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  • A cultura da mediação como fundamento da educação para a convivência pacífica
    Publication . Dias, Elisa; Madureira, Cristiana; Tomaz, Joaquim
    Na atualidade vivenciamos cada vez mais situações de violência e de conflito nas escolas, com diversas manifestações que levam a escola a uma crise de legitimidade. Neste sentido, e com o intuito de inverter esta tendência, pretende-se dar a conhecer um projeto de mediação positiva de conflitos em contexto escolar, onde emerge a consolidação de uma cultura de paz, de cidadania e de convivência pacífica. Uma vez que se verifica um crescente número de sinalizações de alunos que apresentam comportamentos de risco nas escolas, aliado a um crescente número de situações de insucesso, absentismo e abandono escolares, consideramos de extrema relevância partilhar a experiência decorrente da implementação do projeto de mediação positiva de conflitos do Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins em Chaves, que consistiu na criação de um Gabinete de Mediação, designado por GM+. Em termos metodológicos serão apresentadas as estratégias de criação do Gabinete GM+, bem como alguns resultados dos inquéritos por questionário aplicados a uma amostra de alunos do 5.º ao 12.º ano do referido Agrupamento, com o intuito de refletir acerca das suas perceções sobre o clima escolar. Serão ainda partilhadas algumas atividades dinamizadas por parte de um grupo de alunos mediadores do Agrupamento, enquadrados em estruturas de mediação de pares, onde os alunos são reconhecidos como mediadores informais por parte de toda a comunidade educativa. A criação deste Gabinete de Mediação em contexto escolar, embora ainda em fase exploratória, já nos permite tecer algumas conclusões uma vez que a mediação tem permitido aos agentes envolvidos - Diretor, Professores, Equipa de Mediação, Assistentes Operacionais, Alunos e Encarregados de Educação - uma transformação criativa dos conflitos, aproveitando-os como uma oportunidade de crescimento, mudança e de desenvolvimento pessoal e relacional. A corresponsabilização da comunidade educativa tem contribuído para a promoção de uma cultura de diálogo, de paz, de escuta e de tolerância nas relações interpessoais, onde impera o respeito pela singularidade do outro, a educação para a paz, para os afetos, para a felicidade, difundindo deste modo, em contexto escolar, práticas colaborativas de educação para a convivência pacífica.
  • Ensinar a aprender: a corresponsabilização da escola-família na autorregulação das aprendizagens
    Publication . Dias, Elisa; Madureira, Cristiana
    O apelo à autoaprendizagem, ao desenvolvimento de capacidades de autorregulação da aprendizagem são uma exigência da sociedade informacional e um paradigma da educação atual. A autorregulação envolve a necessária correlação entre motivação e cognição, enraizando-se numa dimensão sociocognitiva. A aprendizagem autorregulada é um processo ativo e construtivo, no qual o pensamento, a motivação e o comportamento são orientados para a concretização de objetivos de aprendizagem (‘learning outcomes’) e fortemente condicionados pelos contextos envolventes. Apesar do forte investimento epistémico nesta matéria, a sua consolidação tem-se prendido com mudanças/ adaptações verticais da “cúpula para a base”, ou seja, reorganizaram-se os níveis de estudos; os currículos e adotam-se novas nomenclaturas, tais como: ciclos de estudo; tempo total de trabalho; estudo autónomo entre outras. Esquece-se porém que a autonomia não é conatural ao ser humano, pois requer aprendizagem e maturação. Aprender a aprender deve ser encarado como um continuum educativo, para o qual contribuem naturalmente todos os agentes de socialização, particularmente a escola e a família. A necessidade de intervenção destes agentes educativos no apoio à monitorização e regulação das aprendizagens é salientada pelos próprios alunos, nas narrativas e testemunhos que elegemos para uma abordagem qualitativa, onde alunos do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico verbalizam a importância do envolvimento parental na consolidação das suas aprendizagens, contribuindo desta forma para o sucesso educativo. Apresentam-se algumas experiências realizadas em contexto educativo para promoção da autorregulação de aprendizagens, tais como oficinas de formação dirigidas a alunos do Ensino Básico e seminários destinados a Encarregados de Educação com o intuito de refletir sobre a importância do envolvimento parental positivo na autorregulação das aprendizagens. Nesta medida, torna-se premente cimentar a relação entre a escola e a família, de modo a que ambas se corresponsabilizem pelo desenvolvimento nas crianças e jovens da autonomia nas aprendizagens, transformando-os em alunos felizes e autoconfiantes nas suas capacidades e contribuindo desta forma para a criação de autoconceitos académicos positivos
  • A visão do sagrado pelos millennials: a idolatria dos Youtubers
    Publication . Dias, Elisa
    Os heróis do imaginário infantil situam-se em paradigmas socioculturais diferentes, mas preservando alguns traços comuns, como: a força do(s) poder(es) extraordinário(s), a bipolaridade do bem e do mal, a relação entre elementos cósmicos e entre o humano e o inumano. Estes heróis vão desde o homem-deus dos clássicos gregos, à figura do messias numa linha judaico-cristã, às míticas personagens dos contos de fadas eternizadas pela cultura cinematográfica, passando para versões mais tecnologizadas como os Pokémones até modelos mais biónicos. Atualmente parece emergir um novo “herói” para os millennials que se consubstancia na “personagem” do Youtuber. Como corpus da investigação partimos das representações que crianças com idades entre os 9 e os 13 anos têm acerca dos Youtubers. A amostra incluiu crianças de uma escola pública portuguesa às quais aplicámos um inquérito por questionário online.