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Análise da presença de anticorpos específicos para a proteína Nucleocápside em ruminantes de explorações do Nordeste Transmontano

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Abstract(s)

O coronavírus SARS-CoV-2 é o agente causador da pandemia COVID-19. Segundo o ECDC, a situação epidemiológica do SARS-CoV-2 em humanos e animais está em constante evolução. Até à data, entre as espécies de animais de exploração que parecem transmitir o SARS-CoV-2, estão os visons americanos. Esta espécie parece apresentar uma maior probabilidade de ser infetada por humanos ou outros animais e, posteriormente, transmitir o SARS-CoV-2. No entanto, a informação é escassa relativamente a muitas outras espécies domesticadas. O principal objetivo deste estudo é identificar potencial exposição ao SARS-CoV-2 entre pequenos ruminantes (ovinos e caprinos) em explorações no nordeste de Portugal. Foi realizada uma análise serológica em 600 amostras de sangue (300 de ovelhas e 300 de cabras) recolhidas desde o início da pandemia de COVID-19, abrangendo vários períodos pandémicos (T1: primeira vaga alfa; T2: delta; T3: omicron). As amostras de soro foram obtidas após centrifugação e este foi separado e conservado a -80ªC. Estas amostras foram colhidas durante visitas técnicas de veterinários das organizações de produtores pecuários como parte de vários estudos zoonóticos realizados na região em 27 explorações diferentes. Todas as amostras de soro recolhidas nos períodos especificados foram submetidas a análises sorológicas utilizando um ensaio imunoenzimático indireto de ligação de anticorpos (ELISA) para detetar a presença de anticorpos IgG contra a nucleocápside (N) do SARS-CoV-2 nas amostras de soro (Kit ELISA multi-espécies de duplo antigénio D Screen SARS-CoV-2, seguindo as instruções do fabricante, para esta deteção de anticorpos). Entre as amostras analisadas, 460 cumpriram os critérios de qualidade aceitáveis para o teste realizado (230 de cabras e 230 de ovelhas). Destas, 8 apresentaram um resultado positivo (1.7%), indicando a presença de anticorpos IgG contra a proteína N do SARS-CoV-2 (IgG anti-N), das quais 5 em caprinos (2.17%) e 3 em ovinos (1.3%). É importante notar que 2 dessas amostras positivas foram recolhidas durante o período T1, três delas, durante o período T2 e 2 durante o período T3. Importante ainda, 2 das amostras positivas eram provenientes da mesma exploração. As amostras positivas pertenciam a animais de 6m-2 a e eram exclusivamente fêmeas.
A análise de anticorpos anti-N realizada ao longo deste período permitiu a identificação de infeções recentes, possibilitando a avaliação da exposição ao SARS-CoV-2 nas populações de pequenos ruminantes desde o início da pandemia. Estes são os resultados preliminares de um estudo serológico realizado no âmbito do projeto NORDTEST-COVID19, com o objetivo de detetar potencial exposição ao SARS-CoV-2 em pequenos ruminantes. Estão planeadas análises adicionais para estas amostras, incluindo a deteção de anticorpos IgG específicos contra a proteína Spike do SARS-CoV-2, tendo em consideração as três principais estirpes do vírus tanto em animais como em seres humanos (tratadores), seguindo uma abordagem de “Uma só Saúde”.

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SARS-CoV-2 COVID-19 Transmissão para animais Anticorpos IgG anti- Nucleocápside

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