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Abstract(s)
Devido à grande intensidade de colheita de cogumelos em determinadas regiões de
Portugal e Espanha, o incentivo à investigação nesta matriz, assume particular
destaque, em especial no que concerne ao estudo das propriedades bioactivas.
Neste trabalho avaliou-se a actividade antioxidante de cinco espécies diferentes de
cogumelos silvestres comestíveis provenientes do Nordeste de Portugal, Agaricus
arvensis, Lactarius deliciosus, Leucopaxillus giganteus, Sarcodon imbricatus e
Tricholoma portentosum.
Nas espécies de A. arvensis, L. giganteus e S. imbricatus, efectuaram-se ensaios
químicos e enzimáticos para determinar a capacidade de remoção de radicais livres, o
poder redutor, a inibição da hemólise em eritrócitos de animais e a inibição da
peroxidação lipídica. Procedeu-se também à quantificação de algumas moléculas
bioactivas, nomeadamente compostos fenólicos, ácido ascórbico, β-caroteno e
licopeno, responsáveis pelas propriedades antioxidantes avaliadas.
Verificou-se que o L. giganteus revelou melhores propriedades antioxidantes que o
S. imbricatus e A. arvensis, facto que está de acordo com o conteúdo mais elevado de
fenóis encontrado na primeira espécie. As quantidades detectadas de ácido ascórbico,
-caroteno e licopeno foram apenas vestigiais. Os diferentes testes de avaliação de
actividade antioxidante evidenciaram um mecanismo de acção idêntico.
Foi efectuado também um estudo comparativo entre o carpóforo inteiro, o chapéu e
o estipe para as espécies de L. deliciosus e T. portentosum. Determinou-se o seu
conteúdo em fenóis totais, poder redutor e capacidade bloqueadora de radicais livres.
Ambas as espécies revelaram potencial antioxidante, mas L. deliciosus provou ser a
mais activa. A porção do cogumelo utilizada também teve influência nos resultados
obtidos, tendo o chapéu revelado um maior efeito antioxidante relativamente ao
estipe.