Browsing by Author "Almeida, Sarah"
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- Cultura para todos Bragança: reflexões preliminares sobre a avaliação de acessibilidade de espaços culturaisPublication . Martins, Cláudia; Prada, Ana Raquel Russo; Mendes, Eugénia; Freitas, Ingrid Souza; Casca, Joana; Vaz, Roberto; Almeida, Sarah; Pinho, AndréA publicação de documentos internacionais e nacionais sobre a acessibilidade e a inclusão permitiram a crescente presença de diferentes públicos em espaços culturais, sobretudo devido ao reconhecimento do direito à fruição e participação na cultura das pessoas com deficiência e incapacidade em situação de equidade. Não obstante, a acessibilidade ainda continua a ser encarada como uma questão física e arquitetónica. Neste sentido, Dodd & Sandel (1988) propõem 8 dimensões de acesso em espaços culturais: acesso físico, acesso à informação, acesso emocional, acesso financeiro, acesso cultural, acesso à tomada de decisões, acesso intelectual e acesso sensorial. É neste contexto que surge o “Cultura para Todos Bragança”, projeto da Câmara Municipal de Bragança, com financiamento regional do programa NORTE 2020 (NORTE-07-4230-FSE-000058), cuja execução está a cargo do Instituto Politécnico de Bragança. Esta iniciativa tem como objetivo fundamental promover a acessibilidade de pessoas com deficiência e incapacidade auditiva, intelectual e visual em 5 espaços culturais de Bragança e engloba 7 ações, entre as quais o diagnóstico da acessibilidade destes espaços, a criação de recursos destinados aos públicos preferenciais, a adaptação de espetáculos ao vivo e a produção de recursos táteis. No âmbito da primeira ação, foi avaliada a acessibilidade destes espaços culturais que se concretizou em duas etapas. Em primeiro lugar, a equipa científica realizou visitas a estes espaços para aferir as condições de acessibilidade, com base na matriz disponibilizada pela Direção Geral do Património Cultural (DGPC, 2021). Esta matriz encontra-se organizada em 10 itens – 1. Edifício; 2. Localização; 3. Exposições; 4. Comunicação; 5. Segurança; 6. Consultoria; 7. Formação; 8. Emprego; 9. Avaliação e 10. Gestão – que foram avaliados por observação direta e por entrevista e apoiados em registos fotográficos. Seguidamente, prosseguiu-se com um conjunto de visitas orientadas pelos técnicos destes espaços a consultores com deficiência e incapacidade auditiva, intelectual e visual. Para a recolha de dados recorreu-se à observação não participante, complementada por entrevistas semiestruturadas. Considerando o acima exposto, a presente comunicação tem como objetivo apresentar as principais reflexões da equipa no que se refere ao desenvolvimento deste processo de avaliação das condições de acessibilidade dos espaços abrangidos pelo “Cultura para Todos Bragança”. Entre estas, destacamos o seguinte: a aplicação da matriz da DGPC facilitou este processo de avaliação não só por estar organizada de forma sistemática e se apoiar em bibliografia internacional, mas também por estar em conformidade com o Decreto-lei n.º163/2006; as visitas com os consultores com deficiência e incapacidade possibilitaram-nos recolher dados adicionais que corroboram a identificação prévia de barreiras aos níveis da acessibilidade física, sensorial, intelectual e emocional; e, por fim, a triangulação das análises qualitativa e quantitativa consolidou a metodologia de intervenção adotada. Paralelamente, uma das conclusões mais relevantes desta ação de diagnóstico prende-se com a urgência de sensibilizar e capacitar os recursos humanos que atuam nos diferentes espaços culturais para as questões da diversidade, acessibilidade, participação e inclusão, assim como com a necessidade de serviços de acolhimento de qualidade para pessoas com deficiência e incapacidade.
- How accessible is your web narrative? Reporting on the accessibility of a digital mediascapePublication . Almeida, Sarah; Martins, Cláudia; Gonçalves, Bruno F.Universal access has come to be regarded as a human right (Greco, 2018) and thus leapt beyond traditional grounds. The crossroads between AVT and the concept of accessibility, particularly digital accessibility, implies that people with different abilities can understand, interact and navigate through, for instance, websites or other mediascapes. Although the accessibility of digital services has been traditionally the prerogative of web designers and akin professionals, the fact remains that digital accessibility requires the collaboration of a multidisciplinary team that work towards making written, spoken and visual messages accessible to the largest number of people, by means of adaptation, simplification, reinforcement, manipulation and translation. As such, the World Wide Web Consortium (W3C) has set up a series of recommendations in its Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 2.1 to make Web content more accessible to a wider range of people with different disabilities. In line with this international approach, the Portuguese government has also made efforts to improve accessibility to its websites and applications through the Law #83/2018, and launched a seal of accessibility and usability based on WCAG 2.1 to promote a wider accessible environment in Portuguese mediascape. Despite these efforts, Moreno (2014) claims that too many websites fail to provide accessible content, even when the existing guidelines are straightforward and easy to implement. Considering the above-mentioned, this paper will report on the ongoing master’s project that aims to turn an institutional website (i.e. festivalcinemacessivel.ipb.pt) into a fully accessible page, by intersecting AVT and MA along with digital accessibility and thus involving a multidisciplinary team.
