ESSa - Posters em Encontros Científicos Nacionais
Permanent URI for this collection
Browse
Recent Submissions
- Associação entre fome hedónica e índice de massa corporal em estudantes do ensino superiorPublication . Ribeiro, Cristiana; Santos, Inês; Almeida, Maria Luiza dos santos; Afonso, Ligia; Fernandes, António; Pereira, Ana Maria Geraldes RodriguesA fome hedónica caracteriza-se pelo desejo de comer por prazer, independentemente da necessidade fisiológica. A sua associação com o índice de massa corporal (IMC) é um tema relevante, sobretudo entre estudantes do ensino superior, população particularmente exposta a ambientes obesogénicos e a hábitos alimentares inadequados . Este estudo avaliou a relação entre a fome hedónica e o IMC numa amostra de 370 estudantes do Instituto Politécnico de Bragança. A recolha de dados foi realizada de forma anónima através de um questionário online que incluiu dados sociodemográficos, medidas autorrelatadas de peso e altura, e a Power of Food Scale (PFS), instrumento validado para a população portuguesa. A escala é composta por 15 itens organizados em três categorias (Disponibilidade, Presença e Saborear), com respostas em escala de Likert de 1 a 5, sendo que pontuações mais elevadas indicam maior sensibilidade hedónica. Para a análise estatística utilizou-se o software IBM SPSS Statistics v.30. Os resultados demonstraram que apenas a categoria Presença apresentou uma correlação positiva e estatisticamente significativa com o IMC (r = 0,145; p = 0,005). As dimensões Disponibilidade e Saborear não revelaram associações significativas. A nível de itens individuais, destacaram-se três correlações com o IMC: “Se vejo ou cheiro uma comida de que gosto…” (r = 0,243; p < 0,001), “Foco-me muito em como me sabe bem” (r = 0,146; p = 0,005) e “Obtenho mais prazer em comer do que em qualquer outra coisa” (r =0,133; p = 0,011). Embora certos aspetos da fome hedónica estejam associados ao IMC, os dados sugerem que o seu impacto isolado é limitado. A compreensão destes mecanismos pode, no entanto, apoiar estratégias de educação alimentar e prevenção do excesso de peso nesta faixa etária.
- Associação entre a composição corporal e lesões na prática desportiva de futebolistasPublication . Ribeiro, Cristiana; Santos, Inês; Almeida, Maria Luiza dos Santos; Fernandes, António; Afonso, Lígia; Pereira, Ana Maria Geraldes RodriguesO futebol envolve ações intensas que aumentam o risco de lesões, tanto em treino como em competição. A composição corporal pode comprometer o desempenho e aumentar o risco de lesão. Neste sentido, a avaliação regular da composição corporal é fundamental para melhor desempenho desportivo. Objetivos: Analisar a associação entre a composição corporal e a incidência de lesões na prática desportiva de futebolistas. Metodologia: Estudo transversal, analítico, quantitativo e observacional, envolvendo 16 futebolistas masculinos de um clube da zona Norte de Portugal. A amostra foi obtida por acessibilidade, incluindo atletas adultos com pelo menos dois anos de prática. A recolha de dados foi realizada através de um questionário para avaliação da incidência de lesões e da composição corporal (% de massa gorda), com recurso a balança TANITA. Resultados: A análise de correlação de Pearson, aplicada aos 16 atletas (8 com lesões), revelou uma correlação negativa significativa entre a % de massa gorda e o gesto técnico responsável pela lesão (r = -0,720; p = 0,044), sugerindo que atletas com menor massa gorda estiveram mais envolvidos nesse tipo de lesão. Observou-se ainda uma correlação negativa moderada entre a % de massa gorda e o tempo de prática de futebol (r = -0,498; p = 0,050), no limiar da significância estatística, sugerindo que atletas com mais anos de prática tendem a apresentar menor massa gorda. Discussão: A massa gorda pode influenciar o tipo de lesões em futebolistas. Neste estudo, atletas com mais anos de prática tendem a apresentar menor massa gorda, possivelmente devido a melhor forma física, hábitos alimentares mais cuidados e maior disciplina nos treinos. Os dados também indicam que atletas com menos massa gorda realizam mais gestos técnicos, o que pode dever-se à maior exposição desses atletas a ações técnicas intensas.
