Browsing by Author "Sousa, Eduardo Manuel Pires Pousa de"
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- Florestas maduras: avaliação de bosques de Quercus pyrenaica na região da Terra FriaPublication . Sousa, Eduardo Manuel Pires Pousa de; Castro, Marina; Aguiar, CarlosAs florestas maduras constituem uma das soluções para fazer frente às alterações climáticas, sendo que nas fases mais tardias de desenvolvimento, continuam a capturar o dióxido de carbono da atmosfera, mantêm melhores níveis de humidade no seu interior, conferindo-lhe maior resistência à seca e erosão, além de dificultar a propagação dos incêndios e albergam elevada biodiversidade, muita dela especializada apenas neste tipo de floresta. Perante a escassez deste tipo de floresta, o objetivo deste trabalho é realçar a importância de valorizar e conservar áreas florestais para promover o desenvolvimento de características de maturidade, que definem as Florestas Maduras noutros pontos do globo terrestre. A conservação de florestas maduras desperta interesse nos anos 70-80 do século XX, na América do Norte, já na Europa, foi a França e outros países do centro da Europa e Escandinávia que iniciaram a investigação sobre estas florestas. Na Europa, cerca de 2% das florestas estão livres da perturbação humana e aproximadamente 24% está sob proteção para conservação da biodiversidade e da paisagem. Em Portugal, as florestas livres da atividade humana, representam cerca de 0,67% da área total de floresta. A intervenção humana sobre as florestas, resulta das necessidades básicas ao desenvolvimento da sociedade, e neste contexto a arqueologia e os registos históricos são elementos importantes à compreensão dessa mesma influência. O Plano da UE de Restauração da Natureza integra a melhoria e alargamento de rede europeia de áreas protegidas, a proteção rigorosa de pelo menos um terço das áreas protegidas da UE, incluindo todas as florestas primárias e seculares que permanecem em território europeu. Para avaliar a existência de áreas na região com capacidade para atingir a fase da maturidade foram selecionadas duas áreas na ZEC Montesinho/Nogueira sendo a maior na Serra de Nogueira, no concelho de Bragança, dividindo-se numa área sem intervenção há mais de 80 anos e outra intervencionada há cerca de 30 anos. No Parque Natural de Montesinho, foram definidas duas áreas, onde predomina Quercus pyrenaica e a intervenção foi há cerca de 30 anos. A área que não tem intervenção há mais de 80 anos poderá evoluir para fases mais avançadas do seu desenvolvimento e pode ser possível compatibilizar a sua conservação com o uso da área com intervenção, no entanto, requer estudos posteriores mais detalhados. A integração dos estudos arqueobotânicos neste trabalho não foi possível, uma vez que não existe, mas continua o objetivo de integrar Arqueobotânica para repensar a gestão florestal atual.
