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  • Contributo para o estudo dos vestígios arqueológicos - do VI ao I milénio A.C. Paisagens e memórias na bacia hidrográfica do Douro
    Publication . Vieira, Alexandra; Lopes, Susana Soares
    O presente trabalho versa sobre os vestígios arqueológicos da Pré-história Recente da Bacia Hidrográfica do Douro em território português, tentando compreender o modo como participam na construção das memórias e das paisagens que compõem a região. O estudo desenvolve-se em duas direções: por um lado, foram reunidos e sistematizados um conjunto de dados disponíveis sobre tais vestígios, no sentido de ensaiar uma caracterização acerca do modo como as comunidades pré-históricas ocuparam os diferentes territórios da região; por outro lado, tentamos compreender o modo como tais vestígios foram apropriados em épocas posteriores, isto é, exploramos o entrelaçamento dos vestígios pré-históricos nas dinâmicas da memória e da paisagem das comunidades que habitaram esta região até aos dias de hoje. A tese é composta por três partes distintas. A Parte I corresponde a um conjunto de capítulos referentes à definição do objeto de estudo, ao enquadramento da pesquisa, à estratégia de análise e aos métodos de trabalho. Relativamente ao objeto de estudo e ao método de trabalho, é de destacar que foram analisados 2410 sítios, procedendo-se à sua congregação e sistematização numa base de dados. Na Parte II, procedemos à apresentação dos vestígios arqueológicos estudados. Inicialmente, abordamos, de modo sucinto, a história da pesquisa arqueológica e traçamos a situação de referência relativa ao estado do conhecimento da Pré-história Recente na região. Posteriormente, discutimos o modo como a reunião da informação na base de dados permite discutir o estado do conhecimento e pode ser usada enquanto ferramenta de pesquisa. Por último, ensaiamos um conjunto de linhas de força que caracterizam o modo como as comunidades pré-históricas habitaram a região da Bacia Hidrográfica do Douro. Na Parte III, apresentamos um estudo acerca do modo como os vestígios da Pré-histórica Recente participaram na construção da Memória e da Paisagem em épocas posteriores. Começamos por discutir os conceitos de memória e paisagem e, posteriormente, através da análise da documentação histórica, da toponímia, das tradições e crenças populares, das biografias de sítios arqueológicos com amplas diacronias, procuramos caracterizar as dinâmicas pelas quais os vestígios pré-históricos são incorporados na paisagem e na memória das comunidades.
  • Jornadas de Turismo Arqueológico: livro de resumos
    Publication . Vieira, Alexandra (Ed.); Mariani, Andrea (Ed.); Sousa, Luís (Ed.); Pires, Raquel (Ed.)
    Pensar a Arqueologia enquanto motor de desenvolvimento de uma região é um desafio que se coloca presentemente à comunidade científica. A conjuntura política, económica e social atual apresenta imensos problemas, mas deve constituir um verdadeiro estímulo, sendo importante afirmar o papel social e agregador que a pesquisa arqueológica pode proporcionar às comunidades locais e ao país. Um dos assuntos que se discute em Arqueologia é o tipo de discurso utilizado para o público em geral, designadamente de como sair do hermetismo técnico-científico desta área do conhecimento e como tornar a mensagem inteligível a todos, sem perder o rigor da disciplina. Consecutivamente, algumas das questões mais abordadas no debate científico, promovido nos últimos anos, prende-se particularmente com a divulgação do resultado dos trabalhos arqueológicos; pela participação e integração das comunidades locais na preservação; e pela consciencialização do ‘seu’ património arqueológico. Neste contexto, a Interpretação do Património Arqueológico, enquanto dinâmica processual de tradução de conteúdos, os quais decorrem de uma investigação científica, deverá assumir-se como um caminho de valorização e gestão patrimonial. A intermediação da Interpretação do Património favorece a conversão dos conteúdos científicos em participação discursiva e a exploração criativa da experiência turístico-cultural por parte dos públicos – comunidades locais e/ou visitantes. Paralelamente, a fragilidade de algumas tipologias de vestígios arqueológicos preconiza a seleção criteriosa dos sítios passíveis de serem visitados, encaminhando, por conseguinte, para a intervenção de estratégias interpretativas, bem como o simultâneo desenvolvimento de um plano, tido igualmente como de grande relevância, que tem que ver com a integração do património arqueológico em roteiros de distintas dimensões territoriais, visando a fruição cultural de um qualquer arqueossítio por parte do público em geral. Porém, trata-se de uma questão que deverá ser longamente ponderada, pois apesar de se tratar de um direito instituído e de efetiva promoção de educação patrimonial, não deve ser posta em causa a salvaguarda dos vestígios e a sua conservação, o que pressupõe a definição de corredores discursivos de acesso condicionado ou mesmo de interdição. Devido à natureza específica e complexa dos