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  • Programa +perto® - tele-reabilitação na artroplastia total do joelho
    Publication . Araújo, Tiago; Rodrigues, Elsa; Fernandes; José; Files, Ana; Ribeiro, Olga; Novo, André
    O aumento significativo das artroplastias totais do joelho, aliado à crescente utilização de tecnologias móveis pela população, evidencia a necessidade de inovar nos cuidados de saúde. A distância geográfica entre utentes e unidades de saúde dificulta a prestação de cuidados personalizados e céleres. Neste contexto, o programa +PERTO® surge como uma solução tecnológica inovadora, permitindo aproximar os cuidados de enfermagem de reabilitação aos utentes submetidos a artroplastia total do joelho, desde o período pré-operatório até às primeiras seis semanas do pós-operatório. Através de uma aplicação móvel, pretende-se melhorar a literacia em saúde, capacitar os utentes e reduzir complicações pós-operatórias, contribuindo para a sustentabilidade social em áreas emergentes. OBJETIVOS Capacitar utentes e cuidadores, aumentando a literacia em saúde sobre a artroplastia total do joelho. Reduzir complicações pós-operatórias e reinternamentos através da monitorização contínua e intervenções precoces. DESENVOLVIMENTO O programa +PERTO®, implementado na Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa (ULSTS) integra-se numa aplicação móvel, disponível gratuitamente para dispositivos iOS e Android. O desenvolvimento contou com a colaboração de profissionais de saúde, peritos em enfermagem de reabilitação, docentes e investigadores. O +PERTO é composto por três fases: Fase 1 - Preparação Pré-Operatória: Inicia-se entre 15 e 30 dias antes da cirurgia. Os utentes recebem planos de exercícios diários e informações úteis, visando a preparação física e psicológica para a cirurgia. Através de notificações programadas, são disponibilizados conteúdos sobre o procedimento, autocuidados e adaptações necessárias no domicílio. Fase 2 - Internamento: Durante o período de hospitalização, os utentes continuam a ter acesso às informações úteis na aplicação, beneficiando simultaneamente de cuidados de reabilitação presenciais. Nesta fase, são trabalhados objetivos funcionais como mobilidade no leito, transferências, treino de marcha e autocuidado. Fase 3 - Recuperação Pós-Operatória: Abrange as seis semanas seguintes à alta hospitalar. O programa fornece planos de exercícios adequados à fase de recuperação, notificações motivacionais e um canal de comunicação direto com os enfermeiros de reabilitação. São monitorizados parâmetros como dor, edema e funcionalidade, permitindo intervenções precoces em caso de complicações. O +PERTO® proporciona uma preparação pré-operatória eficaz, aumentando a capacitação dos utentes e reduzindo a ansiedade associada ao procedimento. A disponibilização de informações e exercícios personalizados contribui para uma recuperação mais rápida e funcional, promvendo a autonomia dos utentes nas atividades de vida diária e facilitando a sua reintegração social. A monitorização contínua permite identificar precocemente sinais de complicações, reduzindo a taxa de infeções, reinternamentos e visitas ao serviço de urgência. A implementação do +PERTO® demonstra que a integração da tecnologia nos cuidados de enfermagem de reabilitação é uma estratégia eficaz para superar barreiras geográficas e melhorar a qualidade dos cuidados prestados. A proximidade virtual estabelecida entre os utentes e a equipa de saúde promove o empoderamento dos utentes e aumenta a satisfação com os serviços. Além disso, o programa contribui para a sustentabilidade dos serviços de saúde, ao reduzir custos associados a complicações pós-operatórias e reinternamentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS /CONCLUSÃO O programa +PERTO® evidencia o potencial das tecnologias móveis na promoção da saúde e reabilitação, especialmente em áreas geograficamente dispersas. Ao capacitar utentes e cuidadores, melhora-se a literacia em saúde e promove-se uma recuperação mais eficiente. A monitorização contínua e a comunicação direta com a equipa de enfermagem de reabilitação permitem intervenções atempadas, reduzindo complicações e aumentando a satisfação dos utentes. Este modelo poderá ser adaptado e replicado para outras intervenções cirúrgicas e áreas terapêuticas, contribuindo para a sustentabilidade social e a inovação nos cuidados de saúde.
