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- Estimulação cognitiva para idososPublication . Jacob, LuisO processo do envelhecimento é a soma de vários processos entre si, os quais envolvem os aspectos biopsicossociais; têm como base a hereditariedade, sendo conhecido o facto de existirem famílias cujos componentes tendem á longevidade, e outras que apresentam certas patologias com muita frequência. O processo de envelhecimento pode ser acompanhado pelo declínio das capacidades tanto físicas, como cognitivas dos idosos, de acordo com suas características de vida. O défice cognitivo é definido por uma alteração de maior capacidade mental. Pode ser um défice focal ou um défice difuso. Entende-se por défice focal quando é limitado a um isolamento mental (tal como a fala) ou um conjunto funcionalmente ou geograficamente inter-relacionados. O défice difuso afecta várias capacidades mentais de uma só vez. Com o envelhecimento, ocorre uma redução do número de células nervosas, assim como uma diminuição na velocidade de condução do estímulo nervoso. No entanto, isto não significa, necessariamente, incapacidade, uma vez que o cérebro, suficientemente estimulado, consegue aumentar e fortalecer as ligações sinápticas existentes, independentemente da idade do indivíduo. Estas ligações criadas compensam a deterioração neuronal. Os problemas de memória, atenção, linguagem, cálculo, orientação espácio-temporal e coordenação motora , estão frequentemente relacionados com o processo de envelhecimento normal do cérebro. Normalmente a capacidade de recuperar espontaneamente a informação é afectada por este processo de envelhecimento, mas a informação é armazenada.
- Universidades seniores o impacto na vida nos mais velhosPublication . Jacob, LuisCom o atual e progressivo envelhecimento da população no ocidente (no qual Portugal não é exceção), o aumento da esperança de vida e o crescente interesse pelos seniores pela educação ao longo da vida, surgiu a urgência de criar um modelo teórico e educativo específico para os adultos mais velhos, em que a objetivo profissional não é o mais importante. Surgem as ideias da gerontopedagogia ou da gerontologia educativa, conforme os autores. Segundo Osório, “o propósito [da gerontologia educativa] é prevenir o declínio prematuro, facilitar o desenvolvimento de papéis significativos para as pessoas seniores, fomentar o desenvolvimento psicológico, de modo a prolongar a saúde e os anos produtivos e aumentar a qualidade de vida das pessoas seniores” (2005, p. 280). A gerontopedagogia visa a conceção e desenvolvimento de modelos e programas de educação, estimulação, enriquecimento pessoal, formação e instrução dirigidos aos maiores de 55 anos. A educação para idosos tem sido objeto de várias investigações e presentemente são aceites duas teorias complementares: uma que concebe a educação como estratégia de “socioterapia”, promovendo e estimulando a integração social (e nesse caso a educação é um instrumento de promoção e integração social), sendo a segunda perspetiva a que entende um envelhecimento melhor para aqueles que mantêm a mente ativa através de atividades educativas. Nesta visão, a educação é simultaneamente uma espécie de ginástica mental, que evita o deterioramento das capacidades cognitivas e um instrumento para aquisição de novos conhecimentos. Entre a educação para adultos e a educação para idosos, há significativas diferenças, como os objetivos e a motivação (mais profissional e qualificativa nos adultos, mais lúdica e prazenteira nos idosos), a duração das aulas ou cursos e os métodos a utilizar. Neste envolvente surgem as Universidades Seniores (US), que são um exemplo maior de cidadania, formação, inclusão social, voluntariado, conhecimento, aprendizagem e desenvolvimento comunitário. Existiam em dezembro de 2017 em Portugal 326 US registadas na RUTIS (Associação Rede de Universidades da Terceira Idade), segundo o site da CASES, e perto de 50 000 alunos e 5500 professores voluntários.
