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- Hábitos de consumo de queijos dop da região de Trás-os-Montes no concelho de BragançaPublication . Fernandes, António; Ribeiro, Maria Isabel; Cabo, Paula; Matos, AldaEste estudo tem como objetivos conhecer o perfil do consumidor de queijos DOP (Denominação de Origem Protegida) da Região de Trás-os-Montes; descrever os seus hábitos de compra; e, descrever os hábitos de consumo de queijo. Para isso, foi conduzido um estudo quantitativo, descritivo, observacional e transversal. O questionário foi administrado, diretamente, a 400 indivíduos do concelho de Bragança, durante os meses de maio e junho de 2012. Dos 311 inquiridos (77,7%) que consomem queijos, 31,5% apenas consome queijos nacionais e 2,3% apenas consome queijos estrangeiros, sendo que a maioria (66,2%) consome queijos de ambas as origens. Um total de 67,8% confirmou o consumo de queijos da Região de Trás-os-Montes e de queijos DOP. O queijo é, essencialmente, consumido como lanche (71,1%), como entrada (65,6%), como sobremesa (49,8%) e como pequeno-almoço (45,7%); em “natureza” (64,3%) mas também com acompanhamento de marmelada ou doce (52,4%). O Queijo de Cabra Transmontano e o Queijo Terrincho são conhecidos por serem produtos DOP transmontanos por 58,2 e 52,7%, respetivamente. Do total de inquiridos, apenas 163 consomem queijos DOP Transmontanos. Para estes consumidores, o critério que está na base da seleção do local de compra é, sobretudo, a confiança (46,0%). O estabelecimento preferido para fazer a compra é o hipermercado (52,8%). Os principais critérios de seleção dos queijos são a qualidade reconhecida (40,5%) e a marca (34,4%) A forma de apresentação preferida são as porções cortadas no local da compra (38,0%). Finalmente, dos 310 inquiridos que consomem este tipo de produto, 55,2% está disposto a pagar mais 5,6 euros, em média, por um queijo DOP.
- Qualidade nutricional e tecnológica dos alimentos na ótica do consumidorPublication . Ribeiro, Maria Isabel; Fernandes, António; Cabo, Paula; Matos, AldaA qualidade e a segurança dos alimentos são importantes fatores para a tomada de decisão dos consumidores. Este trabalho de investigação teve como objetivos conhecer a perceção dos consumidores em relação à qualidade nutricional e tecnológica dos alimentos e conhecer os seus hábitos de compra. Trata -se de um estudo observacional, descritivo e transversal que teve como base a aplicação de um questionário. A recolha de dados foi realizada de abril a julho de 2015 em três superfícies comerciais do Concelho de Bragança. Na totalidade participaram 200 indivíduos, dos quais, 52,5% eram do género feminino. A maioria tinha idade compreendida entre os 18 e os 24 anos (50,5%), era casado ou vivia em união de facto (72,5%), possuía como habilitações literárias, o ensino secundário (52,5%) e usufruía de um rendimento mensal líquido inferior a 1000 € (81%). A maioria dos consumidores afirmou que tem em conta o valor nutricional dos alimentos que consome (63,5%), embora apenas 43,2% tenha o hábito de avaliar a tabela nutricional dos mesmos. O que chama mais a atenção dos consumidores no rótulo é a validade (51%), os ingredientes (31,7%), a tabela nutricional (16,1%) e, por último, a marca (8%). Habitualmente, na opinião dos consumidores, a qualidade de um produto relaciona- se com a nutrição (50,8%), a higiene (31,7%) e o preço (23,1%), sendo os três fatores considerados mais importantes no momento da compra. Para o consumidor as tecnologias são importantes e contribuem para aumentar o valor nutricional dos alimentos (53,5%), destacando- se, a Irradiação (26,9%), os Aditivos e Conservantes (20,3%) e a Secagem (15,3%) como as mais prejudiciais do ponto de vista nutricional. O consumidor considera obter alimentos de maior qualidade nutricional, saudável e tecnológica, nos grupos das frutas (61,4%), leguminosas (57,7%) e cereais (41,6%). O consumidor está, atualmente, mais exigente quanto à qualidade dos alimentos, destacando- se nesta investigação a nutrição e a higiene.
