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- Em busca do sentido das palavras na aula de PortuguêsPublication . Araújo, Carla SofiaQualquer língua natural possui palavras com diversos sentidos, devido à ambiguidade que caracteriza as formas lexicais. A ambiguidade lexical abrange a polissemia e a homonímia. Quer na polissemia quer na homonímia, encontra-se uma mesma forma fonética e gráfica à qual se atribuem sentidos diferentes. Esta comunicação pretende contribuir para o estudo desses sentidos diferentes associados a formas linguísticas que partilham as formas fonética e gráfica, apresentando uma possível alternativa ao ensino tradicional para o estudo da homonímia e da polissemia na aula de português. Nesse sentido, preconizamos que o uso de concordâncias no ensino da homonímia e da polissemia permite que a aula de Português beneficie das potencialidades pedagógicas que as novas tecnologias concedem aos alunos e aos professores, que dispõem de ferramentas que permitem organizar o ensino da língua a prever a utilização profícua dos recursos tecnológicos, em contextos pedagógicodidáticos de descoberta dos sentidos contidos nos produtos linguísticos e gerando uma interação ativa entre professores e alunos. Neste trabalho, começaremos por abordar os conceitos de homonímia e polissemia. Depois, incidiremos sobre alguns conceitos teóricos que se relacionam com a Linguística de Corpus como, por exemplo, corpus, frequência e concordância. Destacando os benefícios do uso de corpus na aula de Português, procederemos também à apresentação do CINTIL – Corpus Internacional do Português –, concordanciador disponível on-line, em http://cintil.ul.pt/, no qual observaremos e analisaremos concordâncias de palavras homónimas e de palavras polissémicas. Na última parte, através de concordâncias fornecidas pelo CINTIL – Corpus Internacional do Português –, apresentaremos uma proposta pedagógica para o ensino-aprendizagem da homonímia e da polissemia, permitindo que os alunos estudem a língua a partir do uso real da mesma.
- Corpus: possibilidade metodológica para o ensino da variação linguística na aula de PLNMPublication . Araújo, Carla SofiaAs diferenças entre o português europeu e o português brasileiro observam-se nos diversos módulos da gramática da Língua Portuguesa. Uma vez que o léxico é a parte da gramática que mais absorve os condicionamentos socio-históricos e culturais, é no léxico que se constatam maiores divergências, ainda que o português europeu e o português brasileiro partilhem um fundo lexical comum. Graças a essa partilha lexical, opera-se uma comunicação eficaz entre falantes do português europeu e falantes do português brasileiro, embora os usos discursivos, convencionais e pragmáticos na interação linguística no Brasil e em Portugal sejam distintos. Na sequência das especificidades da Língua Portuguesa anteriormente referidas, colocam-se duas questões essenciais, a que procuraremos dar resposta com este trabalho: tendo em vista o ensino da diversidade linguística na aula de PLNM, que visão da língua deve apresentar o Professor de PLNM? No ensino da diversidade linguística na aula de PLNM, o “Corpus do Português”, disponível online em www.corpusdoportugues.org., poderá ser um recurso didático profícuo?
- Corpus na sala de aula de variação linguísticaPublication . Araújo, Carla SofiaOs progressos significativos ocorridos, sobretudo, nas duas últimas décadas, nas tecnologias da língua, colocam à disposição dos professores ferramentas tecnológicas imprescindíveis para o domínio da didática da língua. Neste domínio, com este artigo, pretendemos contribuir para a divulgação de aplicações da Linguística de Corpus ao ensino do Português como Língua não Materna (PLNM), apresentando tarefas de promoção da consciência linguística através de corpus. As tarefas que se propõem poderão ser realizadas por estudantes de PLNM a partir do nível B1, utilizando o “Corpus do Português”, disponível online em www.corpusdoportugues.org. Nesse sentido, apresentar-se-á uma proposta didática de estudo da variação linguística através da análise de concordâncias do “Corpus do Português”, tendo em vista o ensino-aprendizagem das variedades do português faladas em Portugal (PE) e no Brasil (PB), particularmente no nível lexical: palavras idênticas com significado diferente; palavras diferentes com o mesmo significado; palavras derivadas com a mesma base e diferentes sufixos mas com significado semelhante; palavras com bases diferentes e com o mesmo sufixo, mas que veiculam um significado idêntico. O estudo da língua a partir da observação empírica de dados textuais permite aos alunos aceder a um inventário minucioso de fenómenos linguísticos que, por um lado, fornece respostas para questões linguísticas levantadas a priori e, por outro lado, pode também colocar novas perguntas a posteriori. Deste modo, o percurso didático através de corpus encaminha os alunos para a descoberta autónoma das regras subjacentes ao uso das estruturas linguísticas. Atendendo ao facto de que, atualmente, na web, se encontram disponíveis vários tipos de corpus para o Português, por exemplo, corpora de fala, corpora de variedades regionais de PE, corpora de variedades do português no mundo, consideramos que a utilização destas ferramentas tecnológicas, de acesso livre, em contexto de ensino-aprendizagem da diversidade linguística do Português, poderá contribuir para a operacionalização de uma abordagem didática que privilegie o ensino de um léxico e de uma gramática comuns, mas que indique, simultaneamente, as diferenças entre as variantes do Português, convocando as ferramentas tecnológicas para o ensino e fazendo um aproveitamento pedagógico das mesmas, de modo a enriquecer e a inovar as opções didáticas da aula de Português.
