Avaliação da qualidade das águas balneares do distrito de Bragança nos períodos de pandemia, de pré e pós confinamento de covid-19

A monitorização de qualidade das águas recreativas é essencial, uma vez que este tipo de água representa potenciais fontes de infeção por microrganismos e outras substâncias que podem causar doenças. As águas das praias, incluindo as interiores, devem atender a critérios de segurança para prática balnear, com avaliação de parâmetros microbiológicos tais como Escherichia coli, Enterococos e Salmonella. Este estudo pretende avaliar a qualidade das águas balneares do distrito de Bragança, nos períodos pré, durante e pós-pandemia Covid-19, avaliando variáveis microbiológicas, condições meteorológicas e mudanças demográficas resultantes do confinamento obrigatório. Foi feita uma abordagem retrospetiva, fundamentada nos dados obtidos no Laboratório de Saúde Pública, relativos a 11 zonas balneares do distrito de Bragança entre os anos 2018 a 2023. Durante a pandemia por Covid-19, houve um menor controlo sanitário das águas, o que pode ter levado ao aumento de contaminação por E. coli, que nos anos 2020 a 2021, foi responsável por situações de incumprimento nas praias de Fresulfe, Miradezes, Vale de Juncal, Quintas e Quintanilha. No entanto, uma situação contrária foi observada relativamente ao parâmetro Salmonella, que registou uma maior frequência nas águas balneares do distrito durante o período pré-pandémico (2018-2019), tendo diminuído os seus níveis durante o período de pandemia (2020-2021) e no período pós-pandémico (2022-2023).

Keywords

Qualidade da água Enterococos Salmonella Escherichia coli

URI

http://hdl.handle.net/10198/35087

Citation

Teixeira, Cristina; Fernandes, Nazaré; Carvalho, Raquel; Fernandes, Telma; Afonso, Eugénia; Montanha, Maria José; Nogueira, António José M.; Pires, Bruno; Andrea Luísa Fernandes (2025). Avaliação da qualidade das águas balneares do distrito de Bragança nos períodos de pandemia, de pré e pós confinamento de covid-19. III Congresso BioMedLab. Lisboa. p, 72-72