  • Tele-reabilitação respiratória
    Publication . Vaz; Sérgio; Pires; Patrícia; Félix, Andreia; Magalhães; Bruno; Seco-Calvo, Jesus; Novo, André
    No contexto atual de rápidas transformações tecnológicas, a tele-reabilitação respiratória emerge como um campo de significativa relevância e potencial. A incorporação de tecnologias de informação e comunicação (TIC) na prática clínica de reabilitação respiratória não só responde às exigências crescentes de acessibilidade e eficiência, mas também reflete um compromisso com a continuidade e qualidade da prestação de cuidados em circunstâncias variadas, incluindo crises de saúde pública como a pandemia de COVID-19. Este resumo visa explorar a integração da tele-reabilitação nos sistemas de saúde, destacando os desafios e oportunidades que caracterizam esta modalidade terapêutica. Através de uma revisão crítica, discutiremos como a tele-reabilitação respiratória, apoiada por tecnologias emergentes, oferece uma alternativa viável e eficaz aos métodos convencionais de entrega de reabilitação, permitindo superar limitações físicas e geográficas, bem como a importância estratégica da enfermagem de reabilitação neste contexto. OBJETIVOS Explorar a integração da Tele-reabilitação nos sistemas de saúde Destacar os desafios e oportunidades que caracterizam a Tele-reabilitação respiratória DESENVOLVIMENTO O termo "tele saúde" é amplamente utilizado para descrever a oferta de cuidados de saúde à distância, utilizando tecnologias de informação e comunicação (TIC). Esta abordagem inclui a participação de várias profissões da saúde e emprega um amplo leque de tecnologias, como videoconferências, plataformas digitais, aplicativos móveis e dispositivos de transmissão de dados. Tecnologias mais avançadas, como sensores vestíveis, realidade virtual, robótica e plataformas de jogos terapêuticos, também fazem parte do campo da tele saúde, cuja evolução acompanha os constantes avanços tecnológicos. À medida que a tecnologia se desenvolve, a prestação de cuidados de reabilitação adapta-se, refletindo a inovação contínua no setor da saúde (Vitacca, 2020). O crescimento do uso da tele saúde tem sido impulsionado pelos avanços tecnológicos e pela maior disponibilidade dessas ferramentas, com a literatura científica demonstrando seu sucesso em diversos contextos. Este modelo beneficia tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde, ao reduzir as lacunas no acesso a serviços essenciais, economizando tempo e dinheiro. Um dos principais benefícios da tele saúde é a possibilidade de os pacientes receberem tratamento em casa, eliminando a necessidade de transporte e promovendo a conveniência e acessibilidade (Ransdell et al., 2021). Dentro da tele saúde, a tele-reabilitação é uma subcategoria focada na prestação de serviços de reabilitação à distância. Esta inclui uma ampla gama de intervenções, desde avaliação e monitorização até supervisão, educação e aconselhamento. A tele-reabilitação mantém as vantagens dos métodos clássicos de reabilitação, enquanto supera algumas das suas limitações, como a barreira da distância, facilitando o acesso aos cuidados de saúde diretamente no domicílio dos pacientes (Salawu et al., 2020). Assim, surge como uma alternativa viável às intervenções presenciais, com o benefício adicional de oferecer flexibilidade e personalização no tratamento (Özden et al., 2022). Do ponto de vista clínico, a tele-reabilitação permite novas estratégias de intervenção em todo o espectro de cuidados, combinando as vantagens de programas institucionais e domiciliares. Apesar de ser realizada remotamente, a tele-reabilitação preserva componentes essenciais da reabilitação, como o treino de exercício, a motivação e a educação dos pacientes, além de promover a autogestão da doença (Hansen et al., 2020). Com a evolução das tecnologias, a gestão dos pacientes em reabilitação também se moderniza, introduzindo um novo paradigma na prestação de cuidados (Guy et al., 2021). A eficácia da tele-reabilitação é amplamente respaldada por meta-análises recentes, que mostram que os seus resultados são comparáveis aos de programas tradicionais de reabilitação presencial. Estudos demonstram que programas de tele-reabilitação respiratória oferecem segurança, qualidade e eficácia clínica equivalentes aos métodos convencionais. Esses resultados são cruciais para a ampliação da tele-reabilitação e sua aceitação entre os pacientes (Snoswell et al., 2023). Além disso, a confiança nas tecnologias