- Solidão, o mal dos tempos modernos?Publication . Jacob, LuisEste é o século mais solitário que a Humanidade já conheceu. (Hertz, 2021). Num estudo internacional feito em 2019, nos Países Baixos, quase um terço dos adultos admite ser solitário e um em cada cinco millennials (nascidos entre 1980 e 2000) nos Estados Unidos diz não ter amigos. Se a situação é transversal a todos as idades, é especialmente sentida nos mais velhos (do mesmo estudo 60% dos utentes dos lares de idosos nos Estados Unidos não têm visitantes, e no Japão, idosos cometem pequenos crimes só para serem presos e, deste modo, terem interação com outras pessoas). O impacto da solidão na velhice traduz-se num desejo profundo de se sentir entendido e compreendido. A afirmação “na velhice, a solidão pesa, mata” (Barreto, 1992, p. 30) exprime com fidelidade as queixas dos idosos. Para esta autora, em muitas circunstâncias, a solidão passa a constituir um estado, uma maneira de ser, ultrapassando o nível do sentimento. A ausência de outros e a impossibilidade de chegar até eles podem causar uma dor extremamente profunda, assim como olhar para o que se perdeu e admiti-lo como irrecuperável, tudo isto aumenta o sentimento de solidão. É muito importante que o idoso não caia numa autorreclusão, não se feche num ciclo de solidão, que só agrava o seu estado de isolamento e apatia.
- A resposta online para os seniores em tempo de pandemiaPublication . Jacob, LuisA pandemia do Covid 19 trouxe inúmeros problemas à sociedade. Se todos os grupos profissionais, sociais e etários foram afetados de alguma forma , os mais velhos foram particularmente sujeitos a diversas privações. O convívio com os amigos e familiares foi seriamente, e por vezes demasiado, limitado; os locais de interação social foram encerrados (cafés, centros de convívio e de dia, clubes ou universidades seniores) e os mais dependentes ficaram enclausurados ou em casa ou nas ERPISA.
- Excesso de gerontotimismoPublication . Jacob, LuisFrequentemente quando reflito sobre o envelhecimento recordo-me de três frases que me marcaram de alguma forma, uma é de Jorge Amado (1912-2001, 89 anos), que numa das suas últimas entrevistas afirmou que “A velhice é uma porcaria”, outra é da atriz brasileira Tónia Carrero (1922- 2018, 95 anos) que afirmou “A velhice é a prova que o inferno existe” e por fim a minha mãe dizia no final da sua vida (1937-2017, 80 anos), “Já enterrei tanta gente”. O que estas três pessoas têm em comum é que ultrapassaram os 80 anos e tiveram um envelhecimento ativo até quase ao fim das suas vidas. Estas afirmações vem contradizer um pouco a “vaga” que surgiu nos últimos anos de um gerontotimismo, considerando este como “a perceção que é transmitida de que a velhice é a melhor fase de vida e que o envelhecimento é um processo isento de dificuldades, pleno de satisfação”, que advoga e enaltece as maravilhas e potencialidades da velhice, muito associado ao conceito de “envelhecimento ativo ou bem sucedido”. Este movimento afirma que a da terceira/ quarta idade é a melhor fase da vida, há até quem lhe chame a idade “dourada” ou quem promova a gerontoadolescência, como se os mais velhos pudessem e devessem repetir os comportamentos dos adolescentes.
- O voluntário sénior em Portugal, 2019Publication . Jacob, LuisA importância do voluntariado nas sociedades modernas tem vindo a ser notória. É possível associar o voluntariado com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), já que é nos países com maior IDH que há mais espírito de voluntariado, segundo Bandeira et Barbedo (2012). Podemos considerar que o voluntário “é um indivíduo que oferece o seu serviço, competências e tempo a uma determinada organização, grupo ou projeto de forma desinteressada, espontânea e livre, serviço esse que origina benefícios ao próprio indivíduo e a terceiros”. Em conformidade com o INE, 2019, “o maior número de voluntários em entidades da economia social concentrou-se essencialmente nos serviços sociais (39,8%), seguindo-se as organizações da religião (17,3%) e as da cultura, comunicação e atividades de recreio (16,5%), p. 10”. O principal tipo de voluntariado realizado pelos portugueses é ao nível de direção e gestão das associações de economia social.
