Browsing by Author "Loureiro, Armando"
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- Educação para o suporte social e satisfação com a vida em idososPublication . Cunha, Lúcia; Pereira, Fernando A.; Loureiro, ArmandoNas últimas décadas a sociedade portuguesa e europeia têm registado um evidente envelhecimento populacional. Na maioria dos países europeus a proporção da população idosa e o índice de envelhecimento são deveras preocupantes e as projeções demográficas anunciam o seu agravamento. De acordo com Giannakouris (2015), para os 27 países da União Europeia (UE27), a população com mais de 65 anos aumentará dos atuais 17,1% para 30,0% no ano de 2060 e o índice de dependência dos idosos aumentará, no mesmo período, de 25,4% para 53,5%; ainda segundo a mesma publicação, Portugal segue quase fielmente os valores médios encontrados para o EU27. Paralelamente, no caso português, assiste-se a um número crescente de idosos vivendo sozinhos ou na companhia de outros idosos, consequentemente, o tradicional sistema de entreajuda que garantia o devido apoio e cuidados prestados aos idosos, nas pessoas, amigos e vizinhos, encontra-se ele também bastante debilitado (Pereira, 2014). Isto ocorre quer no interior despovoado do país, quer nos bairros anônimos das grandes cidades do litoral. A sociedade terá de acomodar este fenómeno social, procurando, por um lado, inverter os indicadores demográficos e, por outro, atender às necessidades de um grupo social com bastante tempo livre, com muito potencial social, com conhecimento e cultura, mas que corre o risco de exclusão social e consequente desagregação da sociedade. Na perspetiva do ciclo de via, a terceira e quarta idade, comummente designadas por velhice, são etapas de profunda reconstrução identitária dos indivíduos, caraterizadas pela perda e ganho de novos papéis sociais (Carrajo, 1999; Pereira, 2012; Sousa, Figueiredo, & Cerqueira, 2004), designadamente: cessação total ou parcial da atividade profissional, perda de familiares e amigos, adaptação a situações de debilidade, processos de institucionalização, necessidade de lidar com mudanças do corpo e imagem, possibilidade de novas aprendizagens e novas relações, por exemplo. Enquanto processo social, estas etapas também dizem respeito ao entorno social e familiar do idoso, ou seja, tal como a pessoa idosa também os seus significativos mais próximos vivenciam esses fenômenos. O desenvolvimento individual é um processo natural e contínuo em que as etapas do ciclo de vida se sucedem e, com elas, a aquisição e desenvolvimento de competências. Em conformidade, a preparação para encarar as circunstâncias da velhice deve ser prevista e preparada garantindo, como sugere Erikson (1972) na sua teoria do desenvolvimento psicossocial, que o indivíduo experimente uma sensação de integridade e satisfação com o seu percurso de vida e, acrescentámos nós, com conforto, segurança e a felicidade possível. Importa também relevar que embora existam características próprias comuns aos idosos, não pode, em circunstância alguma, ser ignorada a subjetividade que torna o indivíduo singular no grupo social. Neste capítulo partimos do indivíduo (o idoso), das suas circunstâncias (no caso a sua satisfação com o suporte social e a sua satisfação com a vida) e as suas competências e interesses, para chegar a propostas para o desenvolvimento de estratégias socioeducativas e de animação sociocultural, no pressuposto da vida ativa e plena. Nos pontos seguintes procuramos ilustrar como a educação, a animação sociocultural e o envelhecimento ativo se podem conjugar como promotores do desenvolvimento pessoal dos idosos e garantir a satisfação com o suporte social e a satisfação com a vida.
- Liderança: supervisão e aprendizagem partilhada na escola actualPublication . Prates, Maria Lidia; Aranha, Ágata; Loureiro, ArmandoO principal objectivo deste artigo é compreender até que ponto a liderança de uma escola pode ser feita por uma só pessoa ou por um grupo de pessoas; como se desenvolve a supervisão e como se pode levar a escola a ser um organismo vivo, que aprenda no seu todo e que sobreviva à sociedade actual, em plena mudança social e educativa. A responsabilidade da construção da escola deve ser colectiva e não individual; a colaboração deve supor a criação conjunta da visão do director, dos professores, do pessoal de apoio, dos pais e alunos, que devem participar na ideia da missão e dos objectivos da escola. A tarefa fundamental dos líderes consiste em potenciar sentimentos positivos nas pessoas que são lideradas, que ocorre quando o líder cria ressonância, aumentando a intensidade dos sentimentos positivos em seu redor. Os líderes concretizam visões, porque criam motivação, orientam, inspiram, ouvem e convencem. The main purpose of this article is to understand the extent to which school leadership can be undertaken by just one person or by a group of people; how supervision develops and how it can lead the school to become a living organism, learning as a whole and surviving the social and educational changes of our society. The responsibility of school organization should be collective and not individual. Collaboration should assume the creation of a director’s, teachers’, staff, parents and students’ vision, who should participate in the mission’s concept and school objectives. The leader’s fundamental task is to enhance positive feelings in those who are lead, which happens when the leader creates resonance, increasing the intensity of positive feelings around him. Leaders materialize visions, because they create motivation, guide, inspire, listen and persuade.
