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Processos de cocriação como ferramenta transformadora nos contextos educacionais

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Os tempos de hoje são tempos de mudança. Esta ideia não encerra, em si, novidade alguma, pois, por definição, ou por default, os tempos sempre são tempos de mudança. O que há de novo então nos tempos de hoje? O novo é que a mudança, hoje, é extraordinariamente mais acelerada e imprevisível do que nunca, tal como, aliás, foi antecipado por Giddens (2000) em as consequências da modernidade e por Beck et al. (2000) acerca da modernização reflexiva, ou ainda por Bauman (2001) acerca da modernidade líquida. A aceleração, intensidade e imprevisibilidade é tal que ultrapassam a ideia de modernidade tardia, de segunda modernidade ou ainda de modernidade líquida também usada pelos mesmos sociólogos. Hoje, vinte anos volvidos desde essas conceptualizações, a radicalização dos fenómenos da modernidade e outros fenómenos entretanto emergentes, criou uma rutura evidente e catapultou a sociedade para uma nova era, definitivamente pós-moderna. Uma era ainda sem nome (global, digital são adjetivos usados) mas definitiva e contundente nas suas consequências: no risco, na imprevisibilidade, na reflexividade, na rutura e reinvenção das relações sociais, nas formas de trabalho, entre outras. Neste capítulo tentaremos perceber como estas profundas mudanças sociais impactaram os contextos de trabalho no ensino superior e como elas são, simultaneamente, produto e fator desses contextos. Em particular intentaremos desenvolver a ideia de como a cocriação, enquanto metodologia de trabalho em equipa, responde aos desafios de promover contextos de trabalho saudáveis e motivadores. Uma breve leitura das missões plasmadas pelas Instituições de Ensino Superior (IES), constata-se a ideia transversal de que a missão das IES visa a produção e partilha do conhecimento científico, técnico e filosófico e, desta forma, a promoção do desenvolvimento e do bem-estar social. Em abstrato, esta idealização das IES é meritória e se, bem entendida e posta em prática, atinge os seus propósitos de contribuir para o desenvolvimento da humanidade de forma sustentável e em harmonia com a natureza, digamos assim. Apesar deste enunciado geral, embora careça de verificação científica, é voz corrente, sobretudo na comunicação social, que as IES vivem nos seus castelos dourados mais ou menos alheias às necessidades societárias e produzem (termo muito inadequado aliás) recursos humanos mal preparados para a vida produtiva, falhando assim a sua missão. A nossa proposta, porém, implica a revisão da missão das IES no sentido de que a missão maior das IES seja a de ajudar a criar mulheres e homens livres. Livres pelo conhecimento. Passemos a complexificar esta ideia simples iluminando o caminho sob a luz do paradigma interacionista da construção social de Mead (1934). Este caminho inclui considerações sobre o ambiente físico e psicossocial do trabalho, sobre as metodologias pedagógicas promotoras de multiculturalidade e da singularidade dos indivíduos como é o caso dos programas de cocriação na ação pedagógica.

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Keywords

Co-criação Contextos de trabalho Ambiente institucional

Citation

Pereira, Fernando A.; Almeida, João (2023). Processos de cocriação como ferramenta transformadora nos contextos educacionais. In Gestão de contextos de trabalho seguros, saudáveis e felizes. Meu trabalho... minha saúde... Lisboa: Chiado Grupo Editorial, p. 402-413. ISBN 9789403720470

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