Browsing by Author "Silva, Liliana Primo da"
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- Determinação do perfil químico e nutricional dos frutos de Rubus ulmifolius SchottPublication . Silva, Liliana Primo da; Pereira, Eliana; Pereira, Olívia R.; Barros, Lillian; Ferreira, Isabel C.F.R.Nos últimos anos, o consumidor tem demonstrado uma elevada preocupação em relação à segurança e qualidade dos alimentos, o que resultou na crescente procura de alimentos saudáveis [l]. Deste modo, deve ser aplicada uma abordagem interdisciplinar a fim de promover a valorização de espécies silvestres, incentivando novos projetos ligados a uma extração ecologicamente sustentável de compostos bioativos e, consequentemente, a futuras aplicações no sector industrial [2]. O fruto de R. ulmifolius (amora silvestre) é bastante apreciado pelos consumidores, não só pelo seu agradável sabor, mas também porque é uma fonte de nutrientes e moléculas que interferem beneficamente na saúde do consumidor [3]. No presente estando foi realizada uma avaliação nutricional (através da determinação do teor em proteínas, cinzas, gorduras, hidratos de carbono e energia) e do perfil em açúcares, ácidos orgânicos, tocoferóis e ácidos gordos dos frutos de R. ulmifolius. O perfil nutricional foi avaliado aplicando metodologias oficiais de análise de produtos alimentares, os açúcares livres foram identificados/quantificados utilizando um sistema de HPLC-M, os ácidos orgânicos por UFLC-PDA, os tocoferóis por HPLC-fluorescência e os ácidos gordos por GC-FID. Os frutos de R. ulmifolius revelaram um perfil nutricional rico em hidratos de carbono (26, 17 g/100 g mf (massa fresca)), assim como mostraram um valor energético de 125,25 kcal/100 g mf. Ainda no estudo nutricional, as proteínas evidenciaram uma concentração de 2,4 g/100 g mf, seguidas do teor em gorduras, e cinzas com valores de 1,22 e 0,58 g/100 g mf, respetivamente. Relativamente à avaliação da composição química, foram detetadas as moléculas de frutose, glucose e sacarose no perfil de açúcares livres (evidenciando-se a frutose como o composto presente em maior concentração) e os ácidos oxálico, quínico, málico, xiquímico, ascórbico e fumárico no perfil de ácidos orgânicos. Na avaliação dos ácidos gordos, foram identificados 25 compostos, exibindo o ácido linoleico (C18:2n6) a maior concentração, com um valor de 58%. Além disso, os frutos apresentaram todas as isoformas de tocoferóis, α-, β-, y- e δ-tocoferol, destacando-se o -Υ-tocoferol com uma concentração de 2,80 mg/100 g mf, seguido de α-, δ- e β-tocoferol. Tendo em conta os resultados obtidos, os frutos de R. ulmifolius mostraram ser uma boa opção para enriquecer a dieta diária, devido à sua composição nutricional e química.
- Frutos de Rubus ulmifolius Schott como uma fonte de compostos fenólicos e propriedades bioativasPublication . Silva, Liliana Primo da; Pereira, Eliana; Pires, Tânia C.S.P.; Calhelha, Ricardo C.; Barros, Lillian; Pereira, Olívia R.; Ferreira, Isabel C.F.R.O interesse em espécies silvestres tem vindo a aumentar gradualmente devido à sua rica composição nutricional e moléculas de interesse bioativo, fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Esta diversidade de compostos, para além de ser benéfica a nível alimentar, estabelece vantagens para futuras aplicações em diversos setores industriais, particularmente, alimentar, cosmético e farmacêutico [1,2]. A espécie Rubus ulmifolius Schott (vulgarmente denominada por silva-brava ou amora-silvestre) pertence à família Rosaceae e é essencialmente conhecida pêlos seus frutos. O seu perfil químico evidencia compostos bioativos, nomeadamente, compostos fenólicos, que lhes confere propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas, antitumorais, entre outras [3, 4]. Neste trabalho, foi determinado o perfil fenólico dos frutos da espécie R. ulmifolius, assim como, avaliado o seu potencial como agente bioativo, estudando a atividade citotóxica e antimicrobiana. Os compostos fenólicos foram determinados através de um sistema HPLC-DAD-ESI/ MS, enquanto que o potencial citotóxico das amostras foi avaliado em linhas celulares tumorais MCF-7 (adenocarcinoma da mama), NCI-H460 (carcinoma de pulmão), HeLa (carcinoma de cervical) e HepG2 (carcinoma hepatocelular), e numa cultura de células primárias não-tumorais (PLP2), pelo método da sulforrodamina B (SRB). A atividade antimicrobiana foi avaliada através do método de microdiluição usando bactérias Gram-positivo e Gram-negativo, bem como fungos. Tendo em conta os resultados obtidos, R. ulmifolius evidenciou um perfil fenólico com 11 compostos não antociânicos (salientando-se o pentósido do ácido elágico) e 5 compostos antociânicos (destacando-se a cianidina-3-O-glucósido) com potencial corante. No que concerne às suas propriedades bioativas, os extratos hidroetanólicos preparados a partir dos frutos não revelaram qualquer capacidade antiproliferativa em nenhuma das linhas celulares testadas, mas também não manifestaram toxicidade nas células não-tumorais (GI50>400). No entanto, quanto à atividade antimicrobiana obtiveram-se resultados favoráveis, tendo os extratos revelado um efeito bacteriostático, com valores de MIC (concentração mínima inibitória) entre 5 e 20 mg/mL. Assim, este estudo mostrou que os frutos de R. ulmifolius são uma boa fonte de compostos fenólicos e que exibem propriedades antimicrobianas, sendo possível a sua aplicabilidade não só como fonte de nutrientes, mas também como agentes bioativos.
- Rubus ulmifolius Schott as a novel source of food colorant: extraction optimization of coloring pigments and incorporation in a bakery productPublication . Silva, Liliana Primo da; Pereira, Eliana; Prieto Lage, Miguel A.; Simal-Gandara, Jesus; Pires, Tânia C.S.; Alves, Maria José; Calhelha, Ricardo C.; Barros, Lillian; Ferreira, Isabel C.F.R.Color has been considered to be the flashiest attribute of foodstu s and researchers have shown a great interest in the extraction of pigmented compounds from vegetal products, with the purpose to provide alternative counterparts to the food industry; (2) Methods: This study aimed to explore Rubus ulmifolius Schott fruits as a potential source of anthocyanins, optimizing the extraction method, evaluating the bioactivity and incorporating the rich extract into a bakery food product; (3) Results: After the extraction optimization, results showed R. ulmifolius fruits to be a great source of anthocyanins, obtaining an amount of 33.58 mg AT/g E, with an extraction yield of 62.08%. The rich anthocyanin extract showed antitumor and antimicrobial potential in some tumor cell lines and strains, respectively, as well as the absence of toxicity; (4) Conclusions: The extract when incorporated in a bakery product showed a good coloring capacity, maintaining the nutritional value, revealing its use to be a great approach for replacing artificial colorants.
- Rubus ulmifolius Schott fruits: A detailed study of its nutritional, chemical and bioactive propertiesPublication . Silva, Liliana Primo da; Pereira, Eliana; Pires, Tânia C.S.P.; Alves, Maria José; Pereira, Olívia R.; Barros, Lillian; Ferreira, Isabel C.F.R.
- Rubus ulmifolius Schott: aspetos químicos, propriedades bioativas e desenvolvimento de um corante natural a partir dos seus frutosPublication . Silva, Liliana Primo da; Ferreira, Isabel C.F.R.; Barros, LillianA cor tem sido considerada a característica mais importante num alimento, dado que gera expectativas acerca da palatabilidade, sendo determinante para a aceitabilidade e consumo por parte do consumidor. No sentido de fornecer ao consumidor produtos mais saudáveis, a indústria alimentar tem demostrado elevado interesse na substituição de aditivos artificiais por alternativas naturais, a fim de promover uma melhor qualidade dos produtos. A espécie Rubus ulmifolius Schott é conhecida pelos seus frutos - a amora silvestre, os quais apresentam um grande teor em compostos bioativos, nomeadamente corantes naturais, como as antocianinas. Neste trabalho foi estudado o perfil químico e nutricional dos frutos de R. ulmifolius, assim como o seu potencial bioativo, através de ensaios de citotoxicidade e atividade antimicrobiana. Foi efetuada também a otimização do processo de extração de antocianinas através de uma técnica assistida por calor (HAE), usando um método de análise de superfície de resposta. O extrato rico em compostos antociânicos, obtido no final do