, FilomenaOs acidentes infantis constituem uma importante causa de morbilidade e mortalidade. O relatório de avaliação de segurança infantil de 2012, reconhece que Portugal tem feito um trabalho razoável no que se refere à segurança infantil. No entanto, considera que ainda há muito a fazer para prevenir outros tipos de lesões que ocorrem em casa e no seu meio envolvente. Consciente desta realidade a DGS (2012) recomenda que em todas as consultas previstas no esquema de vigilância infantil da criança e adolescente seja abordado o tema da segurança infantil e os riscos associados ao seu crescimento e desenvolvimento. Avaliar a perceção dos pais sobre o risco de acidentes da criança numa escola privada. Avaliar a Prevalência de ocorrência de acidentes. Estudo quantitativo, descritivo e transversal. Foi distribuído um questionário num colégio privado do distrito de Bragança no ano letivo 2012/2013 a todos os pais de crianças da creche/infantário/1º ciclo e colaboradores. Participaram nesta investigação 140 indivíduos na condição de utilizadores, colaboradores e ambas. Trata-se de uma amostra maioritariamente feminina (72%), com idade mínima de 26 e máxima de 50 anos. Quanto à escolaridade há um predomínio de curso superior com 58% dos inquiridos. A sua perceção quanto ao local onde as crianças estão mais expostas ao risco é os espaços abertos. As quedas, o atropelamento e as queimaduras são os riscos mais referidos pelos inquiridos respetivamente com120, 40, 22 respostas. Verificou-se a ocorrência de acidentes em 85, crianças sendo os membros a zona mais atingida seguida da cabeça e face. Os resultados encontrados vão de encontro a estudos de Criança segura (2010) onde as preocupações dos pais são bastantes semelhantes relativamente aos riscos e aos locais onde ocorrem mais acidentes. De salientar contudo, que em função do desenvolvimento psicomotor os autores são unânimes em considerar que no primeiro ano de vida, eles são mais frequentes dentro de casa. Um acidente evitado nunca aparece na imprensa, não é visível, mas é ele que tem o melhor prognóstico (Olcina, 2010). Nesta perspetiva, corroboramos com o que é defendido no relatório de avaliação de segurança infantil 2012 sobre Portugal, quando expressa que o investimento estratégico na prevenção de lesões nas crianças e jovens garantirá uma abordagem coordenada e bem fundamentada com vista à proteção do bem mais precioso do país – as suas crianças e adolescentes.
- Adesão à dieta em idosos em diálisePublication . Anes, Eugénia; Mata, Maria Augusta; Pimentel, Maria HelenaO envelhecimento populacional constitui um dos determinantes que justificam o aumento do número de doentes em dialise (Kusumoto, Marques, Haas & Rodrigues; 2008).A insuficiência renal crónica emerge atualmente como uma epidemia em crescimento (Madeiro, Mechado, Bonfim, Braqueais & Lima; 2010). As limitações e complicações são de vária ordem. A adesão terapêutica constitui um determinante primário da efetividade do tratamento (Cramar, 1998; WHO, 2002). A repercussão positiva da adesão sobre o estado de saúde nos doentes em diálise inclui ganhos diretos relacionados com o menor uso dos serviços de saúde, menores gastos e ganhos indiretos relacionados com a melhor preservação da qualidade de vida em geral. O regime alimentar exige fortes restrições, implicando o seu incumprimento, nefastas implicações ao nível do estado de saúde do doente renal. Nesta investigação pretendemos avaliar o nível de adesão à dieta dos idosos em hemodiálise e verificar a sua relação com as variáveis sociodemográficas e clínicas. É um estudo não experimental, transversal e analítico. Desenvolvido numa amostra de 150 doentes em hemodiálise em cinco serviços de diálise do Norte de Portugal. A colheita de dados decorreu em 2007. O instrumento de colheita de dados utilizado para caracterização da população foi o RAAQ (Renal Adherence Attitudes Questionnaire), ao qual foram associadas questões sociodemográficas e clínicas. A amostra é constituída por 150 participantes, é maioritariamente masculina (58%), com idades compreendidas entre os 65 e os 88 anos. A grande maioria são viúvos (60%), com um nível de instrução e rendimentos muito baixos, com 39% de analfabetos e 32 de doentes com rendimentos abaixo de 250 euros. O tempo de tratamento varia entre seis meses e 20 anos. Cerca de 65% dos doentes afirma ser portador de outras doenças, sendo a diabetes a mais referida (49%). Todos os inquiridos referem complicações da doença. Foram encontradas diferenças entre os escores médios de adesão em relação à idade, ao tempo em diálise, doenças associadas e complicações com significância estatística em todas as dimensões do RAAQ.O doente idoso apresenta níveis de adesão superiores, quando comparado com a população geral em diálise (Anes, 2011).
