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Abstract(s)
A castanha (Castanea sativa) é considerada um produto perecível devido ao seu alto teor de água e açúcar, designadamente amido, e, como consequência, tem um tempo de prateleira muito limitado. Deste modo, um dos desafios mais importantes, após a colheita e processamento das castanhas, é manter a qualidade do fruto, tentando reduzir a perda de peso e o desenvolvimento de bolores. O uso de embalagens adequadas pode ser uma opção de modo a reduzir a perda de peso do fruto e aumentar o tempo de conservação da castanha. Assim, no âmbito do Projeto ValorCast, avaliou-se o efeito de distintas embalagens durante diferentes períodos de armazenamento e temperaturas na perda de peso, composição físico-química e na qualidade microbiológica de castanhas frescas. Os ensaios realizados foram os seguintes: 1º Ensaio– utilizaram-se sacos de polietileno (POLY), embalagens em atmosfera modificada (MAP) (0,3% O2 e 32% CO2) e vácuo (VAC) durante 6 meses, sob refrigeração industrial;2º Ensaio: foram posteriormente utilizados sacos
com microperfurações (sacos-MP), também durante 6 meses sob refrigeração industrial; e 3º Ensaio: aplicaram-se embalagens com atmosfera modificada (MAP) e usaram-se sacos de vácuo (sacos VAC),
polietileno (sacos POLY) e polietileno com macroperfurações (sacos PH), de forma a criar diferentes atmosferas ao longo do armazenamento, resultado das diferentes permeabilidades ao oxigénio e dióxido de carbono que os sacos apresentam. Neste estudo as castanhas foram armazenadas durante 6 semanas, à temperatura ambiente, de forma a simular as condições de venda a retalho. Nos ensaios de longa duração, os resultados obtidos, até ao momento, mostraram que os sacos de MAP e VAC não acarretaram um aumento na carga microbiana, ao contrário do observado nos sacos de POLY e no controlo (amostras não embaladas).
Contudo, originaram um odor a fermentado após 3 meses. Desse modo, optou-se por testar os sacos-MP. Estes originaram perdas de peso muito inferiores às do controlo (2 versus 23%), indicando ser uma solução promissora a aplicar no armazenamento longo de castanhas. Em relação ao armazenamento curto (até 6 semanas), as castanhas embaladas em MAP e sacos de VAC e POLY apresentaram perdas de peso inferiores a 2%, enquanto as castanhas controlo e as embaladas em sacos PH apresentaram valores de 13,2 e 9,2%, respetivamente.
Description
Keywords
Perda de água Castanhas
Pedagogical Context
Citation
Ramalhosa, Elsa; Pereira, Ermelinda (2022). Utilização de embalagens como forma de reduzir a perda de água. In ValorCast – Valorização da castanha e otimização da sua produção. p. 143-154. ISBN 978-989-53782-2-7
Publisher
RefCast – Associação Portuguesa da Castanha