de tele saúde e a insatisfação com os cuidados tradicionais são preditores significativos para a adesão dos pacientes a esses programas. Altas taxas de satisfação e adesão têm sido observadas, com taxas de conclusão significativamente superiores aos métodos presenciais (Gabriel et al., 2023). Estudos destacam que a tele-reabilitação não é apenas uma alternativa viável, mas pode ter vantagens sobre o atendimento presencial, ao superar barreiras físicas e geográficas. Os benefícios incluem a redução de custos, menor necessidade de deslocação e maior comodidade para pacientes com mobilidade reduzida. A experiência acumulada tanto pelos profissionais quanto pelos pacientes sugere que a tele-reabilitação pode progressivamente alterar a perceção sobre os métodos de cuidados à distância, consolidando-se como uma solução eficaz e acessível no futuro da reabilitação (Holland et al., 2021; Laver et al., 2020). CONSIDERAÇÕES FINAIS /CONCLUSÃO O panorama da tele-reabilitação respiratória, enquadrado na modernização dos sistemas de saúde, revela uma intersecção promissora entre tecnologia e cuidados, proporcionando um caminho viável para responder os desafios inerentes ao acesso e à prestação de cuidados de reabilitação respiratória. A tele-reabilitação oferece, tanto para pacientes como para profissionais de saúde, destacando-se como uma modalidade que exerce um papel importante na redução de desigualdades no acesso aos cuidados de saúde. Não deve ser vista apenas como uma alternativa aos programas convencionais presenciais, mas sim como uma componente integrante do futuro da reabilitação respiratória, por forma a melhorar continuamente a acessibilidade e eficiência dos cuidados de saúde. A integração de soluções de tele-reabilitação nos sistemas de saúde exige uma abordagem multifacetada que envolve não apenas a adoção de tecnologia, mas também a formação contínua de profissionais de saúde, a adaptação dos pacientes à nova modalidade de prestação de cuidados e o desenvolvimento de políticas que suportem uma implementação eficaz. A necessidade do estabelecimento de diretrizes claras é imperativa para assegurar a qualidade, a segurança e a eficácia dos programas de telereabilitação, alinhando-os com os padrões de cuidados presenciais.
  • Sit-to-stand test to assess muscle strength after intradialytic exercises in chronic kidney disease patients: a systematic review with meta-analysis
    Publication . Almeida, Klebson da Silva; Costa, Natália Silva; Lima, Bráulio Nascimento; Neves, José Leonardo Dos Reis; Barreto, Luiz Gustavo Pereira; Freitas, Luana de Jesus; Silva, Monique Mesquita; Maneschy, Mariela de Santana; Chiavegato, Luciana Dias; Novo, André
    Chronic kidney patients undergoing hemodialysis (HD) experience a decline in muscle strength and functionality, as musculoskeletal disorders affect both strength and functional capacity. This study aims to evaluate the influence of intradialytic (ID) exercise on the strength and functionality of chronic kidney patients, as assessed by sit-to-stand test, and to identify the most commonly used sit-to-stand protocol. Methods: A search was conducted across eight databases to identify relevant studies published before March 29, 2024. Clinical trials investigating intradialytic exercises and utilizing the sitto-stand test as an assessment tool were eligible. The risk of bias in individual studies was assessed using the Physiotherapy Evidence Database (PEDro) scale. Mean differences (MD) and 95% confidence intervals were calculated and pooled in meta-analyses. The quality of metaanalyses was assessed using the Grades of Recommendation, Assessment, Development, and Evaluation (GRADE) approach. Results: A total of 6717 studies were initially identified. After screening,17 articles involving 870 participants, met the inclusion criteria demonstrating acceptable methodological quality, with a mean PEDro scale of 5,23 (±1,56). Despite the lack of robust evidence, this review suggests that the ID exercise improves strength and functionality. Among the various sit-to-stand test subtypes, the 10-repetition sit-to-stand test was found to be the most effective. Conclusion: Despite the low quality of studies, the 10-repetition sit-to-stand test (10-STS) seems to be the most effective for evaluating muscle strength of lower limbs and functionality. ID exercise seems to positively impact muscle strength and, consequently, the functionality of chronic kidney disease patients undergoing HD.
