Escola Superior de Saúde
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Browsing Escola Superior de Saúde by advisor "Anes, Eugénia"
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- Adesão ao regime terapêutico da pessoa portadora de Diabetes Mellitus tipo 2Publication . Sousa, Marta; Mata, Maria Augusta; Anes, EugéniaA diabetes mellitus tipo 2 é uma doença crónica, associada a elevada morbilidade e mortalidade, em larga expansão em todo o mundo. Esta passou de doença rara a verdadeira pandemia, que ameaça aumentar em flecha ao longo deste século. Este estudo tem como objetivos: avaliar a adesão ao regime terapêutico em utentes com diabetes mellitus tipo2, nacionalidade portugueses e franceses e analisar se a adesão ao regime terapêutico é diferente segundo a, variáveis sociodemográficas clínicas. Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, descritivo analítico e transversal realizado com uma amostra de 280 participantes selecionados por conveniência (240 são de nacionalidade portuguesa e 40 são franceses), foi realizada uma entrevista que decorreu no momento da realização da consulta de enfermagem. O instrumento de recolha de dados integra dados sócio demográficos, clínicos e o questionário da avaliação das atividades de autocuidado com a diabetes AACD) de Bastos, Severo & Lopes, 2007). A maioria dos participantes portugueses 68,3% (n=164) têm idades iguais ou superiores a 65 anos e os franceses a maioria tem idade inferior a 65 anos (n=27; 67,5%). Nos dois grupos o sexo masculino é representado por igual percentagem (55,0%). Em ambos os grupos foram observados antecedentes familiares de diabetes, sendo a maior proporção os progenitores. Na adesão global ao regime terapêutico e na maioria das atividades de autocuidado são os portugueses que evidenciam médias mais elevadas de adesão (média=26,27 portugueses e 25,17 franceses). Confirmou-se apenas a existência de diferenças estatisticamente significativas na atividade da alimentação específica (p <0,001) nos utentes franceses. Os resultados da estatística inferencial evidenciam que as variáveis sociodemográficas são fortes mediadoras da adesão ao regime terapêutico. Já nas variáveis clinicas as diferenças estatísticas observadas foram menos expressivas. Estas variáveis deverão ser tidas em conta na elaboração e implementação de programas de intervenção que visem promover a adesão ao tratamento da diabetes.
- Depressão em idosos não institucionalizados no distrito de BragançaPublication . Folgado, Ana Isabel Cordeiro; Mata, Maria Augusta; Anes, EugéniaAssociado ao envelhecimento da população está também o aumento de patologias crónicas e do foro psicológico e mental. Entre elas inclui-se a depressão como sendo uma das patologias mentais mais frequentes e, como tal, um importante problema da saúde individual, familiar e comunitária. Duque (2020) afirma que a depressão no idoso, devido à sua prevalência e repercussões na qualidade de vida, é considerada uma das principais síndromes geriátricas. Afirma ainda que esta condição é potencialmente mais grave no idoso, estando associada a risco de suicídio superior comparativamente às pessoas de grupos etários mais baixos. Objetivos: Identificar a prevalência de depressão/provável depressão nos idosos não institucionalizados do distrito de Bragança. Relacionar a prevalência de depressão/provável depressão nos idosos não institucionalizados do distrito de Bragança com as variáveis sociodemográficas; avaliação sensorial, hábitos de vida, estado de saúde. Métodos: Assente na metodologia quantitativa, desenhou-se um estudo observacional, descritivo, analítico de coorte transversal, com uma amostra por conveniência, constituída por 770 idosos não institucionalizados, residentes no distrito de Bragança. Na recolha de dados, foi aplicado (entre outros) a Geriatric Depression Scale (GDS-15) para avaliação dos sintomas depressivos. Resultados: Observou-se uma prevalência de provável depressão/depressão de 18,6%. Verificou-se que os idosos com idade superior a 80 anos, polimedicados, com pior autoperceção de saúde, desnutridos ou em risco nutricional, com maior dependência funcional ou com internamentos no último ano tem maior risco de vir a padecer de depressão. Por outro lado, o facto de ser casado, possuir maior nível de escolaridade, foram, neste estudo, considerados fatores de proteção para a depressão. Conclusão: A identificação de fatores de risco e fatores protetores ao desenvolvimento da depressão é essencial para ajudar os profissionais, a fim de poder diagnosticar e intervir preventivamente junto desta camada da população.