- Relação entre o consumo de sacarose e a composição corporal em jovens adultosPublication . Oliveira, Alice; Sousa, Lara; Afonso, Ligia; Pereira, Ana Maria Geraldes Rodrigues; Fernandes, António; Pereira, Ana Maria Geraldes RodriguesO consumo excessivo de sacarose, comum entre os jovens adultos, está associado ao aumento do tecido adiposo e a alterações na composição corporal. Apesar da recomendação da Organização Mundial da Saúde limitar os açúcares livres a menos de 10% da ingestão energética diária, este valor é frequentemente ultrapassado. OBJETIVO: Avaliar a relação entre o consumo de sacarose e a composição corporal em jovens adultos. METODOLOGIA: Estudo transversal, observacional e quantitativo, realizado numa amostra de 50 estudantes da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança, com idades entre os 18 e os 26 anos (20,48±1,65). Os dados foram recolhidos através de um questionário, incluindo informações sociodemográficas, parâmetros de composição corporal (perímetro da cintura, percentagens de tecido adiposo e massa magra, IMC), e um recordatório alimentar de 24 horas para estimar o consumo de sacarose. A análise estatística foi realizada com recurso ao IBM SPSS Statistics, versão 30.0, utilizando-se os testes de Spearman e Pearson. RESULTADOS: A maioria dos participantes era do sexo feminino (78%). O consumo médio de sacarose foi de 19,99 g no sexo feminino e 11,86 g no masculino. Quanto à composição corporal, o perímetro da cintura apresentou uma média de 73,47 cm (±6,65) nas mulheres e 88,86 cm (±13,17) nos homens. A massa gorda foi de 31,13% (±5,94) no sexo feminino e 22,95% (±4,99) no masculino; a massa magra foi de 68,83% (±5,95) e 77,10% (±4,99), respetivamente. O IMC variou entre 18,40 e 35,50 (média 24,12±3,76) nas mulheres e entre 22,60 e 39,00 (média 27,66±4,54) nos homens. Não se observaram associações significativas entre o consumo de sacarose e a composição corporal (p value ≤ 0,05). CONCLUSÃO: Apesar da ausência de associação na amostra, outros estudos demonstram tal relação. Assim, recomenda-se a realização de estudos com amostras maiores, incluindo variáveis como atividade física e consumo de outros macronutrientes.
- Relação entre autoperceção do risco de disfagia e o estado nutricional dos idosos institucionalizadosPublication . Ribeiro, Fabiana; Barros, Margarida; Afonso, Ligia; Fernandes, António; Pereira, Ana Maria Geraldes RodriguesCom o envelhecimento, torna-se mais comum o surgimento de diversas patologias como é o caso do comprometimento da deglutição. Esta condição está fortemente associada a um maior risco nutricional, sendo necessário ter um cuidado redobrado com idosos particularmente institucionalizados. Objetivos: Analisar a relação entre a auto perceção do risco de disfagia e o risco nutricional em idosos institucionalizados do concelho de Baião. Metodologia: Estudo de caracter observacional, transversal e analítico, realizado através de um questionário dividido em várias secções: dados sociodemográficos, avaliação da auto perceção do risco de disfagia (EAT-10) e avaliação do risco nutricional (MNA). A amostra foi por conveniência, com um total de 36 indivíduos, com idade compreendida entre os 65 e os 90 anos, sendo a média de idades de 80,1. Os dados foram analisados com recurso ao software IBM SPSS Statistic 30, sendo utilizado o teste de Spearman para avaliar a relação entre a auto perceção do risco de disfagia e o risco nutricional em idosos institucionalizados, considerando um nível de significância de 5% (α = 0,05). Resultados: Neste estudo os indivíduos eram maioritariamente do sexo feminino (77,8%), institucionalizados no Lar São Bartolomeu (61,1%) e no Lar de Santa Marinha do Zêzere (38,9%). Cerca de 91,7% dos idosos não demostraram autoperceção do risco de disfagia. Em relação ao estado nutricional, 63,9% estavam em risco de desnutrição. Não houve associação estatisticamente significativa entre a autoperceção do risco de disfagia e o risco nutricional (p = 0,920). Discussão: Os dados sugerem que, nesta amostra, a autoperceção do risco de disfagia não está significativamente associada ao risco nutricional. Ainda assim, a elevada proporção de indivíduos em risco de desnutrição (63,9%) reforça a necessidade de avaliação nutricional regular. Para estudos futuros, recomenda-se uma amostra maior e mais diversa, de modo a melhorar a representatividade e a generalização dos resultados.