  • A importância do papel do EEER na gestão de quedas em contexto hospitalar - qualidade e segurança na saúde
    Publication . Silva, Cláudia Ribeiro; Borges, Ana; Alves, Paula; Novo, André
    Em contexto hospitalar a ocorrência de quedas em adultos representa um problema grave que exige a intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) no sentido da implementação de medidas preventivas deste fenómeno. As lesões delas resultantes, provocam o declínio funcional do utente, aumento do tempo de internamento e custos em saúde associados, e reduzem a sua qualidade de vida. O EEER desempenha um papel crucial contribuindo com as suas competências cientificas na monitorização dos processos de notificação e gestão de ocorrência de quedas, promovendo melhorias ao nível da qualidade dos cuidados prestados, maximizando a sua capacidade funcional. Assegurar a prática sistemática de notificação, análise e prevenção de incidentes que integra o plano nacional para a Segurança dos doentes através do Sistema Nacional de Notificação de Incidentes da DGS – Notifica. Caracterizar a amostra quanto às variáveis sociodemográficas e clínicas. Avaliar o grau de cumprimento dos indicadores que visam a avaliação do risco de queda, planeamento de intervenções de ER que promovam a prevenção, determinação da incidência de quedas, bem como a sua notificação. Este estudo seguiu uma abordagem quantitativa com recurso a um desenho retrospetivo descritivo. Foi desenvolvido no Serviço de Medicina Interna – Ala B Poente da Unidade Local de Saúde do Nordeste na Unidade Hospitalar de Bragança.Consistiu na análise de 11 processos de doentes internados entre 1 de Agosto de 2023 a 31 de Agosto de 2024. Do total de 1079 utentes internados, foram selecionados por amostragem intencional 11 processos de doentes; destes, verificou-se a ocorrência de queda em 7 sujeitos. A recolha de dados foi efetuada com base na consulta doprocesso de enfermagem do SClinico e aplicativo Notifica do Sistema Nacional de Notificação de Incidentes da DGS³. A avaliação do risco de quedas é efetuado através da Escala de Queda de Morse, validada para a população Portuguesa, cuja pontuação varia entre 0 e 125 pontos. No serviço de Medicina Interna B – Ala Poente foram analisados 1079 processos de utentes internados. Registaram-se 7 quedas ocorridas em doentes internados, sendo que a taxa de incidência de quedas foi de 6%. Estes resultados refletem a importância do papel do Enfermeiro de Reabilitação na gestão do risco de quedas e implementação de medidas eficazes para prevenir a sua ocorrência garantindo melhoria na qualidade dos cuidados prestados e segurança do doente.
  • Self-care in heart failure inpatients: what Is the role of gender and pathophysiological characteristics? A cross-sectional multicentre study
    Publication . Delgado, Bruno; Lopes, Ivo; Mendes, Tânia S.; Lopes, Patrícia; Sousa, Luís; Lopez-Espuela, Fidel; Preto, Leonel; Mendes, Eugénia; Gomes, Bárbara; Novo, André
    Heart failure is often characterised by low exercise capacity and a great impairment of performance in the activities of daily living. The correct management of the disease can prevent the worsening of symptoms and promote a better quality of life. The aims of this study are to understand the relationship of gender and pathophysiological characteristics with self-care behaviour and to evaluate the self-care behaviour in a sample of Portuguese heart failure inpatients, using the Self-Care of Heart Failure Index (SCHFI). A cross-sectional multicentre study enrolling 225 heart failure inpatients from eight hospitals from Portugal was performed. At admission, each patient’s functional capacity was evaluated as well as their self-care behaviour, using the SCHFI Portuguese v6.2. A comparison between self-care behaviour with gender was performed. The patients’ mean age was 68.4 ± 10.7 years old, 68% were male and 82.3% had reduced ejection fraction. A mean value of 47.9, 35.6 and 38.8 points was found in the SCHFI score of the sections self-care maintenance, self-care management and self-care confidence, respectively. Heart failure inpatients present inadequate levels of self-care behaviour. The results do not suggest a relationship between gender and pathophysiological characteristics with self-care behaviour.