- Efeitos de um treino aeróbio em doentes em programa de hemodiálisePublication . Sousa, Tânia; Novo, André; Anes, EugéniaA Insuficiência Renal Crónica e consequente tratamento hemodialítico tem um potencial significativo na alteração do estilo de vida destes doentes, conduzindo-os a uma dependência de cuidados de saúde e reabilitação e, eventualmente, à perda de papéis sociais, tornando a promoção de um Envelhecimento Ativo fulcral nesta população. Em virtude das alterações mencionadas torna-se imprescindível a implementação de estratégias e programas de treino de exercício físico que visem minimizar grande parte das complicações recorrentes desta síndrome e que contribuam consequentemente para uma melhoria da qualidade de vida. Esta investigação pretende avaliar os efeitos de um treino aeróbio em doentes hemodialisados com insuficiência renal crónica. A população deste estudo foi constituída pelos 100 doentes com Insuficiência Renal Crónica em programa regular de hemodiálise na clínica de hemodiálise Tecnologias e Serviços Médicos, SA, de Mirandela, sendo oferecida a todos a mesma possibilidade de participar no programa de treino. Após aplicados os critérios de exclusão resultou um grupo com condições para participar no treino, do qual foram seleccionados aleatoriamente por ordem alfabética 16 doentes, para integrar o Grupo de Controlo (GC). Posteriormente e tendo em consideração as escolhas dos próprios doentes e as condições logísticas da clinica, resultou uma amostra de 43 doentes para integrar no Grupo de Treino (GT). O programa de treino aeróbio foi implementado no início do mês de Maio de 2012 durante 8 semanas consecutivas, com uma frequência de 3 sessões por semana durante o tratamento de hemodiálise. Antes e após a intervenção foram executadas as respetivas avaliações físicas e funcionais, e questionário SF-36v2 de autopreenchimento. O grupo de treino é caracterizado por uma média de idades de 71,93±11,76 anos e encontram-se a efectuar hemodiálise a 4,29±3,22 anos, evidencia, após a intervenção alterações significativas nos níveis de hemoglobina de 11,02±0,88g/dL para 11,3±0,698g/dL e no hematócrito de 32,55±2,62% para 33,59 1.9%. Relativamente aos testes funcionais importa referenciar o aumento do número de repetições de 13,24±4,96 para 18.08±6,23 no teste Sentar/Levantar e a diminuição do tempo necessário para a execução do teste Levantar e Andar de 15,03±10.90s para 9,67±5,74s. Quanto à Qualidade de Vida, verificou-se alteração significativa referente à componente saúde mental, de 49,93±9,953 para 53,22±7,545. O treino implementado teve, de forma geral, uma repercussão benéfica na capacidade aeróbia/funcional destes doentes, bem como na percepção da sua Qualidade de Vida, especificamente na componente referente a saúde mental. Novas investigações são necessárias para determinar os efeitos deste tipo de treino sobre a tensão arterial, glicose e dose de EPO administrada.
