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  • Competências cooperativas: uma dimensão promotora de aprendizagens sociais
    Publication . Estanheiro-Morais, Ivão; Mesquita, Elza; Pires, Delmina; Pereira, Ana
    Neste artigo reflete-se sobre as caraterísticas da Aprendizagem Cooperativa (AC), bem como os seus objetivos e finalidades, para podermos sustentar e fundamentar o trabalho de investigação que realizamos, bem como as experiências de ensino-aprendizagem que desenvolvemos no âmbito do 1.º ciclo do ensino básico. Emergiram três questões que nortearam as experiências de ensino-aprendizagem, bem como o nosso trabalho de investigação: (1) O trabalho cooperativo terá influência no desenvolvimento cognitivo e social das crianças? (2) A metodologia de trabalho cooperativo permite ultrapassar as limitações da metodologia tradicional, nomeadamente ao nível da coesão e da partilha, nos grupos de trabalho? (3) A metodologia de trabalho cooperativo promove nas crianças o desenvolvimento da interdependência positiva, da responsabilidade individual e de grupo e a interação estimuladora? Depois de encontradas as questões-problema, definimos alguns objetivos que pensamos serem orientadores do estudo: (i) investigar o processo de implementação da aprendizagem cooperativa: pré-implementação, implementação e pós-implementação; (ii) analisar as características dos grupos de aprendizagem cooperativa; (iii) analisar a dimensão competências cooperativas e as categorias a ela associadas; e (iv) avaliar e analisar os dados recolhidos da prática numa linha de trabalho cooperativo. De entre as muitas dimensões da metodologia cooperativa, apenas nos centramos nas competências cooperativas, tais como, a interdependência positiva; a responsabilidade individual e de grupo; e a interação estimuladora. Situamo-nos numa abordagem qualitativa, com recurso a dados quantitativos, em conformidade com os instrumentos de recolha de dados utilizados. Atendendo ao tipo de público-alvo, as técnicas e instrumentos de recolha de dados aos quais recorremos no trabalho empírico foram as notas de campo, a pesquisa documental e a autoavaliação do trabalho individual e de grupo. A adequação da AC conduziu-nos à análise da dimensão competências cooperativas para a avaliação do processo de trabalho de grupo. Os resultados mostram que, utilizando a metodologia referida, conseguimos formar crianças mais capazes, críticas, atentas ao mundo em redor, ativas, responsáveis e sobretudo capazes de cooperar e colaborar entre si.
  • H2O
    Publication . Mesquita, Elza; Pereira, Ana
    expressão "Algures... no céu... bem longe da terra", com a qual se inicia este conto, transporta a criança desde o mundo terreno para um mundo imaginado, onde descobre discursos mágicos. As palavras e as imagens dão cor e vida a dois mundos antagónicos, mas que precisam um do outro para sobreviverem. Os meninos brancos que abandonam o seu mundo, aterrorizados por uma figura arrogante, antipática, gélida, grande e molhada, chegam à terra para dar vida, alegria e cor a outros seres. O percurso que realizam de cima para baixo e, depois, de baixo para cima, dá-nos a explicação metafórica sobre o ciclo da água. O leitor experimenta a sensação do final feliz e o suspense de um novo ciclo.
