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Abstract(s)
A domesticação das plantas e a invenção da agricultura não
têm mais de 12 500 anos (Brown et al., 2009). O Homem
foi caçador-recoletor em mais de 95% da sua história. Para
sobreviver, os caçadores-recoletores ancestrais tinham
de se lembrar dos tipos, formas, qualidades e comportamentos
de milhares de espécies de animais, plantas
e fungos. Pequenas diferenças no fenótipo separam
cogumelos e plantas edíveis de espécies venenosas
mortais. E os indivíduos da mesma espécie nunca são
totalmente iguais: variam de forma com a idade, a genética
ou a disponibilidade de recursos. Consequentemente,
fruto da sua história evolutiva, todos os homens são
botânicos, zoólogos ou geólogos em potência, e partilham
uma extraordinária capacidade de discernir regularidades
a partir de informação esparsa e carregada de ruído. Ernest
Mayr, o autor do moderno conceito biológico de espécie
(volume ii), descobriu que numa dada região da Nova
Guiné (Oceânia) os habitantes locais tinham nome para
136 das 137 espécies de aves reconhecidas pelos ornitólogos
profissionais (Coyne, 2010). O autor só depois de
explorar as matas da Guiné-Bissau na companhia de um
curandeiro da etnia Fula se apercebeu da profundidade
e da minúcia do conhecimento botânico tradicional.
Description
Keywords
Botânica Botânica sistemática Nomenclatura APGIV Plantas vasculares
Citation
Aguiar, Carlos (2021). Sistemática das plantas vasculares. Lisboa: INCM. ISBN 978-972-272884-3