- Produtos DOP da cabra transmontana: da produção ao consumidor finalPublication . Fernandes, António; Ribeiro, Maria Isabel; Cabo, Paula; Matos, AldaEste estudo tem como objetivo caracterizar a produção e comercialização de produtos DOP (Denominação de Origem Protegida) da Região de Trás-os-Montes obtidos através da cabra Serrana, designadamente, o Queijo de Cabra Transmontano e o Cabrito Transmontano. Metodologicamente recorreu-se a dados secundários, fornecidos pelo Gabinete de Planeamento e Politicas, com respeito ao período de 2006-2009. Os resultados mostram que os referidos produtos são produtos de alta qualidade reconhecida como tal pelos consumidores. Trata-se, pois, de produtos geradores de maior valor acrescentado que os seus congéneres não certificados. Tal facto, aliado aos subsídios à produção atribuídos à exploração da cabra serrana levariam a supor que estas produções seriam interessantes do ponto de vista económico. Apesar disso, o preço que o consumidor está disposto a pagar ainda não é, suficientemente, elevado para tornar a atividade atrativa em termos de rentabilidade, assistindo-se à diminuição do número de explorações em ambas as atividades devido ao abandono.This study aims to characterize the production and marketing of PDO (Protected Designation of Origin) of the region of Tras-os-Montes obtained by Serrana goat in particular the Queijo de Cabra Transmontano and Cabrito Transmontano. Methodologically it was used secondary data provided by the Office of Planning and Policy with respect to the period 2006-2009. The results show that these products are high quality products recognized as such by consumers. It is therefore products that generate greater added value than their counterparts not certified. This fact, together with national and European subsidizing to the exploitation of the mountain goat would lead to assume that these productions would be interesting from an economic point of view. Nevertheless, the price the consumer is willing to pay is still not sufficiently high to make attractive activity in terms of profitability, watching to the decrease in the number of farms in both activities due to abandonment.
- The ecological problem as a real problemPublication . Matos, Alda; Cabo, Paula; Ribeiro, Maria Isabel; Fernandes, AntónioThe vast majority of environmental problems derive from human action, by dangerously disrupting the natural activity of the biosphere. However, as ecological problems are piling up also a greater ecological awareness is developing in the world, supported by several Non-Governmental Organizations – NGO. These organizations often lead governments in the creation of funds for the protection of ecosystems and endangered species. In fact, although legal regulations put pressure on governments to adopt greener policies, recent history shows that there is still a long way to go, since the ecological question does not obey merely the legal norms, but mainly to individual and community ethical values. This work examines the environmental crisis in the perspective of a real and global problem, linked to the concept of Sustainable Development – SD. It aims to instigate a greater sensitivity to environmental issues in the decision-making entities, encouraging them to be more involved in the adoption of more sustainable development models. The study relies on a critical review of the literature. To understand how it reached to a saturation point of the environment on a global scale, it highlights the environmental crisis and the awakening of consciences to the principles of SD, the hegemonic development of capitalism and the environmental ethics, in the context of carrying capacity of the planet. The environmental ethics and the planet's carrying capacity At the beginning of the new millennium the indicators show that mankind consumes natural resources 50% more than the Earth can provide. The ecological footprint is twice the 1966 ecological footprint (WWF, 2010), requiring 1.5 planets to satisfy the needs of the current society. A sustainable community is generally defined as one that is able to meet their needs without reducing the related odds for the next generations. The Earth resistance limits clearly indicate that as the consumption of energy accelerates more quickly decreases the real time available for species. Thus, an organism that consumes their livelihood faster than the environment produces them has no chance to survive (Tiezzi 1988). Throughout human evolution, it can be found registers of societies whose criteria to satisfaction of needs have their genesis in the carrying capacity of the environment (Fernandes, 2001), connecting to the cosmos and feeling part of it. In these societies, the man is connected by ties of training and information to land, air, water, plants and animals (Branco 1989). Closely linked to the society development is the concept of 'carrying capacity' expression originally proposed by the ecology, indicating the maximum theoretical density of individuals that the environment can support in the long-term (Odum 1997). This concept is much more complex when related to human societies. In fact, in these societies, the carrying capacity takes on a new dimension to incorporate other elements such as technology, accumulated knowledge and the relationship between social groups (Odum, 1997). It shows how human societies have skills to acquire and incorporate natural resources from other environments or societies (Odum, 1997). So, while poor countries cannot meet their needs with their own resources, technological resources and accumulation of knowledge, the rich countries' lifestyle based