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Abstract(s)
Os ecossistemas oferecem á humanidade uma vasta gama de benefícios denominados ou
serviços ecossistémicos. Estes serviços englobam, entre outros, o fornecimento e a purificação
da água, o controlo de cheias e estímulos estéticos e espirituais, estando em larga medida
dependentes da manutenção da biodiversidade. As piscinas convencionais contribuem para a
degradação destes serviços, pois a depuração da água exige para além do cloro, outros
produtos para ajuste do pH e algicidas, tóxicos para um grande número de espécies selvagens.
Por outro lado, nas piscinas convencionais, a água tem que ser substituída com alguma
periodicidade o que implica gastos elevados de água com os consequentes impactos nos
ecossistemas e seus serviços. No presente trabalho apresenta‐se e explica‐se o funcionamento
de uma piscina biológica. Estas infra‐estruturas constituem uma solução de engenharia
natural, permitindo o usufruto de espaços de lazer aquáticos de baixo impacto ambiental. As
piscinas biológicas são lagos que imitam e recriam os processos ecológicos que ocorrem nos
sistemas naturais. Nestes sistemas a purificação da água é realizada por filtros biológicos de
plantas aquáticas (utilização dos serviços ecossistémicos), tendo a água qualidade para fins
balneares. Como não é adicionado nenhum produto químico à água estes sistemas são
rapidamente colonizados por organismos do fito‐ e do zooplâncton, macroinvertebrados e
alguns vertebrados, promovendo a manutenção da biodiversidade e o aumento do valor
estético da envolvência (preservação e recuperação dos serviços ecossistémicos). Á escala da
paisagem, as piscinas biológicas funcionam como habitats de “stepping‐stone”, importantes
para a Conservação. Quando inseridas em jardins naturalizados podem também funcionar
como reservatórios de água e como zonas de protecção de aquíferos. As metodologias de
concepção de piscinas de tratamento biológico podem também ser utilizadas para
recuperar/recriar zonas húmidas.
Description
Keywords
Citation
Geraldes, Ana Maria; Schwarzer, C.; Schwarzer, U. (2013). É possível criar piscinas utilizando, recuperando e preservando serviços ecossistémicos? In 14º Encontro Nacional de Ecologia da SPECO. Bragança: Instituto Politécnico. ISBN 978-972-745-158-6
Publisher
Sociedade Portuguesa de Ecologia, Associação Portuguesa de Ecologia da Paisagem, Instituto Politécnico de Bragança