ESSa - Dissertações de Mestrado
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Browsing ESSa - Dissertações de Mestrado by Subject "Adolescência"
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- Sexualidade na adolescência: comportamentos, conhecimentos e opiniões e atitudes de adolescentes escolarizadosPublication . Sousa, FilomenaA adolescência é entendida como um período de transição, que acompanhado acesso á maturação biopsicossocial e que depende de vários factores, determinantes para o seu principio, duração e fim, tais como: idade de puberdade, desenvolvimento psicológico, integração num grupo social e situação familiar. A sexualidade na adolescência representa pois a confluência de "sentimentos sexuais" (biologicamente determinados) de atitudes sexuais (derivadas de mudanças cognitivas) e de comportamentos (resultantes da interacção dos outros dois) e que podem ser modificados por "pressões sociais". Com os objectivos de conhecer os comportamentos, conhecimentos e opiniões atitudinais dos adolescentes face à sexualidade, e identificar as opiniões dos adolescentes sobre o funcionamento das consultas de planeamento familiar desenvolvemos um estudo transversal, descritivo e analítico com 432 adolescentes de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 15 -19 anos, a frequentar o 10°-,ll°-e 12o- ano de escolaridade, nas escolas secundárias da cidade de Bragança. Os resultados obtidos indicam que 41,9 % dos adolescentes são sexualmente activos; os rapazes apresentam uma actividade sexual superior às raparigas. Globalmente os adolescentes inquiridos consideraram-se informados acerca da sexualidade. Apenas uma minoria manifestou ter informação insuficiente. Como agentes responsáveis pela sua informação surge em primeiro lugar os amigos seguidos dos mass média. Pelas respostas aos itens utilizados para avaliar as atitudes sobre a sexualidade, a maioria dos jovens revelaram atitudes liberais acerca desta, assumindo perante alguns itens atitudes tolerantes. As consultas de planeamento familiar são pouco frequentadas pelos jovens, o que talvez se deva ao facto do funcionamento destas consultas ser percepcionado de forma pouco favorável pelos adolescentes.
- Sintomatologia depressiva e consumo de bebidas alcoólicas em adolescentesPublication . Pinto, Isabel C.O álcool é a substância mais consumida pelos jovens. Dadas as consequências do seu consumo precoce, torna-se fundamental prevenir o seu uso na adolescência. Para tal, é necessário conhecer os factores de risco e de protecção do uso de álcool em idades precoces. Objectivos: Avaliar as características associadas ao uso de bebidas alcoólicas em adolescentes de 13 anos; avaliar a associação entre a sintomatologia depressiva e o uso de bebidas alcoólicas em adolescentes de 13 anos e determinar em que medida a sintomatologia depressiva aos 13 anos se associa ao uso bebidas alcoólicas aos 17 anos. Métodos: Estudo de base populacional, em cuja avaliação inicial participaram 1014 raparigas e 921 rapazes nascidos em 1990 que no ano lectivo 2003/2004 estavam inscritos nas escolas públicas e privadas do Porto. Na segunda fase, ano lectivo 2007/2008, foram avaliadas 818 raparigas e 731 rapazes, correspondendo a 80,1% dos elegíveis. O adolescente e seu responsável preencheram um questionário em casa, sobre informações sociodemográficas. Na escola, o adolescente completou outro questionário, essencialmente sobre o uso de bebidas alcoólicas e sintomatologia depressiva. Foi usado o teste de Qui-quadrado para variáveis categóricas e os testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para variáveis contínuas. As estimativas de risco e respectivos intervalos de confiança a 95% foram calculados por regressão linear múltipla e regressão multinominal. Resultados: Dos 13 aos 17 anos a prevalência dos que nunca experimentaram álcool diminuiu de 46,8% (raparigas: 45,3%; rapazes: 48,5%) para 16,6% (raparigas: 17,1%; rapazes: 16,0%). Aos 13 anos, após ajuste, a proporção dos que experimentam bebidas alcoólicas é maior para escolaridade parental mais elevada (raparigas: OR=1,76; IC95% [1,11-2,78] rapazes: OR=1,92; IC95% [1,14-3,25]), nos fumadores (raparigas: OR=2,44; IC95% [1,62-3,66] rapazes: OR=2,46; IC95% [1,43-4,73]), se os amigos bebem (raparigas: OR=2,50; IC95% [1,77-3,53] rapazes: OR=3,18; IC95% [2,15-4,66]), se coabitar com bebedores (apenas nos rapazes: OR=1,79; IC95% [1,16-2,77]); a proporção dos que bebem é maior nos fumadores (raparigas: OR=6,86; IC95% [3,09-15,20] rapazes: OR=5,89; IC95% [2,67-13,01]), se os amigos bebem (raparigas: OR=6,42; IC95% [2,70-15,22] rapazes: OR=7,32; IC95% [3,48-15,43]) e se coabitar com bebedores (apenas nos rapazes: OR=5,06; IC95% [1,45-17,62]). Aos 13 anos a pontuação no BDI-II é superior nas raparigas, nos fumadores e com história de depressão parental e inferior nos que praticam desporto. Aos 17 anos, após ajuste, a proporção dos que bebem é maior nos fumadores (raparigas: OR=2,64; IC95% [1,58-4,40] rapazes: OR=4,08; IC95% [1,91-8,71]) e se os amigos bebem (raparigas: OR=1,77; IC95% [1,08-2,91] rapazes: OR=2,36; IC95% [1,38-4,03]). Pontuações no BDI-II≥13 aos 13 anos não aumentam o risco de beber aos 17 anos (raparigas: OR=1,09; IC95% [0,63-1,88] rapazes: OR=0,67; IC95% [0,28-1,59]). Conclusões: Fumar e ter amigos que bebem são características associadas ao uso de álcool aos 13 e aos 17 anos. Aos 13 anos a sintomatologia depressiva não se associa ao uso de bebidas alcoólicas. E ter sintomatologia depressiva aos 13 anos não aumenta o risco de experimentar ou beber álcool aos 17 anos.