  • A arte na construção de pequenos grandes observadores
    Publication . Pereira, Ana; Mesquita, Elza
    Procurou-se, nesta comunicação, apresentar aquilo que se traduziu num trabalho de projecto intitulado A arte na construção de pequenos grandes observadores que se desenvolveu durante o ano lectivo 2005/2006 numa escola de primeiro ciclo do Ensino Básico em meio rural. O trabalho de participação colaborativo dos actores envolvidos procurou questionar a forma como se poderia promover uma literacia da imagem. Assim partiu-se da seguinte problemática: se as crianças não têm o hábito de fazer leitura de imagens, quais serão os métodos de ensino-aprendizagem que facilitam o desenvolvimento dessa capacidade para que, em situações futuras, saibam descrever, através da observação, o conteúdo de uma obra de arte? Atchim foi a marioneta, meio palhaço meio gente, que permitiu a entrada da arte numa escola fria e isolada do Nordeste português. Recordaremos sempre o dia em que o Atchim, cheio de cor e vida, atravessou amedrontado o pátio cinzento e mal tratado de uma escola votada ao esquecimento e encontrou o olhar paralisado de doze crianças que frequentavam o 1.º, 2.º, 3.º e 4.º anos. Através do Atchim as crianças conheceram formas de arte que até então desconheciam. Com ele chegara à escola o hip-hop, o instrumental vocal e diferentes instrumentos musicais com os quais puderam desvendar muitas potencialidades. Mas, não foi só a música, com o Atchim chegaram outros amigos, também marionetas, que permitiram novas descobertas. Encontraram um Salvador Dali, um Miró, um Van Gogh… investigaram e descobriram que um deles até uma orelha cortou. Observaram pinturas e desconstruíram conceitos dando formas visuais às suas ideias, tornando-se cada vez mais curiosas e participativas. A Trancinhas, com a sua cor negra e o Sr. Branquinho, com a sua cor branca, marionetas de coração, permitiram trabalhar o sentido da igualdade na diferença. Surgiu então a possibilidade de cada criança construir a sua marioneta e, para tal, tiveram de realizar escolhas: a cor; o género; a raça; e depois tudo isso condicionaria o tipo de vestuário. Foi assim que entrou a multiculturalidade na escola. Mas entraram muitas mais coisas que é impossível descrever porque a azáfama com que vivemos a vida não nos deixa observar a magia que um simples boneco manipulável pode exercer numa criança, não só pelas mudanças explícitas mas também pelas implícitas. Na verdade o desenvolvimento do projecto permitiu-nos perceber que a criança revela competência na utilização de ferramentas, de equipamentos, de processos e de técnicas relacionadas com as diferentes manifestações artísticas, mostrando respeito pelo outro e por si mesma quando está receptiva à inovação, à reflexão e à abertura a novas ideias pois, através das experiências plásticas, expressa as suas capacidades. Neste sentido percebemos que a literatura estética é tão importante como a literatura linguística, porque permite à criança perceber diferentes linguagens.
  • Digital citizenship education in Europe
    Publication . Mesquita, Elza; Patrício, Maria Raquel; Freire-Ribeiro, Ilda; Pereira, Ana
    The European Education Area should include, among other things, increased cooperation on curriculum development to make recommendations to ensure that education systems promote the acquisition of all knowledge, skills and competences that are considered essential in today's world. We consider it pertinent to identify the characteristics of citizenship education aimed at the digital age in the national curricula of European countries, and to compare them with the official documents issued by the Ministry of Education in Portugal. The study aims to highlight the importance and actuality of the various literacies, based on human rights, and grounded in responsible digital citizenship practices. Therefore, it is integrated in the scope of an Education for Development and Global Citizenship, exploring national and European theoretical references. In the empirical study we resort, then, to a mixed research paradigm, in the form of multi-strategy research. In other words, we will use a multidimensional matrix that allows us to collect as much data as possible from the research context. The data collection will follow a documental analysis. We believe that the qualitative and quantitative analysis of the data obtained in the research on the theoretical frameworks will provide us with the necessary support to outline a profile of competences aimed at the training of qualified citizens, endowed with competences referenced in various national and international studies on digital and citizen literacies.
