Loading...
13 results
Search Results
Now showing 1 - 10 of 13
- Faca-se luz! Let there be light! Que la lumiere soit! Es werde Licht! – Fraseologismos com ‘luz’ em português e línguas estrangeirasPublication . Cardoso, Nazaré; Martins, Cláudia; Falcão, CecíliaA UNESCO proclamou o ano de 2015 como o Ano Internacional da Luz. Esta temática serviu de mote para orientar a seleção de expressões idiomáticas que constituem o nosso corpus de trabalho nas línguas alemã, espanhola, francesa, inglesa e portuguesa. Abordar o tópico das expressões idiomáticas implica necessariamente explorar as questões da linguagem figurativa (versus linguagem literal) e o continuum de idiomaticidade e fixidez que compreende desde as colocações aos idiotismos mais opacos. Concomitantemente, é fundamental discutir as implicações metafóricas, ou transferência de propriedades, assim como a força imagética que nestas expressões tipicamente se concentra, tornando-as mecanismos simultaneamente de simplificação linguística no quotidiano e de vulgarização científica no campo das línguas de especialidade (cf. metáforas terminológicas de acordo com Kočourek, 1991). A nossa motivação para este trabalho deriva da necessidade de integrar a reflexão sobre o fenómeno da idiomaticidade e o uso das expressões idiomáticas na nossa prática letiva. Enquanto professoras de línguas estrangeiras, trabalhamos os idiomatismos nas aulas de uma forma sistemática e com uma organização temática (onomaseológica) ou por palavra-chave. Simultaneamente, verificamos a escassez não só de recursos didáticos devidamente estruturados, mas também de reflexão linguística sobre a idiomaticidade em língua portuguesa. Desta forma, operacionalizando uma abordagem de investigação-ação, pretendemos, a partir da recolha de expressões idiomáticas com a palavra “luz”, construir um produto didático que funcione como uma plataforma comum que possa ser usada pelos diversos professores de línguas estrangeiras da nossa instituição, assim como os de língua materna. Esta plataforma de idiomatismos, potenciadora da motivação dos alunos e facilitadora da sua aprendizagem, contribuirá igualmente para uma abordagem interdisciplinar.
- Dar palavra à ciência: diálogos entre linguística e linguagens de especialidade a propósito de um dicionário terminológicoPublication . Pedrosa, Fantina Tedim; Falcão, Cecília; Ferreira, Cláudia Maria Pinto; Martins, Cláudia; Silva, Manuel daA reflexão linguística tem vindo a dar conta da vitalidade da produção e divulgação científica em português e a observar os seus processos de discussão e fixação do saber e das suas linguagens. A língua é, cada vez mais, objecto de estudo não só no âmbito estritamente linguístico mas também em áreas mais recentes que ligam, por exemplo, a língua às ciências ou a outros domínios de aplicação. A importância do português como língua de especialidade é, de facto, afirmada através de várias pesquisas, realizadas ou em curso, que têm como objectivo inscrever o português nas áreas mais inovadoras da sociedade actual. O projecto de concepção de um dicionário terminológico multilingue que nos tem ocupado inscreve-se exactamente nesta preocupação em considerar o português como uma das línguas de trabalho num domínio científico específico, o dos Estudos da População. Mas, na encruzilhada entre a língua e a ciência, a relação pode revelar-se problemática não apenas em casos equívocos ou que momentaneamente se apresentam como insolúveis, mas sobretudo quando há ausência de diálogo. Somos levados a pensar: que conexão tem existido entre as preocupações dos linguistas e terminólogos e as dos cientistas ou especialistas de uma dada área do saber? Partindo da constatação de um desencontro (tradicional) entre a linguística e a ciência, assumimos novas perspectivas de cooperação, percursos de inovação na relação imprescindível entre terminólogos e especialistas, na execução do projecto terminográfico numa área tão actual e interdisciplinar como são os estudos da população. O diálogo é a atitude natural quando reflectimos sobre os problemas que se põem à língua ao ser confrontada com as necessidades das linguagens de especialidade a análise de casos aqui exposta atesta que “dar à ciência a palavra exacta” contribuirá para a afirmação da Terminologia, enquanto disciplina autónoma, em língua portuguesa.