on high consumption of resources, energy and technology largely exceeded the carrying capacity of their territories. To satisfy their demand, they import energy, goods and services from poor countries, which mean an extension of the carrying capacity promoted by political, economic and even military mechanisms (Odum, 1997). If, for example, each person wishes to achieve the lifestyle of an American, it would not be possible to accommodate the entire planet’s population. Americans represent 4% of world population, but consume 33% of energy and natural resources of the world (Medina, 2010). In the begin of this millennium the developed countries represented less than 25% of the world population, but consuming 75% of all the energy produced, 70% of fuels, 85% of timber and 72% of steel (Kraemer, 2003). This development model requires high rates of rejection of waste and effluents. Therefore, while developed societies perform as a model for all other societies, it rejects the maintenance of the natural system which systematically is destroyed (Medina, 2010). There have been several discourses grounded in ethics and solidarity to deal with the ecological crisis. Arruda (1998) appeals to the logics of the ‘solidarity socio-economy’, of the ‘being’ and the ‘enough’, as opposed to the logic of the ‘big’, of the ‘only has value who owns’ and the ‘unlimited growth’. Similarly, Fernandes (2001) considers the ‘ethics of the necessary’, a reflection on what is the quality of life and the individual and social needs and desires, given the physical limits of the Earth, the technological uncertainties and the prospective of reducing inequalities between people. Acselrad (2006) argues that the ‘discourse of efficiency’ is the dominant model in liberal economies; the remaining ones correspond to alternative proposals to achieve sustainable development, all having the same common denominator – the reduction. Main findings Development is a geographical, vast, dynamic and constantly changing concept. What seems to be transversal to all communities is ensuring an improvement project of life quality. Thus, in every time and place, each social group acquires and adapts the resources according to their beliefs, values, culture, social organization and the dominant economic system. In the last half of the twentieth century, societies assumed the development as a right, and the governments were responsible for achieving it. However, the economic centred models that were adopted resulted in extreme inequalities between world northern and southern countries. Overall, cultural diversity was despised and adjusted to global hegemonic model, turning people into monocultural societies. The ecology radically reproves the rationality of modern society and the prevailing economic ideology, and various thinkers claim that the current capitalist expansion stage will result in further increase in social inequalities, injustices and intense devastation of nature. Even so, the socio-political dynamic continues incompatible with the carrying capacity of the planet, compromising the quality of life of future generations. Therefore, it is necessary to change mentalities and to promote an ethical attitude of respect for nature, as advocated by the world summits, environmental NGO and science, in order to test a new paradigm of social organization.
- Perfil do consumidor e hábitos de consumo de produtos gourmet em Bragança, PortugalPublication . Fernandes, António; Ribeiro, Maria Isabel; Cabo, Paula; Matos, AldaProdutos gourmet são produtos de alta qualidade, em geral, certificados com origem específica, características únicas e produzidos em pequenas quantidades. Este estudo tem como objetivos conhecer o perfil do consumidor de produtos gourmet em Bragança e descrever os seus hábitos de compra. Para atingir estes objetivos, desenvolveu-se um estudo transversal, quantitativo, observacional e descritivo. Os dados foram recolhidos através de um questionário aplicado, diretamente, à população de Bragança, durante o 1º semestre de 2015. Posteriormente, os dados foram tratados com o SPSS 22.0. O tratamento dos dados consistiu no cálculo de frequências absolutas e relativas uma vez que as variáveis eram qualitativas. Foi recolhida uma amostra acidental composta por 300 indivíduos (40,3% do género masculino e 59,7% do género feminino) com idades compreendidas entre os 17 e os 84 anos. A maioria dos inquiridos (63,3%) não é consumidora de produtos gourmet. Os produtos gourmet consumidos são de origem nacional (66,4%), de Trás-os-Montes (88,2%), certificados (91,7%) e da marca do produtor (77,1%). Dos 110 inquiridos que consomem produtos gourmet, 50,9% fazem-no entre 1 a 4 vezes por semana (50,9%). Os produtos gourmet mais consumidos são o azeite (67%), os enchidos (62,4%), o vinho (60,6%) e os queijos (58,7%). As características mais valorizadas são o sabor (92,7%) e o aroma (58,7%). Os atributos diferenciadores deste tipo de produtos, percecionados pelos consumidores, são a confiança no sabor (64,5%) e as suas características únicas (52,7%). Quanto aos hábitos de compra, foi possível verificar que estas são feitas pela mulher (46,0%) ou pelo casal (41,3%). O critério de seleção do local de compra mais valorizado pelos consumidores é o preço (61,7%). Talvez, por isso, o hipermercado seja o local preferido para a compra deste tipo de produto (58,7%). A seleção dos produtos gourmet é, igualmente, feita com base no preço (66,2%). Os consumidores procuram produtos com embalagens práticas (62,3%) cuja publicidade seja veiculada pela televisão (89,3%) e Internet (63,7%) e cuja promoção seja baseada na degustação (77,6%).
