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  • Sexualidade na idade maior
    Publication . Jacob, Luis
    A actividade sexual nos idosos é facilmente alvo de gozo ou de desconfiança por parte dos mais novos e dos próprios idosos. Para a maioria das pessoas o sexo na terceira idade é algo inimaginável, para uns uma “vergonha” e para uma minoria algo perfeitamente natural. A crença de que o avançar da idade e o declinar da actividade sexual estejam inexoravelmente ligados tem sido responsável pelo facto de não se prestar atenção suficiente a uma das actividades mais fortemente associadas à qualidade de vida, como é a sexualidade. Este texto pretende ajudar a esclarecer algumas das ideias associadas a este tema. A vida sexual das pessoas nem sempre é igual durante a vida, embora seja ponto assente que a sexualidade está presente desde o nascimento até à velhice, «Enquanto o homem viver, seja qual for a sua idade, é capaz de sentir impulsos eróticos não existindo nenhuma idade em que a actividade sexual, os pensamentos sobre sexo ou o desejo acabem» (Lopes, 1993).
  • Communication and society:senior virtual university's contribution to sustainability during the pandemic perio
    Publication . Galinha, Sónia; São João, Ricardo; Jacob, Luis; Galinha, Mariana
    Lifelong Learning (LLL) and Sustainable Human Development (HDI) are defended by ONU focused on their educational goals and quality of life. Objective: In the pandemic period an attempt was made to evaluate the contributions of the new experience of the Senior Virtual University (SVU): the perceptions and participation in training activities and the correlation between variables. Method: This is a quantitative, cross-sectional, and correlational study involving 86 senior virtual university students, using beyond a demographic questionnaire the USVSOQ scale. Results:The USVSOQ scale has a good internal consistency (Cronbach's Alpha coefficient=0.82). There is a positive correlation (rho=0.6) and statistically significant (p<0.001) between satisfaction with the SVU and the continuity of participation of its students for the next academic year. The SUV offer is inclusive, transversal and covers the whole country. The association between suggestions for SVU improvement to be implemented in the next school year and gender is highlighted (p-value = 0.04). Conclusion: SVU prove to be a contribution to sustainability in education in periods of confinement and emergency, upskilling.
  • Walking football
    Publication . Jacob, Luis
    Em agosto de 2017 foi apresentado à RUTIS pelo Fundação Benfica1 (FB) um novo projeto desportivo para os seniores, um futebol a andar. Desde o início que achamos a ideia aliciante e que teria um enorme potencial entre as universidades seniores. O nosso instinto não falhou e quando a 17 de outubro apresentamos na Reunião Magna da RUTIS o projeto “Walking football” a adesão foi imediata. O primeiro passo dado foi uma sessão de formação para os futuros técnicos/dirigentes/atletas que ocorreu no Estádio da Luz no dia 20 de fevereiro de 2018. O primeiro pontapé de saída, num torneio regional, ocorreu a 11 de maio no Estádio Municipal de Almeirim, seguindo-se os torneios em Coimbra, Oeiras e Miranda do Douro. No dia 21 de junho, no Estádio da Luz, decorreu o I torneio final com a participação de 213 atletas e 45 elementos da equipa técnica. Os motivos para a grande adesão dos seniores a esta nova modalidade, e na época 2019/2020 participaram 26 equipas de Vinhais a Aljustrel, de Braga a Ponta Delgada, de Miranda do Douro ao Alvito, são essencialmente 3: » É divertido. Qualquer atividade (desportiva, formativa, cultural) que se faça para seniores (ou qualquer outro grupo) tem que ser divertida, caso contrário dificilmente funciona. E jogar futebol é divertido, seja a correr ou a andar. A participação nos torneios com outras equipas, um pouco por todo o país, é igualmente divertido e um excelente momento de convívio e desportivismo. Muitos atletas, especialmente as senhoras, nunca tinham jogado futebol e isso trouxe-lhes uma experiência completamente nova e bem-disposta. » É saudável. As equipas treinam entre 2 a 3 vezes por semana, durante sensivelmente uma hora, sendo notável ver o desenvolvimento que alguns jogadores apresentam posteriormente o nível de coordenação, resistência, acuidade visual e espacial e orientação. Os resultados foram mais visíveis nas senhoras e nas pessoas mais velhas, com ganhos gerais ao nível de saúde e capacidade física.