- Comparar o incomparável: análise multilingue de símilesPublication . Martins, Cláudia; Cardoso, Nazaré; Falcão, CecíliaAs comparações idiomáticas são estruturas binómicas utilizadas para caracterizar pessoas, objetos, ações ou animais antropomorfizados. O primeiro elemento da comparação apresenta-se como transparente, atributo-base, ao passo que o segundo é onde reside a idiomaticidade e a figuratividade. Paralelamente, a primeira parte afigura-se como o grau zero da caracterização, enquanto a segunda expande o sentido inicial e introduz intensificação. Desta forma, apesar de as estruturas serem comparativas sintaticamente, podem funcionar semanticamente como superlativas. Há casos em que o comparante combina com diferentes sujeitos comparados e o oposto também ocorre. Considerando estes pressupostos, o nosso objetivo centra-se na compilação de um corpus destas unidades fraseológicas em português, língua de partida, e em línguas estrangeiras (alemão, francês e inglês), e na organização de um produto didático que as permita trabalhar em aula de língua materna ou estrangeira. Assim, pretendemos criar uma plataforma de comparações idiomáticas que potencie a motivação dos alunos e facilite a aprendizagem, numa perspetiva interdisciplinar e multilinguística.
- Viagem ao passado: reflexões linguísticas em obras lexicográficas do Arquivo Distrital de BragançaPublication . Martins, Cláudia; Cardoso, Nazaré; Falcão, CecíliaO Arquivo Distrital de Bragança tem por objetivo “recolher, gerir, preservar, valorizar e difundir o património dos arquivos da região” (página oficial em linha) de Bragança, no nordeste de Portugal. Este património incorpora fundos documentais de elevada relevância com diferentes proveniências. O Depósito A reúne o fundo arquivístico onde se encontram as obras mais antigas do Arquivo em diversas línguas europeias. Neste contexto, estamos a desenvolver um projeto de inventariação das obras lexicográficas (que ascende a uma centena) que regista um conjunto de itens da sua macro e micro estruturas, com registos fotográficos. Assim, pretendemos descrever uma amostra de três dicionários e discutir as reflexões linguísticas que estas obras apresentam, na linha do trabalho desenvolvido por Chávez Fajardo/Dorado Puntch (2016).
- I Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas: LUSOCONF2018: livro de atasPublication . Araújo, Carla Sofia (Ed.); Teixeira, Carlos (Ed.); Falcão, Cecília (Ed.); Santos, Lídia (Ed.); Fernandes, Paula Odete (Ed.); Gonçalves, Vitor (Ed.)A Língua Portuguesa une milhões de seres humanos dispersos pelo mundo. De acordo com Simons e Fennig (2018), em Ethnologue: Languages of the World (21.ª edição, versão online: http://www.ethnologue.com), a Língua Portuguesa (LP) é atualmente falada por 236 512 000 indivíduos, sendo língua materna para 222 708 500 e língua segunda para 13 803 500 indivíduos. Estes dados provam que o Português é uma das línguas mais faladas do e no mundo, entre as 7097 línguas atualmente vivas. Seja qual for a leitura que se faça do passado, a verdade é que esta partilha da mesma língua, elemento fundamental da construção da nossa história e fator primordial da afirmação da nossa identidade, não pode deixar de ser uma oportunidade com futuro. A comunidade dos países falantes de LP é uma realidade incomparável a qualquer outra. Das línguas que se repartiram pelo mundo, aquando da primeira mundialização ocorrida na passagem do século XV para o XVI (o mais fascinante momento da história recente da humanidade), o Português é a única que cumulativamente apresenta as seguintes caraterísticas: • está presente nos blocos continentais de leste a oeste; • não há, na CPLP, países com fronteiras partilhadas; • todos esses países têm uma significativa orla marítima. É uma língua verdadeiramente repartida pelo mundo, impondo-nos o respeito ético pela diversidade e a compreensão de que essa diversidade só nos engrandece. O português é uma língua internacional, mas isso de modo algum implica que seja uma língua culturalmente desenraizada… bem pelo contrário. Pertencendo a países banhados por vários oceanos, é uma língua líquida. Olavo Bilac, no soneto «Língua Portuguesa», cantou o seu aroma a “oceano largo”. Irmanando a nossa voz à voz poética, todos podemos declarar o nosso amor a esta língua: “Amo o teu viço agreste e o teu aroma / De virgens selvas e de oceano largo”. Vêm-nos à memória as palavras de Vergílio Ferreira quando, em «A voz do mar» (texto lido pelo autor em 1991), afirmou: “Da minha língua vê-se o mar. Na minha língua ouve-se o seu rumor como na de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar foi em nós a da nossa inquietação”. Que se valorize, pois, o dinamismo da língua e não a sua inércia. Um dinamismo evidente nas suas cantantes possibilidades fonológicas, nas suas castiças variações morfológicas e lexicais, na flutuação da sua sintaxe, nas riquezas da sua