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- A atitude dos jovens santomenses face à desflorestação e o desenvolvimento sustentávelPublication . Takounjou, Lucy Ncheng Etchu; Mafra, PauloConsiderando o papel da floresta na regulação do CO2 na atmosfera e a sua influência no aquecimento global, a desflorestação, problema que afeta São Tomé e Príncipe (STP) desde há algumas décadas, torna-se um tema relavante de estudo, no qual a Educação Ambiental pode assumir um papel importante. Na investigação que aqui se apresenta, relatamos as atitudes dos jovens santomenses face à desflorestação, com o objetivo de dar a conhecer à comunidade científica esta realidade, sendo que se trata da primeira investigação sobre o tema em STP. Neste estudo exploratório, aplicámos o instrumento "EAJFD," uma escala de tipo Likert, de 31 itens, onde foram inquiridos 315 jovens estudantes, com idades entre os 12 e os 19 anos, que frequentam a 8.ª e 9.ª classe em duas escolas secundárias de STP. Entre os vários resultados obtidos, evidenciamos o facto dos alunos mais novos (12-14 anos) apresentarem mais atitudes ambientais comparativamente com os alunos mais velhos (15-19 anos), que valorizam a floresta como uma fonte de sobrevivência (atitude antropocêntrica). Esperamos que estes resultados sirvam de base para investigações futuras e que contribuam para o aumento das atitudes ambientais dos jovens santomenses em relação à floresta.
- Da formação à concretização: evolução das disposições socio-afetivas de futuros professores face ao ensino experimental das ciênciasPublication . Pires, Delmina; Fernandes, Isabel Marília Borges; Mafra, PauloUm dos desafios que hoje se coloca ao ensino em geral, e ao ensino das ciências em particular, e a necessidade de promover nos alunos, para além da aquisi ção de conhecimentos, o desenvolvimento de competências como o raciocínio, a resolução de problemas, a argumentação crítica e a indagação cient ífica, assim como atitudes e valores que lhes permitam lidar com responsabilidade e autonomia as questões científicas e tecnológicas que se colocam em contexto real. Em suma, e imprescindível implementar estrat égias capazes de promover a literacia cient ífica dos alunos para al ém da literacia da ciência. Uma das estrat égias de ensino que pode contribuir para o desí gnio anterior e a realização de atividades experimentais em grupos heterog éneos, que promovam a intera ção social entre alunos com diferentes interesses e conhecimentos e que os envolvam ativamente no processo de aprendizagem. Nesta perspetiva, desenvolveu-se um projeto com futuros professores do 1.o ciclo, que se enquadra na área tem ática do ensino das ciências, em que dois dos objetivos principais consistiam: a) perceber as disposi ções socio-afetivas de futuros professores relativamente a implementação do ensino experimental das ciências, ap ós terem realizado diversas atividades experimentais adaptadas aos alunos do 1º ciclo durante o processo de forma ção; b) averiguar se os futuros professores, durante o est ágio, quando em sala de aula, implementam o ensino experimental das ciências vivenciado no processo de formação. Considera-se que para os professores implementarem uma dada metodologia de trabalho com os seus alunos devem vivenci á-la na sua forma ção, adquirindo e fic ácia e, em consequência, desenvolvendo disposi ções socio-afetivas favor áveis a sua realiza ção. Fez-se uma análise de conteúdo às reflexões individuais produzidas pelos futuros professores, sobre a importância do ensino experimental no 1º ciclo, realizada ap ós a formação. Ao longo do estágio apreciam-se as estratégias desenvolvidas e os futuros professores respondem a um question ário e a uma entrevista para perceber se houve evolução das suas disposi ções socio-afetivas relativamente ao ensino experimental das ciências e o porquê dessa evolução. Em rela ção ao primeiro objetivo, veri fica-se o desenvolvimento de disposições socio-afetivas favor áveis ao ensino experimental das ciências. Relativamente ao segundo objetivo, nesta apresentação daremos conta e discutiremos os resultados que apontam para alguma evolu ção negativa nas disposições socio-afetivas relativamente ao ensino experimental das ciências.