- Estado de ânimo da mãe de criança no pós-parto e puerpérioPublication . Semedo, Cláudia de Barros Soares; Brás, Manuel Alberto; Anes, EugéniaO estado de ânimo da mãe no pós-parto e puerpério tem vindo a merecer atenção crescente, pois é uma alteração que compromete o estado emocional e todo o seu comportamento no processo da adaptação no pós-parto. As alterações do estado de ânimo podem ser decorrentes do parto, pelo que a avaliação da autoestima é fundamental para identificar o risco do desenvolvimento de depressão. Os sintomas depressivos apresentados pela mãe, manifestam-se muitas das vezes por ansiedade, sentimentos de culpa, alterações do humor, desinteresse pela vida, menor desempenho nas suas atividades, insónia, stress, tristeza, abatimento, choro e solidão, cansaço físico e insegurança na prestação de cuidados ao filho. A investigação é de metodologia quantitativa, estudo observacional, descritivo, correlacional e transversal. Tem por objetivo avaliar o estado de ânimo da mãe de criança no pós-parto e puerpério. O instrumento de colheita de dados foi o questionário, constituído por questões de caraterização sociodemográficas, escala de Graffar, escala de APGAR Familiar, escala de Avaliação das Alterações Psicoemocionais do Puérperio e Escala de Edimburgo. A amostra é composta por 53 mães, cuja média de idades é 32,43 anos, 86,8% são casadas, 77,4% vivem em zona urbana e 35,8% são licenciadas. A maioria das mães 71,7% estão empregadas a tempo completo, residem em zona urbana 77,4%. Das mães 92,4% frequentaram a consulta de preparação para o parto. Relativamente à profissão 28,3% das mães trabalham no ramo da saúde. Quanto ao número de gravidezes 69,8% das mães estiveram grávidas uma vez, 24,5% estiveram grávidas duas vezes, 81,1% das mães tiveram um parto 15,1% tiveram dois partos e 3,8% tiveram três partos. 41,5% das mães fizeram cesariana, 41,5% tiveram parto normal-vaginal e 17% tiveram parto vaginal-forceps/ventosa. Das mães 81,1% tem um filho vivo, 15,1% tem dois filhos vivos e 3,8% tem 3 filhos vivos. Das mães 79,2% referiram nunca ter abortado, (17%) referiram ter tido um aborto. 54,7% das mães referem estar a amamentar. Relativamente à classe social das mães, através da escala de Graffar, 35,8% enquadram-se na classe 1 - família de classe alta, 32,1% enquadram-se na classe 2 - família de classe média alta, 26,4% enquadram-se na classe 3 - família de classe média e 5,7% enquadram-se na classe 5 - família de classe baixa. Constatamos a existência de relação estatisticamente significativa entre as variáveis, habilitações, profissão, a classe social e local de residência em relação à escala de Graffar (p<0,05). Relativamente à funcionalidade familiar através da escala de APGAR Familiar constatamos que, 83% das mães vivem em famílias altamente funcionais, 15,1% são de famílias moderadamente funcionais e 1,9% é de família com acentuada disfunção. Relativamente ao estado de ânimo, segundo a escala de Edimburgo, constatamos que 18,9% das mães tem probabilidade de ficar deprimidas (score>12) e 81,1% das mães sem probabilidade de depressão. A escala de Edimburgo tem relação estatisticamente significativa com a escala de Avaliação das Alterações Psicoemocionais do Puérperio (p=0,000) e suas dimensões, ansiedade (p=0,000), sentimentos depressivos (p=0,000) e preocupação (p=0,000), com a funcionalidade familiar “escala de APGAR” (p=0,037), e classe social “escala de Graffar” (p=0,010). No que concerne ao estado de ânimo, segundo a escala de avaliação das alterações psicoemocionais do puérperio, pela análise das três dimensões, contatamos que os níveis de ansiedade das mães variam entre o mínimo de 7 e máximo de 40 com uma média é de 20,79. Quanto à dimensão, “sentimentos depressivos”, as mães apresentam, níveis depressivos que oscilam entre um mínimo de 4 e o máximo de 20, com uma média de 9,85. No que respeita à dimensão “preocupação” das mães, os níveis variam entre 4 e 20 com a média de 8,94. Tendo em conta os resultados apresentados, não se revela na generalidade grande probabilidade das mães verem o seu estado de “ânimo” alterado. Contudo realçamos o contributo da atividade dos enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Familiar e Comunitária na obtenção de melhores níveis do estado de ânimo da mãe no Pós-parto e Puerpério.