- Adesão terapêutica nos idosos do concelho de Macedo de CavaleirosPublication . Marcos, Alípio Augusto; Fernandes, Adília; Magalhães, Carlos PiresNa atualidade os países desenvolvidos enfrentam grandes desafios relacionados com o envelhecimento demográfico. O aumento da esperança média de vida e o elevado número de doenças crónicas implicam uma necessidade tendencialmente crescente de recursos, sendo necessário identificar problemas, fazer opções e definir estratégias. Para Gordon, Smith, e Dhillon (2007), o aumento da idade está associado ao aumento de doenças crónicas e degenerativas. É comum os idosos apresentarem vários problemas de saúde referentes a vários órgãos ou sistemas em simultâneo, o que obriga à toma de múltiplos medicamentos. Existem estudos que comprovam a associação positiva entre a idade e o uso de medicamentos como consequência dos problemas crónicos de saúde dos idosos que fazem deles grandes consumidores de medicação e tratamentos. A avaliação da adesão à terapêutica nos idosos é um elemento indispensável para uma gestão adequada de recursos, promovendo a qualidade da saúde.
- Adolescentes: autoimagem e nivel social e económicoPublication . Ribeiro, Maria Isabel; Correia, Teresa I.G.; Martins, MatildeSão vários os fatores que podem influenciar o processo de formação da imagem corporal entre eles, o género, a idade, nível social e económico. Este estudo tem como objetivo analisar as relações entre o nível social e económico e a autoperceção da imagem corporal em adolescentes. Métodos: Investigação de natureza transversal. Após solicitada a autorização de participação aos responsáveis pelos adolescentes, foram distribuídos, no ano letivo 2010/2011, em contexto de sala de aula, 320 questionários a estudantes, com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos, que frequentavam o 2º ciclo de escolaridade de uma Escola localizada no Concelho de Vila Nova de Gaia, Porto. Para avaliar a perceção da autoimagem corporal utilizou-se a Escala de Silhuetas proposta por Tiggemann & Wilson-Barret (1998). O nível social e económico foi determinado através da Classificação Social Internacional estabelecida por Graffar. Dos adolescentes que participaram nesta investigação, 77 eram do género feminino. Uma parte significativa dos adolescentes apresentou sobrepeso (24,2%) ou obesidade (18,3%). Os resultados permitiram verificar que a imagem corporal esteve associada ao género (Χ2= 54,121; p= 0,046 <0,05), ao Índice de Massa Corporal (Χ2=48,291; p=0,000 <0,05) e ao nível social e económico (Χ2=6,273; p=0,043 <0,05) Por um lado, foram os adolescentes do género feminino que apresentaram, em maior número, insatisfação corporal por excesso de peso ou obesidade. Por outro lado, observou-se que os adolescentes de nível social e económico mais elevado apresentaram maior satisfação com a sua imagem corporal e menor Índice de Massa Corporal em comparação com os adolescentes de nível social e económico mais baixo.As condições sociais e económicas em que os adolescentes estão integrados influenciam a sua autoimagem. Neste sentido, destaca-se o papel da escola e da família na educação destes jovens, acompanhando-os e ajudando-os na compreensão e gestão das suas emoções.
