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Recent Submissions
- Congresso nacional de recursos silvestres: livro de resumosPublication . Rodrigues, M.A. (Ed.); Sousa, Maria João (Ed.); Agulheiro-Santos, Ana CristinaA criação do Centro de Competências dos Recursos Silvestres (CCRES) resultou do reconhecimento da sociedade em geral e do poder político em particular de que existem recursos no território nacional (cogumelos, medronho, figo-da-índia, e muitos outros) aos quais deve ser dada maior atenção de forma a diversificar a atividade economia no meio rural e a potenciar os efeitos favoráveis no funcionamento dos ecossistemas. Associado à promoção da exploração económica destes recursos, é também necessário assegurar que o seu uso é feito de forma sustentável, para não haver sobre-exploração do recurso, como pode acontecer quando se faz colheita na natureza, como são exemplo numerosos cogumelos silvestres. Ao CCRES foi atribuída a missão de criar e promover as fileiras, assegurando uma ampla partilha da informação disponível pelos agentes económicos, assegurando o crescimento, a inovação, a internacionalização e a competitividade dos recursos silvestres, como forma de aumentar a atividade económica nos territórios de baixa densidade, tornando-os mais atrativos e com maior capacidade para fixar a população jovem. O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Universidade de Évora (UE), sobretudo através dos seus centros de investigação CIMO (Centro de Investigação de Montanha) e MED (Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento), respetivamente, são instituições com elevada atividade de investigação dirigida para os territórios rurais e empenhadas em gerar conhecimento que facilite o aparecimento e a expansão de negócios, bem como que os recursos silvestres seja usados de forma sustentável. O Congresso Nacional dos Recursos Silvestres (CNRS) resulta de uma iniciativa do CCRES, promovida pela Associação de Defesa do Património de Mértola e financiada no âmbito do PDR2020 (Operação - 20.2.4 - Assistência técnica RRN - Área 4 (Observação da agricultura e dos territórios rurais) / Candidatura n.o - PDR2020-2024-080341). O IPB e a UE são entidades parceiras corresponsáveis pela organização do evento, decorrendo este em Bragança na Escola Superior Agrária do IPB. O CNRS recebeu 51 comunicações, das quais 14 foram apresentadas na forma oral e as demais como painel. O elevado número de comunicações recebidas e de participantes inscritos demonstra o elevado interesse que Os Recursos Silvestres suscitam na comunidade científica e na população em geral. Este livro de resumos terá, também ele, um papel importante na difusão de conhecimento e da rede de entidades envolvidas em atividades de investigação nestes setores, ajudando o CNRES a cumprir a sua missão.
- Teoria e prática da gerontologia: um guia para cuidadores de idososPublication . Pereira, Fernando A.Na sua nova edição, revista atualizada e aumentada a obra A “Teoria e Prática da Gerontologia: Um Guia para Cuidadores de Idosos” pretende ocupar um lugar vago na literatura científica e técnica das questões do envelhecimento e dos cuidados ao idoso. Destina-se a académicos e técnicos que envolvidos nessa nobre e exigente tarefa de cuidar de pessoas idosos. Como está escrita numa linguagem acessível pode, e deve também, ser lida ou consultada por cuidadores informais de idosos e outros interessados neste tema tão atual das sociedades contemporâneas. A obra resulta de um conjunto vasto de reflexões do autor aos quais se juntaram os contributos de outros investigadores nacionais e estrangeiros, a maior parte destes são docentes e investigadores da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança e do Núcleo de Investigação e Intervenção do Idoso. A obra é composta por 22 capítulos abordando sucessivamente os temas de: condições da pós-modernidade; emergência da gerontologia e do gerontólogo; ética e humanitude do cuidado; estereótipos e sexualidade do idoso; sistemas de apoio formais e informais e respostas sociais aos idosos; institucionalização e família; autoeficácia dos cuidadores de idosos; envelhecimento ativo e vida ativa; recursos e saberes dos idosos; coaching, exercício físico, emoções. Merece destaque ao capítulo “O Olhar do Gerontólogo, uma reflexão pessoal de um gerontólogo sobre a sua experiência profissional, escrita na primeira pessoa, sem recurso a referências bibliográficas, a qual pensamos poderá ser da maior utilidade para os colegas mais novos que iniciam a sua atividade profissional. Não é necessário ler o livro todo. O leitor pode, se assim o desejar, ler apenas as partes que são do seu interesse mais imediato. Porém, é nossa espectativa, que a leitura de um capítulo suscite a curiosidade de ler mais. Aliás, foram incluídas notas e referências que convidam o leitor a fazer isso mesmo.