  • A resposta online para os seniores em tempo de pandemia
    Publication . Jacob, Luis
    A pandemia do Covid 19 trouxe inúmeros problemas à sociedade. Se todos os grupos profissionais, sociais e etários foram afetados de alguma forma , os mais velhos foram particularmente sujeitos a diversas privações. O convívio com os amigos e familiares foi seriamente, e por vezes demasiado, limitado; os locais de interação social foram encerrados (cafés, centros de convívio e de dia, clubes ou universidades seniores) e os mais dependentes ficaram enclausurados ou em casa ou nas ERPISA.
  • Excesso de gerontotimismo
    Publication . Jacob, Luis
    Frequentemente quando reflito sobre o envelhecimento recordo-me de três frases que me marcaram de alguma forma, uma é de Jorge Amado (1912-2001, 89 anos), que numa das suas últimas entrevistas afirmou que “A velhice é uma porcaria”, outra é da atriz brasileira Tónia Carrero (1922- 2018, 95 anos) que afirmou “A velhice é a prova que o inferno existe” e por fim a minha mãe dizia no final da sua vida (1937-2017, 80 anos), “Já enterrei tanta gente”. O que estas três pessoas têm em comum é que ultrapassaram os 80 anos e tiveram um envelhecimento ativo até quase ao fim das suas vidas. Estas afirmações vem contradizer um pouco a “vaga” que surgiu nos últimos anos de um gerontotimismo, considerando este como “a perceção que é transmitida de que a velhice é a melhor fase de vida e que o envelhecimento é um processo isento de dificuldades, pleno de satisfação”, que advoga e enaltece as maravilhas e potencialidades da velhice, muito associado ao conceito de “envelhecimento ativo ou bem sucedido”. Este movimento afirma que a da terceira/ quarta idade é a melhor fase da vida, há até quem lhe chame a idade “dourada” ou quem promova a gerontoadolescência, como se os mais velhos pudessem e devessem repetir os comportamentos dos adolescentes.
  • O papel das universidades seniores na inclusão das pessoas idosas e o seu contributo para um envelhecimento activo, saudável e bem sucedido
    Publication . Jacob, Luis
    Nelson Mandela, em 2003, disse uma frase que fi cou pa ra a história, "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Se quisermos transpor esta frase para o universo sénior podemos dizer que as Univers idades Seniores (US) são a arma mais poderosa pa ra va lori za r todo o potenc ial dos sen iores. Sabemos que os países mais desenvolvidos são os que apostam co ntinuamente na educação e formação ao longo da vida. Essa poderá ser uma das causas do menor desenvolvimento do nosso pa ís. A participação da popu lação adulta activa em programas de educação ou formação em Portugal não chega a 10%, enquanto nos países nórdicos ultrapassa os 25% (Eu robarómetro, 2013). Recordemos ainda que a taxa de ana lfabetismo em Portugal em 1960 era de 46.5% (4.128.000 pessoas sem nível de ensin o, in Pordata) e que na Dinamarca ou Letón ia era inferior a 4% no mesmo ano (UNESCO, 1995). Em Portugal nunca se valo ri zou muito a formação de adu ltos e Silvestre indica "se consideramos que a educação e formação de adu ltos tem sido marginalizada, esta faixa etária (idosos) tem sido super-hi per-u ltra-marg inalizada" (2011, p. 117). Por exempl o, na Univers idade de Lisboa, apenas 0,5% têm mais de 63 anos, Petró, 2012.
  • I Seminário Gerontológico. Novo tempo de envelhecimento: livro de atas
    Publication . Galvão, Ana Maria (Ed.); Jacob, Luis (Ed.)