- Adolescentes: perceção da auto-imagemPublication . Sousa, Filomena; Mata, Maria Augusta; Antão, CelesteA imagem corporal é a ilustração que se tem acerca do tamanho, imagem ou forma do corpo e dos sentimentos relacionados com essas características,ou seja, é o “retrato mental” da própria aparência física (Almeida, G.an.; Loureiro, S.R. e Santos, J.E l., 2005). segundo Colli, C.; Palácios J.E.; MarcheI (1995.) esta já está estabelecida muito antes da adolescência. No entanto, o período da adolescência exige sucessivas reconstruções e reformulações da imagem do próprio corpo. O adolescente tem uma grande dificuldade em integrar todas essas alterações que ocorrem no seu corpo, sentindo que este não lhe pertence, sendo frequentes os sentimentos de estranheza do próprio "self". Porém, não é somente a imagem do físico, mas toda a representação de si mesmo, que se passa a constituir na adolescência. O corpo físico assume uma dimensão significativa na vida do adolescente; uma vez iniciadas as transformações corporais, o jovem passa a viver todo esse processo passivamente, sem poder interferir, o que determina intensa ansiedade e cria inúmeras fantasias, ocasionando situações ou momentos de afastamento ou isolamento social(Outeiral,1994)
- Aleitamento materno e obesidade em crianças pré-escolaresPublication . Correia, Teresa I.G.; Carvalho, Cristina; Dias, Tânia; Correia, Pedro Miguel Gomes PereiraO aleitamento materno é um processo, aparentemente fisiológico inerente à espécie humana mas que é condicionado por aspectos sociais, culturais e históricos. A prática da amamentação não é instintiva, implica aprendizagem por parte da mulher e protecção da sociedade. O aleitamento materno é um dos factores preponderantes na alimentação das crianças que permeiam a relação mãe-filho. A Organização Mundial de Saúde (OMS) na tentativa de uniformizar conceitos relativos à prática da amamentação, definiu diferentes categorias de aleitamento materno, das quais salientamos: Aleitamento materno: quando a criança recebe leite materno (directo da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos; Aleitamento materno exclusivo: quando a criança recebe somente leite materno, directo da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com excepção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. A OMS recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida e o aleitamento materno até aos dois anos ou mais. Objectivos: Investigar a relação do aleitamento materno na obesidade infantil. Metodologia: Estudo epidemiológico de corte transversal com 240 crianças entre os 2 e os 6 anos de idade residentes no Concelho de Bragança. A variável de exposição foi o aleitamento materno, sendo consideradas expostas as crianças que receberam aleitamento materno exclusivo durante um período de tempo inferior a 4 meses. Foi definido sobrepeso/obesidade como o Índice de Massa Corporal (IMC) para a idade igual ou superior ao percentil 85. Foram usadas como referência as curvas e as tabelas de percentis do IMC da Direcção Geral de Saúde para crianças de dois a vinte anos de idade, de acordo com o sexo e a idade. O processo de recolha de dados foi realizado por dois dos investigadores em colaboração com as Escolas durante os meses de Março e Maio de 2010. As informações recolhidas para a amostra da população geral foram analisadas com a metodologia estatística descritiva usual, após a sua informatização, recorrendo ao programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 18.0. Conclusões: Dentre as 240 crianças que participaram no estudo, 47,5% eram do sexo masculino. A média de idades correspondeu a 4,4 anos (dp ±0,882). As mães destas crianças tinham uma idade média de 34,87 anos (dp±5,14) Cerca de 43% das mães eram primíparas, com uma média de 1,8 filhos. A gravidez foi vigiada em 95,7% dos casos. A maioria destas mães teve parto eutócico (55%) com uma taxa de cesarianas de 41%. A percentagem de crianças que receberam aleitamento materno geral foi de 84,4% e destas cerca de 35% receberam-no em exclusivo. As crianças que foram alimentadas exclusivamente com leite materno apresentam uma prevalência de excesso de peso inferior à das crianças que não foram amamentadas exclusivamente (29,5% vs.39%). (OR=1,53). Os resultados deste estudo sugerem que o aleitamento materno tem um efeito protector contra a obesidade em crianças pré-escolares. Contudo, os dados da literatura ainda são controversos em relação a esta hipótese. O aleitamento materno poderá ser mais uma vantagem na prevenção da obesidade infantil, sendo um recurso prático e simples. No entanto a realização de mais estudos parece necessária para se confirmar a associação entre a amamentação e obesidade infantil que se for confirmado será uma mais-valia.
- Alerta ... AVC! O que sabemos?Publication . Magalhães, Carlos Pires; Fernandes, Adília; Antão, Celeste; Anes, EugéniaEste estudo procurou investigar qual o nível de conhecimento dos sinais e sintomas do acidente vascular cerebral. Optou-se por um estudo quantitativo, descritivo e transversal. Participaram 171 indivíduos. Os dados foram recolhidos em 2009, utilizando-se a técnica de amostragem não probabilística acidental. A maioria da amostra revelou desconhecimento dos três sinais de alerta primordiais na deteção precoce do acidente vascular cerebral.
- Alterções do sono na menopausaPublication . Macedo, Luísa Margarida Nunes; Costa, Elizama; Djassi, Lídia Genaba João; Azevedo, Ana; Correia, Teresa I.G.A menopausa pode ser definida como a última menstruação menstruação resultante do esgotamento do património folicular funcionante do ovário ovário e o climatério é considerado o período de transição entre o pleno potencial e a incapacidade reprodutiva, estando associada a um conjunto de sinais e sintomas tais como os sintomas vasomotores, alterações do humor e de sono. As alterações do sono na menopausa são então a problemática deste trabalho com o qual pretendemos identificar quais as alterações mais prevalentes.