- Saber profissional em serviço social: uma perspetiva etnográfico-situacionalPublication . Caria, Telmo; Pereira, Fernando A.Este livro é dedicado ao estudo do saber profissional em Serviço Social e está empiricamente baseado numa abordagem etnográfica, multissituada, dos contextos de trabalho de três assistentes sociais. A análise etnográfica foca o olhar nas formas de proceder-fazer e proceder-falar durante o curso da ação profissional quotidiana dos assistentes sociais, isto é, foca-se na componente menos consciente e mais tácita do saber profissional, aquela que é mais usada na interacção social pelos profissionais. Assim, mais do que a interpretação dos dados etnográficos encontrados para o Serviço Social, a principal contribuição científica, profissional e social deste livro é a de desenvolver e validar uma teoria e uma metodologia micro social para o saber profissional que se concretiza num modelo de análise situacional para as narrativas etnográficas do trabalho profissional em Serviço Social. Quanto ao conteúdo, os capítulos 2, 3 e 7 são essenciais para a fundamentação e validação do modelo de análise situacional, que suporta o conceito de saber profissional. Os capítulos 4 e 6 têm uma orientação essencialmente metodológica, permitindo perceber a estratégia e as práticas de interacção e de escrita etnográficas desenvolvidas. O capítulo 5 tem um conteúdo fundamentalmente descritivo, tendo em vista permitir ao leitor perceber as trajetórias profissionais e as condições socio organizacionais que definem o contexto de trabalho das três assistentes sociais participantes no estudo etnográfico realizado. O livro termina com dois comentários de autores consagrados na matéria ao próprio livro.
- Trabalho social profissional no terceiro setorPublication . Pereira, Telmo; Pereira, Fernando A.Apresentamos neste livro as hipóteses, as reflexões e os resultados de um estudo empírico sobre o trabalhoprofissional nas organizações não lucrativas (ONL) do terceiro sector quedesenvolvem serviços sociais, no Norte de Portugal. O estudo centrou-se nos profissionais, licenciados, que desenvolvem trabalho social baseado nas Ciências Humanas e Sociais (CHS). Os dados quantitativos e qualitativos que suportam este estudo foram recolhidos entre Fevereiro de 2010 e Abril de 2011. O estudo insere-se numa linha de investigação que desde 2001 se dedica à análise do trabalho técnico e intelectual e do saber prático e formal em grupos profissionais de licenciados (linha de investigação ASPTI, capítulo1). Os resultados do estudo evidenciam a importância das relações entre a profissionalização do trabalho social e as formas de burocratização das ONL neste sector (capítulos 2, 4 e 5) e a existência de um sistema de profissões em trabalho social que se manifesta em processos de competição e complementaridade jurisdicional no mercado de trabalho (capítulo 3 e 6), na configuração das relações do trabalho com a educação formal e na organização hierárquica e técnica do trabalho de equipa (capítulo 7).