- Empreendedorismo: perceções, atitudes e comportamentos dos alunos de uma instituição de ensino superior portuguesaPublication . Ribeiro, Maria Isabel; Fernandes, António; Cabo, Paula; Matos, AldaO empreendedorismo engloba a criação de novos negócios e o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio nas organizações existentes. Este trabalho tem por objetivo compreender as perceções e atitudes dos estudantes portugueses de uma instituição pública de ensino superior sobre a criação de novos negócios. Para o efeito, foi desenvolvido um estudo observacional, quantitativo, transversal e descritivo, baseado numa amostra acidental de 336 alunos. Os dados foram recolhidos em finais de 2014 e início de 2015 e, posteriormente, analisados com recurso ao software SPSS 22.0. Os resultados revelaram que os alunos acreditavam que o empreendedorismo contribui para a criação e crescimento do emprego; um empreendedor é alguém que tem uma ideia, radicalmente nova, para criar um novo negócio; e, 46% conseguiam imaginar-se a criar o seu próprio negócio. Para os alunos da nossa amostra, a probabilidade de ser capaz de criar um negócio bem-sucedido é, em média, 47% e a idade certa para o fazer é de 28 anos. Cerca de 49% dos inquiridos estão interessados em criar um novo negócio a partir de uma ideia, principalmente porque ela permite a independência pessoal. Finalmente, a maioria dos respondentes considera que a criação de empresas seria encorajada se a instituição de ensino disponibilizasse ideias aos estudantes dispostos a criar novos negócios. Os alunos reconheceram a prevalência de empresários do sexo masculino na área empresarial portuguesa. Além disso, apesar de serem muito otimistas em relação à taxa de sobrevivência de start-ups, os alunos mostram ser pouco próativos.
- Ambientalização curricular do ensino superior: a licenciatura em Enfermagem Veterinária da Escola Superior Agrária de BragançaPublication . Matos, AldaNo ensino superior português a ambientalização dos cursos é residual. Segundo a documentação consultada, ainda que existam instituições com modelos de gestão ambiental mais eficientes, verificam-se lacunas no âmbito das funções básicas: docência, investigação e extensão. Tornou-se assim pertinente elaborar uma investigação, elegendo uma licenciatura (Enfermagem Veterinária) numa instituição de ensino superior (Escola Superior Agrária de Bragança – ESAB), com o objetivo de observar em que medida são incorporadas temáticas ambientais no ensino-aprendizagem. Foram utilizadas fontes de informação primária e secundária. No âmbito da informação primária foram aplicados questionários aos alunos do 3º ano e ao corpo docente do curso e efetuadas entrevistas aos órgãos decisores, no ano letivo de 2011/12. Do estudo concluiu-se que a ESAB é uma instituição amiga do ambiente quanto à gestão de recursos. Todavia, embora tenha assumido compromissos no âmbito da Educação para o Desenvolvimento Sustentável – EDS, não implementou ainda um plano de EDS ajustado aos conteúdos programáticos dos cursos. A ambientalização curricular está presente no curso, situando-se a maior força na Coerência e Reconstrução entre Teoria e Prática e a maior debilidade na Ordem Disciplinar: Flexibilidade e Permeabilidade. Biofísica foi a disciplina que mais se afastou das expectativas dos alunos, que não compreendem a importância da mesma para a sua formação nem a sua relação com as outras disciplinas do curso.
- Consumo de enchidos DOP/IGP/ETG no concelho de Bragança, PortugalPublication . Fernandes, António; Ribeiro, Maria Isabel; Cabo, Paula; Matos, AldaEste estudo tem como objectivos conhecer o perfil do consumidor dos enchidos DOP/IGP/ETG da Região de Trás-os-Montes e descrever os seus hábitos de compra e consumo. Os dados foram recolhidos através de um questionário que foi aplicado, directamente, à população do Concelho de Bragança, durante os meses de Junho e Julho de 2011. Neste estudo participam 376 indivíduos (43,4% do género masculino e 56,6% do género feminino) com uma média de 38,9 anos de idade (DP±16). Do total de respondentes, 53,5% são profissionalmente activo, 55,8% possuem até 12 anos de escolaridade e 51,6% residem na cidade de Bragança. A maioria dos inquiridos (58,8%) é consumidora de enchidos. Destes, mais de 80% afirma consumir enchidos da Região de Trás-os-Montes mas apenas 32% consome produtos DOP/IGP/ETG. Os produtos mais consumidos são as Alheiras de Mirandela (50%) e de Vinhais (45%), a Chouriça de Carne e o Salpicão de Vinhais (ambos com 41,3%).
