Escola Superior de Saúde
Permanent URI for this community
Browse
Browsing Escola Superior de Saúde by advisor "Ala, Sílvia Maria Fernandes"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Cuidadores formais em contexto de Cuidados Continuados e Paliativos: coping e traços de personalidadePublication . Gomes, Marta Filipa Afonso; Galvão, Ana Maria; Ala, Sílvia Maria FernandesOs cuidadores formais em contextos de cuidados continuados e paliativos, devem possuir competências específicas para o exercício adequado das suas funções com esta tipologia de utentes. O desenvolvimento de uma relação interpessoal humanizada; a utilização de uma comunicação verbal e não verbal eficaz e adequada a cada contexto; o conhecimento prático do trabalho em equipa multidisciplinar; características pessoais intrínsecas que facilitem o contacto humanizado, genuíno e interessado pelos doentes são indispensáveis. Todas as atividades deverão ter por base princípios éticos elencados na Declaração de Helsínquia, fundamentais ao exercício da prática clínica em cuidados continuados e paliativos, nomeadamente a verdade sobre a condição do doente, o respeito à sua autonomia e o processo de tomada de decisão. Objetivos. Caraterizar os cuidadores formais, no que concerne aos seus traços de personalidade e as suas estratégias de coping evidenciadas, e observar possíveis associações entre as variáveis sociodemográficas e as estratégias de coping com os traços de personalidade. Metodologia. Efetuou-se um estudo do tipo quantitativo, descritivo, analítico de caráter transversal, numa amostra de 82 cuidadores formais em três Unidades de Cuidados Continuados Integrados do norte de Portugal (Bragança, Miranda do Douro e Vizela). Foi utilizado um questionário de caraterização sociodemográfica e socioprofissional, o Brief-COPE, para avaliar as estratégias de coping e o EPQ-R-S para avaliar os traços de personalidade do sujeito. Resultados. Verificaram-se associações significativas entre a idade, os traços de personalidade Extroversão e o coping através da expressão de sentimentos. Também encontrámos uma associação entre o traço Neuroticismo (p=.013) e o coping através da Auto-distração (p=.013), bem como entre o Neuroticismo e a profissão, onde os enfermeiros (M=4.18) e o Pessoal de Apoio (M=5.25) demonstram ser mais neuróticos. Os Enfermeiros e o Pessoal de Apoio demonstram utilizar em grande escala o coping através da Auto-Distração (p=.004). Conclusões. Os traços de personalidade e as estratégias de coping encontram-se interligados. Os profissionais de saúde recorrem às estratégias de coping para fazer face a situações adversas e de stress às quais se encontram sujeitos no seu dia a dia. Verificámos que os indivíduos que apresentam valores elevados no Neuroticismo utilizam em maior escala coping através da Auto-distração. Verificou-se de forma análoga para a Extroversão e o coping através da Expressão de sentimentos.
- Dimensão da espiritualidade do doente oncológico como estratégia de enfrentamento da doençaPublication . Oliveira, Sandra Daniela Gil; Galvão, Ana Maria; Ala, Sílvia Maria FernandesAtualmente a dimensão da espiritualidade no seio profissional e académico continua envolto por uma certa negação, vergonha e incompreensão. Porém, a utilização da dimensão da espiritualidade como forma de enfrentamento da doença crónica tem sido alvo de grande interesse por estes profissionais, mais concretamente, na área da oncologia. Contudo, a sua verdadeira contribuição para os doentes portadores de doença oncológica permanece muito vaga, contribuindo para a negligência na vertente biopsicossocioespiritual e, consequentemente da dignidade enquanto ser humano. Assim, propomos como objetivos os seguintes: 1) identificar as estratégias de enfrentamento na doença crónica; 2) reconhecer se a espiritualidade é uma estratégia de enfrentamento na doença oncológica; 3) evidenciar a importância da teoria da dignidade na doença oncológica. Como questão de partida propomos, a espiritualidade é uma estratégia de enfrentamento na doença oncológica? Métodos: estudo qualitativo, através de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL) onde foram analisados 48 artigos. Para isto, procedeu-se à utilização de uma nova metodologia denominada SPIDER. Realizou-se uma pesquisa direta nas bases de dados de literatura – PubMed e Scielo. Todas as pesquisas foram realizadas utilizando um filtro para publicações dos últimos dez anos e com base nos termos “oncologia”, “espiritualidade”, “cancêr” e “cancro”, tanto em português como os mesmos termos em inglês, tendo-se aplicado vários critérios de seleção, resultando na análise profunda de 48 artigos. Posteriormente, foram obtidos outros trabalhos através de pesquisas em motores de busca online, nomeadamnte a B-on. Resultados: A dimensão da espiritualidade é um mecanismo de coping, útil em todas as fases da doença oncológica, encontrando-se evidências que proporcionam uma melhor saúde, melhor qualidade de vida, menores índices de ansiedade, depressão, desesperança e suicídio, aumentando a adesão ao tratamento e melhora a cooperação com os médicos, melhorando as relações pessoais do doente e aumentando a satisfação com a vida, não obstante a doença. A componente da espiritualidade constitui, assim, um ator privilegiado de humanização e personalização dos cuidados. Os doentes têm uma grande necessidade de serem escutados e compreendidos e querem conversar com os profissionais de saúde acerca da sua espiritualidade, pelo que é importante que estes reconheçam a importância desta dimensão na vida dos doentes, que os compreendam como pessoas e que sejam capazes de os ouvir. Conclusão: A espiritualidade como estratégia de enfrentamento na doença oncológica aporta benefícios no enfrentamento da doença oncológica. Através desta estratégia os doentes oncológicos obtêm ganhos na qualidade de vida, no seu bem-estar e conforto, no crescimento pessoal, sensação de defesa e na manutenção da esperança. Contribui também para a clarificação do significado e propósito de vida, na tomada de decisão acerca dos tratamentos e ainda, auxilia na superação e diminuição de sentimentos negativos como o stress, ansiedade, depressão e sensação de dor.