  • El uso de simulación clínica virtual durante la pandemia COVID-19 para la formación de estudiantes de enfermería
    Publication . Novo, André; Mendes, Eugénia; Preto, Leonel
    Debido a la pandemia provocada por Covid-19, dentro de la Universidad ha sido necesario adaptar las sesiones presenciales a la docencia virtual, cobrando gran importancia la realización de simulación clínica virtual con el alumnado de enfermería ante la imposibilidad de realizar sesiones de simulación presencial. OBJETIVOS: Conocer el nivel de utilidad de la simulación clínica virtual para la formación de estudiantes de enfermería durante la pandemia por Covid-19. METODOLOGÍA: Se realizó una revisión bibliográfica durante los meses de marzo y abril en diferentes bases de datos: Pubmed; SciELO, Cuiden, Lilacs, considerándose todos los artículos a texto completo, en español y portugués, publicados durante los últimos 10 años. Obteniéndose tras la lectura un total de 46 artículos afines al objetivo de estudio. RESULTADOS Y CONCLUSIONES: Como resultados podemos decir que la simulación clínica virtual puede ser una buena herramienta para la formación de estudiantes de enfermería siempre que sea desarrollada de manera que sea capaz de suplir las deficiencias ocasionadas al no poder realizarla de manera presencial, por lo que es necesario que el docente esté formado en las nuevas tecnologías y sea capaz de organizar la sesión de manera que se cumplan los objetivos que tenían marcados para la realización de la sesión presencial. Aun así, queda de manifiesto en la literatura la utilidad de la simulación clínica, sea virtual o presencial, para la formación tanto de los futuros profesionales de enfermería como su uso en la formación de personal sanitario ya egresado.
  • Programa de enfermagem de reabilitação dirigido a pessoas submetidas a resseção pulmonar - um estudo descritivo
    Publication . Duarte, João; Lopes, Rita; Vaz, Sérgio; Novo, André; Loureiro, Maria
    As pessoas com doença oncológica pulmonar submetidos a cirurgia torácica apresentam, genericamente, declínio da sua funcionalidade e capacidade respiratória. Os programas de reabilitação respiratória têm sob a pessoa alvo de cuidados, benefícios na redução de exacerbações, na recuperação ou manutenção da função pulmonar, com impacto na independência e qualidade de vida. O enfermeiro especialista de enfermagem de reabilitação deve tomar parte no processo de cuidados da pessoa submetida a resseção pulmonar tumoral promovendo uma saudável transição saúde doença. Objetivos: Avaliar a importância do programa de enfermagem de reabilitação à pessoa submetida a ressecção pulmonar. Material e Métodos: Estudo descritivo, observacional, de natureza quantitativa, realizado num serviço de cirurgia cardiotorácica da região centro. A amostra é não probabilística por conveniência, sendo analisadas variáveis de capacidade funcional, capacidade respiratória, capacidade para realização das atividades de vida diária e taxa de resolução dos diagnósticos intolerância à atividade e potencial para otimizar a ventilação. Foram ainda mensurados os eventos adversos relacionados com o programa de enfermagem de reabilitação Re(h)ability4life e o nível de satisfação com os cuidados especializados. Resultados e Conclusões: Foram incluídos 22 doentes submetidos a cirurgia eletiva de ressecção pulmonar, 77,3% lobectomias, com média de idade de 67,77 anos (±7,08), sendo 55,5% do género masculino. Todos cumpriram o programa Re(h)ability4life, não tendo sido identificados eventos adversos associados. Houve melhoria da capacidade funcional do pré ao follow-up, com incremento de 21,68 metros (TM6m). O volume inspiratório reduz-se em 17,28% na alta, existindo uma melhoria comparativa de 45,45ml no follow-up. PEF seguiu a tendência de decréscimo na alta em relação aos 268,18l/min, com recuperação de 94,75% do valor no follow-up., A intolerância à atividade foi resolvida, não existindo impacto na capacidade para AVDs relacionada ao processo cirúrgico ou doença tumoral. Houve incremento da qualidade de vida percepcionada, sendo a satisfação global com os cuidados de enfermagem de reabilitação muito positiva. Conclusão: O programa de enfermagem de reabilitação pré e pós-operatório é viável e sem eventos adversos na pessoa submetida a resseção pulmonar tumoral, impactando positivamente na recuperação funcional, respiratória, tolerância à atividade e na capacidade de autocuidado terapêutico, aumentando assim a qualidade de vida da pessoa.
