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- Estimulação cognitiva para idososPublication . Jacob, LuisO processo do envelhecimento é a soma de vários processos entre si, os quais envolvem os aspectos biopsicossociais; têm como base a hereditariedade, sendo conhecido o facto de existirem famílias cujos componentes tendem á longevidade, e outras que apresentam certas patologias com muita frequência. O processo de envelhecimento pode ser acompanhado pelo declínio das capacidades tanto físicas, como cognitivas dos idosos, de acordo com suas características de vida. O défice cognitivo é definido por uma alteração de maior capacidade mental. Pode ser um défice focal ou um défice difuso. Entende-se por défice focal quando é limitado a um isolamento mental (tal como a fala) ou um conjunto funcionalmente ou geograficamente inter-relacionados. O défice difuso afecta várias capacidades mentais de uma só vez. Com o envelhecimento, ocorre uma redução do número de células nervosas, assim como uma diminuição na velocidade de condução do estímulo nervoso. No entanto, isto não significa, necessariamente, incapacidade, uma vez que o cérebro, suficientemente estimulado, consegue aumentar e fortalecer as ligações sinápticas existentes, independentemente da idade do indivíduo. Estas ligações criadas compensam a deterioração neuronal. Os problemas de memória, atenção, linguagem, cálculo, orientação espácio-temporal e coordenação motora , estão frequentemente relacionados com o processo de envelhecimento normal do cérebro. Normalmente a capacidade de recuperar espontaneamente a informação é afectada por este processo de envelhecimento, mas a informação é armazenada.
- Walking footballPublication . Jacob, LuisEm agosto de 2017 foi apresentado à RUTIS pelo Fundação Benfica1 (FB) um novo projeto desportivo para os seniores, um futebol a andar. Desde o início que achamos a ideia aliciante e que teria um enorme potencial entre as universidades seniores. O nosso instinto não falhou e quando a 17 de outubro apresentamos na Reunião Magna da RUTIS o projeto “Walking football” a adesão foi imediata. O primeiro passo dado foi uma sessão de formação para os futuros técnicos/dirigentes/atletas que ocorreu no Estádio da Luz no dia 20 de fevereiro de 2018. O primeiro pontapé de saída, num torneio regional, ocorreu a 11 de maio no Estádio Municipal de Almeirim, seguindo-se os torneios em Coimbra, Oeiras e Miranda do Douro. No dia 21 de junho, no Estádio da Luz, decorreu o I torneio final com a participação de 213 atletas e 45 elementos da equipa técnica. Os motivos para a grande adesão dos seniores a esta nova modalidade, e na época 2019/2020 participaram 26 equipas de Vinhais a Aljustrel, de Braga a Ponta Delgada, de Miranda do Douro ao Alvito, são essencialmente 3: » É divertido. Qualquer atividade (desportiva, formativa, cultural) que se faça para seniores (ou qualquer outro grupo) tem que ser divertida, caso contrário dificilmente funciona. E jogar futebol é divertido, seja a correr ou a andar. A participação nos torneios com outras equipas, um pouco por todo o país, é igualmente divertido e um excelente momento de convívio e desportivismo. Muitos atletas, especialmente as senhoras, nunca tinham jogado futebol e isso trouxe-lhes uma experiência completamente nova e bem-disposta. » É saudável. As equipas treinam entre 2 a 3 vezes por semana, durante sensivelmente uma hora, sendo notável ver o desenvolvimento que alguns jogadores apresentam posteriormente o nível de coordenação, resistência, acuidade visual e espacial e orientação. Os resultados foram mais visíveis nas senhoras e nas pessoas mais velhas, com ganhos gerais ao nível de saúde e capacidade física.
- A resposta online para os seniores em tempo de pandemiaPublication . Jacob, LuisA pandemia do Covid 19 trouxe inúmeros problemas à sociedade. Se todos os grupos profissionais, sociais e etários foram afetados de alguma forma , os mais velhos foram particularmente sujeitos a diversas privações. O convívio com os amigos e familiares foi seriamente, e por vezes demasiado, limitado; os locais de interação social foram encerrados (cafés, centros de convívio e de dia, clubes ou universidades seniores) e os mais dependentes ficaram enclausurados ou em casa ou nas ERPISA.