    A criação do curso de licenciatura em Gerontologia no Instituto Politécnico de Bragança ocorreu com a Portaria nº 841/2004 de 16 de Julho. Decorridas duas décadas temos formado centenas de Gerontólogos! Ser Gerontólogo: uma profissão do presente para o futuro! Este Seminário trata-se de uma exigência curricular inserida na Unidade Curricular: Estágio II. O processo de envelhecimento é um processo heterogéneo e individual. Cada pessoa envelhece de forma única, com as suas próprias necessidades, desejos e circunstâncias. O novo tempo de envelhecimento valoriza a autonomia e a autodeterminação das pessoas mais velhas, permitindo que elas tomem decisões sobre a sua saúde, estilo de vida, participação social e cuidados. O "novo tempo de envelhecimento" refere-se a uma mudança de perspetiva e abordagem em relação ao processo de envelhecimento na sociedade atual. Com o aumento da expectativa de vida e os avanços médicos e tecnológicos, estamos a viver numa época em que as pessoas estão a envelhecer com mais qualidade de vida. Ou seja, o novo tempo de envelhecimento tem sido marcado por um aumento na expectativa de vida saudável. Uma das principais características deste novo tempo de envelhecimento é o reconhecimento de que a idade não é um impedimento para a realização pessoal, a contribuição social e o desenvolvimento contínuo. Existe uma tentativa de romper com os estereótipos negativos associados à velhice e de redefinição do conceito de envelhecimento. Muitas vezes, a velhice é vista como um período de declínio e limitações, mas o novo tempo de envelhecimento está a desafiar esta visão. As pessoas mais velhas estão a envolver-se em atividades que lhes trazem satisfação e significado, seja trabalhando, viajando, aprendendo novas habilidades ou dedicando-se a causas sociais. Elas estão a aproveitar a vida de maneira plena e procuram novas oportunidades de crescimento pessoal. No entanto, é importante reconhecer que nem todos os indivíduos têm as mesmas oportunidades e recursos para desfrutar plenamente deste novo tempo de envelhecimento. Disparidades sociais, económicas e de saúde podem limitar o acesso a cuidados adequados, oportunidades de trabalho e participação social para algumas pessoas mais velhas. É fundamental que a sociedade adote uma abordagem inclusiva e garanta que todos os indivíduos possam envelhecer com dignidade e desfrutar de uma qualidade de vida satisfatória. Em suma, o novo tempo de envelhecimento representa uma mudança de paradigma em relação à velhice. No entanto, é importante reconhecer que o novo tempo de envelhecimento também traz desafios. O aumento da população idosa traz consigo questões como a sustentabilidade dos sistemas de saúde, a garantia de cuidados de longo prazo adequados e a promoção da inclusão social para todas as faixas etárias.
  • Estimulação cognitiva para idosos
    Publication . Jacob, Luis
    O processo do envelhecimento é a soma de vários processos entre si, os quais envolvem os aspectos biopsicossociais; têm como base a hereditariedade, sendo conhecido o facto de existirem famílias cujos componentes tendem á longevidade, e outras que apresentam certas patologias com muita frequência. O processo de envelhecimento pode ser acompanhado pelo declínio das capacidades tanto físicas, como cognitivas dos idosos, de acordo com suas características de vida. O défice cognitivo é definido por uma alteração de maior capacidade mental. Pode ser um défice focal ou um défice difuso. Entende-se por défice focal quando é limitado a um isolamento mental (tal como a fala) ou um conjunto funcionalmente ou geograficamente inter-relacionados. O défice difuso afecta várias capacidades mentais de uma só vez. Com o envelhecimento, ocorre uma redução do número de células nervosas, assim como uma diminuição na velocidade de condução do estímulo nervoso. No entanto, isto não significa, necessariamente, incapacidade, uma vez que o cérebro, suficientemente estimulado, consegue aumentar e fortalecer as ligações sinápticas existentes, independentemente da idade do indivíduo. Estas ligações criadas compensam a deterioração neuronal. Os problemas de memória, atenção, linguagem, cálculo, orientação espácio-temporal e coordenação motora , estão frequentemente relacionados com o processo de envelhecimento normal do cérebro. Normalmente a capacidade de recuperar espontaneamente a informação é afectada por este processo de envelhecimento, mas a informação é armazenada.