- O papel das universidades seniores na inclusão das pessoas idosas e o seu contributo para um envelhecimento activo, saudável e bem sucedidoPublication . Jacob, LuisNelson Mandela, em 2003, disse uma frase que fi cou pa ra a história, "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Se quisermos transpor esta frase para o universo sénior podemos dizer que as Univers idades Seniores (US) são a arma mais poderosa pa ra va lori za r todo o potenc ial dos sen iores. Sabemos que os países mais desenvolvidos são os que apostam co ntinuamente na educação e formação ao longo da vida. Essa poderá ser uma das causas do menor desenvolvimento do nosso pa ís. A participação da popu lação adulta activa em programas de educação ou formação em Portugal não chega a 10%, enquanto nos países nórdicos ultrapassa os 25% (Eu robarómetro, 2013). Recordemos ainda que a taxa de ana lfabetismo em Portugal em 1960 era de 46.5% (4.128.000 pessoas sem nível de ensin o, in Pordata) e que na Dinamarca ou Letón ia era inferior a 4% no mesmo ano (UNESCO, 1995). Em Portugal nunca se valo ri zou muito a formação de adu ltos e Silvestre indica "se consideramos que a educação e formação de adu ltos tem sido marginalizada, esta faixa etária (idosos) tem sido super-hi per-u ltra-marg inalizada" (2011, p. 117). Por exempl o, na Univers idade de Lisboa, apenas 0,5% têm mais de 63 anos, Petró, 2012.
- I Seminário Gerontológico. Novo tempo de envelhecimento: livro de atasPublication . Galvão, Ana Maria (Ed.); Jacob, Luis (Ed.)A criação do curso de licenciatura em Gerontologia no Instituto Politécnico de Bragança ocorreu com a Portaria nº 841/2004 de 16 de Julho. Decorridas duas décadas temos formado centenas de Gerontólogos! Ser Gerontólogo: uma profissão do presente para o futuro! Este Seminário trata-se de uma exigência curricular inserida na Unidade Curricular: Estágio II. O processo de envelhecimento é um processo heterogéneo e individual. Cada pessoa envelhece de forma única, com as suas próprias necessidades, desejos e circunstâncias. O novo tempo de envelhecimento valoriza a autonomia e a autodeterminação das pessoas mais velhas, permitindo que elas tomem decisões sobre a sua saúde, estilo de vida, participação social e cuidados. O "novo tempo de envelhecimento" refere-se a uma mudança de perspetiva e abordagem em relação ao processo de envelhecimento na sociedade atual. Com o aumento da expectativa de vida e os avanços médicos e tecnológicos, estamos a viver numa época em que as pessoas estão a envelhecer com mais qualidade de vida. Ou seja, o novo tempo de envelhecimento tem sido marcado por um aumento na expectativa de vida saudável. Uma das principais características deste novo tempo de envelhecimento é o reconhecimento de que a idade não é um impedimento para a realização pessoal, a contribuição social e o desenvolvimento contínuo. Existe uma tentativa de romper com os estereótipos negativos associados à velhice e de redefinição do conceito de envelhecimento. Muitas vezes, a velhice é vista como um período de declínio e limitações, mas o novo tempo de envelhecimento está a desafiar esta visão. As pessoas mais velhas estão a envolver-se em atividades que lhes trazem satisfação e significado, seja trabalhando, viajando, aprendendo novas habilidades ou dedicando-se a causas sociais. Elas estão a aproveitar a vida de maneira plena e procuram novas oportunidades de crescimento pessoal. No entanto, é importante reconhecer que nem todos os indivíduos têm as mesmas oportunidades e recursos para desfrutar plenamente deste novo tempo de envelhecimento. Disparidades sociais, económicas e de saúde podem limitar o acesso a cuidados adequados, oportunidades de trabalho e participação social para algumas pessoas mais velhas. É fundamental que a sociedade adote uma abordagem inclusiva e garanta que todos os indivíduos possam envelhecer com dignidade e desfrutar de uma qualidade de vida satisfatória. Em suma, o novo tempo de envelhecimento representa uma mudança de paradigma em relação à velhice. No entanto, é importante reconhecer que o novo tempo de envelhecimento também traz desafios. O aumento da população idosa traz consigo questões como a sustentabilidade dos sistemas de saúde, a garantia de cuidados de longo prazo adequados e a promoção da inclusão social para todas as faixas etárias.