- Ensino de combinatórias lexicais através de corpusPublication . Araújo, Carla SofiaO ato de utilização da linguagem verbal não é exclusivamente criativo, uma vez que o falante usa, frequentemente, estruturas lexicais pré-construídas, ou seja, combinatórias lexicais. De facto, a investigação sobre corpora tem revelado que as combinatórias lexicais constituem uma parte com elevada representatividade na arquitetura lexical da língua. Por conseguinte, no contexto pedagógico-didático de promoção da competência lexical, no âmbito do ensino do Português, tanto como língua materna como língua não materna, é fundamental adotar metodologias de trabalho renovadas, que conduzam os alunos à descoberta dessas associações lexicais, promovendo a ampliação do capital lexical dos estudantes de Língua Portuguesa. Este trabalho fundamenta-se nos referenciais teóricos da “Lexical Approach”, de Michael Lewis, e da “Lexical Priming”, de Michael Hoey, e possui como principal objetivo apresentar propriedades das combinatórias lexicais que podem ser observadas em contexto de ensino-aprendizagem do Português através de corpus. Nesse sentido, extrairemos do “Corpus do Português”, disponível online em www.corpusdoportugues.org, concordâncias de combinatórias lexicais, cuja observação e análise concedem aos alunos a profícua oportunidade de aprendizagem das estruturas e padrões de combinatórias lexicais.
- TIC no desenvolvimento das competências lexical e gramaticalPublication . Araújo, Carla SofiaA competência lexical traduz-se no conhecimento e na capacidade de usar o vocabulário da língua e integra elementos lexicais e gramaticais. A competência gramatical diz respeito ao conhecimento dos fenómenos gramaticais da língua e à capacidade para os utilizar. Uma vez que a competência gramatical consiste na capacidade de compreensão e expressão de significado, a partir da produção e do reconhecimento de expressões e frases corretamente construídas conforme os princípios que regem a combinação dos elementos constitutivos das sequências significativas, a competência gramatical encontra-se claramente no centro da competência comunicativa. Deste modo, quando o objetivo é a promoção do conhecimento explícito, é recomendável um ensino sequencializado por nível de dificuldade, dado que algumas regras gramaticais serão mais fáceis de entender do que outras. Existem evidências na investigação sobre o processo de aquisição de L2 de que a aquisição gramatical ocorre de modo gradual e dinâmico. Por conseguinte, o ensino da gramática, quer em níveis iniciais quer em níveis avançados, revela-se útil, para desenvolver o conhecimento explícito da língua. Estudos recentes corroboram que o ensino de L2 deve proporcionar um contexto pedagógico-didático em que os estudantes adquiram a gramática de forma gradual e dinâmica, tendo em vista o uso do conhecimento gramatical na comunicação. Deste modo, a aprendizagem formal promove o conhecimento gradual sobre a língua de aprendizagem e pode colmatar lacunas decorrentes de contextos de aquisição pobres, ou seja, contextos em que fora da sala de aula o acesso à L2 é reduzido. Este trabalho, teoricamente ancorado na Linguística de Corpus e no ensino das línguas mediado pelas tecnologias, pretende apresentar sequências de ensino-aprendizagem a realizar por alunos de PLNM, visando o desenvolvimento das competências lexical e gramatical, através de ferramentas disponíveis na internet que podem ser utilizadas no desenvolvimento de materiais didáticos profícuos para o ensino do Português. Nesse sentido, utilizaremos o CINTIL (Corpus Internacional do Português), disponível online em http://cintil.ul.pt, que nos permitirá aceder a dados linguísticos reais, reveladores da influência positiva relevante que a utilização das TIC em contexto de ensino do Português Língua não Materna pode assumir, convocando as tecnologias para a aula de Português.
- Entries on the history of corpus linguisticsPublication . Assunção, Carlos; Araújo, Carla SofiaA Linguística de Corpus ancora-se num paradigma teórico que se caracteriza por uma abordagem empirista e por uma conceção da linguagem como um sistema probabilístico. Em Linguística, o empirismo é uma abordagem que concede estatuto primordial aos dados que provêm da observação da linguagem, geralmente agrupados sob forma de corpus, opondo-se ao racionalismo. O racionalismo baseia-se no estudo da linguagem a partir da introspeção, entendida como maneira de averiguar modelos de funcionamento estrutural e a formação do processo cognitivo da linguagem. Por conseguinte, verifica-se um antagonismo entre as posturas filosóficas características da concepção empirista e racionalista da linguagem, representadas pelos seus maiores vultos. Por um lado, Halliday, representante da concepção empirista, e, por outro lado, Chomsky, o maior vulto do racionalismo na Linguística. Há, no entanto, novas abordagens que devem ser consideradas. De todas estas concepções constituiu-se o maior número de trabalhos da linguística de corpus, nas áreas da lexicografia e terminologia – produção de dicionários, glossários, bases de dados terminológicas, etc.