- Livro de resumos da XXXVI Reunião de Primavera da SPPFPublication . Aguiar, Carlos (Ed.); Torres, Filipa (Ed.); Corte-Real, Jerónimo (Ed.); Ferreira, Luís (Ed.); Pacheco, Luís (Ed.); Castro, Marina (Ed.); Carita, Teresa (Ed.)Livro de resumos da XXXVI Reunião de Primavera da SPPF, realizado em Vila Pouca de Aguiar nos dias 8 e 9 de maio de 2015, como tema: as pastagens e o pastoreio em áreas de montanha
- Teoria e prática da gerontologia: um guia para cuidadores de idososPublication . Pereira, Fernando A.“Temos de nos tornar na mudança que queremos ver” Mahatma Gandhi Este pensamento de Gandhi reserva ao Homem uma responsabilidade ao mesmo tempo simples e imensa. Simples, porque exorta a fazer o que está ao alcance da nossa esfera pessoal. Sem desculpas. Imensa, porque nos responsabiliza, dado que, em grande medida, fazer o bem ou o mal depende do nosso cometimento. A construção de uma sociedade mais humana, mais segura, mais agradável, mais sustentável passa, necessariamente, pela consciencialização dos fenómenos societários que trespassam e determinam as condições de vida atual, as condições da pós-modernidade. O fio condutor das ideias, ideias tão só, emana do diálogo entre interação e estrutura, isto é, do reconhecimento de que a subjetivação do indivíduo e a matriz dos contextos sociais, ambas contam. A presente obra é uma compilação de um conjunto de textos apresentados pelo autor em conferências que têm como denominador comum a questão do envelhecimento, dos idosos e dos cuidadores formais e informais. Algumas dessas conferências foram sustentadas em estudos empíricos, outras resultam tão só da reflexão sobre os temas e as problemáticas sociais envolventes. Para além deste contributo pessoal, foram convidados a participar com os seus valiosos conhecimentos vários autores nacionais e estrangeiros, facto que enriqueceu bastante esta obra que se pretende abrangente e interdisciplinar. Esta obra é também produto do trabalho desenvolvido pelos docentes e investigadores da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança desde que foi criado o curso de gerontologia em 2004. Mais recentemente, em 2008, com a criação do Núcleo de Investigação e Intervenção do Idoso, o qual coordeno, o esforço de investigação foi intensificado, sendo que muitos dos contributos desta obra resultam exatamente desse esforço de investigação e de intervenção no campo do envelhecimento e do cuidado ao idoso. O primeiro andamento desta obra é dedicado ao enquadramento da temática na qual estão plasmados alguns dos fenómenos estruturantes das sociedades pós-modernas, os quais são incontornáveis e influenciam as relações pessoais e profissionais. O segundo andamento dá conta da importância crescente da gerontologia como ciência e como atividade profissional e aborda as questões da identidade e da cultura profissional do gerontólogo. Merece destaque ao capítulo “O Olhar do Gerontólogo, uma reflexão pessoal de um gerontólogo sobre a sua experiência profissional, escrita na primeira pessoa, sem recurso a referências bibliográficas, a qual pensamos poderá ser da maior utilidade para os colegas mais novos que iniciam a sua atividade profissional. A obra continua com o terceiro andamento dedicado aos valores do cuidado da pessoa idosa, na qual se abordam a ética e a humanitude no cuidado gerontológico, assim como a problemática dos estereótipos e da sexualidade do idoso. O quarto andamento, que reputamos de importância mister é dedicado aos diferentes sistemas de apoio aos idosos, designadamente o papel da família e da institucionalização. No quinto andamento é abordada a questão fundamental do idoso enquanto ator social e enquanto recurso. Por fim, no sexto andamento apresentamos alguns temas complementares ao trabalho com idosos, designadamente: duas ferramentas práticas - o coaching e o exercício físico; e dois temas desenvolvidos em profundidade e atuais – a educação emocional e a sabedoria do idoso. Foi intenção do autor, assim como do editor, que a obra tivesse um carater pedagógico. Dedicamo-nos a esta tarefa com satisfação e naturalidade dado que, em cerca de duas décadas dedicadas ao ensino e investigação, tivemos sempre como referencial primeiro falar e escrever para os nossos alunos. O timbre da redação situa-se ao nível de uma linguagem própria da escrita científica, contudo, com a preocupação de ser entendível por um público mais vasto. Alguns elementos lexicais e conceptuais mais apurados são, tanto quanto o possível, explicados sucintamente e exemplificados. Elemento essencial do caracter pedagógico da obra reside na preocupação de encerrar cada capítulo com uma proposta, denominada Ferramenta para a Prática, que possa de