- Intenção empreendedora dos alunos do ensino superior agrário português: o caso da região do Alto Trás-os-MontesPublication . Ribeiro, Maria Isabel; Fernandes, António; Cabo, Paula; Matos, AldaConhecer a intenção empreendedora dos estudantes e analisar a percepção dos mesmos relativamente a obstáculos e a dificuldades do processo de empreendedorismo são os objectivos desta investigação. Para isso, foi levado a cabo um estudo quantitativo e transversal que teve como base a administração directa de um questionário aos alunos, de uma organização escolar de ensino superior, durante o mês de Julho de 2010. Participaram neste estudo 269 estudantes, o que corresponde a uma taxa de resposta de aproximadamente 34%. Do total de respondentes, 69% são do género feminino e 30,7% são do género masculino. Os inquiridos têm idades compreendidas entre os 18 e os 46 e a esmagadora maioria é estudante em regime ordinário (83,9%). De acordo com os resultados, 35,2% dos respondentes gostariam de trabalhar, exclusivamente, por conta própria. A possibilidade da empresa falir é o factor que suscita maior receio na criação de um negócio próprio. A falta de apoio financeiro é apontada como a maior dificuldade ao desenvolvimento do negócio. Nestes aspectos, tendo em conta o género e as classes etárias, verifica-se que existem diferenças, estatisticamente, significativas entre o género feminino e masculino no que diz respeito, aos receios relacionados com a instabilidade no emprego, a possibilidade de falhar e a possibilidade da empresa falir, sendo a mulher a mais receosa. No que concerne à idade registam-se diferenças quanto à possibilidade de falhar, sendo os estudantes mais novos os mais receosos. Por outro lado, verifica-se a existência de diferenças, estatisticamente, significativas entre o género nas dificuldades relacionadas com o facto do processo administrativo ser complexo, a falta de competências na área da gestão, o grande risco de falhar e o clima económico desfavorável para o desenvolvimento de um negócio próprio. É de salientar que, uma vez mais, são os indivíduos do género feminino que identificam estes factores como os mais difíceis de ultrapassar. Quantos às classes etárias, os resultados provaram que independentemente da idade, as dificuldades são encaradas da mesma forma pelos inquiridos. Por fim, destacam-se como factores de sucesso no desenvolvimento do negócio próprio a qualidade quer da equipa de gestão quer da equipa técnica.
- Análise da produção e comercialização de produtos DOP da Cabra Serrana TransmontanaPublication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Fernandes, António; Ribeiro, Maria IsabelNo Nordeste Transmontano, a caprinicultura baseada na raça Serrana, ecótipo Transmontano, assume, desde há séculos, uma relevância significativa para a economia da região. O sistema de exploração segue, ainda, o modelo tradicional de exploração de pastoreio extensivo, que proporciona aos animais uma alimentação que permite a obtenção de produtos de elevada qualidade. Contudo, a reduzida escala das explorações condiciona as opções estratégicas disponíveis e dita a aposta em produtos de qualidade premium, cuja mais valia é reconhecida pelo consumidor. A adoção de marcas coletivas e selos de qualidade europeus como a Denominação de Origem Protegida (DOP) ou a Indicação Geográfica Protegida (IGP) são exemplos dessa estratégia. Esta comunicação visa contribuir para o fomento da caprinicultura em Trás-os-Montes, através do desenvolvimento e valorização dos produtos tradicionais de qualidade a ela associados, designadamente, o Queijo de Cabra Transmontano (QCT) e o Cabrito Serrano Transmontano (CST). METODOLOGIA Metodologicamente, recorreu-se a dados secundários fornecidos pelo Gabinete de Planeamento e Políticas, abarcando o período de 2003 a 2012. O estudo engloba uma análise temporal dos indicadores de produção e comercialização do QCT e do CST, incluindo a comparação com a globalidade dos segmentos dos referidos produtos com e sem certificação. RESULTADOS E DISCUSSÃO Em 2012 existiam em Portugal 17 queijos DOP, sendo que 6 não foram produzidos e certificados como tal. Quanto ao QCT a sua contribuição resumia-se a 1% do total da produção de queijos DOP. Era, todavia, o único queijo cuja matéria-prima animal provinha unicamente de caprinos. Ao longo do período de análise, a produção de QCT sofreu oscilações significativas em termos de volume, refletindo-se numa perda global de 5,6%. Este