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Authors
Abstract(s)
Myrtus communis L., commonly known as myrtle, is a plant found in Mediterranean regions, traditionally used to treat various ailments such as respiratory infections and gastrointestinal disorders due to its anti-inflammatory, antimicrobial, and antioxidant properties. Studies in literature report the chemical composition of its leaves and berries, identifying bioactive compounds responsible for its therapeutic properties. However, few studies have investigated optimized extraction methods to obtain specific bioactive compounds from its berries. In this context, the present study aimed to develop and evaluate extraction methodologies to
maximize the yield of bioactive compounds, particularly phenolic compounds, from M. communis berries, highlighting their potential as antioxidant and antimicrobial agents. To this end, two extraction methodologies were tested: heat-assisted extraction (HAE) and microwave-assisted extraction (MAE), evaluating the extraction yield, total phenolic content, and antioxidant activity. Response surface methodology (RSM) was used to optimize extraction parameters, such as time, temperature, and ethanol concentration. The optimized
extract was assessed for its antioxidant and antimicrobial capacity, and its phenolic profile was determined by HPLC-LC/MS. As a result, HAE demonstrated superior efficacy in preserving phenolic integrity and antioxidant capacity. The optimal extraction conditions were determined to be 90 minutes at 100°C with 39% ethanol, resulting in a yield of 47.2 ± 0.2%, with the extract containing 50 ± 8 mg GAE/g and capable of scavenging 50% of the DPPH radical at a concentration of 0.041 ± 0.003 mg/mL. The optimized extract also showed the
ability to inhibit lipid peroxidation through the thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) assay, with an EC50 value of 0.045 ± 0.006 mg/mL, and was effective in inhibiting the growth of 16 bacteria, including 8 clinical strains and 8 strains associated with food contamination. In its phenolic composition, four myricetin derivatives and one quercetin derivative were identified, with the most abundant compound being myricetin-O-hexoside (3.60 ± 0.04 mg/g extract). In conclusion, M. communis berries offer potential applications in
food, pharmaceuticals, and cosmetics, providing a sustainable option and an eco-friendly substitute for artificial compounds.
Myrtus communis L., comumente conhecida como murta, é uma planta encontrada nas regiões mediterrâneas, tradicionalmente utilizada no tratamento de várias doenças, como infecções respiratórias e distúrbios gastrointestinais, devido às suas propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e antioxidantes. Estudos encontrados na literatura relatam a composição química de suas folhas e bagas, identificando compostos bioativos responsáveis por suas propriedades terapêuticas. No entanto, poucos estudos investigaram métodos otimizados de extração para obter compostos bioativos específicos a partir das suas bagas. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver e avaliar metodologias de extração para maximizar a obtenção de compostos bioativos, nomeadamente compostos fenólicos, das bagas de M. communis, destacando seu potencial como agente antioxidante e antimicrobiano. Para isso, foram testadas duas metodologias de extração: a extração assistida por calor (HAE) e a extração assistida por micro-ondas (MAE), avaliando-se o rendimento de extração, o teor de fenóis totais e atividade antioxidante. A metodologia de superfície de resposta (RSM) foi utilizada para otimizar os parâmetros de extração, como tempo, temperatura e concentração de etanol. O extrato otimizado foi avaliado quanto à sua capacidade antioxidante e antimicrobiana, e o seu perfil fenólico foi determinado por HPLC-LC/MS. Como resultado, a HAE demonstrou uma eficácia superior na preservação da integridade fenólica e da capacidade antioxidante. As condições ótimas de extração foram determinadas em 90 minutos a 100°C com 39% de etanol, resultando em um rendimento de 47,2 ± 0,2%, onde o extrato apresentou 50 ± 8 mg GAE/g, sendo capaz de captar 50% do radical livre DPPH numa concentração de 0,041 ± 0,003 mg/mL. O extrato otimizado também demonstrou capacidade de inibir a peroxidação lipídica por meio do ensaio de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), com um valor de EC50 de 0,045 ± 0,006 mg/mL, e capacidade de inibir o crescimento de 16 bactérias, incluindo 8 estirpes clínicas e 8 estirpes associadas à contaminação de alimentos. Em sua composição fenólica, foram identificados 4 derivados de miricetina e um derivado de quercentina, sendo que o composto mais abudante foi a miricetina-O-hexosídeo (3,60±0,04 mg/g extrato). Em conclusão, as bagas de M. communis apresentam potenciais aplicações em alimentos, medicamentos e cosméticos, oferecendo uma opção sustentável e um substituto ecológico para compostos artificiais.
Myrtus communis L., comumente conhecida como murta, é uma planta encontrada nas regiões mediterrâneas, tradicionalmente utilizada no tratamento de várias doenças, como infecções respiratórias e distúrbios gastrointestinais, devido às suas propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e antioxidantes. Estudos encontrados na literatura relatam a composição química de suas folhas e bagas, identificando compostos bioativos responsáveis por suas propriedades terapêuticas. No entanto, poucos estudos investigaram métodos otimizados de extração para obter compostos bioativos específicos a partir das suas bagas. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver e avaliar metodologias de extração para maximizar a obtenção de compostos bioativos, nomeadamente compostos fenólicos, das bagas de M. communis, destacando seu potencial como agente antioxidante e antimicrobiano. Para isso, foram testadas duas metodologias de extração: a extração assistida por calor (HAE) e a extração assistida por micro-ondas (MAE), avaliando-se o rendimento de extração, o teor de fenóis totais e atividade antioxidante. A metodologia de superfície de resposta (RSM) foi utilizada para otimizar os parâmetros de extração, como tempo, temperatura e concentração de etanol. O extrato otimizado foi avaliado quanto à sua capacidade antioxidante e antimicrobiana, e o seu perfil fenólico foi determinado por HPLC-LC/MS. Como resultado, a HAE demonstrou uma eficácia superior na preservação da integridade fenólica e da capacidade antioxidante. As condições ótimas de extração foram determinadas em 90 minutos a 100°C com 39% de etanol, resultando em um rendimento de 47,2 ± 0,2%, onde o extrato apresentou 50 ± 8 mg GAE/g, sendo capaz de captar 50% do radical livre DPPH numa concentração de 0,041 ± 0,003 mg/mL. O extrato otimizado também demonstrou capacidade de inibir a peroxidação lipídica por meio do ensaio de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), com um valor de EC50 de 0,045 ± 0,006 mg/mL, e capacidade de inibir o crescimento de 16 bactérias, incluindo 8 estirpes clínicas e 8 estirpes associadas à contaminação de alimentos. Em sua composição fenólica, foram identificados 4 derivados de miricetina e um derivado de quercentina, sendo que o composto mais abudante foi a miricetina-O-hexosídeo (3,60±0,04 mg/g extrato). Em conclusão, as bagas de M. communis apresentam potenciais aplicações em alimentos, medicamentos e cosméticos, oferecendo uma opção sustentável e um substituto ecológico para compostos artificiais.
Description
Mestrado de dupla diplomação com a Université Libre de Tunis
Keywords
Myrtus communis L. Bioactive compounds Antioxidant activity Phenolic compound Extraction optimization