algum modo ajudar o leitor a atuar no terreno, que suscite a reflexão, o aprofundamento da temática, ou a simples implicação através da invocação da sua experiência pessoal. Em toda a obra os idosos são referenciados pelas formas neutrais e consagradas na língua e cultura portuguesa de idoso ou de pessoa idosa. Evitamos as designações como: velhos, maiores, seniores, gerontes, entre outras, porque, de forma consciente ou inconsciente, frequentemente, as mesmas podem dar origem a estereótipos inadequados e eticamente inaceitáveis. Não é necessário ler o livro todo. O leitor pode, se assim o desejar, ler apenas as partes que são do seu interesse mais imediato. Porém, é nossa espectativa, que a leitura de um capítulo suscite a curiosidade de ler mais. Aliás, foram incluídas notas e referências que convidam o leitor a fazer isso mesmo.
- Identidades profissionais, trabalho técnico e associativismo agrário em Trás-os-Montes e Alto-DouroPublication . Pereira, Fernando A.No capítulo primeiro, enquadramento temático do estudo, procuramos estabelecer e compreender as relações existentes entre a entreajuda (cooperação comunitária) e as novas formas de associativismo e cooperativismo agrário (ACA). Por um lado, tomámos consciência de que a entreajuda, ao mesmo tempo que mitigava as dificuldades de muitas famílias camponesas, ajudava a perpetuar as desigualdades sociais entre elas. Por esta razão, moderámos a nossa crença inicial no sentido de equidade social subjacente à entreajuda. Por outro lado, a desarticulação do espaço e do tempo introduzidas pela globalização e modernização, faz com que os membros das ACA sejam relativamente “estranhos” uns aos outros, separados pela natureza e dimensão dos seus interesses, e cada vez mais sujeitos de linguagens e conceptualizações que não dominam, ou dominam mal. Em conformidade, levantámos a hipótese, posteriormente verificada, das ACA serem identidades colectivas construídas de início, isto é, novas imanências sociais e não imanências enxertadas na “velha” entreajuda. O capítulo segundo é dedicado ao enquadramento teórico e conceptual que permitiu a construção do objecto de estudo. Dele consta, designadamente, a abordagem às particularidades das ACA enquanto organizações do denominado terceiro sector e a análise do processo de construção da identidade pessoal e profissional. De entre as diferentes teorias da identidade pessoal, centrámos a nossa atenção naquelas que se inserem dentro da lógica da subjectivação proposta por Dubet (1996), que concede grande importância ao papel do actor, da interacção entre actores e da interacção entre actores e instituições. Encontrámos por esta via um elo de ligação, um processo partilhado, entre a construção da identidade profissional dos técnicos superiores das ACA e a construção das identidades colectivas que são as ACA. Conceptualmente, este processo partilhado é próximo do processo comunicacional e de imersão na cultura (socialização), proposto por Dubar (1995) e segue na esteira dos ensinamentos de Mead, Erikson, Berger e Luckmann, Giddens, Friedberg, entre outros. Assim, se fossemos capazes de estudar interpretar e compreender o processo partilhado de construção de identidades, cumpríamos o nosso objectivo central de estudar o associativismo e cooperativismo em Trás-os-Montes e Alto Douro (TMAD) a partir de dentro, traçando dele um retrato emancipatório, que nos habilitasse a contribuir para a evolução daqueles movimentos. Foi este o caminho que tomámos. Ainda neste capítulo, no decurso das leituras sobre as identidades profissionais e do trabalho de campo exploratório, desenvolvemos teoricamente a problemática do uso do conhecimento por parte daqueles profissionais, embora de forma breve e hipotética. No capítulo terceiro tratamos as opções metodológicas seguidas. O presente trabalho obrigou-nos à mobilização de conhecimentos das ciências sociais e das ciências agronómicas. Dentro das ciências sociais, beneficiámos, em particular, da abordagem interacionista de Mead e da abordagem praxeológica de Bourdieu. A metodologia foi escrita em dois tempos distintos da investigação, antes e depois do trabalho de campo. A primeira fase dá conta das intenções e a segunda daquilo que conseguimos concretizar. Ao longo do texto, introduzimos em rodapé algumas notas metodológicas, isto deve-se ao desejo de sincronizar os momentos de reflexão metodológica com os factos vividos, fazendo perpassar a imagem de avanços e recuos subjacente à investigação sociológica. No capítulo quarto retratamos, em termos quantitativos, o estado actual das ACA em TMAD. Ficámos a saber que são em número superior ao desejável (cerca de centena e meia) e que padecem mais da