- Estilos de vida e saúde mental dos estudantes do ensino superior: comparação entre os estudantes portugueses e africanosPublication . Martins, Máxima Dias Gomes; Galvão, Ana Maria; Anes, EugéniaOs estudos relacionados com os estudantes de ensino superior aumentaram nestes últimos anos, revelando que os estudantes adotam estilos de vida pouco saudáveis durante o seu percurso académico, refletindo-se, nomeadamente, no seu desempenho académico. Verifica-se, no entanto, uma ausência de estudos sobre diferenças entre grupos de estudantes de nacionalidades diferentes no mesmo estabelecimento de ensino. Os estilos de vida são uma forma de viver fundamentado em padrões de comportamento identificáveis, que são apurados pela relação entre as caraterísticas pessoais individuais, interações sociais, condições socioeconómicas e ambientais, contudo as pesquisas comportamentais revelam que, entre os estudantes, existem cada vez mais comportamentos considerados de risco. Partindo das seguintes questões de investigação: Quais são os estilos de vida (atitudes e comportamentos de saúde e vivências académicas) adotadas pelos estudantes portugueses e africanos do IPB?; Quais são os níveis de saúde mental (depressão, stress e ansiedade) vivenciados pelos estudantes portugueses e africanos do IPB?, objetivou-se conhecer os estilos de vida e a saúde mental dos estudantes do Instituto Politécnico de Bragança, fazendo um estudo comparativo entre os estudantes portugueses e os estudantes africanos de países de língua oficial portuguesa. Desenvolveu-se um estudo quantitativo, descritivo, correlacional, no plano transversal, com uma amostragem não probabilística por conveniência de 374 estudantes do Instituto Politécnico de Bragança, dos quais 232 são estudantes africanos (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) e 142 estudantes portugueses. Utilizou-se um questionário com quatro partes: questões sociodemográficas; a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21); o Questionário de Atitudes e Comportamentos de Saúde (QACS); e o Questionário de Vivências Académicas versão reduzida (QVA-r). Verificou-se que os estudantes africanos apresentam maior nível de ansiedade, depressão e stress comparativamente aos estudantes portugueses, sendo que estas diferenças só são estatisticamente significativas para a dimensão stress. No que concerne às atitudes e comportamentos de saúde, são os estudantes africanos que praticam mais exercício físico e os estudantes portugueses têm melhor nutrição, autocuidado, segurança motorizada e têm maiores cuidados no uso de drogas ou similares, sendo que as diferenças encontradas são estatisticamente significativas para todas as dimensões. Finalmente, em termos das vivências académicas, as pontuações médias são quase idênticas entre os dois grupos de estudantes, não se tendo encontrado diferenças estatisticamente significativas. Constata-se que os estudantes africanos têm estilos de vida pouco saudáveis comparando com os estudantes portugueses e pode ter repercussão na saúde mental e na saúde global. Neste sentido seria necessário a implementação de estratégias de inclusão, de educação para a saúde, com promoção de prática de um estilo de vida saudável, prevenção da depressão, stress e ansiedade nos estudantes africanos, de forma a poderem efetuar decisões saudáveis, motivando-os a melhorar e adotarem padrões saudáveis e de manutenção, tendo por objetivo final a promoção da sua qualidade de vida.
- Estudo da Avaliação da Perceção da Funcionalidade, Coesão e Adaptabilidade Familiar de Familiares de Idosos InstitucionalizadosPublication . Santos, Jessica Caseiro; Brás, Manuel Alberto; Anes, EugéniaA institucionalização do idoso é um tema complexo e delicado, que pode ter impactos significativos na vida dos idosos e das suas famílias. Várias são as razões que podem levar à institucionalização, como estados de dependência, solidão, falta de suporte familiar e necessidade de vigilância e acompanhamento no dia a dia. A institucionalização em Estruturas Residenciais para Idosos, como o próprio nome indica, admite idosos em regime de internamento. Nas mesmas são providenciados alojamento, alimentação e assistência de saúde, assegurando a prestação de cuidados adequados à satisfação das necessidades do utente, com vista à manutenção da sua autonomia e independência e promoção da sua qualidade de vida, potenciando a integração social e fomentando o processo de envelhecimento ativo. Este tipo de respostas sociais são muitas vezes a solução encontrada pelas famílias para cuidar do seu idoso. Não obstante, a participação da família na vida do seu familiar institucionalizado é de extrema importância e necessária, na medida em que o idoso deve nutrir um sentimento de pertença no seu seio familiar, e assentir que a família está presente e colaborante no seu dia a dia. Face ao exposto, surgiu a questão de investigação: Qual a relação entre as