- Plain language in history museums: a project with wall informationPublication . Martins, Cláudia; Freitas, Ingrid Souza; Almeida, Sarah; Roberto, Maria TeresaThe UN Convention on the Rights of Persons with Disabilities has become a watershed for human rights. It enshrines “full and equal enjoyment” for all people with disabilities, namely participation in cultural life (cf. art. 30) which requires the development of accessibility services that may cater for the needs and requirements of specific groups. Among these services, we highlight easy/ plain language as a means to include people with cognitive impairments, or anyone “with communication impairments” (Hansen-Schirra & Maaß, 2020), by both improving “readability and comprehensibility” (ibidem). This is particularly important in cultural venues, e.g. museums, since it can be used by a myriad of visitors, such as children, the elderly, people with lower literacy or simply with less experience going to museums, and people with hearing impairment. However, such strategies may be regarded with suspicion for challenging long-held suppositions that need to be deconstructed by these institutions. Bearing this in mind, we wish to report on a project conducted in a Portuguese museum in Bragança (northeast of Portugal), which goes by the name of Abbott of Baçal Museum. For this history museum, we were asked to adapt 16 texts that would stand as wall information in each of the museum rooms, i.e. adapt them into easy/ plain language. Therefore, our paper aims not only at conducting a contrastive analysis between the original text handed in by the institution and the outcome of the “simplification” process, but also at reflecting on the intralingual translation strategies used to reach quality texts.
- Práticas de acessibilidade web: estudo preliminarPublication . Almeida, Sarah; Martins, Cláudia; Gonçalves, Bruno F.Na era atual, a tecnologia é parte essencial da rotina diária das sociedades modernas, isto é, usufruímos dos recursos digitais como smartphones, laptops, relógios ou pulseiras inteligentes etc., para fins laborais, lazer, acesso a serviços e, principalmente, para comunicar e interagir com outros indivíduos. A pandemia COVID-19 tornou-nos mais dependentes de tais tecnologias, uma vez que, segundo dados estatísticos atualizados, cerca de 5,18 bilhões de pessoas utilizam a internet, ou seja, cerca de 61% da população mundial. Somente entre julho de 2020 e julho de 2021, houve um aumento exponencial nestes números devido, provavelmente, aos confinamentos e teletrabalho, para além da concretização das aulas e ações de formação totalmente online, por exemplo, em modalidade de e-learning ou outras. Se a dependência da WWW é assim tão abrangente, será que todos a usamos sem barreiras? Com o avanço da tecnologia, a criação de aplicativos e produtos de mídia foram aperfeiçoados, passando a ser concebidos de forma mais compreensiva. O foco muda um grupo específico de consumidores finais para toda e qualquer pessoa, independente das dificuldades no âmbito comunicacional que esta venha a ter – designamos esta abordagem como desenho universal ou para todos. Houve também a mudança de pensamento no que diz respeito aos consumidores finais: os perfis diversos deveriam atuar proativamente desde o início da criação destes produtos, não após a sua conclusão, de forma reativa; ou seja, passariam de meros validadores no final do processo a participantes desde o momento da criação dos produtos. Com essa nova tendência de promover a internet para todos e, a fim de incentivar e normalizar os aspectos a serem atendidos no planejamento e concepção de uma página web/software acessível, o consórcio W3C/WCAG 2.0 propõe uma série de boas práticas no âmbito da acessibilidade digital. Em Portugal, à luz da WCAG, temos o DL n.º 83/2018, uma diretiva que versa sobre a acessibilidade das páginas web e dos aplicativos dos organismos do setor público. Apesar deste contexto legal favorável e da existência de boas práticas, estamos a passos lentos na aplicação eficaz destas diretrizes, tanto no âmbito privado quanto no institucional. Será que perduram as preconcepções de que a criação de uma página web acessível é dispendiosa ou demorada? Ou será que falta à equipe responsável por esta criação o conhecimento sobre as ferramentas de acessibilidade? Ademais, pensando nesta equipe, quais os contributos que as figuras do tradutor audiovisual e do consultor (pessoa com deficiência auditiva, visual ou cognitiva/intelectual) poderiam vir a trazer ao cenário da acessibilidade digital? Partindo desses pressupostos, este trabalho tem por objetivo responder às questões aqui levantadas e identificar as boas práticas aplicadas preliminarmente no projeto de dissertação do mestrado de Tradução do Instituto Politécnico de Bragança, Portugal. Também, será exposto o processo de planejamento e concepção da página web “Festival de Cinema Acessível” em formato totalmente acessível, levando em consideração o moto “nothing about us without us”. Por fim, tentaremos desconstruir o pensamento de que uma página web plenamente acessível é algo impossível de ser executado. Para isso, adota-se a metodologia de investigação-ação e de estudo descritivo-exploratório, contando com a participação de especialistas da área de informática, para além da aplicação de questionários aos públicos-alvo para validação das etapas planejadas. Os resultados esperados conduzirão à sistematização das referidas etapas, a fim de serem utilizadas como parâmetros em futuros projetos.