falta de empenhamento dos associados e cooperantes, do que da falta de recursos técnicos e materiais. A partir da perspectiva dos técnicos, tomamos conhecimento das suas principais missões e problemas, do seu posicionamento em relação às organizações do sector público e privado, do modus vivendi técnico e relacional e, ainda, do grau de satisfação/concordância dos técnicos com as condições de trabalho e resultados do mesmo. Apresentamos, por fim, o caso particular de uma ACA que cumpre as suas principais missões, que tira partido do seu estatuto social e se mantém acima do limiar de sustentabilidade social e económica. Um caso de sucesso. Um exemplo concreto de que as ACA em TMAD podem constituir uma forma organizacional útil e viável. O capítulo quinto é dedicado a construção da identidade profissional dos técnicos das ACA. Destacamos a relativa homogeneidade deste grupo profissional. Contudo, é possível encontrar diferentes identificações relativas à origem, situação profissional e representação da posição das ACA no campo agrário. Na construção identitária observámos o papel de relevo da socialização primária (ligação dos técnicos à actividade agrária e à ruralidade de TMAD) e da socialização secundária na sua fase escolar (educação superior agrária) e em contexto de trabalho (interacção quotidiana com outros actores das ACA). É o contributo destas três “fontes” para a forma de ser e de estar destes profissionais que merece ser destacado. O capítulo sexto revela a forma como os técnicos das ACA usam o conhecimento abstracto e implícito na sua intervenção profissional quotidiana. Verificámos que a forma como recontextualizam o conhecimento abstracto e o conhecimento implícito, ou seja, o estilo de uso do conhecimento, constitui um traço distintivo da identidade profissional. O processo de recontextualização é consubstanciado na articulação e conjugação dos três sentidos do uso do conhecimento, o sentido técnico-estratégico, o sentido interpretativo-justificativo e o sentido contextual na sua dimensão relacional e prudencial. O capítulo sétimo é dedicado à relação entre a identidade profissional dos técnicos das ACA e o uso do conhecimento em contexto de trabalho pelos mesmos. Verificámos que o estilo de uso do conhecimento constituí-se como uma marca identitária importante, muito embora seja matizada pelo efeito conjugado da origem e da situação profissional dos técnicos. Em conformidade, a construção identitária dos técnicos e das ACA (identidade colectiva), é um processo comum, partilhado, sendo muito complicado e quiçá desnecessário, dizer se é a identidade ACA que “molda” os técnico, ou a identidade técnico que “molda” a ACA. Preferimos pensar que emanam ambas da mesma matéria e do mesmo “cadinho”, ou seja, das vicissitudes culturais, socioeconómicas e políticas de TMAD. Por último, no capítulo oitavo, tentámos responder às questões levantadas aquando da construção do objecto de estudo. Todavia, algumas das questões iniciais foram reformuladas e outras emergiram nas fases mais avançadas da investigação. Ao contrário dos três capítulos precedentes, nos quais se apresenta e analisa os resultados, neste o investigador deixa prevalecer a sua reflexão sobre os fenómenos observados, muito embora respeite a essência das opiniões recolhidas e das experiências partilhadas com os actores das ACA. Começaremos por responder às questões relativas ao uso do conhecimento, depois às relativas à construção das identidades profissionais e identidades colectivas e, finalmente, às que dizem respeito ao associativismo e cooperativismo em TMAD. ABSTRACT The first chapter highlights the existing relations between the “entreajuda” (communitarian cooperation) and the new agrarians associative and cooperatives organizations (ACA). On one hand, I’ am aware of that the “entreajuda” while mitigating the difficulties of many farmer families, helped to perpetuate the social inequalities between them. For this reason, I moderated my initial belief in the sense of underlying social equity and justice to the “entreajuda”. On the other hand, the disarticulation of the space and the time, introduced by the globalization and modernization, makes the members of the ACA unfamiliar, or strange, one to another, separated by the nature and dimension of their interests, and more and more they are expose to the languages and conceptualizations that they do not dominate, or dominate badly. In conformity with this fact, I raised the hypothesis, later verified, that the ACA are new social constructions, and not some kind of “entreajuda” form. Chapter two contains the theoretical and conceptual framework that allowed the construction of the object of this