- Análise das quedas que resultaram em fratura da extremidade proximal do fémurPublication . Preto, Leonel; Novo, André; Mendes, Eugénia; Barreira, Elisabete Maria GomesAs fraturas proximais do fémur apresentam uma elevada incidência em pessoas com mais de 65 anos. Embora nos países desenvolvidos o prognóstico tenha vindo a melhorar graças ao desenvolvimento dos cuidados de emergência pré-hospitalar e das técnicas cirúrgicas e anestésicas (Pedersen, et al., 2008), estas fraturas apresentam ainda taxas de mortalidade e morbilidade significativas em idosos. Epidemiologicamente a evidência científica realça que as fraturas do quadril, tendem a ocorrer mais frequentemente em idosos, sobretudo a partir dos 85 anos (Marks, Allegrante, MacKenzie, & Lane, 2002), e são mais comuns em mulheres (Cummings & Melton, 2002). Há um incremento da incidência de fraturas do fémur proximal com a idade, devido aos fatores intrínsecos aumentados, à funcionalidade diminuída (Bloch, et al., 2010) e à perda de densidade mineral e massa óssea associada ao envelhecimento (Wei., Hu., Wang., & Hwang, 2001). Acreditamos que a descrição das características da queda, por parte de quem caiu poderá melhora a nossa compreensão sobre a biomecânica deste processo. Do presente estudo consistiram em avaliar as circunstâncias em que ocorreram as quedas que resultaram em fratura da extremidade proximal do fémur, identificar fatores intrínsecos e ambientais presentes na queda, analisar o relato desse acontecimento por parte do doente, para assim entender a biomecânica da queda e avaliar a independência funcional para o desempenho de atividades de vida diária antes da queda, de forma retrospetiva, e seis meses após a alta hospitalar. Este estudo incluiu pacientes com mais de 65 anos internados entre Junho e Dezembro de 2011 no serviço de Ortotraumatologia da Unidade Hospitalar de Bragança (Unidade Local de Saúde do Nordeste) com o diagnóstico de fratura proximal do fémur. Os seguintes critérios de inclusão foram observados: a fratura ter resultado de uma queda, os sujeitos apresentarem-se orientados, conscientes e colaborantes, não ter havido perda de consciência anterior à queda e não existir amnésia relativamente ao episódio de queda. Os dados foram recolhidos em dois momentos de avaliação distintos. O primeiro momento decorreu durante o período de internamento, por entrevista estruturada, e o segundo seis meses após a alta clínica, por contacto telefónico realizado pelos investigadores. CONCLUSÕES: A maioria dos participantes no estudo eram mulheres. A literatura tem vindo a realçar as diferenças entre géneros na incidência deste tipo de lesões (Kannus et al., 1995; Sterling, 2011). No nosso estudo predominou a fratura do colo do fémur (n=9), seguindo-se a trocantérica (n=6), subtrocantérica (n=2) e intratrocantérica (n=1). Concluímos que 72% dos idosos caíram para o lado em que ocorreu a fratura (Tabela 3). Aizen, Dranker, Swartzman & Michalak (2003) encontraram uma prevalência de cerca de 52% para quedas homolaterais à fratura. A literatura salienta que as quedas laterais e posterolaterais, com impacto no grande trocânter, são as mais responsáveis pela ocorrência de fratura do fémur proximal. Tendo em conta os locais em que as quedas ocorreram e o relato do evento, concluímos pela importância da implementação de programas de prevenção de quedas que tenha como objetivo principal a correção dos fatores ambientais e arquitetónicos no domicílio do doente e a reeducação funcional e reabilitação em aspetos como a força muscular e o equilíbrio. Num estudo conduzido por Rossini, et al (2010) os autores concluíram que numa grande percentagem dos seus pacientes (86%) a queda era explicada por fatores de risco ambientais ou individuais. Comparamos os resultados encontrados para a escala de Lawton e índice de Katz, para os dois momentos de avaliação da independência funcional. Como se denota, comparando as médias da Escala de Lawton antes da queda e meio ano após a alta (5,56±3,01 pontos e 3,33±3,84 pontos, respetivamente) verificamos uma diminuição da independência funcional significativa em termos estatísticos (p=0,03) pelo teste não paramétrico de Wilcoxon. Após a alta foram também encontradas pontuações médias mais baixas para o Índice de Katz (17,17±1,29 pontos antes da queda e 13,78±3,76 pontos seis meses pós-alta), com significância estatística (p=0,03). Um estudo por nós consultado relativamente a esta temática (Lin & Chang, 2004) concluiu que apenas 58% dos doentes com fratura consegue caminhar na rua um ano após fratura.