  • El gato que amaba la mancha naranja
    Publication . Mesquita, Elza; Pereira, Ana; Gonçalves, Vitor
    Cuando el chico flaco se dio cuenta de que el gato negro había vuelto a la vida, corrió hacia la puerta rectangular que daba acceso a la cocina. Colocó en una taza un líquido blanco y regresó rápidamente al cuarto donde se encontraba el gato hambriento y deseoso de beber aquel elixir
  • Ambivalências de discursos: Uma análise simbólica ao conto “História da Baleia” de António Sérgio
    Publication . Mesquita, Elza; Pereira, Ana
    António Sérgio deixou-nos algumas obras de interesse temático que trespassaram os portais de um “infinito” temporal com origens na tradição oral. Das narrativas recolhidas pelo autor focamos a nossa comunicação na “História da Baleia” in Na Terra e no Mar (1978), pelo facto de nos termos envolvido na sua adaptação e ilustração. Consideramos que a nível de conteúdo integra elementos e personagens que simbolizam o bom senso e a inteligência. Esta narrativa apresenta à criança uma realidade desconhecida e, de certa forma, ajuda-a a desvendar esse mundo, revelando e mostrando o caminho mais seguro a seguir, dando-lhe a conhecer as dificuldades e formas de as ultrapassar, possibilitando ainda ao leitor refletir sobre experiências de vida. A narrativa desenvolve-se em função de uma figura central – uma baleia muito comilona. Convida ainda o leitor a mergulhar numa aventura aprazível e a descobrir o tesouro mais bem guardado do oceano: a inteligência! A variada fauna do mar é apresentada de uma forma muito divertida. Pretendemos refletir o simbolismo em torno do herói – personagem que através da coragem e vontade de fazer prevalecer a justiça e a verdade enfrenta um inimigo, procurando resolver toda uma série de conflitos – os bons são os vitoriosos. Essa vitória é conquistada sobre si próprio, sobre a maldade, sobre a adversidade e sobre os oponentes. Esta narrativa possui, ainda, um caráter moral que pretendemos revelar, embora conscientes de que não contém explicações evidentes para a criança, na medida em que esta, através do que lê ou ouve, pode inferir mensagens que a leitura lhe proporciona. Outro aspeto relevante é a expetativa que pressupõe o final feliz. A luta, a vitória, a derrota e a punição, sugerem justiça, insinuando a esperança de um futuro promissor. As repetições e o encadeado de ações são frequentes permitindo antever e até reproduzir ao leitor os acontecimentos seguintes. Apresenta a descrição de um processo iniciático, envolvendo heróis e derrotados. O local onde se confrontam é um espaço muito sugestivo (mar) que podemos associar à dinâmica da vida, um lugar de nascimentos, transformações e renascimentos. Além de o mar estar associado à simbologia da vida, também simboliza um estado transitório entre as possibilidades de uma realidade informal e formal. Discorremos daqui que essa mesma realidade pode terminar bem ou mal. Esta narrativa, explorada de modo adequado, constitui-se como um instrumento de extrema importância na construção do conhecimento da criança, fazendo com que ela desperte para o mundo da leitura, não só como um ato de aprendizagem, mas também como uma atividade prazerosa.
  • Citizenship education in initial teacher training: perceptions of those training to teach
    Publication . Freire-Ribeiro, Ilda; Mesquita, Elza; Pereira, Ana
    Promoting citizenship education in the school environment involves developing competencies, skills, knowledge, and attitudes that enable students to be active, responsible, informed and critical citizens. Citizenship education generally covers various themes, such as ethics, values, human rights, social justice, inequalities, interculturalism, and participation which aim to prepare students to be conscious members of society, capable of contributing to building fairer and more reflective communities. In addition, citizenship at school can involve democratic practices in school management, allowing students to participate in decisions that affect the educational environment. In the early years, children's initial experiences of citizenship at school have a significant impact on the formation of attitudes, values, and social skills, and teachers are a cornerstone in promoting and understanding concepts related to citizenship. We assume that citizenship education is essential in initial teacher training, as it plays a fundamental role in the holistic development of citizens. This study aims to understand what future teachers think about citizenship education at school and what their role will be as disseminators of citizenship practices. Forty students of initial teacher training took part in the study. The results, collected through a questionnaire survey, reveal that citizenship is not learned simply through rhetorical processes, through transmissive teaching, but through experienced/participatory processes. It is recognized that education for citizenship must be present in the school culture itself, adjusted to a logic of participation and full co-responsibility and accountability. The need to invest in citizenship issues and integrate them more clearly into initial teacher training is highlighted.