- O voluntário sénior em Portugal, 2019Publication . Jacob, LuisA importância do voluntariado nas sociedades modernas tem vindo a ser notória. É possível associar o voluntariado com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), já que é nos países com maior IDH que há mais espírito de voluntariado, segundo Bandeira et Barbedo (2012). Podemos considerar que o voluntário “é um indivíduo que oferece o seu serviço, competências e tempo a uma determinada organização, grupo ou projeto de forma desinteressada, espontânea e livre, serviço esse que origina benefícios ao próprio indivíduo e a terceiros”. Em conformidade com o INE, 2019, “o maior número de voluntários em entidades da economia social concentrou-se essencialmente nos serviços sociais (39,8%), seguindo-se as organizações da religião (17,3%) e as da cultura, comunicação e atividades de recreio (16,5%), p. 10”. O principal tipo de voluntariado realizado pelos portugueses é ao nível de direção e gestão das associações de economia social.
- As universidades seniores como factor emocional para os senioresPublication . Jacob, Luis; Pocinho, RicardoAtendendo ao grande crescimento do número de universidades seniores em Portugal, julgamos importante conhecer o público que frequenta estas instituições, quais as suas motivações e avaliar o seu impacto na qualidade de vida dos seniores. Existiam em 2018 em Portugal 335 Universidades Seniores e perto de 50.000 alunos com mais de 50 anos e 6.500 professores voluntários. A Universidade Sénior, é a “ resposta socioeducativa que visa criar e dinamizar regularmente atividades nas áreas sociais, culturais, do conhecimento, do saber e de convívio, a partir dos 50 anos de idade, prosseguidas por entidades públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos”, segundo a Resolução do Conselho de Ministros nº 76/2016. Era importante agora quantificar estes resultados. E foi esse o objectivo deste trabalho, feito pelo autor no âmbito do seu doutoramento na Universidade de Salamanca, que envolveu inquéritos a 1016 alunos seniores de todo o país. Concluiu-se, entre outros dados, que: (i) Os alunos são essencialmente mulheres (71,95), com idades entre os 65-74 anos (57,1%). A amostra é caracterizada por escolarização e rendimento intermédios; (ii) as possibilidades de continuar ativo, de aprender e adquirir novos conhecimentos e de permanecer ocupado são as razões mais importantes para os inquiridos terem começado a frequentar a Universidade Sénior; (iii) Houve uma melhoria muito notória na saúde mental e autoestima por parte dos alunos; (iv) O nível de satisfação com a Universidade/Academia Sénior é muito elevado. Apenas 2,1% dos inquiridos manifestaram estar pouco satisfeitos; (v) quando questionado sobre o seu estado de saúde, mais de metade dos inquiridos (51,7%) respondeu que melhorou após estar na universidade sénior e (vi) foi no escalão etário ’75 anos ou mais’ onde se verificou uma melhoria significativamente superior no estado de saúde.
- O papel das universidades seniores na inclusão das pessoas idosas e o seu contributo para um envelhecimento activo, saudável e bem sucedidoPublication . Jacob, LuisNelson Mandela, em 2003, disse uma frase que fi cou pa ra a história, "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Se quisermos transpor esta frase para o universo sénior podemos dizer que as Univers idades Seniores (US) são a arma mais poderosa pa ra va lori za r todo o potenc ial dos sen iores. Sabemos que os países mais desenvolvidos são os que apostam co ntinuamente na educação e formação ao longo da vida. Essa poderá ser uma das causas do menor desenvolvimento do nosso pa ís. A participação da popu lação adulta activa em programas de educação ou formação em Portugal não chega a 10%, enquanto nos países nórdicos ultrapassa os 25% (Eu robarómetro, 2013). Recordemos ainda que a taxa de ana lfabetismo em Portugal em 1960 era de 46.5% (4.128.000 pessoas sem nível de ensin o, in Pordata) e que na Dinamarca ou Letón ia era inferior a 4% no mesmo ano (UNESCO, 1995). Em Portugal nunca se valo ri zou muito a formação de adu ltos e Silvestre indica "se consideramos que a educação e formação de adu ltos tem sido marginalizada, esta faixa etária (idosos) tem sido super-hi per-u ltra-marg inalizada" (2011, p. 117). Por exempl o, na Univers idade de Lisboa, apenas 0,5% têm mais de 63 anos, Petró, 2012.