- Associação entre o índice de massa corporal com a qualidade de sono em estudantes do ensino superiorPublication . Loureiro, Ana; Teixeira, Carolina; Afonso, Ligia; Fernandes, António; Pereira, Ana Maria Geraldes RodriguesIntrodução: A relação entre o Índice de Massa Corporal (IMC) e a Qualidade do Sono tem sido investigada, devido às suas implicações na saúde metabólica, cardiovascular e neurocognitiva. Evidências científicas, sugerem que o excesso de peso e obesidade podem estar associados a distúrbios do sono, como a apneia obstrutiva do sono, e menor eficiência do descanso noturno. Esses fatores, podem impactar negativamente a regulação hormonal do apetite e metabolismo energético, criando um ciclo bidirecional entre a qualidade do sono e o controle do peso corporal. Objetivos: Analisar a associação entre o IMC com a qualidade de sono em estudantes da Escola Superior de Saúde de Bragança. Metodologia: Estudo de caracter observacional, transversal, quantitativo, analítico e correlacional, realizado através de um questionário dividido em várias secções: dados sociodemográficos, dados antropométricos e Qualidade de Sono (com recurso ao questionário do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh – PSQI-PT). A amostra foi probabilística aleatória estratificada, com um total de 150 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos. Os dados foram analisados com o software IBM SPSS Statistic 30, sendo utilizado o teste de Spearman para avaliar a associação entre o IMC e qualidade de sono, considerando um nível de significância de 5% (α = 0,05). Resultados: Neste estudo, os indivíduos eram maioritariamente do sexo feminino (86%). Relativamente à qualidade do sono, cerca de 52,67% apresentaram pobre qualidade do sono e relativamente ao IMC, 57,33% são normoponderais, 27,33% apresentavam excesso de peso e 4,67% baixo peso. Não houve associação estatisticamente significativa entre o IMC e a qualidade global do sono (p = 0,825), nem com os componentes individuais do PSQI-PT (p>0,05). Discussão: Os dados sugerem que, nesta amostra, não há associação entre o IMC e a qualidade do sono. No entanto, outros fatores, como consumo de cafeína ou hábitos alimentares poderão ter impacto nos resultados. Considera-se que estudos futuros devem incluir amostras maiores, com análise de potenciais variáveis mediadoras.
- Reabilitação vestibular à pessoa com hipofunção vestibular periférica em fase aguda: protocolo de scoping reviewPublication . Lopes, Patrícia; Moreira, Helena; Mendes, EugéniaA vertigem é uma causa frequente de assistência médica, sendo um sintoma não específico e muitas vezes incapacitante (Macedo, 2010). Cerca de 20% das pessoas entre os 18 e os 65 anos terão já sentido uma perturbação no equilíbrio, mantendo 30% destas as queixas ao fim de 12 meses (Rasteiro, 2018). A persistência da tontura pode dever-se a estratégias compensatórias inadequadas após um episódio vestibular agudo (Eldøen et al., 2019). As alterações negativas na qualidade de vida cursam com ansiedade, depressão e descondicionamento (Hall et al, 2022). A reabilitação vestibular (RV), através de um programa de exercícios específicos, tem como propósito promover ou acelerar a compensação vestibular, reduzindo a sintomatologia associada (Herdman & Clendaniel, 2014) Objetivos: Mapear os exercícios de reabilitação vestibular dirigidas à pessoa em fase aguda de hipofunção vestibular periférica Metodologia Científica: Scoping Review orientada pela metodologia proposta pelo Joanna Briggs Institute para a realização de Scoping Reviews. Dois revisores independentes avaliarão a relevância dos artigos, a extração e síntese dos dados. Serão considerados para inclusão nesta revisão estudos de acesso livre, escritos em inglês, espanhol e português, publicados a partir de 2019, com exercícios dirigidos a hipofunção vestibular periférica aguda, pesquisados nas seguintes fontes bibliográficas: CINAHL Complete, MEDLINE Complete e Cochrane Central Register of Controlled Trials (Via EBSCO); PubMed; Apresentação de Resultados: Com a realização desta scoping review prevemos mapear exercícios a incluir num programa de reabilitação vestibular à pessoa em fase aguda de hipofunção vestibular.