- A Participação Cívica e Social nas Universidades Seniores: A Perceção dos Líderes e ProfessoresPublication . Cramês, Luísa; Santos, Graça; Loureiro, ArmandoEsta comunicação insere-se numa investigação desenvolvida no âmbito do doutoramento em Ciências da Educação, que tem como objetivo principal analisar criticamente a forma como as Universidades Seniores (US) do Nordeste Transmontano promovem a participação cívica e social dos adultos mais velhos. A investigação inclui dois estudos, sendo que nesta comunicação pretendemos apresentar o segundo estudo, que visa dar a conhecer como as US, através da voz dos líderes e dos professores valorizam a participação cívica e social das pessoas mais velhas, pelo que se torna necessário clarificar estes conceitos A metodologia adotada foi de natureza qualitativa, descritiva com análise de conteúdo das respostas dos participantes (Bardin, 2015). Como instrumento de recolha de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada, realizada com base num guião elaborado para o efeito. Na análise de conteúdo foram consideradas duas categorias definidas a priori: i) oferta formativa, que inclui duas subcategorias - oferta formativa (2023/2024); participação na elaboração/organização do plano de atividades; ii) participação cívica e social, que engloba seis subcategorias - perceção sobre participação cívica e social; participação; comunidade; efeitos da participação; contributos; estratégias. Neste estudo participaram duas US, selecionadas com base na aplicação de critérios específicos. Como resultados, esperamos encontrar exemplos indicados pelos líderes e professores sobre a forma como se realiza a participação cívica e social sustentada em momentos de interação intergeracional e de divulgação da US à comunidade. Outro resultado esperado incide sobre a referência a projetos e iniciativas dos alunos das US com impacto na comunidade.
- O sistema de profissões no trabalho social: trabalho de equipa, formação e jurisdições profissionaisPublication . Caria, Telmo; Loureiro, Armando; Costa, Isabel; Pereira, Fernando A.; César, FilipaAs condições sociais de incerteza e flexibilidade em que hoje se desenvolve o trabalho profissional, como foi referido no capítulo 3, podem facilmente gerar conflitos nas fronteiras que separam as diferentes profissões (conflitos de jurisdições na relação entre conhecimento e trabalho), gerar obstáculos ao reconhecimento da expertise e gerar pressões para a intermutabilidade das tarefas e das formações. Esta colocação do problema das relações interprofissionais é inspirada numa abordagem, como vimos, baseada numa lógica em que o poder profissional é visto como dependente de uma perspetiva histórica dos processos de controlo institucional que cada profissão desenvolve sobre a oferta de trabalho, pressupondo que existe apenas a intencionalidade estratégica de procurar o fechamento e o monopólio do mercado contra os restantes grupos profissionais rivais.
- A supervisão: funções e competências do supervisorPublication . Maio, Natividade Lurdes; Silva, Helena Santos; Loureiro, ArmandoEste artigo pretende apresentar uma análise da Supervisão Escolar, entendida como o factor de sustentabilidade da escola, que a complexidade dos tempos de hoje determina que seja elencada como “organização que aprende”. Perspectivar a escola como organização que aprende, afirma-se um caminho difícil, que exige o empenhamento de todos numa aprendizagem contextualizada, colaborativa, interactiva, cooperativista e reflexiva, com vista à melhoria dos processos educativos. No sentido de tornar possível a compreensão dos supervisores, numa organização que aprende, optou-se por fazer emergir a especificidade das suas funções e competências, enquadradas na legislação em vigor. This article presents an analysis of school supervision, understood as the school’s sustainability factor. The complexity of our days determines that school is to be seen as a “learning organization”. To imagine school as such seems to be a difficult path, which requires the commitment of all in a contextualized, collaborative, interactive, cooperative and reflective learning process, having the improvement of the educational processes as goal. In order to make the understanding of supervisors possible in a learning organization, it was chosen to bring out the specificity of their functions and competences, supported by the legislation.
- As Universidades Seniores do nordeste transmontano e a participação cívica e social na perspetiva dos líderesPublication . Cramês, Luísa; Santos, Graça; Loureiro, ArmandoEsta comunicação pretende dar a conhecer a investigação que está a ser desenvolvida no âmbito do Doutoramento em Ciências da Educação, tendo por objetivo principal analisar criticamente a forma como as universidades seniores (US) do Nordeste Transmontano promovem a participação cívica e social das pessoas mais velhas. Importa atender à diversidade destas pessoas na crescente investigação sobre a participação cívica (Serrat, Scharf, Villar, & Gómez, 2020). Considerando que as US valorizam a aprendizagem e desenvolvimento comunitário (Jacob, Torres, & Pocinho, 2018) e que se baseiam no princípio da aprendizagem ao longo da vida, compreendemos que a participação cívica e social pode fazer parte integrante do desenvolvimento de carácter pessoal, social e comunitário. No plano de investigação adota-se uma metodologia mista, predominantemente de natureza qualitativa, baseada no estudo de casos múltiplos. A investigação integra dois estudos. O primeiro incide no diagnóstico/caracterização das US quanto à participação cívica e social, contando com a participação voluntária dos líderes (membros da direção, gestores) das US. O segundo refere-se à auscultação das perceções das pessoas mais velhas, dos professores/educadores e outros voluntários relativamente à participação cívica e social nas US. O estudo 1 utiliza como instrumento de recolha de dados um questionário, procurando-se perceber de que forma as US do Nordeste Transmontano que participam no estudo promovem a participação cívica e social destas pessoas. Como resultados esperados prevê-se identificar diferentes contextos e práticas de participação, bem como perceções distintas sobre a forma como estas instituições valorizam a participação das pessoas mais velhas na sociedade.