- Estudo de uma intervenção educativa para a sustentabilidade: a aquisição de conhecimentos, de atitudes e de comportamentos pró-ambientaisPublication . Moreno, Márcia; Mafra, Paulo; Vega, PedroAs estratégias de participação ativa em projetos de educação ambiental não formal devem impulsionar a aquisição de conhecimentos, desenvolver atitudes e comportamentos pró-ambientais. Podem converter-se, portanto, em estratégias didáticas que promovam nos alunos competências para que atuem sustentavelmente a favor do meio ambiente. Neste contexto, apresenta-se um trabalho de investigação, no âmbito do Projeto Rios (um projeto de educação ambiental e participação pública), que pretende analisar os conhecimentos, atitudes e comportamentos de 21 alunos do 6º ano de escolaridade, antes e depois de uma intervenção educativa, realizada no próprio meio natural – o rio. Tendo por base uma metodologia quantitativa e um desenho de investigação pré- e pós-teste, não só para analisar os conhecimentos, atitudes e comportamentos prévios dos alunos, como também para avaliar a mudança conceptual, atitudinal e comportamental que o Projeto Rios produz nos seus participantes. Este estudo tem, em suma, como objetivo comprovar se as estratégias de participação social ativa em projetos de educação ambiental, orientados para a sustentabilidade, impulsionam a aquisição de conhecimentos, de atitudes e de comportamentos a favor do ambiente. Em concreto, analisa-se uma intervenção educativa cujos primeiros resultados que aqui apresentamos o confirmam.
- Conceções alternativas de alunos de 9º ano de escolaridade, no âmbito da unidade temática noções básicas de hereditariedadePublication . Xavier, Conceição; Mafra, PauloOs alunos constroem representações, crenças e convicções acerca do mundo que os rodeia. Muitas dessas representações, também designadas de conceções alternativas, desviam-se do conhecimento cientifico, são adquiridas antes do ensino formal e apresentam resistência à mudança, constitundo obstáculos à aprendizagem. É importante que o professor as conheça antes de abordar os conteúdos. O estudo que aqui se apresenta tem como objetivos identificar algumas conceções e verificar a sua resistência em alunos de nono ano de escolaridade, relativamente aos conteúdos lecionados na unidade “Noções básicas de Hereditariedade”. Como instrumento de recolha de dados, aplicou-se um questionário em dois momentos distintos a duas turmas num total de 46 alunos. O estudo seguiu o desenho Pré teste-Intervenção Educativa-Pós teste. Num primeiro momento, através da aplicação de um pré teste, recolheram-se as ideias prévias dos alunos relativamente ao tema. De seguida, com base no pograma da unidade e nas ideias apresentadas pelos alunos inicialmente, procedeu-se à prática pedagógica seguindo um modelo construtivista. Nesta prática, foram utilizadas metodologias diversificadas que possibilitaram a exposição, reflexão e respetiva assimilação dos conteúdos. Por fim aplicou-se o pós teste com vista a aferir a persistência (ou não) das conceções identificadas inicialmente. Os resultados obtidos confirmaram a existência de várias conceções alternativas, passíveis de se tornarem osbtáculos à aprendizagem. Verificou-se também que algumas destas conceções resistem à prática pedagógica pelo que é importante que o professor insista em metodologias alternativas e inovadoras, que vão ao encontro da mudança concetual e ao aumento da literacia cientifica dos seus alunos.
- Microrganismos e saúde no 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico: perceções das criançasPublication . Mafra, Paulo; Carvalho, Graça S. de; Lima, NelsonO conhecimento prévio que as crianças apresentam acerca de vários temas com que se deparam no seu dia-a dia, é de crucial importância quando se pretende que ocorram aprendizagens significativas na sala de aula. Neste seguimento, e considerando a temática microrganismos e saúde, realizou-se um estudo exploratório com a aplicação de um questionário a 439 alunos do 5.º e 7.º anos de escolaridade, onde se pretendeu conhecer as conceções que apresentam sobre esta matéria, depois de terminarem, respectivamente, o 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico. Os resultados obtidos permitiu concluir que a maioria dos alunos associam os microrganismos à doença. Contudo, alguns não associam comportamentos do seu quotidiano à eliminação de microrganismos indesejáveis. Quando questionados acerca da razão porque devem lavar as mãos ou os dentes antes ou depois das refeições, respectivamente, os alunos dão a entender que o fazem por estar associado ao cumprimento de uma regra. No tópico sobre vacinas verificámos que a maioria dos alunos reconhece a razão pela qual devem ser vacinados, contudo, poucos entendem o seu modo de atuação. A maioria vê as vacinas como uma “cura para a doença” e não como um modo de prevenção. A maioria das crianças identifica a transmissão aérea e transmissão orofecal como processo de transmissão da doença, no entanto, poucas identificam a boca e a pele como um local onde existem micróbios, evidenciando que desvalorizam, ou não sabem, que têm micróbios nesses locais. Da mesma forma, alguns alunos associam a desinfeção de uma ferida à necessidade de tirar a sujidade da ferida. Em conclusão, os resultados deste estudo evidenciam que conteúdos sobre microrganismos e saúde são abordados no ensino formal como regras a cumprir e carecem de explicação. Se os alunos souberem a razão pela qual devem adotar determinados comportamentos salutogénicos, estes deixarão de ser considerados apenas como um procedimento socialmente correto e passarão a ter outro significado, contribuindo para o aumento da sua literacia científica.