- Desprescrição em idosos polimedicados de cuidados paliativosPublication . Pereira, Olívia R.; Rocha, Mariana; Gonçalves, Liseta; Ribeiro, Hugo; Rodrigues, Inês; Pinto, Isabel C.; Nascimento, Luís; Magalhães, Carlos PiresOs idosos com doenças limitantes e polimedicados devem, numa perspetiva de programa de cuidados centrados na pessoa, receber tratamento farmacológico personalizado. A revisão da medicação considera o tratamento farmacológico no contexto da vida e da doença da pessoa, sendo a desprescrição um processo sistemático de descontinuação de fármacos cujos danos superam os benefícios. Métodos: O objetivo deste projeto é melhorar a qualidade de vida de idosos polimedicados com doenças limitantes e expectativa de vida limitada, aos quais será aplicado um programa de prescrição individualizada, alicerçado no modelo de prescrição centrada na pessoa. O primeiro passo consistirá em identificar e selecionar dois grupos de idosos polimedicados que se encontram em serviços de cuidados paliativos, aos quais será aplicado o programa de prescrição individualizada (grupo intervenção Instituição A, composto por 40 indivíduos e grupo intervenção Instituição B, composto por 40 indivíduos) e um terceiro grupo de idosos polimedicados que não estão em serviço de cuidados paliativos a quem será aplicado um programa de prescrição padrão (grupo controle, 40 indivíduos). O segundo passo consiste em entrevista para identificação e posterior análise da medicação e o 3º passo na revisão da medicação com possível desprescrição e/ou reconciliação terapêutica. Seguir-se-á a redefinição do tratamento farmacológico. A análise de indicadores farmacoterapêuticos e de qualidade de vida, será realizada ao longo do projeto através da aplicação das escalas Cancer Quality of Life Questionnaire Palliative Care Outcome Scale (POS), o Edmonton Symptom Assessment System (ESAS), Karnofsky Performance Status (KPS), e de parâmetros como nº de medicamentos diferentes, o nº de doentes a tomar 10 ou mais medicamentos, média de possíveis interações medicamentosas, nº de internamentos, nº de dias de internamento, índice de carga medicamentosa, índice de complexidade de medicação do regime; medicamentos potencialmente inapropriados. O presente projeto será submetido à Comissão de Ética de uma das instituições parceiras, e na aplicação do trabalho será assegurada a dignidade, os direitos e o bem-estar dos participantes, respeitando a Declaração de Helsínquia e a Convenção de Oviedo. Resultados esperados: Prevê-se com a aplicação deste projeto, a melhoria de indicadores farmacoterapêuticos e de qualidade de vida, com diferenças entre os 3 grupos de doentes, nomeadamente naqueles a quem foi aplicada a desprescrição e/ou reconciliação terapêutica. NOTA: Trabalho em fase de projeto.
- Prevalência de ansiedade e consumo de ansiolíticos nos distritos do Porto, Braga e BragançaPublication . Nascimento, Luís; Costa, Xavier Taboada; Santos, Ana; Martins, Anabela; Bessa, Beatriz; Rodrigues, BeatrizA saúde mental é essencial para o bem-estar do ser humano. A ansiedade é experienciada por todos os indivíduos e em níveis saudáveis, contribui para a adaptação aos diferentes obstáculos que são colocados ao ser humano. Contudo, nas sociedades atuais, o ritmo e estilos de vida tem potenciado níveis elevados de ansiedade, mesmo emalturas que não requerem esse sentimento, torna-se assim num distúrbio patológico. Os distúrbios da ansiedade não controlados, manifestam-se por alterações físicas, psicológicas e sociais. De acordo com a literatura, existem seis tipos de perturbações de ansiedade, podendo estar presentes casos mais leves ou com maior gravidade. Para o controlo do distúrbio de ansiedade é primordial um diagnóstico correto e atempado, de forma afacilitar a decisão do tratamento a seguir O uso de medicamentos que combatem a ansiedade (ansiolíticos), é uma das principais formas de tratamento, no entanto é fundamental entender e prevenir os perigos que resultam do seu uso, sobretudo quando usados de forma exagerada ou em diagnósticos incorretos. Os profissionais de saúde, nomeadamente o profissional de farmácia, tem um papel fundamental de informação e aconselhamento para minimizar o mau uso dos medicamentos ansiolíticos. Objetivo: Analisar a prevalência do diagnóstico de ansiedade e do consumo de ansiolíticos no Porto, Braga e Bragança Métodos: estudo observacional, descritivo e transversal. Partindo de uma população total de 1 685 167, obteve-se uma amostra de 558 participantes, permitindo um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 5% Os dados foram recolhidos por meio de um questionário online, na primeira parte com questões alusivas às Caraterísticas Sociodemográficas, na segunda parte por uma Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) e