variáveis sociodemográficas e profissionais e a perceção da funcionalidade familiar, coesão e adaptabilidade familiar de familiares do idoso institucionalizado no concelho de Macedo de Cavaleiros? Objetivos: Analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas e profissionais e a perceção da funcionalidade, coesão e a adaptabilidade familiar do familiar do idoso institucionalizado. Várias hipóteses de investigação foram elaboradas relacionando a funcionalidade familiar, a coesão e a adaptabilidade familiar com varáveis de caracterização do familiar, o número de visitas, o grau de parentesco com o idoso e as idas a casa, com o intuito de estabelecer uma relação estatística entre as varáveis sociodemográficas e profissionais, a coesão, a adaptabilidade e a funcionalidade familiar do familiar do idoso institucionalizado. Metodologia: Tratou-se de uma metodologia quantitativa, estudo observacional, descritivo, correlacional e transversal. O instrumento de colheita de dados foi o formulário aplicado aos familiares dos utentes residente em duas ERPI no concelho de Macedo de Cavaleiros em contexto de visita. Resultados: Antes da institucionalização 55,7% dos idosos viviam com os filhos e /ou cônjuge seguido de 40,6% dos idosos que viviam sozinhos. A ideia da institucionalização recaiu na sua maioria (74,5 %) sobre os filhos e ou cônjuge. A vigilância e acompanhamento (83%), bem como a dependência física (40,6%) foram os principais motivos apontados para a institucionalização. Na sua maioria (90,6%) a família considerou que a institucionalização foi a melhor opção para o idoso e considerou também que foi a melhor opção para a família (87,7%). Relativamente às idas a casa a maioria (50,9%) dos familiares da amostra optavam por dias não festivos do que por dias festivos (28,3%). Com a aplicação do APGAR familiar foi possível perceber que a maioria das famílias inquiridas (47,6%) eram altamente funcionais. A aplicação da Escala de FACES II, revelou que as famílias ao nível da coesão eram maioritariamente ligadas (53,8%) e ao nível da adaptabilidade flexíveis (47,2%), pelo que na sua maioria (48,1%) eram do tipo de família equilibrada. Conclusão: Foi possível caracterizar sociodemográfica e profissionalmente os familiares dos idosos institucionalizados inquiridos e, através das escalas APGAR familiar e FACES II, a sua perceção de funcionalidade familiar, coesão, adaptabilidade e tipo de família. Relativamente à questão de investigação: Qual a relação entre as variáveis sociodemográficas e profissionais e a perceção da funcionalidade familiar, coesão e adaptabilidade familiar do familiar do idoso institucionalizado no concelho de Macedo de Cavaleiros, foi possível estabelecer uma relação estatisticamente significativa entre a funcionalidade familiar e a coesão familiar (Χ2 49,042; p < 0,001), a adaptabilidade familiar (Χ2 41,400; p < 0,001) e o tipo de família (Χ2 52,456; p < 0,001). Foi também possível estabelecer uma relação estatisticamente significativa entre a funcionalidade familiar e o desempenho de um papel ativo por parte da família na vida do idoso, (Χ2 6,425; p< 0,05), o número de visitas (Χ2 20,498; p< 0,001), a união familiar, (Χ2 35,593; p < 0,001) e as idas a casa (Χ2 15,178; p< 0,001). Relativamente à coesão, foi possível comprovar relação estatística entre o número de visitas (Χ2 17,737; p< 0,001), o desemprenho de um papel ativo (Χ2 11,191; p < 0,01), e as idas a casa (Χ2 9,786; p < 0,01). Assim na adaptabilidade familiar foi possível determinar um relação estatística entre o número de visitas (Χ2 18,234; p < 0,001), o desempenho de um papel ativo (Χ2 7,760; p < 0,01) o hábito de levar a casa (Χ2 18,234; p < 0,001), a união familiar (Χ2 53,078; p < 0,001) e por fim a ideia da institucionalização partiu de quem ( Χ2 6,880; p < 0,05). No que diz respeito ao tipo de família concluímos relação estatística entre a ideia da institucionalização (Χ2 6,419; P < 0,05), o número de visitas (Χ2 11,910: p < 0.001), o desempenho de um papel ativo (Χ2 8,511; p < 0,01), o hábito de levar a casa (Χ2 15,072; p < 0,001) e por último a união familiar (Χ2 42,143; p < 0,001). No decorrer deste trabalho de investigação, foi também possível determinar qual a funcionalidade familiar, o grau de coesão e adaptabilidade familiar e consequentemente o tipo de família do idoso institucionalizado. Assim, face aos resultados obtidos, concluímos que os familiares de idosos com famílias percecionadas como funcionais mostram uma tendência clara de melhores índices de coesão, adaptabilidade, e classificação de família equilibrada apresentando união familiar, quando comparados com familiares de idosos de famílias percecionadas como disfuncionais demonstram menor tendência para visitar o idoso, para o levar para casa e para ter um papel ativo na vida do mesmo. Famílias extremadas ou de meio termo tendem a ter estruturas familiares mais rígidas e com menor interesse pelo idoso.