semântica e na sua plasticidade pragmática. Já todos ouvimos a frase de Bernardo Soares: “A minha pátria é a língua portuguesa” e conhecemos várias glosas, como a de Mia Couto: “A minha pátria é a minha língua portuguesa”. Vamos aventurar-nos e dizer que “Nós somos a pátria da língua portuguesa”. Por isso, ela irá onde nós formos. É em nós que ela vive. Sem quixotescos idealismos e sem percutir a pérfida corda do patriotismo exacerbado, podemos, e acreditamos que devemos defender a Língua Portuguesa como língua internacional na arte e na ciência, na cultura e nos negócios e em todas as áreas das relações internacionais. Os ventos não estão propriamente de feição e nós não os podemos controlar… mas podemos ajustar as velas e acreditar que ainda há ilhas desconhecidas e que a aventura vale a pena. Em 2018, o LUSOCONF lançou-se à (a)ventura. Ele irá onde todos nós o levarmos. Haja coragem e engenho e que os ventos lhe sejam favoráveis!
- Fraseoparemiologia multilingue: uma ferramenta para o diálogo culturalPublication . Martins, Cláudia; Cardoso, Nazaré; Falcão, CecíliaO mundo atual assume-se como necessariamente multicultural e multilingue e educar alunos para este contexto implica muni-los de ferramentas que possibilitem e facilitem o diálogo cultural. Neste sentido, como professoras de línguas, entendemos a fraseoparemiologia como o material linguístico por excelência que reflete a riqueza e diversidade culturais de uma dada comunidade linguística. Enveredar por esta abordagem em sala de aula de língua (estrangeira ou materna) acarreta a reflexão sobre dimensões como a linguagem figurativa (versus linguagem literal), o continuum de idiomaticidade e fixidez, assim como a carga metafórica ou a força imagética destas estruturas. Desta forma, a motivação para este trabalho deriva não só da necessidade de integrar a reflexão sobre estas unidades fraseoparemiológicas, mas também de as trabalhar de uma forma sistemática e com uma organização onomaseológica. Com base numa abordagem de investigação-ação, temos como objetivo dar a conhecer o produto didático que se encontra em construção direcionado para a compilação de unidades fraseológicas e paremiológicas, atualmente em português, alemão, francês e inglês, e que abrange áreas temáticas tão diversas como os cinco sentidos, os animais ou o corpo humano. Pretendemos que este produto funcione como uma futura plataforma comum a ser usada por professores de línguas e alunos, potenciadora da sua motivação e facilitadora da sua aprendizagem, e que contribua igualmente para uma abordagem interdisciplinar entre unidades curriculares.
- Multiculturalismo e paremiologia: uma relação improvável?: a competência paremiológica no ensino superiorPublication . Martins, Cláudia; Cardoso, Nazaré; Falcão, CecíliaO Quadro Comum Europeu de Referência para as Línguas considera que a competência fraseológica tem de integrar as competências dos aprendentes de línguas pelo menos no nível C2 (avançado superior). Partindo de um conceito mais lato de fraseologia, podemos considerar a paremiologia como parte deste universo, ou seja, o estudo das estruturas fixas de uma língua materna ou estrangeira tem de incluir as parémias ou provérbios. Enquanto o conceito de literacia informacional é ubíquo nos tempos atuais, este ainda não incluiu discussões relativas às competências fraseológica e paremiológica, particularmente pertinentes no atual mundo que incentiva a multiculturalidade. Numerosos estudos abordam o mínimo paremiológico que os alunos de língua materna e de línguas estrangeiras devem possuir, por exemplo, Mieder (1994) para o inglês, Fiedler (2007) para o alemão ou Díaz Ferrero e Sabio Pinilla (2017, 2018) para o português. O conceito de mínimo levanta questões importantes que pretendemos discutir: o que define o máximo paremiológico; onde se encontra esta lista e como esta foi constituída; ótimo paremiológico em vez de mínimo; as fontes a usar; o nível de competência das novas gerações, entre outras. O nosso objetivo é reportar um estudo de caso realizado com uma amostra de alunos de licenciatura e de mestrado da Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Bragança, Portugal, que se centrou na competência paremiológica na sua língua mãe, i.e. o português, independentemente da variedade. O questionário aplicado inclui os testes propostos por Ďurčo (2004) (i.e. teste de competência, de desempenho, introspetivo, cognitivo e de experiência). Com base nos resultados deste questionário, procederemos à análise dos mesmos, destacando algumas respostas de alunos que não são oriundos de Portugal, e procuraremos refletir não só sobre um possível mínimo/ ótimo paremiológico para a língua portuguesa, mas também sobre o desenvolvimento do nosso trabalho futuro que pretende incluir reflexões similares sobre as línguas estrangeiras lecionadas na ESEB, nomeadamente o alemão, o chinês, o espanhol, o francês e o inglês.