study. I reviewed the literature about the ACA, as organizations of the third sector, and the literature about the theories of personal and professional identities. Among the different theories of the personal identity, I centred my attention on the logic of the “subjectivação” proposal by Dubet (1996), which grants great importance to the actor’s role, the interaction between actors and the interaction between actors and institutions. The construction of the professional identity of the ACA technician and the construction of the ACA as collective identities can be describe as a shared process. Thus, if I’ am able to understand this shared process of the identity construction, I’ll reach the main objective, that is, to study the agrarian associative and cooperative movements in Trás-os-Montes and Alto Douro (TMAD) from inside, in order to contribute for the evolution of those movements. Still in this chapter, I theoretically develop, in a brief and hypothetic way, the problematic of the professionals’ knowledge use. The third chapter treats the followed methodological options. The present work compelled us to the mobilization of knowledge of social sciences and agronomics sciences. Within the social sciences, I benefited, particularly, of the social interaction theory proposed by Mead. The methodology talks about the intentions and the accomplishment of the different research phases. Along the text, I introduce some methodological notes; this is due to desire of synchronizing the moments of methodological reflection with the experienced facts. The chapter four stresses, in quantitative terms, the present conditions of the ACA in TMAD. I found out that the ACA are in superior number to the desirable and necessary ones (one hundred and fifty) their problems are due to the lack active participation of their members and not because the lack of their material and technical resources. From the technicians’ I took notice of their main missions and problems, of their positioning in relation to the public organizations and private sector, the technical and relational modus vivendi, and the degree of satisfaction with the conditions of work and with the results of ACA missions. We present, finally, a case study of one well succeeded ACA. The fifth chapter refers to the construction of the professional identity of the ACA technician. I pointed out the relative homogeneity of this professional group. However, it is possible to find different identifications to respect with the origin, professional situation and representation of the position of the ACA in the agrarian field. I observed the relevant role of the primary socialization (the technician’s linkage to the agrarian activity and to the rural environment of TMAD) and of the secondary socialization, it means the agrarian higher education and in work context (interaction with other actors of the ACA). The sixth chapter develops the way in which the technicians of the ACA, in their quotidian professional intervention, use the abstract and the implicit knowledge. The style of use of the knowledge constitutes a distinctive feature of the professional identity. The contextualization process is a specific combination of the three senses of the knowledge use: the technical and strategic sense, the interpretative sense and the contextual sense in its both relational and prudential dimensions. The seventh chapter focuses the relation between enters the technicians’ professional identity and the knowledge use in context of their work. I verified that the style of the knowledge is a very distinctive mark of professional identities, although shaped by the inter-linked effect of the origin and the technicians’ professional situation. In conformity, with the construction of the technicians’ professional identity and the ACA (as a collective identity), is a shared process, being complex, and perhaps unnecessary, whether a collective identity of the ACA that shapes the technician, or the technicians’ professional identity that shapes the ACA. I prefer to think that both emanate from the same substance: the cultural, socioeconomics and politics vicissitudes of TMAD. Finally, in chapter eight, I try to answer to the questions raised at the time of the construction of object this study. However, some of the initial questions had been changed and others had emerged from the most advanced phases of the research. In contrast with the three preceding chapters, in which the results are presented and analysed, in this one the researcher stands out his thought the observed phenomena, although he respects the essence of the collected opinions and the shared experiences with the actors of the ACA.
