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- The impact of goats grazing on understory vegetation of cork oak woodlandsPublication . Souza, Júlio Henrique Germano de; Mosquera-Losada, Maria Rosa; Castro, MarinaThe aim of this study is to evaluate the effects of high grazing pressure for short, intermittent periods (1-2 h per day) on fuel load management in cork oak (Quercus suber L.) forests in the north-eastern region of Portugal. This evaluation aims to understand the effectiveness of targeted grazing as a forest management tool, specifically in reducing fuel load accumulation and thereby potentially reducing wildfire risk. In addition, this study extends its analysis to examine the time required for vegetation recovery in the absence of grazing, with the aim of determining the optimal grazing interval. Changes in herbaceous and shrub cover, herbaceous biomass and phytovolume were compared between grazed and ungrazed plots over a period of thirty-four months. Using a stocking rate of 400 goats per hectare for 21 cumulative hours over 12 days resulted in a 93.43% reduction in shrub phytovolume and a 76.2% reduction in shrub cover. Herbaceous biomass also decreased from 53.80 +/- 7.82 g m-2 to 17.76 +/- 6.29 g m-2 in the grazed areas. Twenty-two months after cessation of grazing, no significant differences in plant and shrub cover or herbaceous biomass were observed. The results highlight the effectiveness of targeted grazing in managing fuel loads in cork oak woodlands, with pronounced short-term benefits. However, the rapid recovery of vegetation in the absence of grazing highlights the need for a strategic and continuous management approach to maintain the benefits of fuel reduction.
- Revalorizar as florestas autóctones de carvalho e azinheira através dos serviços de ecossistema de regulação: o caso do sequestro de carbonoPublication . Podsclan, Caroline Barradas; Souza, Júlio Henrique Germano de; Castro, Marina; Castro, João PauloOs bosques de carvalho negral (Q. pyrenaica Willd.) e azinheira (Q. rotundifolia Lam.) são habitats protegidos pela Diretiva Habitats (9230, 9340) em Portugal. Estes bosques possuem um enorme valor natural, histórico e cultural, tendo ao longo dos tempos, fornecido bens e serviços às comunidades rurais que com eles coexistiam. As comunidades rurais e os sistemas agrícolas tradicionais, dependiam destas áreas para pastoreio, recolha de materiais para o fabrico dos estrumes essenciais ao cultivo de cereais, produção de lenhas para aquecimento de habitações, madeira, entre outros. Atualmente, estas espécies e os habitats que as mesmas constituem enfrentam diversas ameaças, essencialmente associadas às alterações climáticas, incêndios e falta de gestão florestal sustentável. Além disso, ao estarem protegidos, enfrentam diversas restrições à sua utilização, nomeadamente no que se refere ao corte, o que nem sempre é compreendido pelas populações locais. Assim, tratando-se de habitats protegidos localizados no Parque Natural de Montesinho, importa encontrar formas de valorização alternativas que possam simultaneamente responder às necessidades de conservação e às legítímas expectativas das populações de rentabilidade dos seus recursos naturais. A conservação dos recursos naturais em causa implica a sua valorização através do reconhecimento dos serviços de ecossistema prestados pelos mesmos, particularmente os de regulação e suporte. Este trabalho centra-se no serviço de regulação associado ao sequestro de carbono destes bosques e à potencialidade de conversão do mesmo em rentabilidade para as comunidades rurais, permitindo o duplo objetivo anteriormente descrito. Neste estudo, quantificou-se o volume, a biomassa total com casca e a quantidade de carbono em florestas de Q. rotundifolia e Q. pyrenaica localizadas no Parque Natural de Montesinho, região nordeste de Portugal. Para isso, foi realizado um inventário florestal em áreas destas duas espécies. Para avaliar a biomassa arbórea, empregou-se estimativas de densidade específica das espécies obtidas da literatura. Para determinar o conteúdo de carbono foi considerado que 50% da biomassa seca corresponde a carbono orgânico. Os resultados revelaram um padrão diferenciado entre os dois bosques: o povoamento de Q. pyrenaica apresentou uma biomassa mais elevada, com uma média de 106,6±9,7 Mgha-1, e um teor de carbono de 53,32±4,21 Mgha-1. Por outro lado, o povoamento de Q. rotundifolia registrou valores inferiores, com 39,8±3,83 Mgha-1 de biomassa e 19,9±1,91 Mgha-1 de carbono, respectivamente.A potencialidade evidenciada no sequestro de carbono dos bosques autóctones de carvalho negral e azinheira nesta área protegida poderá constituir uma ferramenta inovadora para a conservação dos mesmos ao permitir a valorização económica alternativa aos cortes de lenhas e madeira.