- I Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas: livro de resumosPublication . Araújo, Carla Sofia (Ed.); Teixeira, Carlos (Ed.); Falcão, Cecília (Ed.); Santos, Lídia (Ed.); Fernandes, Paula Odete (Ed.); Gonçalves, Vitor (Ed.)O I Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas (LUSOCONF2018) será um tempo e um espaço de partilha e de construção de conhecimento sobre as mais diversas áreas. A lusofonia, porém, é o seu elemento identitário. Vários apontaram a importância da relação entre o conhecimento e a língua. Entre nós, Raúl Brandão foi certeiro: «[…] o que nos vale são as palavras, para termos a que nos agarrar». O LUSOCONF viverá do conhecimento, mas, também, desse particular som e sentido das palavras da língua que nos une e que nos expande. Não uma língua perfeita, mas a língua das nossas relações, a língua com que trocamos conhecimento, a língua com que nos entendemos e entendemos o mundo, a língua que dá voz aos nossos sonhos e à nossa esperança. Até lá!
- IV Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas: livro de atasPublication . Araújo, Carla Sofia (Ed.); Falcão, Cecília (Ed.); Fernandes, Paula Odete (Ed.); Monte, Ana Paula (Ed.); Rodrigues, Alexandra Soares (Ed.); Sousa, João Sérgio Carvalho (Ed.); Teixeira, Carlos (Ed.)O LUSOCONF, Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas, tem como objetivo fundamental contribuir para o avanço científico dos estudos em Língua Portuguesa e Relações Lusófonas. Este evento internacional é organizado pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB) em parceria com a Câmara Municipal de Bragança. Nele intervêm docentes do departamento de Português da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança (ESEB), docentes de vários departamentos da ESEB e docentes de todas as escolas do IPB. Participam também investigadores, professores, estudantes do ensino superior e membros de direção e de gestão de instituições das áreas da Língua Portuguesa e das Relações Lusófonas. Deste modo, o Encontro está estruturado de acordo com uma lógica multidisciplinar, que assenta nos 9 eixos temáticos propostos. A matriz do LUSOCONF assenta nesta dimensão plural, que já caracterizou as três edições anteriores do evento. Nesta 4.ª edição do Encontro, o LUSOCONF2022 continuou a ser um espaço de ampla discussão de temáticas em diversas áreas relevantes no campo de ação da Língua Portuguesa e das Relações Lusófonas. Dado que, em 2022, se celebrou o centenário do nascimento de José Craveirinha, um dos maiores nomes da poesia moçambicana e lusófona, e de José Saramago, Prémio Nobel da Literatura, nesta 4.ª edição do LUSOCONF, prestamos homenagem a estes dois grandes vultos da literatura lusófona. Dando continuidade aos propósitos das edições anteriores, o LUSOCONF2022 foi um encontro de debate dinâmico e interventivo, no qual as diferentes áreas temáticas se cruzaram, em busca de novas respostas para as problemáticas da Língua Portuguesa e das Relações Lusófonas, tendo sempre como objetivo estimular um debate académico pluridisciplinar, ancorado no diálogo e na valorização de contributos oriundos de diversas áreas do conhecimento relacionadas com a Língua Portuguesa e as Relações Lusófonas. O conjunto de conferencistas convidados assegurou ao LUSOCONF2022 uma diversidade de contributos para múltiplas reflexões sobre as desafiantes inquietudes que o universo lusófono encontra hoje num mundo cada vez mais complexo e instável, que nos confronta com questões essenciais sobre os valores, os objetivos e o sentido da ação humana, impondo a procura conjunta de resolução de problemas e de elaboração cooperada de estratégias para a abordagem dos dilemas com que o mundo lusófono se confronta, reconhecendo que, tal como nos diz Saramago, em A Segunda Vida de Francisco de Assis: «O mundo mudou porque nós não soubemos mudar doutra maneira o mundo. Agora teremos de mudar-nos