Browsing by Author "Oliveira, Joana Eduarda Fernandes"
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- A habilidade empática do cuidador formal de uma pessoa idosa: um estudo exploratórioPublication . Prada, Ana Raquel Russo; Novo, Rosa; Ribeiro, Maria do Céu; Oliveira, Joana Eduarda FernandesAdotando a perspetiva multidimensional de Davis (1996), nesta investigação a empatia é entendida como a capacidade de compreender e perceber os estados emocionais do outro e, deste modo, de responder de forma afetiva e apropriada. Neste contexto, este estudo de natureza quantitativa, descritiva e exploratória, tem como objetivo analisar a habilidade empática de cuidadores formais de pessoas idosas em função das suas características sociodemográficas e profissionais. Para a recolha de dados foi utilizado um questionário composto por itens sociodemográficos e profissionais, além da versão validada para a população portuguesa do Índice de Reatividade Interpessoal (Limpo et al., 2010). Colaboraram neste estudo 177 auxiliares de ação direta responsáveis pelo cuidado de pessoas idosas, na sua maioria mulheres (96,61%), casadas ou em união de facto (60,45%), com educação secundária completa (56,60%) e uma média etária de 46,54 anos. O tempo médio de experiência profissional foi de 10,15 anos. Os resultados indicaram que os níveis médios de empatia foram superiores à média teórica da escala, com os seguintes fatores em ordem decrescente: Preocupação Empática, Tomada de Perspetiva, Fantasia e Desconforto Pessoal. Importa salientar que estes valores não se diferenciaram em função da idade, do estado civil e do nível de escolaridade dos participantes. Constatou-se, porém, que os cuidadores com mais experiência e maior satisfação profissional apresentaram níveis mais elevados de empatia no fator Preocupação Empática, indicador de empatia afetiva. Além disso, aqueles que assinalaram maior satisfação profissional evidenciaram maiores níveis de empatia no fator Tomada de Perspetiva, indicador de empatia cognitiva. Infere-se dos dados obtidos a necessidade da continuidade relacional e institucional por parte dos cuidadores, e do investimento em programas que fortaleçam o desenvolvimento de habilidades empáticas nestes profissionais, o que poderá ter um impacto significativo na melhoria dos serviços prestados e na qualidade de vida das pessoas idosas.
- Relação entre empatia e sobrecarga em cuidadores informais de uma pessoa idosaPublication . Oliveira, Joana Eduarda Fernandes; Prada, Ana Raquel RussoO presente estudo procurou analisar a relação entre o perfil sociodemográfico do cuidador informal (CI), o perfil sociodemográfico e clínico da pessoa cuidada, as dimensões do cuidado e os níveis de sobrecarga e de empatia do CI e os níveis de empatia e de sobrecarga percebida pelo CI. Foram utilizados como instrumentos de recolha de dados um inquérito por questionário, o Índice de Barthel (Araújo et al., 2007), a Escala de Zarit de Sobrecarga do Cuidador (Sequeira, 2007) e o Índice de Reatividade Interpessoal (Limpo et al., 2010). A amostra não probabilística inclui 85 CI de uma pessoa idosa, residentes em Portugal, maioritariamente do sexo feminino (94,12%), casados ou em união de facto (60,0%), empregados (61,18%) e cuja média de idades é de 52,68 anos. De referir ainda que 40% dos participantes possuem um curso superior. A maioria das pessoas idosas cuidadas é do sexo feminino (71,76%), sendo a média de idades de 85,07 anos. Neste estudo 58,82% das pessoas cuidadas apresentam uma síndrome demencial e todas se encontram numa situação de dependência. Os resultados demonstram que os CI mais jovens (com idades de 19 aos 29 anos) evidenciam menores níveis de sobrecarga, e que quanto maior é a idade do CI, maiores são os níveis globais de sobrecarga. Cuidadores de uma pessoa idosa de menor idade apresentam menores níveis de sobrecarga. Destacase ainda deste estudo que CI com idades de 74 a 84 anos de idade apresentam menores níveis de empatia. O perfil sociodemográfico e clínico da pessoa cuidada não se relaciona com a capacidade empática dos CI. A existência de apoio informal está associada a menores níveis de sobrecarga e de empatia, enquanto a existência de apoio formal ao nível do Serviço de Apoio Domiciliário se associa a maiores níveis de sobrecarga e a menores níveis de empatia nos CI. Conclui-se ainda que CI com maiores níveis globais de empatia e, em particular, de empatia cognitiva, se caracterizam pela presença de menores níveis de sobrecarga. Estes resultados são analisados atendendo ao papel do Educador Social na intervenção com o CI de uma pessoa idosa em situação de dependência.