facto afetou negativamente o seu valor, contudo, esse decréscimo foi parcialmente compensado pela subida no preço, pelo que, globalmente, o valor da produção cresceu 15%. No que respeita ao preço, até 2007, o preço de QCT era superior ao do queijo não certificado em cerca de 30% (2€/Kg). Este diferencial reduziu-se a partir de 2008, altura em que ambos os produtos sofreram acréscimos no preço de venda. Porém, esse incremento foi superior para os queijos não certificados, tornando menos atrativa a opção pela certificação. Também os preços globais dos queijos DOP sofreram um decréscimo de cerca de 8,8%, reforçando a ideia de que a certificação não se reflete numa mais-valia em termos de preço para o produtor. Quanto à comercialização, o QCT é vendido pelo agrupamento, contrariamente à generalidade dos queijos qualificados, que são maioritariamente comercializados pelos produtores ou por outra entidade e apenas 21% pelos agrupamentos. O QCT destina-se tanto aos mercados local/regional como nacional, contrariamente à globalidade dos queijos certificados que são preferencialmente vendidos para o mercado nacional (80%). As empresas transformadoras, associações de produtores e embaladores são os canais mais utilizados para escoar o QCT. O comércio tradicional é responsável pelo escoamento de aproximadamente ¼ da produção e a venda direta ao consumidor surge em 3º lugar. Em termos de distribuição mensal verifica-se que o QCT é comercializado durante todo o ano, embora mais intensamente no outono e nas épocas festivas natalícias e estivais. Os restantes queijos DOP distinguem-se pelo destaque adicional do mês de fevereiro (carnaval). Em 2012 existiam em Portugal 6 carnes de caprino DOP/IGP, sendo apenas produzida e certificada a carne do CST. A sua produção sofreu oscilações significativas no volume de produção ao longo do período de análise, refletindo-se numa perda global de 10,4.%. Este facto foi parcialmente compensado pelo crescimento do preço, pelo que o valor da produção experimentou um acréscimo global de apenas 1,3%. Ainda quanto ao preço, o CST era, em 2003, comercializado abaixo do preço médio da carne de caprino certificada, em cerca de 2 €/kg. Esta diferença esbateu-se ao longo dos anos, essencialmente, devido ao incremento global de 13,4% no preço do CST. Comparativamente, o cabrito sem certificação apresentou uma relativa estabilidade de preços, sendo comercializado a um preço de aproximadamente 11% abaixo do CST. O CST é exclusivamente comercializado pelo agrupamento de produtores, contrariamente às restantes carnes certificadas. O mercado de destino da carne de CST é maioritariamente o mercado local/regional (60,7%), enquanto que as restantes carnes certificadas se destinavam essencialmente ao mercado nacional. O número de abates do CST é mais elevado durante as festividades da Páscoa e Natal, tendo a maior parte da carne como destino a restauração, seguida dos talhos e venda direta ao consumidor. Tem igualmente havido algumas tentativas de comercialização em feiras e em médias e grandes superfícies. As restantes carnes de caprino certificadas destinavam-se quase na totalidade (> 90%) às médias e grandes superfícies. CONCLUSÕES Os resultados confirmam a crescente valorização do mercado dos produtos DOP da Cabra Serrana Transmontana, traduzida pelo acréscimo nos preços de ambos os produtos. Contudo essa valorização não mostrou ainda repercussões em termos de volume de produção. De facto, trata-se de produtos geradores de maior valor acrescentado que os seus homólogos não certificados. Apesar disso, o preço que o consumidor está disposto a pagar ainda não é suficientemente elevado para tornar a atividade atrativa em termos de rentabilidade, assistindo-se à diminuição global do número de explorações em atividade. Denotam-se igualmente dificuldades de acesso destes produtos ao mercado nacional, bem como a falta de modalidades de escoamento alternativas às “tradicionais”, seja por restrições geográficas ou por reduzido volume de produção. Dificuldades que atestam uma enorme resiliência dos criadores. De facto, o CST foi a única carne com produção certificada em 2012 e historicamente remunerada a preços inferiores às restantes carnes de caprino certificadas (diferenciais até 5€/kg). Por fim, salienta-se a importância do associativismo para o desenvolvimento da atividade, em especial o papel crucial do agrupamento gestor na comercialização dos produtos DOP da Cabra Serrana Transmontana.