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Análise nutricional de suplementos energéticos para abelhas

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As abelhas, Apis mellífera, recolhem um conjunto de substâncias da natureza para assegurarem a sua sobrevivência, nomeadamente o néctar, o pólen, a água e a própolis. Tanto as abelhas adultas como as larvas são altamente dependentes das reservas de alimento da colónia, podendo alterar as suas estratégias de pastoreio e gestão da criação de acordo com as necessidades específicas em hidratos de carbono e proteínas. Uma dieta equilibrada é a base para o crescimento e desenvolvimento da colónia. [1] O néctar é a principal fonte de hidratos de carbono, utilizados para a produção de energia, podendo por vezes ser convertidos e armazenadas como gorduras corporais. O consumo de hidratos de carbono ocorre em todas as fases do desenvolvimento das abelhas: durante o estado larvar o consumo destas substâncias vai aumentando a partir de 18% na fase inicial até 45% nos dois últimos dias de desenvolvimento. Na fase adulta a dieta é quase exclusiva à base destas substâncias, necessitando uma abelha de aproximadamente 4 mg de açúcar utilizável diariamente para sobreviver. A suplementação artificial de hidratos de carbono é normalmente realizada fornecendo às abelhas pastas e xaropes de mel, sacarose, açucares invertidos, xaropes de milho de elevado conteúdo em frutose (HFCS) e outros xaropes de frutos. O projeto ApisCibus (financiado pelo programa PAN 2017-2019) tem por objetivo identificar as práticas atuais de alimentação artificial utilizadas pelos apicultores portugueses e avaliar a qualidade e segurança dos produtos comerciais disponíveis no mercado, bem como o seu potencial nutritivo e impacto no desenvolvimento das colónias. Neste trabalho apresentam-se os resultados dos parâmetros nutricionais para 1 O suplementos alimentares comerciais, catalogados como energéticos. Os parâmetros nutricionais avaliados foram as proteínas, as gorduras, as cinzas, os hidratos de carbono e o conteúdo em água. O método aplicado para a determinação do conteúdo em proteínas foi o macro Kjeldahl, onde os resultados evidenciam um baixo valor proteico, entre O e 0,2%, muito semelhante ao verificado para o teor em gorduras determinado por Soxhlet (O , 1 a 0,4%). A determinação dos teores em cinzas foi realizada por incineração com resultados a oscilarem entre O e 0,2%. Como seria evidente, a maior contribuição na composição deriva da presença dos hidratos de carbono, determinados pelo método da antrona, com resultados a oscilar entre 60 e 90%. Para a avaliação do conteúdo em água utilizou-se o método gravimétrico, com os valores a variarem entre O e 26%. Os resultados evidenciam que a composição dos alimentos comerciais energéticos se baseia quase exclusivamente em hidratos de carbono. O próximo passo será identificar os açúcares individuais que compõem estes alimentos e comparar os resultados obtidos utilizando-se análise multivariada (Análise de Componentes Principais) para discriminar as amostras e apontar quais são os parâmetros mais importantes para a separação observada.

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Tomás, Andreia; Zangirolami, Marcela; Março, Paulo; Vilas-Boas, Miguel (2018). Análise nutricional de suplementos energéticos para abelhas. In V Congresso Ibérico de Apicultura: livro de resumos. Coimbra. ISBN 978-989-95050-3-2

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