- Estudo preliminar para a construção e reconversão de instalações pecuárias da Qtª de Stª ApolóniaPublication . Sousa, Fernando Ruivo de; Baltasar, José LuísAssociado ao crescimento da E.S.A. tem aumentado o número de projectos de investigação e experimentação, alguns deles na área da produção animal. Estes últimos têm exigido um aumento dos efectivos existentes ultrapassando a capacidade de alojamento actual. Dispondo de duas quintas, Sta. Apolónia e Pinheiro Manso, uma com um estábulo e a outra com um pequeno armazém transformado em ovil para um efectivo ainda flutuante mas composto por quatro raças e cruzamentos de ovinos e igual número para os bovinos, urge reconverter algumas instalações existentes e promover a construção de outras como forma de resolver os problemas com o alojamento dos animais e possuir instalações que, para além de funcionais, sejam didácticas. O presente trabalho visa abordar as diversas hipóteses de reconversão de algumas instalações existentes e/ou construção de outras tendo em consideração o atrás referido. Só se apresentam plantas e um corte porque sendo anteprojectos os seleccionados serão posteriormente desenvolvidos.
- MirandesaPublication . Sousa, Fernando Ruivo de; Sanchéz García, LucianoNo ano de 2009, o Livro Genealógico dos bovinos de raça Mirandesa comemora o quinquagésimo aniversário da publicação do seu Regulamento em Diário da República. Também neste ano se comemoram o trigésimo aniversário da Cooperativa Agropecuária Mirandesa, organização que integra o Agrupamento de Produtores da DOP Carne Mirandesa, e o vigésimo aniversário da Associação dos Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa, que gere o Livro Genealógico desde o ano de 1992; por fim, comemora- se ainda o centenário da publicação do Decreto do Governo que institui o registo de descendência para os reprodutores de bovinos de raça Mirandesa. Os bovinos de raça Mirandesa são uma raça portuguesa que teve berço no Planalto Mirandês. Ao longo dos últimos dois séculos tem desempenhado um papel de grande relevo na pecuária nacional. Entre o século XIX e o terceiro quartel do século seguinte foram a principal fonte de tracção para os trabalhos agrícolas numa área muito significativa do território nacional, de Trás-os-Montes ao Alentejo, com excepção das províncias do Minho, Baixo Alentejo e Algarve. Nesta vasta região, além do trabalho, a raça mantinha uma adequada eficiência reprodutiva produzindo carne cuja qualidade foi, desde cedo, muito apreciada dando origem a uma das especialidades da gastronomia nacional reconhecida, e frequentemente falsificada, em todo o território nacional, como Posta Mirandesa. Com dois séculos de história documentada um pouco por todo o país, raro é o trabalho sobre a agricultura e pecuária das regiões onde dominou que a ela não faça referência. Nos trabalhos em que ela aparece referenciada é nota dominante a sua natural aptidão para a tracção animal, a excelente aptidão maternal, a qualidade da carcaça e da carne e o temperamento vivo, curioso e independente porém facilmente se dominam e transformam em animais obedientes e dóceis.