  • Implementação de um programa de reabilitação respiratória domiciliária programa DPOC – respire qualidade de vida (resultados preliminares)]
    Publication . Casado, Sónia; Novo, André; Preto, Leonel
    A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), caracterizada por uma obstrução brônquica persistente, é uma doença com grande representação a nível mundial, subestimada e sub-diagnosticada. Uma vez que provoca danos irreversíveis, acarreta pesados custos económicos e sociais (Rizzi et al., 2009). A prescrição de oxigenoterapia domiciliária é frequentemente uma necessidade terapêutica do utente com DPOC uma vez que está associada a uma menor incidência de complicações e a uma redução das hospitalizações (Direcção-Geral da Saúde, 2011). Sabe-se actualmente que a Oxigenoterapia de Longa Duração (OLD), realizada por mais de 15horas diárias aumenta consideravelmente a esperança de vida destes utentes (NHS-NICE, 2011). No entanto, devido ao défice nos autocuidados bem como ao número elevado de horas que estes utentes ficam dependentes da oxigenoterapia no domicílio, estes vêem-se muitas vezes limitados na sua qualidade de vida. Integrada no tratamento individualizado do doente, a reabilitação respiratória do doente com DPOC deve ser, segundo a Direcção-Geral da Saúde (2009), delineada para atenuar os sintomas, melhorar a funcionalidade, aumentar a participação social e reduzir custos de saúde através da estabilização ou regressão das manifestações da doença. Após a constatação de ausência de cuidados de reabilitação respiratória dirigida a estes utentes, e tendo em conta o exposto anteriormente bem como a dispersão geográfica do concelho e a dificuldade no acesso a transportes públicos por parte destes utentes, foi criado na Unidade de Cuidados na Comunidade de Carrazeda de Ansiães (UCC-CA) o projecto “DPOC – Respire Qualidade de Vida”. Através da visitação domiciliária aos utentes com DPOC com prescrição de oxigenoterapia domiciliária este projecto tem como objectivos gerais:Promover ganhos em independência, em pelo menos um dos autocuidados; Estimular a correcta gestão do regime terapêutico e medicamentoso. Este projecto, com início em Abril de 2011, é desenvolvido por uma Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) da UCC em articulação com a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP). Foram identificados os 14 utentes com DPOC diagnosticado, com necessidade de oxigenoterapia no domicílio. Organizaram-se 4 grupos de acordo com a proximidade geográfica. Durante 15 sessões de reabilitação respiratória no domicílio são ensinados/treinados exercícios respiratórios, gestão do regime terapêutico, técnicas de conservação de energia e fortalecimento muscular, com uma frequência de 2 sessões por semana. São também efectuados ensinos sobre factores de risco, factores exacerbantes e eliminação de barreiras arquitectónicas. Todos os ensinos são efectuados na presença do prestador de cuidados. A todos os utentes são feitas avaliações bimestrais com a escala London Chest Activity of Daily Living (LCADL) e a escala Euro Qol, bem como Índice de Massa Corporal, Tensão Arterial e Frequência Cardíaca. Durante o período em que decorrem as sessões de reabilitação respiratória é também avaliada a saturação periférica de oxigénio (no início e no final de cada sessão) e o volume expiratório, com recurso ao peak flow meter (no final de cada sessão). Foi feita uma avaliação inicial aos 14 utentes, 12 do sexo masculino e 2 do sexo feminino, com idade média de 70,28±11,50 anos. As mulheres apresentam uma média de 81,5±7,77anos e os homens uma média de 68,41±11,14 anos. A média de anos de DPOC diagnosticado situa-se nos 15,71±10,19 anos. A média de anos de tratamento com oxigenoterapia é de 6,28±4,14 anos. Do grupo de intervenção (14) já completaram o programa de reabilitação respiratória 6 utentes (2 grupos). Relativamente a estes dois grupos, verifica-se um aumento do valor médio de saturação periférica de oxigénio no momento de avaliação final (96,1%±1,32%) comparativamente com o momento de avaliação inicial (94,1%±1,9%). Observando a média do volume expiratório avaliado através do peak flow meter constata-se também um aumento dos valores médios, quando comparadas as avaliações inicial e final (123L/min±43,2L/min e 265L/min±65,5L/min, respectivamente). Na avaliação da