uma última parte referente ao Diagnóstico e Tratamento da ansiedade). Para tratamento descritivo e analítico usou-se o programa SPSS (versão?) Resultados e Discussão: o género feminino é o que está mais associado a um diagnóstico de ansiedade (19,4%)” (ρ<0,001). O “Rendimento mensal do agregado mais baixo (<1000€)está também associado ao diagnóstico de perturbações de ansiedade (ρ=0,012), sobretudo quando este é mais baixo. Relativamente aos consumos, dos 558 inquiridos, 33,2% consomem ansiolíticos. O género feminino e idades mais jovens entre os 20-44 anos estão associados a maior consumo de ansiolíticos, respetivamente (p<0,001)e (ρ=0,001) Confrontando a literatura e outros estudos, verificou-se concordância nos valores referentes à variável “Género”, em contrapartida, os valores referentes às variáveis “Rendimento mensal do agregado” e “Idade” revelam resultados contraditórios. Conclusão: Verificam-se consumos bastante expressivos de ansiolíticos, inclusive superiores aos diagnósticos. Os resultados corroboram estudos que referem o género feminino e os baixos rendimentos como potenciadores de disgnóstico de ansiedade. Por outro lado, os resultados deste estudo são contraditórios com outros estudos, pois mostram maior consumo de ansiolíticos em idades mais jovens, em parte uma consequência do contexto recente de pandemia COVID-19. Os resultados reforçam a necessidade de intervenção diferenciada dos profissionais de saúde no género feminino e nos grupos económicos mais desfavorecidos. Por outro lado, os resultados mostram a necessidade de intervenção ativa e pedagógica dos profissionais de farmácia, pois há mais consumo que diagnósticos, o que revela que se recorre ainda erradamente à automedicação como forma de tratar os distúrbios de ansiedade.
- Causas subjacentes no excedente de mortalidade em idosos no contexto de pandemia COVID-19 em Portugal ContinentalPublication . Pires, Cláudia; Teixeira, Cristina; Pimentel, Maria HelenaNo contexto de pandemia COVID-19, indivíduos com transtornos mentais e comportamentais, particularmente as mulheres mais jovens, e indivíduos com doenças do aparelho geniturinário e outras doenças cardíacas de idade mais avançada, tornaram-se particularmente vulneráveis, apresentando maior risco de morte.
- Hábitos de consumo de suplementos de proteína whey em ginásios da cidade de BragançaPublication . Ponomarenko, Vanessa; Kovalchuk, Vitália; Fernandes, António; Pereira, Ana Maria Geraldes RodriguesO interesse por um estilo de vida saudável tem impulsionado a procura por suplementos nutricionais. A Proteína Whey é habitualmente consumida por pessoas que buscam melhorar a composição corporal e o desempenho físico. Objetivo: Avaliar hábitos de consumo de suplementos de Proteína Whey em frequentadores de ginásios, motivos, e literacia sobre o seu consumo. Metodologia: Estudo quantitativo, observacional aplicado a 109 frequentadores de ginásios, onde foi divulgado um QR code de acesso ao inquérito sobre a caracterização sociodemográfica, os seus hábitos e estilos de vida, tal como o consumo do suplemento de Proteína Whey. A análise estatística foi feita no software IBM SPSS Statistics 29. Primeiramente realizou-se o estudo descritivo dos dados e posteriormente o estudo analítico de significância de 5%. A comparação da proteína consumida efetuou-se com recurso aos testes de Kruskal-Wallis (k amostras) e Mann-Whitney (2 amostras). Resultados: Constatou-se que 41.8% consomem Proteína Whey, dos quais 34.8% consomem 7 vezes por semana. A maioria consome estes suplementos para ganho de massa muscular (72% homens; 85% mulheres). Não houve diferenças significativas na quantidade de whey consumida (p-value > 0.05) exceto no item “Sente-se devidamente informado” (p-value = 0.029), onde os que se sentem mais informados, apresentam maior consumo (26 a 30 g/dia). Entre os 109 participantes, constatou-se que 31.25% dos homens e 52.5% das mulheres sentem que não têm informação suficiente sobre a suplementação. Dos consumidores de Proteína Whey, 32% dos homens e 25% das mulheres não conhecem os efeitos adversos. Discussão: Os resultados descritos vão ao encontro de outras pesquisas realizadas no mesmo âmbito, onde o consumo destes suplementos é motivado principalmente pelo desejo de aumentar a massa muscular e melhorar o rendimento físico. A venda livre deste tipo de produtos permite que qualquer indivíduo tenha acesso a eles, constituindo um risco, especialmente quando a decisão é feita por iniciativa própria. Considera-se que a legislação deveria exigir mais estudos de qualidade e segurança sobre a suplementação de Proteína Whey, de forma a aumentar a informação científica na comunidade, para a que a utilização de suplementos seja feita de forma orientada e segura.