  • Acção educativa: um projecto integrador em contexto
    Publication . Pereira, Ana; Mesquita, Elza; Prada, Filomena; Rodrigues, Maria José
    A presente comunicação pretende dar a conhecer o desenvolvimento de um projecto integrador em contexto de 1.º Ciclo do Ensino Básico, com 22 crianças do 1.º ano de escolaridade. Para a sua implementação partiu-se do pressuposto de que as áreas disciplinares devem ser exploradas na pluralidade dos seus contextos e funções envolvendo a palavra como instrumento de expressão e dando forma a experiências individuais e colectivas. Este projecto veio confirmar que o conhecimento científico se constrói através de um processo de interacção da criança com os objectos do conhecimento, da partilha e da negociação de representações pessoais.
  • Educação para a cidadania: narrativas em ambientes digitais
    Publication . Pereira, Ana; Mesquita, Elza
    No sistema educativo português, em pleno início do século XXI, porfia-se a educação para a cidadania global. Atendendo ao facto de que o Espaço Europeu da Educação deve incluir, para além de outros aspetos, uma maior cooperação em matéria de desenvolvimento curricular, no sentido de fazer recomendações para garantir que os sistemas de ensino promovam a aquisição de todos os conhecimentos, aptidões e competências que são considerados essenciais no mundo de hoje, o Ministério da Educação e Ciência, através da Direção-Geral da Educação, lançou, em dezembro de 2012, no contexto das Linhas Orientadoras de Educação para a Cidadania, um Referencial de Educação para os Media para a Educação Pré-escolar, o Ensino Básico e o Ensino Secundário. Por tal, consideramos pertinente atender a uma educação para a cidadania voltada para a era digital e desenvolvemos um projeto com 3 turmas do 1.º Ciclo do Ensino Básico de um Centro Escolar situado no nordeste de Portugal continental, perfazendo um total de 68 crianças envolvidas. Posicionamo-nos, então, na Educação para os Media uma vez que pretendíamos motivar as crianças a utilizar e a compreender os meios de comunicação social, sobretudo no que diz respeito ao acesso e utilização das tecnologias digitais. As narrativas em ambientes digitais constituíram-se, assim, propostas articuláveis com as práticas pedagógicas na sala de aula e com o currículo. Os podcasts afiguraram-se como uma possibilidade de dar voz às narrativas construídas pelas crianças. Em termos de resultados salientamos que estamos numa fase inicial do projeto e que até ao momento as crianças compreenderam a importância da comunicação e conseguiram identificar, bem como distinguir diferentes formas de comunicar.
  • Shadows and marks: the potential narrative of children about war
    Publication . Pereira, Ana; Freire-Ribeiro, Ilda; Mesquita, Elza
    The war in Ukraine is in the order of the day. Every day we are exposed to information and images that tell of war scenarios and we all, without exception, absorb different war situations. In the educational landscape the question arises whether or not we should talk to children about this issue, namely about what they see or hear on television and other media. The document "Talking about War", organized by the Portuguese Psychologists' Association, starts by making it clear that the best thing to do is to be available to listen to the children's concerns, talk to them and answer their doubts, trying to clarify them, keep them informed and correct misconceptions. The depth of this approach obviously depends on the age of the child, their maturity and degree of development, as well as the likelihood of hearing from other sources or in the family relationship with the conflict (Unicef, 2022). We understand that it is a subject that should also be approached in the classroom, with some care and reflection, allowing children to understand inherent concepts and associated practices. We also understand that, in parallel, there should be the concern to provide new learning opportunities, leading children to want to participate in building a better world, thus being true peace builders. This can be done by trying to answer questions such as What is war? Why is there a war? Will this war come to Portugal? What and who are the refugees? How can war end? among others. This article seeks to discuss the results of a research developed with young children, about their perceptions regarding the war in Ukraine and war scenarios. The study is qualitative in nature and made use of audio-recorded reflective dialogues. The participants were 24 children aged 7 and 8 years old, from the 2nd grade of a public school in the north of Portugal. In a perspective of peace building and education for non-violence, the results show that these children have a broad notion of what war is, and the scenarios associated to it, revealing that they are aware of the violation of human rights. They also show an attempt to find different possible solutions, such as dialogue and empathy, thinking about the advantages and disadvantages of each one.