vestígios arqueológicos, os arqueólogos de- vem trabalhar em estreita colaboração com outros especialistas. A experiência multidisciplinar deverá assim compreender a cooperação de geógrafos, gestores do património, operadores turísticos, historiadores, antropólogos, designers, arquitetos, intérpretes, entre outros agentes de promoção turística e cultural, visando o usufruto do património arqueológico. Tendo sempre como prioridade a conservação desses bens culturais, a experiência do serviço prestado às comunidades locais e visitantes deve expandir-se no conjunto dos museus, centros de acolhimento e centros interpretativos, ativando-se o campo das possibilidades da Interpretação do Património: criar exposições (convencionais ou imersivas); desenhar rotas e/ou circuitos arqueológicos; incrementar oficinas de experimentação e simulação arqueológica; facilitar a prática do living history; explorar a prática de gamification (jogos de tabuleiro e jogos digitais) associados à arqueologia. Trata-se, então, de um compromisso que eleva as diferentes sinergias do território envolvente a programas interpretativos sustentáveis, entendendo-os como um produto e serviço turístico-cultural suscetível de ser capitalizado no mapa das motivações turísticas. Com efeito, a escolha de um destino turístico pode ser motivada pelo interesse em conhecer e visitar sítios arqueológicos. O Arqueoturismo ou Turismo Arqueológico, designado como ramo do Turismo Patrimonial e, por sua vez, um sub-ramo do Turismo Cultural, será, neste caso, a motivação para a deslocação dos visitantes/turistas nacionais e internacionais. O património arqueológico é, por isso, o núcleo central da visita. Considera-se, pois, fundamental rever e continuar as investigações para ampliar o entendimento conducente à apreciação da relevância patrimonial. É igualmente adequado observar e divulgar as boas práticas que se singularizam atualmente. No âmbito destas Jornadas de Turismo Arqueológico, reunimos um grupo de arqueólogos cujos trabalhos e projetos de investigação abordam estas temáticas. Possibilitar-se-á a partilha de conhecimentos e de experiências sobre o modo como projetos e práticas têm triunfado nas suas regiões, em concreto no território português, partindo do binómio Arqueologia - Turismo.
  • A apropriação dos vestígios arqueológicos por parte das comunidades modernas e contemporâneas
    Publication . Vieira, Alexandra
    Consideramos que os vestígios arqueológicos podem ser entendidos como dispositivos mnemónicos que estruturam as memórias das comunidades locais, os seus costumes e práticas. Este artigo analisa o modo como os vestígios arqueológicos foram interpretados por diferentes comunidades, ao longo da Época Moderna e Contemporânea, em Portugal. Procura‑ se estudar o contributo da documentação histórica, assim como de algumas publicações do século XIX/XX, para o conhecimento dos vestígios arqueológicos e da tradição oral.
  • Contributo para o estudo dos vestígios arqueológicos – do VI ao I milénio a.C. paisagens e memórias na bacia hidrográfica do Douro
    Publication . Vieira, Alexandra
    O presente trabalho versa sobre os vestígios arqueológicos da Pré‑história Recente da Bacia Hidrográfica do Douro, em território português, tentando compreender de que forma teriam participado na construção das memórias e das paisagens que compõem esta vasta área. O estudo desenvolve‑se em duas direções: por um lado, foram reunidos e sistematizados um conjunto de dados disponíveis sobre tais vestígios, numa tentativa de caracterizar a ocupação dos diferentes territórios da região pelas comunidades pré‑históricas; por outro lado, tentou‑se compreender o modo como tais vestígios foram apropriados em épocas posteriores, isto é, explorando o entrelaçamento dos vestígios pré‑históricos nas dinâmicas da Memória e da Paisagem das comunidades que habitaram esta região até aos dias de hoje. A tese é composta por três partes distintas. A primeira Parte corresponde a um conjunto de capítulos referentes à definição do objeto de estudo, ao enquadramento da pesquisa, à estratégia de análise e aos métodos de trabalho. Na segunda Parte apresentamos os vestígios arqueológicos estudados. Começamos por abordar, de modo sucinto, a história da pesquisa arqueológica e fazemos um ponto de situação relativo ao estado do conhecimento da Pré‑história Recente na região. Posteriormente, analisamos de que forma a informação reunida na Base de Dados permite discutir o estado do conhecimento e como pode ser usada enquanto ferramenta de pesquisa. Por último, ensaiamos um conjunto de linhas de força que caracterizam o modo como as comunidades pré‑históricas habitaram a região da Bacia Hidrográfica do Douro. Na terceira Parte, começamos por discutir os conceitos de Memória e Paisagem e, posteriormente, através da análise da documentação histórica, da toponímia, das tradições e crenças populares, assim como das biografias de sítios arqueológicos com amplas diacronias, procuramos caracterizar as dinâmicas pelas quais os vestígios pré‑históricos são incorporados na paisagem e na memória das comunidades.