processo, foi avaliado em termos do seu potencial corante (medição da cor do extrato e quantificação dos compostos antociânicos) e da sua bioatividade (citotoxicidade e atividade antimicrobiana) e incorporado num produto de pastelaria – “donuts”. O valor nutricional da amostra foi analisado utilizando metodologias oficiais de análise de produtos alimentares (AOAC), evidenciando-se um perfil nutricional rico em hidratos de carbono e baixo em gordura. No estudo da composição química, os açúcares foram avaliados através de um sistema de HPLC-RI, os ácidos orgânicos por UFLC-DAD, os tocoferóis por HPLC-fluorescência e os ácidos gordos por GC-FID. Na análise relativa ao perfil de açúcares livres, foram detetadas as moléculas de frutose, glucose e sacarose, evidenciando-se a frutose como o composto presente em maior concentração. No que concerne aos ácidos orgânicos, foram identificados os ácidos oxálico, málico, chiquímico, ascórbico, fumárico e quínico, destacando-se este último, com o teor mais elevado. A análise ao perfil de ácidos gordos, identificou 25 compostos distintos, maioritariamente polinsaturados, destacando-se o ácido linoleico (C18:2n6) com a maior concentração. Além disso, os frutos apresentaram todas as isoformas de tocoferóis, α-, β-, γ- e δ-tocoferol, sendo o γ-tocoferol o vitámero maioritário. Na determinação da composição fenólica, após a sua análise por HPLC-DAD-ESI/MS, os frutos de R. ulmifolius revelaram a presença de 11 compostos fenólicos não antociânicos, salientando-se o pentósido do ácido elágico e 5 compostos antociânicos, destacando-se a cianidina-3-O-glucósido. As antocianinas foram as moléculas encontradas em maior concentração no extrato dos frutos de R. ulmifolius. O potencial bioativo, foi avaliado através de ensaios in vitro, através de 2 parâmetros: a atividade citotóxica, utilizando quatro linhas celulares tumorais humanas (HepG2, NCI-H460, MCF-7 e HeLa) e a uma cultura de células primárias não tumorais (PLP2; células de fígado de porco), aplicando o ensaio da sulforrodamina B; e a atividade antimicrobiana, aplicando o método de microdiluição em bactérias Gram-positivo e Gram-negativo, e numa estirpe de fungo. Os resultados demonstraram que a nível citotóxico as amostras não revelaram qualquer capacidade anti-proliferativa em nenhuma das linhas celulares testadas, mas também não manifestaram toxicidade nas células não-tumorais. Quanto à atividade antimicrobiana obtiveram-se resultados promissores, tendo os extratos exibido um efeito bacteriostático e fungistático, com valores de CMI (concentração mínima inibitória) entre 5 e 20 mg/mL. Relativamente ao procedimento da otimização da extração para a obtenção de um extrato rico em antocianinas, o método utilizado determinou como condições ótimas de extração t = 20,0 ± 0,60 min, T= 56,87 ± 3,41 ºC e % de etanol = 46,07 ± 3,69. O processo de extração utilizado (HAE) conduziu a rendimentos satisfatórios com valores de 68,60 ± 3,54 %, obtendo-se para o mesmo um teor total de antocianinas de 33,58 mg AT/g E. A razão sólido-líquido determinada (S/L= 25 g/L), permitiu um processo mais rentável e sustentável. O extrato ótimo evidenciou potencial corante, obtendo-se níveis de antocianinas próximos dos previstos pelo modelo e o extrato apresentou uma coloração vermelho-bordô. A nível antimicrobiano, os valores de CMI oscilaram entre 2,5 e 20 mg/mL, sendo as estirpes MRSA e Morganella morganii as que sofreram mais efeitos bacteriostáticos (CMI= 2,5 mg/mL). Por outro lado, a nível do potencial citotóxico, o extrato manifestou capacidade anti-proliferativa em todas as linhas celulares tumorais testadas e ausência de toxicidade nas células não-tumorais. Quando se procedeu à incorporação do extrato rico em compostos corantes nos “donuts” foram obtidos resultados bastante promissores, nomeadamente na fixação da cor rosa/lilás na massa do produto alimentar e após cozedura, e preservação da mesma ao longo de 3 dias de armazenamento, sem alteração da composição nutricional. Os frutos da espécie R. ulmifolius provaram ser uma rica fonte de compostos antociânicos, sendo uma matriz natural promissora para futuras aplicações na indústria alimentar, com o intuito de substituir corantes artificiais.
