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- Bioecologia de pragas carpófagas da castanha e controlo microbiológico de Cydia splendana (Lepidoptera, Tortricidae) e Curculio elephas (Coleoptera, Curculionidae)Publication . Souza, Maria Eliza Cota e; Souza, Maria Eliza Cota e; Bento, AlbinoO castanheiro europeu (Castanea sativa Miller) é uma cultura que apresenta grande importância económica e social, sendo em algumas regiões de montanha a principal fonte de rendimento das populações rurais. A região de Trás-os-Montes concentra grande parte da área plantada com essa espécie em Portugal. A cultura é atacada por vários insetos que causam prejuízos tanto a produtores como a comerciantes de castanha. Os Lepidópteros da família Tortricidae Cydia splendana (Hübner) e Cydia fagiglandana (Zeller) são considerados praga-chave da cultura na região. Os insetos na fase de larva alimentam-se do fruto causando perda do valor comercial da castanha. O objetivo do estudo foi monitorar a população adulta de C. splendana e C. fagiglandana e os níveis de ataque da espécie C. splendana na região de Trás-os-Montes. O trabalho decorreu entre os meses de julho e outubro de 2020, em cinco soutos dos concelhos de Bragança, Vinhais e Macedo de Cavaleiros, atrás caraterizados. Para acompanhar o voo dos adultos, em cada um dos soutos, foram instaladas três armadilhas tipo delta com feromona sexual, para cada uma das espécies de insetos. Para avaliar os níveis de ataque de C. splendana recolheram-se semanalmente folhas dos castanheiros, nos cinco soutos (20 folhas em 20 árvores diferentes), totalizando 400 folhas por souto. A primeira captura de C. splendana foi observada em 29/07, observando-se o pico de capturas entre 20/08 e 02/09. O período de postura foi relativamente curto, com ovos viáveis entre final de agosto e meados de setembro. Os ovos predados aumentaram ao longo do tempo e foram observados em todas as datas de amostragem. A primeira captura de C. fagiglandana foi observada em 22/07, observaram-se dois picos de capturas, o primeiro entre 08/08 e 13/08 e o segundo entre 26/08 e 02/09. As capturas foram maiores nos pomares com presença de hospedeiro alternativo (castanheiros para madeira e outras espécies de Quercus).
- Can Beauveria bassiana (Bals.-Criv.) Vuill. control the key fruit pests of the european chestnut tree, under field conditions?Publication . Souza, Maria Eliza Cota e; Nobrega, Filomena; Bento, Albino; Souza, Maria Eliza Cota eSimple Summary Portugal has the largest chestnut tree plantation area for fruit production in Europe. The carpophagous pests Cydia splendana Hubner and Curculio elephas Gyllenhal are among the main pests that affect nut productivity and quality in the country. Their control is considered difficult due to the large size of the trees, and chestnut orchards are mostly located in mountain regions with high slopes. On the other hand, the biology of the insects, which spend most of their life cycle inside the fruit or buried in the ground, is an aspect that makes them difficult to control. Entomopathogenic fungi are considered safe biological organisms for the environment and capable of regulating the natural population of pests. Beauveria bassiana (Bals.-Criv.) Vuill. is one of the most used for this purpose; however, its effectiveness is highly influenced by environmental factors. The study aimed to investigate the efficiency of B. bassiana in controlling these two carpophagous pests under environmental conditions. The fungus could infect and kill C. splendana and C. elephas larvae under the two conidial concentrations tested, showing favorable results for its use in the biocontrol of these insects. The chestnut moth (Cydia splendana Hubner) and the chestnut weevil (Curculio elephas Gyllenhal) cause serious damage to European producers and companies that transform and market the chestnut. The objective of the present work was to evaluate, under field conditions, the possibilities of Beauveria bassiana (Bals.-Criv.) Vuill. to infect and kill the larvae of the two main carpophagous pests of European chestnut, in treatments directed at the soil. For this purpose, the surfaces of vases were sprayed with two concentrations of conidia/mL 5 x 10(7) (T1) and 1 x 10(8) (T2). The control (T0) was sprayed with distilled water. Larval mortality and infection were evaluated on five dates (D8 to D220). Confirmation of the fungus present in the larva was performed by molecular analysis. The results obtained are promising for the use of B. bassiana as a biological control agent against these key pests of the chestnut crop. There were no significant differences in mortality between the T1 and T2 modalities, however, they were significantly higher than the control. In the case of total mortality (dead and infected larvae), no significant differences were observed for C. elephas either. In the case of C. splendana, the T2 modality obtained better results in terms of total mortality.
- Efeito do coberto vegetal na biodiversidade funcional de artrópodes associados a castanheirosPublication . Souza, Maria Eliza Cota e; Bento, Albino; Souza, Maria Eliza Cota eO castanheiro apresenta grande importância económica e social, sendo em algumas regiões de montanha a principal fonte de rendimento das populações rurais, constituindo-se ainda como elemento caraterizador da paisagem. Tem como pragas-chave a vespa-das-galhas-docastanheiro, Dryocosmus kuriphilus (Yasumatsu), bichado-da-castanha, Cydia splendana (Hübener) e o gorgulho, Curculio elephas (Gyllenhal). A vegetação espontânea do souto pode fornecer alimento, hospedeiros alternativos e abrigo para os inimigos naturais e incrementar a limitação natural destas pragas. O conhecimento da artropodofauna (fitófagos, predadores, parasitóides e indiferentes) e a sua atividade funcional é fundamental numa perspetiva de conservação e incremento da sustentabilidade. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito do coberto vegetal nos índices de biodiversidade, bem como na riqueza e abundância da fauna auxiliar associada à cultura do castanheiro na região de Trás-os-Montes. O trabalho foi desenvolvido em dois soutos no distrito de Bragança, um com coberto vegetal e outro mobilizado, onde se procedeu à recolha quinzenal de artrópodes entre agosto e outubro de 2020, através da técnica das pancadas (25 árvores, dois ramos/árvore, duas abanadelas/ramo). Os indivíduos foram triados em laboratório e separados por ordens e grupos funcionais (predadores, parasitóides, fitófagos e indiferentes), os dados analisados no programa Past 4.3. No total, capturaram-se 5.020 artrópodes pertencentes à classe Insecta (nove ordens) e à classe Arachnida (uma ordem). Em termos de biodiversidade, o souto com coberto vegetal apresentou maior abundância (p<0,01) e menor dominância (p<0,001) que o souto mobilizado. Analisando os grupos tróficos observou-se que o souto com coberto vegetal apresentou maior número de parasitóides (p<0,05) e menor número de fitófagos (P<0,01), com destaque para a família Cicadellidae. Não houve diferença significativa no número de predadores. A ordem Araneae representa aproximadamente 80% dos predadores