- Atividade experimental de microbiologia sobre saúde oral em Moçambique usando de materiais de fácil acessoPublication . Azevedo, Manecas Cândido; Singo, Brígida; Mafra, Paulo; Carvalho, Graça S. deCurrículo do ensino secundário geral de Moçambique aponta para um currículo dinâmico e flexível, com abordagens transversais de conteúdos, com integração temática, multidisciplinar e com o desenvolvimento de competências para a vida. As competências referem-se ao conjunto de saberes, capacidades, comportamentos e informações que permitem ao indivíduo tomar decisões informadas, resolver problemas, pensar crítica e criativamente, relacionar-se com os outros e manifestar atitudes para com a sua saúde e da sua comunidade A atividade experimental de microbiologia tem esse objetivo e pressupõe a manipulação de material laboratorial, com observação de microrganismos. Neste estudo foram analisados os conteúdos de microbiologia no programa de ensino e no manual escolar da 9.ª classe (14-15 anos) de Moçambique, que é livro único. A análise revelou que a abordagem do tema no programa e manual é tratado de forma explícita e implícita, dando importância a conteúdos de microbiologia relacionados com a saúde. No manual foi identificada uma imagem com conteúdo implícito de microbiologia na unidade “Introdução à vida das plantas”, em que é referido o uso da planta mulala para a escovagem dos dentes. Assim, decidiu-se elaborar uma atividade experimental sobre “presença de microrganismos na boca e a eficiência da higiene oral” a partir de um guião convencional de investigadores portugueses que foi adaptado para o contexto moçambicano. Numa primeira fase, a atividade foi desenvolvida no Laboratório de Ciências do Instituto de Educação da Universidade do Minho, utilizando os recursos do próprio laboratório. Ao se desenvolver a atividade de forma convencional, foi-se refletindo na sua adaptação à realidade da escola moçambicana através de uso de material de fácil acesso. Para o efeito, adquiriram-se materiais simples e realizou-se a atividade com esses materiais, que foi efetuada com sucesso. Organizou-se então o guião que será utilizado em Nampula por professores que aplicarão este guião com vista à validação final do guião desta atividade experimental. Com este estudo espera-se ajudar os alunos da 9.ª classe de Moçambique a conhecerem os microrganismos, neste caso bactérias, e a reconhecerem melhor as medidas de prevenção da cárie dentária e a compreenderem a relação entre bactérias da boca e a saúde oral.
- Children's conceptions about microorganisms and healthPublication . Carvalho, Graça S. de; Mafra, Paulo; Lima, NelsonChildren’s alternative conceptions on microorganisms and health are little studied in the literature. Several international studies have shown that these conceptions are incomplete, divergent from scientific knowledge and resistant to change, often even after formal education. This study aimed to identify children’s conceptions about microorganisms and health before the formal education of this content (5th grade) and two years after (7th grade). A questionnaire consisting of closed questions was applied to 439 pupils. Most pupils associate microorganisms with the disease and recognize the reason they should be vaccinated. Contrary to results in other studies, pupils associate vaccines with disease prevention rather than disease cure. Some children do not directly associate behaviours related to their hygiene and the need to disinfect wounds with the elimination of undesirable microorganisms. Also the beneficial aspects of the microorganisms are little recognized by the pupils. Statistical analysis showed significant differences (p <0.05) between the two groups in some answers. It is necessary to improve the approach to microorganisms right away in primary school. Textbooks and teachers should give more emphasis on the justification of personal hygiene and the beneficial aspects of microorganisms.