- Excesso de peso/obesidade infantil e conhecimento dos pais sobre alimentação infantil, em idade pré-escolar: fatores determinantesPublication . Sousa, Vera Lúcia Gomes; Brás, Manuel Alberto; Anes, EugéniaO excesso de peso e obesidade infantil são considerados um problema de saúde pública. Pelos riscos associados constituem uma área de intervenção prioritária dos Enfermeiros de Família. O conhecimento dos pais sobre esta temática poderá influenciar o comportamento dos filhos relativamente aos hábitos alimentares dado o reconhecido impacto que o microambiente familiar tem sobre as escolhas e ações das crianças. Conhecer o contexto familiar, escolar e social pode ser uma estratégia para desenvolver intervenções adaptadas a cada família, assim como para antecipar eventuais comportamentos de risco. Objetivos: avaliar a relação do excesso de peso/obesidade infantil com o conhecimento dos pais sobre alimentação; avaliar a relação entre o excesso de peso/obesidade infantil com as variáveis sociodemográficas, clínicas e económicas; avaliar a associação entre o conhecimento dos pais sobre alimentação com as variáveis sociodemográficas, clínicas e económicas. Metodologia: quantitativa, estudo descritivo-correlacional, transversal, desenvolvido em contexto de ensino clínico durante o 1º semestre do 2º ano do Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar do Instituto Politécnico de Bragança na Unidade de Saúde Familiar (USF) + Carandá. Procedeu-se a amostragem não probabilística por conveniência, obtendo-se uma amostra constituída por crianças em idade pré-escolar (3, 4 e 5/6 anos) e respetivos pais que cumpriam os critérios de inclusão. Resultados: o maior conhecimento parental sobre alimentação está relacionado com um índice de massa corporal (IMC) mais baixo dos respetivos filhos; quanto maior o IMC das mães e superior a qualificação da profissão dos pais, maior o IMC dos filhos; quanto menor a prática de atividade física das crianças maior o seu IMC.
- Qualidade de vida em idosos institucionalizados submetidos a um programa de envelhecimento ativoPublication . Rebelo, Flávia Marisa Ramalho; Magalhães, Carlos Pires; Anes, EugéniaViver com qualidade é uma preocupação crescente no âmbito da população idosa, sobretudo nas inseridas em contextos desenvolvidos e industrializados. Assistimos, a uma crescente institucionalização dos idosos e é neste contexto que os programas de envelhecimento ativo assumem relevância, possibilitando aos idosos o contacto com experiências que lhes permitem envelhecer com qualidade de vida, mantendo a sua autonomia e fomentando o seu bem estar físico, psíquico e emocional. O presente estudo tem, como objetivo, avaliar a qualidade de vida nos idosos institucionalizados submetidos a um programa de envelhecimento ativo. Para tanto, desenvolvemos um estudo quase-experimental, que recorre à metodologia quantitativa e na qual foram utilizados os instrumentos de avaliação de qualidade de vida Eurohis- Qol-8 (Pereira, Melo, Gameiro, & Canavarro, 2011) e Whoqol-Old (Vilar et al., 2010). Foram efetuadas avaliações em dois momentos, pré e pós intervenção a uma amostra de 37 idosos institucionalizados na Santa Casa da Misericórdia de Bragança. A colheita de dados decorreu em 2014. A amostra do estudo é composta, na sua maioria, por indivíduos do sexo feminino, com a idade média de 85,41 anos (desvio padrão de 6,53), e a faixa etária 85 anos ou mais é a mais representada (min.: ≤ 71 anos e máx.: ≥ 85 anos). Considerando a distribuição dos idosos por estado civil, verificamos que a maioria da nossa amostra é constituída por viúvos (83,8%), casados (10,8%) e solteiros (5,4%). Quanto ao do nível de escolaridade verificamos que a maioria da nossa amostra são idosos letrados (1.º ciclo ou 2.º ciclo 43, 2%, sabe ler/escrever 16, 2%). No que respeita à condição atual de vida, 91,9% dos idosos (34) vivem no lar. Os restantes três, frequentam durante o dia o centro de dia, e à noite, um vive sozinho e os restantes dois com a família. De uma forma geral, os resultados obtidos através da aplicação da escala Eurohis-qol-8 e da Whoqol-Old, permitem-nos verificar melhorias da perceção da qualidade de vida, com diferenças estatisticamente significativas no pré e pós intervenção do programa de envelhecimento ativo.