- Trazendo Bragança para o mapa da acessibilidade: relato de experiências no Museu do Abade de Baçal e no Museu da Terra de MirandaPublication . Freitas, Ingrid Souza; Almeida, Sarah; Martins, CláudiaO presente trabalho tem um duplo objetivo: primeiro, pretende descrever o projeto de acessibilidade que se encontra em desenvolvimento no Museu Abade de Baçal e Museu da Terra de Miranda, ambos localizados no Distrito de Bragança, e seguidamente refletir sobre as etapas que compuseram este processo de implementação de recursos acessíveis. Desta forma, partindo da abordagem da Tradução Audiovisual e das suas modalidades para a acessibilidade (ou Media Accessibility de acordo com Romero- Fresco, 2018 & Greco, 2018), iremos expor a forma como este projeto de acessibilidade foi desenvolvido, incidindo sobre uma descrição dos espaços museológicos em causa, bem como os obstáculos e os diversos níveis de complexidade encontrados ao longo do desenvolvimento do projeto. Fomentar espaços acessíveis reforça o discurso outorgado através do artigo n.º 27 da Declaração Internacional de Direitos Humanos (DUDH) de 1948, onde se sublinha que “todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios”.
- Trazer Bragança para o mapa da acessibilidade: relato de experiências no Museu do Abade de Baçal e no Museu da Terra de MirandaPublication . Martins, Cláudia; Freitas, Ingrid Souza; Almeida, SarahO direito ao acesso e à participação ativa de todos é garantido no artigo n.º 27 da Declaração Internacional de Direitos Humanos de 1948. Para a ONU, a definição de acessibilidade é o processo de conseguir a igualdade de oportunidades em todas as esferas da sociedade (online). Dodd e Sandell (1998) e Sassaki (2005) classificam esta ideia em diferentes dimensões para além da acessibilidade física, como a informativa, a cultural, a financeira, a emocional, a intelectual e a sensorial (Dodd & Sandell, 1998), e a arquitetónica, a comunicacional, a metodológica, a instrumental, a programática e a atitudinal (Sassaki, 2005), a serem consideradas em projetos de acessibilidade. Atualmente, a Tradução Audiovisual e as suas modalidades dispõem de recursos que promovem a mediação cultural e, consequentemente, a inclusão e a acessibilidade. Um dos principais objetivos do projeto é «trazer» o distrito de Bragança para o mapa da acessibilidade, particularmente no contexto museológico. Assim, descreveremos as fases seguidas na construção dos textos com audiodescrição e em linguagem simples, no Museu da Terra de Miranda, em Miranda do Douro, e no Museu do Abade de Baçal, em Bragança. Paralelamente, refletiremos sobre os pontos fortes dos projetos, as dificuldades mais prementes e as estratégias utilizadas para as ultrapassar.
- Valor Natural: desenvolvimento de um projeto colaborativo de localização de páginas webPublication . Martins, Cláudia; Gonçalves, Bruno F.; Almeida, SarahNo contexto do mestrado profissionalizante em Tradução, do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), é privilegiada uma abordagem socioconstrutivista (na linha, por exemplo, de Kiraly, 2000, 2006) nas unidades curriculares (UC) mais pragmáticas, em especial as práticas de tradução e a localização de software e de páginas web. No âmbito desta última UC, desenvolveu-se um projeto colaborativo com o projeto Valor Natural do IPB, direcionado para “reforçar a investigação, o desenvolvimento tecnológico e a inovação” (cf. página oficial) relacionadas com os recursos naturais. Com base nesta colaboração e à luz de autores como Pym (2004, 2012) e Sandrini (2008), procedeu-se à implementação de uma estratégia de internacionalização do projeto, por meio da localização da sua página web para inglês do Reino Unido. Assim, foi constituída uma equipa multidisciplinar, composta por alunos e professores, que planeou o desenvolvimento do projeto desde a sua receção até à entrega final ao cliente. Esta equipa funcionou com base na metodologia de gestão de projetos por meio da distribuição pelos seus membros de um conjunto de competências que foram essenciais para a concretização do trabalho, designadamente, Gestor de Projetos, Tradutor, Terminológo e Cliente. Os resultados do estudo, provenientes da experiência colaborativa do projeto, sugerem que o processo de localização web é constituído por um conjunto de fases, articuladas entre si e retificáveis quando solicitado, o que possibilita elevar o nível de qualidade do produto a ser entregue e, consequentemente, atender às exigências do cliente face ao mercado onde o produto será divulgado.