  • Universidades seniores o impacto na vida nos mais velhos
    Publication . Jacob, Luis
    Com o atual e progressivo envelhecimento da população no ocidente (no qual Portugal não é exceção), o aumento da esperança de vida e o crescente interesse pelos seniores pela educação ao longo da vida, surgiu a urgência de criar um modelo teórico e educativo específico para os adultos mais velhos, em que a objetivo profissional não é o mais importante. Surgem as ideias da gerontopedagogia ou da gerontologia educativa, conforme os autores. Segundo Osório, “o propósito [da gerontologia educativa] é prevenir o declínio prematuro, facilitar o desenvolvimento de papéis significativos para as pessoas seniores, fomentar o desenvolvimento psicológico, de modo a prolongar a saúde e os anos produtivos e aumentar a qualidade de vida das pessoas seniores” (2005, p. 280). A gerontopedagogia visa a conceção e desenvolvimento de modelos e programas de educação, estimulação, enriquecimento pessoal, formação e instrução dirigidos aos maiores de 55 anos. A educação para idosos tem sido objeto de várias investigações e presentemente são aceites duas teorias complementares: uma que concebe a educação como estratégia de “socioterapia”, promovendo e estimulando a integração social (e nesse caso a educação é um instrumento de promoção e integração social), sendo a segunda perspetiva a que entende um envelhecimento melhor para aqueles que mantêm a mente ativa através de atividades educativas. Nesta visão, a educação é simultaneamente uma espécie de ginástica mental, que evita o deterioramento das capacidades cognitivas e um instrumento para aquisição de novos conhecimentos. Entre a educação para adultos e a educação para idosos, há significativas diferenças, como os objetivos e a motivação (mais profissional e qualificativa nos adultos, mais lúdica e prazenteira nos idosos), a duração das aulas ou cursos e os métodos a utilizar. Neste envolvente surgem as Universidades Seniores (US), que são um exemplo maior de cidadania, formação, inclusão social, voluntariado, conhecimento, aprendizagem e desenvolvimento comunitário. Existiam em dezembro de 2017 em Portugal 326 US registadas na RUTIS (Associação Rede de Universidades da Terceira Idade), segundo o site da CASES, e perto de 50 000 alunos e 5500 professores voluntários.
  • Solidão, o mal dos tempos modernos?
    Publication . Jacob, Luis
    Este é o século mais solitário que a Humanidade já conheceu. (Hertz, 2021). Num estudo internacional feito em 2019, nos Países Baixos, quase um terço dos adultos admite ser solitário e um em cada cinco millennials (nascidos entre 1980 e 2000) nos Estados Unidos diz não ter amigos. Se a situação é transversal a todos as idades, é especialmente sentida nos mais velhos (do mesmo estudo 60% dos utentes dos lares de idosos nos Estados Unidos não têm visitantes, e no Japão, idosos cometem pequenos crimes só para serem presos e, deste modo, terem interação com outras pessoas). O impacto da solidão na velhice traduz-se num desejo profundo de se sentir entendido e compreendido. A afirmação “na velhice, a solidão pesa, mata” (Barreto, 1992, p. 30) exprime com fidelidade as queixas dos idosos. Para esta autora, em muitas circunstâncias, a solidão passa a constituir um estado, uma maneira de ser, ultrapassando o nível do sentimento. A ausência de outros e a impossibilidade de chegar até eles podem causar uma dor extremamente profunda, assim como olhar para o que se perdeu e admiti-lo como irrecuperável, tudo isto aumenta o sentimento de solidão. É muito importante que o idoso não caia numa autorreclusão, não se feche num ciclo de solidão, que só agrava o seu estado de isolamento e apatia.