- Saúde mental em utentes institucionalizados: conhecimentos dos colaboradores sobre sexualidadePublication . Pires, Maria José Afonso; Brás, Manuel Alberto; Anes, EugéniaA presente investigação aborda a temática Saúde Mental em Utentes Institucionalizados: Conhecimentos dos Colaboradores sobre Sexualidade, descrevendo de forma sucinta a evolução histórica do conceito de sexualidade, contextualizando-a até à atualidade. Ilustra-se o estado da arte sobre a saúde mental em Portugal. Relaciona-se o conceito da sexualidade com a saúde mental, evidenciando a contribuição de autores contemporâneos. Salienta-se ainda o papel do Enfermeiro no contexto da sexualidade na saúde mental, enquanto agente de intervenção multidisciplinar. Objetivos: Metodologia: De metodologia quantitativa, definiu-se o presente estudo como observacional- descritivo-correlacional e transversal. Resultados: A amostra apresenta maior frequência de respostas na faixa etária dos 30-40 anos, do sexo feminino, naturais de Bragança com residência em Bragança na tipologia Urbana, casados, com Nível Secundário, com a profissão de Auxiliar a exercer funções na ASCUDT em Bragança, há menos de 5 anos na Saúde Mental. A amostra considera a Educação Sexual importante e embora já tenha tido formação nesta área considera-a insuficiente, não é implementada no local de trabalho e não é discutida pela maioria dos utentes, embora alguns do sexo masculino questionem os colaboradores sobre sexualidade, necessidades formativas foram identificadas especialmente nos conteúdos Abuso sexual, Contraceção, Infeções transmitidas sexualmente e Comportamentos sexuais de risco. A amostra apresenta um score médio entre a expressão mais liberal e a expressão mais conservadora relativamente à sexualidade e saúde mental. Os resultados indicam uma amostra ciente da necessidade de melhorar a sua formação contínua quer nos aspetos gerais sobre a sexualidade quer nos aspetos que se relacionam diretamente com a sexualidade na deficiência intelectual. As hipóteses validadas indicam que existem diferenças estatísticas significativas entre a perspetiva dos colaboradores acerca da Sexualidade na Saúde Mental, em utentes institucionalizados nas diferentes Instituições de Saúde Mental do Distrito de Bragança e a Instituição onde exerce funções, segundo a questão Há quanto tempo exerce funções na área da Saúde Mental? com a questão Já teve formação em educação sexual? e a Importância da Educação Sexual na Saúde Mental e a Importância da Educação Sexual na Saúde Mental. Conclusões: Concluiu-se que a amostra reconhece a necessidade de mais formação no âmbito da sexualidade e saúde mental, apresentando-se, na mesma medida, com uma perspetiva liberal sobre a sexualidade e a saúde mental, mas identificando as lacunas sentidas no dia-a-dia da prática profissional. Salienta-se que a amostra exerce funções no distrito de Bragança em instituições públicas e privadas mas apresenta resultados que indicam uma necessidade global de formação contínua e adequada à temática particularmente no que diz respeito ao diálogo e comunicação com os utentes sobre os seus direitos em vivenciar e experienciar a sua sexualidade.