- Percepções de crianças de 10 a 12 anos sobre os efeitos benéficos e prejudiciais dos microrganismosPublication . Carvalho, Graça S. de; Mafra, Paulo; Lima, NelsonConsiderando a relação entre microrganismos e saúde, muitas crianças associam a causa da doença a fatores ambientais, como, por exemplo, o mau tempo, a poluição atmosférica ou a ingestão de comida contaminada (PIKO; BAK, 2006), contudo, uma das ideias comuns nas crianças é a imediata ligação entre microrganismos e doença. Este aspeto é referido em estudos mais antigos como os de Nagy (1953), Maxted (1984), Prout (1985) e Springer e Ruckel (1992), que salientam a visão patogénica dos microrganismos como uma ideia dominante em todas as idades. Estudos mais recentes, como de Byrne (2011), referem que as crianças no início do ensino básico consideram que todos os microrganismos são potencialmente patogénicos, altamente infeciosos e perigosos, e são a única causa para o surgimento da doença.
- Microbes: the good, the bad and the ugly. How society perceives themPublication . Carvalho, Graça S. de; Mafra, Paulo; Lima, NelsonKnowledge, Values and Practices (the KVP model) validates peoples’ conceptions and will be presented here within the educational system framework. The influences of scientists, the media, actors of the educational system and textbook authors on the school external didactic transposition (EDT) will be addressed. Particular emphasis will be given to pupils’ conceptions of microorganisms and how textbooks address these issues. It is well documented that eliciting what children already know and understand scientific concepts is important for achieving effective and significant learning. Examples of children’s conceptions about microorganisms before and after their first lessons on the subject will be shown. Children’s anthropomorphic ideas are very present, attributing human qualities to, for example, whether microorganisms are well- or evil-intentioned, can be assessed by children’s drawings and using terms such as ‘good’, ‘bad’ and ‘ugly’. Textbooks reinforcing the ‘bad’ and ‘ugly’ views are often conveyed within the biomedical model of health. Therefore, the ‘good’ view of microorganisms (e.g., delicious mushrooms, cheese and yogurt producers, soil and wastewater bioremediation…) is missing in the external didactic transposition, which is the result of an absence of the non-medical scientists’ influence in the education system. Finally, opportunities must be created for scientists, particularly in the non-biomedical field, to communicate with the education system and the general public, to emphasize the positive views of microorganisms.
- Microbiologia no 1.º ciclo do ensino básico: uma proposta de atividade experimental sobre a higiene das mãosPublication . Mafra, Paulo; Lima, Nelson; Carvalho, Graça S. deCom o objetivo de promover o ensino experimental da microbiologia no 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) implementou-se uma proposta de educação para a saúde centrada sobre o tema higiene das mãos. Pretendeu-se que as crianças compreendessem que o ato de lavar as mãos reduz a quantidade de bactérias aí existentes. Esta atividade prática foi desenvolvida com dezasseis alunos da cidade de Bragança que frequentavam o 4.º ano do 1.º CEB e centrou-se na questão-problema: Porque devemos lavar as mãos antes das refeições? Com uma mão lavada e com outra por lavar, os alunos esfregaram duas placas com meio e observaram a formação de colónias ao fim de dois dias. O procedimento experimental que serviu de guia e registo tinha a seguinte tipologia: a) “Questão-problema”: questão inicial que se queria ver respondida no final da atividade; b) “Antes da experiência”: os alunos registaram as suas previsões; c) “Experiência”: procedimentos a seguir e onde os alunos registaram as suas observações; d) “Depois da experiência”: reflexão acerca das observações efetuadas, comparando-as com as previsões iniciais, assim como o registo das respostas às questões-problema. Os resultados mostram que os alunos passaram a reconhecer que têm bactérias nas mãos e verificaram a eficácia da sua redução no processo de lavagem das mãos. Compreenderam ainda que as bactérias podem ser potenciais responsáveis por doenças, especialmente se não lavarem as mãos antes das refeições. Assim, concluímos que esta atividade poderá ajudar as crianças, logo no 1.º CEB, através de uma forma autónoma e responsável, a entender a razão da importância da higiene da lavagem das mãos, para que esta não seja associada apenas a um comportamento socialmente correto ou a uma simples regra a cumprir.