LCADL, o item no qual se verificou maior “sensação de falta de ar” na avaliação inicial foi o “inclinar-se” com média de 3,5±1,25. Na avaliação final obteve-se uma média de 3,0±1,54. Da avaliação resultante da Euro Qol verifica-se que os utentes referiam uma melhoria do seu estado de saúde com o decorrer das sessões de reabilitação respiratória (avaliação inicial com média de 4,67±0,51 e avaliação final com média de 5,16±0,75). O presente projecto ainda se encontra na fase inicial, prevendo-se que em Janeiro de 2012 já todos os utentes tenham sido abrangidos pelas sessões de reabilitação respiratória. Uma vez que se encontra inserido no plano de acção da UCC-CA, continuará a ser desenvolvido até 2014. Assim, todos os utentes terão oportunidade de integrar o projecto durante este período, repetindo o programa de reabilitação respiratória periodicamente. Apesar dos resultados ainda pouco conclusivos, e tratando-se a DPOC de uma doença crónica, irreversível e incapacitante, espera-se que as intervenções se traduzam em ganhos em qualidade de vida, reduzindo ou mesmo evitando as agudizações da doença e consequentemente travando o agravamento do estado geral dos utentes.
  • Perspetiva histórica da reabilitação cardíaca
    Publication . Novo, André; Delgado, Bruno; Mendes, Eugénia; Lopes, Ivo; Preto, Leonel; Martins, Maria Manuela
    “Reabilitação cardíaca: evidência e fundamentos para a prática” é um livro organizado e maioritariamente escrito por 6 pessoas geograficamente afastadas, mas que o destino quis juntar. O que nos une? A paixão pela reabilitação e, mais em concreto, pela reabilitação cardíaca. Para além dos 6 principais autores, este livro contou com a preciosa colaboração de mais de 30 autores distribuídos ao longo dos diferentes capítulos.Existia em Portugal um défice de literatura aglutinadora sobre reabilitação cardíaca. Assim, procurámos organizar neste livro as melhores e mais recentes evidências e fundamentos científicos que servem de alicerces para uma prática segura e eficiente. Esperamos que este livro não se encerre em si mesmo e estimule quem nos lê a procurar ainda mais evidências e fundamentos sobre reabilitação cardíaca.Este livro é direcionado para profissionais. Se não é um profissional de saúde, ler o conteúdo deste livro não habilita para a implementação de programas de reabilitação cardíaca. Os programas de reabilitação cardíaca devem ser geridos por profissionais de saúde especializados e experientes. Se é um paciente e não tem orientação, procure um profissional de saúde que o possa ajudar.
  • Identifying elements for a cardiac rehabilitation program for caregivers: an international delphi consensus
    Publication . Loureiro, Maria; Duarte, João; Mendes, Eugénia; Oliveira, Isabel de Jesus; Coutinho, Gonçalo; Martins, Maria Manuela; Novo, André
    Caregivers of patients with heart disease may often feel physically, emotionally, and psychologically overwhelmed by their role. The analysis of cardiac rehabilitation (CR) components and caregivers’ needs suggests that some interventions may benefit them. Therefore, this study aimed to identify a consensus on the CR components targeting caregivers of patients with heart disease. Methods: A three-round international e-Delphi study with experts on CR was conducted. In round 1, experts provided an electronic level of agreement on a set of initial recommendations originating from a previous scoping review. In round 2, experts were asked to re-rate the same items after feedback and summary data were provided from round 1. In round 3, the same experts were asked to re-rate items that did not reach a consensus from round 2. Results: A total of 57 experts were contacted via e-mail to participate in the Delphi panel, and 43 participated. The final version presents seven recommendations for caregivers of patients with heart disease in CR programs. Conclusions: These recommendations are an overview of the evidence and represent a tool for professionals to adapt to their context in the different stages of CR, integrating the caregiver as a care focus and as support for their sick family members. By identifying the components/interventions, there is potential to benchmark the development of a cardiac rehabilitation strategy to be used and tested by the healthcare team for optimizing the health and role of these caregivers.