| Name: | Description: | Size: | Format: | |
|---|---|---|---|---|
| 681.68 KB | Adobe PDF |
Advisor(s)
Abstract(s)
A inatividade física (IF) é um fator de risco para doenças crónicas não transmissíveis (DCNT), enquanto a prática regular de atividade física (AF) previne e reduz estas condições (WHO, 2020). Em Portugal, a adesão à AF é baixa: 73% nunca praticam exercício físico (EF) e apenas 22% são fisicamente ativos (EU, 2022). Os enfermeiros integrados em equipas multiprofissionais, são essenciais para promover a AF, função apoiada por regulamentos profissionais e pela CIPE (Richards & Cai, 2016; OE, 2016). A WHO (2020) reconhece-os como agentes prioritários no combate ao sedentarismo. Contudo, barreiras como falta de formação específica, baixa perceção de benefícios, insegurança e ausência de estratégias sistemáticas limitam a eficácia dessa intervenção (Calonge Pascual et al., 2020). A formação em fisiologia do exercício, avaliação física e prescrição personalizada é fundamental para melhorar a competência e motivação dos enfermeiros nesta área (de Lira et al., 2021).
Em Portugal, a situação sobre a formação dos estudantes e profissionais de enfermagem nesta área não é clara, justificando-se a realização deste estudo.
Caraterizar as unidades curriculares (UCs) e os conteúdos programáticos (CPs) sobre AF e EF dos currículos do 1º e 2º ciclos de enfermagem em Portugal.
Estudo multicêntrico transversal, exploratório e descritivo. Amostra de conveniência, constituída por escolas públicas e privadas, de diferentes regiões de Portugal, que colaboraram voluntariamente. Colheita e análise de dados fornecidos pelas escolas participantes e análise de conteúdos programáticos dos currículos dos 1º e 2º ciclos de enfermagem das escolas participantes registados em tabelas desenvolvidas e validadas pelos investigadores. Estudo autorizado com parecer positivo de Comissão de Ética.
Participaram no estudo 19 escolas, 12 públicas (63,1%) e 7 privadas (36,9%). A maioria das escolas localizam-se na região norte (n = 8; 42,1%) e região sul (n = 6; 31,5%).
Confirma-se ausência de UCs com denominação explicita de AF/EF nos currículos, com exceção dos Cursos Mestrado Enfermagem Reabilitação (CMER). Existem CPs de AF/EF integrados em proporções diferentes nos dois ciclos de estudos, embora com maior proporção no 2º ciclo. No 2º ciclo, de 44 UCs, 52,3% são escolas públicas e 47,7% em escolas privadas.
Considerar como limitações, existência de conteúdos de AF/EF “integrados” noutros CPs, e a análise baseada em documentos fornecidos, com risco de imprecisão.
Importante contrariar a inatividade e sedentarismo, e prevenir DCNT (WHO, 2020) sendo a participação ativa dos enfermeiros fundamental nesse processo. O défice de UCs e CPs encontrado nos currículos, principalmente, no 1º ciclo de estudos, implica uma mudança de paradigma, com adoção de diversas medidas, nomeadamente, a atualização dos currículos, capacitação os docentes, incentivo da formação continua e incentivo da investigação nesta área (de Lira et al., 2021; Netherway et al., 2021), onde a envolvência de enfermeiros de reabilitação poderá ser uma mais valia.
Description
Keywords
Atividade física Exercício físico Enfermagem
Pedagogical Context
Citation
Parola, Vítor; Petronilho, Fernando; Couto, Germano; Ferreira, Paulo; Novo, André; Cruz, Arménio (2025). Integração da atividade física e exercício físico nos currículos do ensino em enfermagem em Portugal. In Congresso Internacional de Enfermagem de Reabilitação (CIER). Tomar
Publisher
Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação
