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Abstract(s)
Para a produção do instrumento de recolha de dados, e para assegurar a validade do conteĂșdo, foi necessĂĄrio passar desse nĂvel conceptual ao nĂvel da operacionalização destes conceitos, transformando-os em afirmaçÔes ou expressĂ”es, que mantendo o significado que o autor (Goleman, 1995) lhes atribuiu em cada um dos cinco domĂnios, no sentido de medir o que pretendem medir; e tambĂ©m constituĂssem uma forma de traduzir aos respondentes esse mesmo significado, e que constituĂssem simultaneamente, um instrumento de trabalho para poder testar esses conceitos agora operacionalizados.
Para construir esse conjunto de afirmaçÔes, foram utilizadas as descriçÔes e conceitos usados pelo autor, que foram eles prĂłprios jĂĄ ante-produto do produto final que Ă© a conceptualização da InteligĂȘncia Emocional.
ApĂłs proceder a esta operacionalização, o instrumento pĂŽde ser testado numa amostra de professores, para verificar se essas Capacidades ou domĂnios, eram percepcionadas tal como Goleman (1995) as conceptualizou. Os resultados desta aplicação, revelaram as configuraçÔes de cada uma das Capacidades nesta amostra, o que no global, revelou o perfil da CompetĂȘncia Emocional.
Procedimentos de Operacionalização dos Conceitos
Recuperando os trabalhos levados a cabo para a construção deste instrumento, em 1997, vĂŁo ser apresentados os passos essenciais que serviram de base Ă construção da âEscala das Capacidades da InteligĂȘncia Emocionalâ. A proposta teĂłrica que tinha decorrido da elaboração de um construto para a I.E; veio no plano metodolĂłgico a ter o processo inverso: cada uma das cinco capacidades ou domĂnios, foi usado como unidade conceptual bĂĄsica, que para ser operacionalizado, foi descodificado em expressĂ”es/afirmaçÔes. Estas, constituĂram cada um dos itens, e traduziram e testaram comportamentos e atitudes, numa amostra respondente, com a finalidade de conhecer os seus nĂveis de desenvolvimento, em cada uma das cinco capacidades, e no global, da realização emocional. Este procedimento,viria a expĂŽr (Veiga Branco, 2004; Vilela, 2006; Agostinho, 2010) a âimagem ou configuraçãoâ da CompetĂȘncia Emocional. Uma imagem, nĂŁo no global, porque nĂŁo se faz a perscrutação em um sĂł domĂnio, mas sim atravĂ©s de cinco domĂnios de acção emocional, tal como Goleman(1995) a preconizou.
Do ponto de vista prĂĄtico, foram por isto, construĂdas cinco sub-escalas e nĂŁo uma sĂł - razĂŁo porque neste estudo em Enfermeiros, sĂł se usam a Sub-escala I (Auto-ConsciĂȘncia) e a III (Auto-Motivação), pelo que neste momento do processo da operacionalização destes conceitos, hĂĄ que explicar tambĂ©m, como e porque se optou por este mĂ©todo.
Do ponto de vista dos conceitos e dos instrumentos que os possam mensurar, considerou-se que nĂŁo Ă© possĂvel tratar num todo, as cinco capacidades. Primeiro, porque o prĂłprio autor elaborou e apresentou o conceito de InteligĂȘncia Emocional fragmentado jĂĄ em cinco domĂnios diferentes, e segundo, e sobretudo, porque no seu todo elas avaliam cinco dimensĂ”es diferentes do sistema psĂquico do sujeito.
Cada capacidade da I.E., mede fenĂłmenos diferentes porque pertencem a nĂveis diferentes, embora se possam manifestar por vezes em atitudes ou comportamentos semelhantes, e no conjunto integrem a InteligĂȘncia Emocional.
Por exemplo, a 1ÂȘ capacidade enunciada por Goleman (1995), a Auto-ConsciĂȘncia, Ă© um construto integrador, perscruta as emoçÔes desde os nĂveis viscerais, jamesianos, atĂ© ao nĂvel transcendental. No instrumento de recolha de dados, para medir esta capacidade, os respondentes serĂŁo colocados em situaçÔes hipotĂ©ticas, nas quais lhe serĂĄ pedido, para tentarem aperceber-se do experienciar da emoção, desde os aspectos somatofisiolĂłgicos atĂ© Ă percepção de si prĂłprio, do ponto de vista do auto-conceito.
A 3ÂȘ capacidade, Auto-Motivação (Goleman, 1995), envolve nĂŁo sĂł o domĂnio integrador de perscrutação do corpo acerca da experiĂȘncia da emoção, reveladora, portanto, do fenĂłmeno e dos processos cognitivos, entendidos como inteligentes, organizadores e adaptativos. Estes sĂŁo essenciais aos processos de mudança do estado emocional mental, atravĂ©s tambĂ©m da mudança dos estados emocionais induzidos no corpo e no rosto, «como se» de uma nova emoção se tratasse.
Description
Este documento: "Escala Veiga Branco das Capacidades da InteligĂȘncia Emocional" (1997 a 2009),por razĂ”es conceptuais e fonĂ©ticas, a partir de 2010, passou a ser identificado como: "Escala Veiga de CompetĂȘncia Emocional"
Keywords
CompetĂȘncia emocional Auto-consciĂȘncia Auto-motivação
Citation
Veiga-Branco, Augusta (2009). Escala Veiga Branco das capacidades da inteligĂȘncia emocional (EVBCIE): partes I e III .In Mendonça, Susana Sobral . CompetĂȘncias Profissionais dos Enfermeiros: a ExcelĂȘncia do Cuidar. Penafiel: Editorial Novembro. p. 162-164. ISBN 978-989-8136-34-3