a nós próprios para que o mundo possa ser mudado». Este Encontro, pela elevada qualidade dos seus participantes e pela atualidade dos temas tratados, constituiu um evento de ideias novas, que permitirão enfrentar os desafios da Língua Portuguesa e das Relações Lusófonas, num mundo cada vez mais globalizado, onde o Português é língua de pátrias plurais, a língua de todos os que a usam, formando uma verdadeira «Fraternidade das Palavras», evocando assim o título do poema de José Craveirinha, que nos permite experimentar sentidos e emoções no entrecruzar de línguas, numa pura “miscigenação” linguística: «O céu / É uma m’ benga / Onde todos os braços das mamanas / Repisam os bagos de estrelas. / Amigos: / As palavras mesmo estranhas / Se têm música verdadeira / só precisam de quem as toque / ao mesmo ritmo para serem / todas irmãs». A conceção holística do mundo lusófono e dos seus desafios permite-nos apresentar o LUSOCONF como um Encontro concebido para a partilha e a reflexão. Os textos que se reúnem neste volume configuram uma partilha do nosso saber sobre a Língua Portuguesa e sobre as problemáticas que se levantam no âmbito das Relações Lusófonas. finalizar esta breve nota de apresentação, a Comissão Organizadora agradece a todos os que tornaram possível o LUSOCONF2022 e, em particular, aos conferencistas convidados e a todos os investigadores que nele participaram.
- Oficina(s) de escrita com a biblioteca escolar: análise críticaPublication . Santos, Lídia; Falcão, CecíliaO presente estudo insere-se num conjunto de ações em curso na Biblioteca do Agrupamento de Escolas Miguel Torga, de Bragança, com alunos a frequentar o segundo Ciclo do Ensino Básico no âmbito da disciplina de Português, assumindo a importância de práticas articuladas de leitura e escrita e do trabalho colaborativo em ambiente escolar. Aplica-se uma metodologia qualitativa, apurada na observação direta e assente na leitura e apreciação dos textos resultantes de sessões já concretizadas, nas quais os alunos foram orientados no sentido de trabalharem em grupo, na biblioteca escolar, com base nos volumes 1 e 2 de Maggy, a Fada, anteriormente lidos em sala de aula. O trabalho oficinal decorrido enquadra-se nos propósitos do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar (integrado numa medida concreta em aplicação no Agrupamento denominada “Crescer a Ler: A arte de compreender o mundo”). A transversalidade de linguagens e propósitos interpretativos enunciada nesta medida motiva a escolha de textos ficcionais que acolhem um universo fantástico (“modern fantasy”) bem apreciado nestas idades. Tal proximidade textual é potenciada pelas necessárias sinergias em ambiente educativo, cruzando vários atores que intervêm no desenvolvimento de hábitos de leitura e escrita progressivamente autónomos. Neste contexto, os objetivos delineados assentam na necessidade e importância das práticas promotoras do desenvolvimento de competências de leitura, mas também na capacidade de interpretação e consequente escrita em alunos que manifestam dificuldades nesses campos e que, portanto, carecem de treino que integre leitura, interpretação e escrita orientada. Assim sendo, assumem-se os seguintes objetivos: a) evidenciar uma prática concreta de intervenção oficinal de leitura/escrita com alunos de 2.º Ciclo do Ensino Básico; b) dar conta da interação entre autor, professor e biblioteca escolar; e c) trazer à discussão os resultados preliminares da análise crítica feita aos primeiros grupos de trabalho e à sua atuação. Nesta análise, uma vez que o trabalho se pauta por três etapas diferentes, fazendo jus à ideia de retoma/circularidade, enfatiza-se: a leitura atenta dos contos mencionados, a capacidade de interpretação na oficina por parte dos alunos e a sua consequente concretização dentro do tempo estipulado, bem como o desenvolvimento de diferentes fases de (re)textualização.