ESSa - Posters em Encontros Científicos Internacionais
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Browsing ESSa - Posters em Encontros Científicos Internacionais by Subject "Acidente vascular cerebral"
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- Estado nutricional aos três meses após AVC e sua relação com complicaçõesPublication . Lopez-Espuela, Fidel; Mendes, Eugénia; Novo, André; Gomes, Maria José; Preto, LeonelOs pacientes do foro neurológico apresentam elevado risco de desnutrição associada à doença devido a fatores que tem que ver com a ingestão de nutrientes, alterações no gasto energético, distúrbios alimentares, problemas gastrointestinais e efeitos colaterais dos medicamentos. A desnutrição é frequentemente observada em pacientes após um AVC e tem vindo a ser associada a maus resultados em saúde e pior recuperação funcional. Conhecer o estado nutricional do paciente com AVC e sua relação com o estado funcional e outros eventos adversos aos 3 meses. Estudo observacional com follow-up a três meses. Os pacientes com AVC (n=139) foram recrutados no Departamento de Neurologia do Complexo Hospitalar de Cáceres (Espanha) através de amostragem consecutiva. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e qualidade de vida. O risco nutricional foi avaliado através do MNA (Mini Nutritional Assessment) e de indicadores antropométricos. O estado funcional avaliou-se através do Índice de Barthel. Além disso, foram monitorizadas complicações durante os três meses após a alta (febre, ataque cardíaco, pneumonia, quedas, infeção do trato urinário, tromboflebite, etc.). O estado nutricional foi classificado de acordo com os pontos de corte do MNA, resultando as seguintes categorias: estado de nutrição normal (mais de 24 pontos no MNA); risco de desnutrição (de 17 a 23 pontos) e desnutrido (menor que 17 pontos). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da área geográfica e os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Estudaram-se 139 pacientes (76,6±6,8 anos), a maioria homens (53,2%), predominando o AVC isquémico (83,8%). Como se pode verificar pela Tabela 1, a pontuação média no MNA foi de 22,7 (±4,4) pontos, traduzindo um estado nutricional normal (45,9%), risco de desnutrição (45,2%) e desnutrição (8,9%). No seguimento a 3 meses 29% dos pacientes apresentavam uma dependência leve ou moderada e 18,1% dependência total. Não foram observadas diferenças significativas no estado nutricional, entre sexos, ou relativamente à idade. A pior estado nutricional correspondeu maior dependência funcional aos 3 meses pós-AVC (p<0,001). Doentes com pior estado nutricional tinham também pior qualidade de vida (p<0,001). A complicação mais frequentemente observadas aos 3 meses foram a agitação (14,4%), as infeções urinárias (13,7%) e as quedas (12,2%). Em geral, os pacientes que apresentaram alguma complicação apresentaram pior pontuação média no MNA (20,3±4,66 vs 24,1±3,7; p<0,001). O risco de desnutrição, a curto prazo, é comum em sobreviventes de AVC. Aos 3 meses após AVC o estado nutricional associou-se a uma pior situação funcional, a baixa autopercepção da qualidade de vida e a uma maior taxa de complicações. É, pois, essencial detetar o risco de desnutrição precocemente em pacientes que sofreram um AVC.
- Exercício pós-acidente vascular cerebral - revisão sistemática da literaturaPublication . Antão, Patrícia Susana Martins; Mendes, Eugénia; Novo, André; Preto, Leonel; Casado, SóniaO AVC é uma patologia que concorre diretamente para alterações na funcionalidade das pessoas. Diversas orientações mundiais que alertam para esta temática têm sido publicadas, embora sejam ainda recentes os estudos que abordam os benefícios do exercício físico em sobreviventes do AVC (Best et al., 2010). Os mesmos autores consideram que o AVC é uma das causas que mais provoca alterações complexas na funcionalidade, provocando sequelas em mais de metade dos sobreviventes de AVC. Está definido que o exercício físico é importante na reabilitação pós AVC, nomeadamente na aptidão física e funcional das pessoas, no entanto há necessidade de se validarem cientificamente os programas que têm vindo a ser implementados. Problema de investigação e Objetivos: Seguindo a estratégia PICO (Figura 1), definiu-se como problema de investigação: “Quais os benefícios do exercício físico em sobreviventes de AVC?”, para dar resposta aos objetivos: identificar e caracterizar os benefícios do exercício físico em sobreviventes de AVC. Método: Foram definidos procedimentos específicos de análise dos artigos, respeitando critérios de seleção, quer de inclusão quer de exclusão (Figura 2), tendo sido considerados os termos “Exercício”, “físico”, “pós AVC” como ponto de partida para a recolha inicial dos artigos, bem como a combinação gramatical dos termos em frase, nas línguas portuguesa, inglesa e francesa. As bases de dados científicas utilizadas e o número de artigos encontrados, após a introdução dos termos identificados foram na ISI Web of Knowledge 480 e na PUBMed 255. O fluxograma representado pela Figura 3 ilustra os procedimentos adotados. Conclusão: Programas de exercício físico estruturado, contínuo e aplicado precocemente no pós AVC contribui claramente para uma recuperação e reabilitação mais rápidas, com resultados positivos no contexto global da saúde dos sobreviventes do AVC. Realça-se ainda que os artigos apresentam orientações no sentido de se implementarem estes programas, como estratégia de reabilitação e prevenção, diminuindo os custos pessoais, familiares, sociais e económicos associados a esta patologia e melhorando claramente os níveis de qualidade de vida dos sobreviventes do AVC.
- Perfil glicémico, diabetes mellitus e outros fatores de risco em pessoas com doença cerebrovascular na fase agudaPublication . Barreira, Ilda; Preto, João Filipe Barreira; Moura, Sandra Cristina Mendo; Preto, Leonel; Martins, Matilde; Preto, PedroAs doenças cerebrovasculares (DCV) são uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo ( Powers et al., 2018) . A identificação de fatores de risco é de vital importância para a prevenção primária e secundária do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Sabe-se que em 10 fatores de risco (hipertensão, diabetes, obesidade abdominal, tabagismo, dieta inadequada, sedentarismo , alcoolismo, stress, depressão e doenças cardíacas ) estão associadas a 90% do risco de AVC ( Bradley et al, 2022).