Publication
A comercialização da castanha
dc.contributor.author | Matos, Alda | |
dc.date.accessioned | 2008-10-24T09:20:38Z | |
dc.date.available | 2008-10-24T09:20:38Z | |
dc.date.issued | 2006 | |
dc.description.abstract | (...) quanto essa abenƧoada arvore se desfaz em beneficios para o homem! Quer dos seus fructos quer da sua madeira, ella distilla perenne riqueza: āpingaā sempre! (...) mas só mais tarde eu conheci que as suas āpingasā, juntas, produziam grossa chuva de oiro na minha provĆncia (MagalhĆ£es, 1910:184). Ć semelhanƧa daquela Ć©poca, actualmente, a comercialização da castanha vem representando uma das principais receitas das exploraƧƵes agrĆcolas do Interior Norte de Portugal. O objectivo subjacente a esta comunicação Ć© o de distinguir um dos recursos endógenos vegetais de excepcional importĆ¢ncia, sobretudo no Nordeste Transmontano ā a castanha ā e sua comercialização. Averiguou-se o perfil do agricultor, bem como os aspectos relacionados com a produção, a concentração e a comercialização do fruto. Isto foi possĆvel nĆ£o só mediante a anĆ”lise de dados oficiais, como tambĆ©m, atravĆ©s do contacto directo com os actores intervenientes na fileira. Os aumentos na Ć”rea e correlativos incrementos da produção da castanha portuguesa, a denominação de origem, o peso das exportaƧƵes nacionais, o valor comercial intrĆnseco Ć s espĆ©cies monospĆ©rmicas transmontanas, a mudanƧa dos hĆ”bitos alimentares europeus (que cada vez mais incluem a castanha na sua gastronomia) a ecologia, entre outras potencialidades, justificam plenamente um olhar sobre a fileira da castanha e sua cadeia de valor. Na complexa engrenagem do sistema de comercialização de castanha, os agentes distribuem-se por vĆ”rios elos da cadeia de valor, incorporando diferentes serviƧos e funƧƵes. Os produtores adoptam entre si mĆŗltiplas estratĆ©gias na venda da castanha, permanecendo nesta fase, sob a dependĆŖncia de diversos tipos de intermediĆ”rios. Os ajuntadores concentram localmente a produção para a venderem por grosso aos armazenistas-exportadores. Estes, distribuem a castanha por lotes de diferentes variedades e calibres e executam o tratamento do fruto (limpeza e desinfestação) para posterior distribuição no mercado interno e externo. Os magusteiros (retalhistas) compram o fruto a granel ao produtor, a fim de o distribuĆrem no mercado nacional a outros retalhistas de menor dimensĆ£o. Os agentes de controlo no destino, residentes essencialmente no Brasil, FranƧa, ItĆ”lia e Espanha, recebem a castanha dos armazenistas e distribuem-na no paĆs de destino. O valor acrescentado obtido com a castanha em Portugal Ć© mais comercial do que industrial. Existe uma preocupação mĆnima com a transformação da castanha ā onde, em adição aos processos de graduação e desinfestação mencionados, se verifica apenas em duas agro-indĆŗstrias, o descasque, a despela e a congelação da castanha. Para alĆ©m destas operaƧƵes, nĆ£o ocorre mais nenhuma transformação fĆsica do fruto, ao qual, mais nenhum valor de laboração Ć© atribuĆdo. Concluiu-se que, para alĆ©m dos problemas fitossanitĆ”rios do castanheiro, da carĆŖncia de um cadastro, do dĆ©fice em mĆ£o-de-obra, bem como a inexistĆŖncia de iniciativas associativas por parte dos agricultores, os constrangimentos no elo produtivo poderiam ser atenuados, pela transposição da barreira do individualismo e pela constituição de organismos associativos coesos, por forma a permitirem o aumento do valor acrescentado da castanha na origem. A distribuição de benefĆcios ao longo da cadeia de valor pouco tem conduzido ao desenvolvimento e diversificação das actividades do agricultor, que poderia integrar, embora de forma limitada, os elos comerciais e industriais que se situam a jusante. As acƧƵes a desenvolver no seio da fileira poderiam passar, pois, por uma mudanƧa de atitudes, de modo a gerar consensos entre os vĆ”rios elos da cadeia de valor, visando sobretudo a selecção das variedades de castanha a produzir (regionais ou normalização dos calibres), os tratamentos a efectuar (via quĆmica ou via hĆŗmida), a redução da especulação e a dinamização do associativismo. | en |
dc.identifier.citation | Semana das Ciências AgrÔrias. VII. Bragança, 2006 | en |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10198/932 | |
dc.language.iso | por | en |
dc.publisher | Instituto PolitƩcnico de BraganƧa. Escola Superior AgrƔria | en |
dc.subject | Castanha portuguesa | en |
dc.subject | Valor comercial | en |
dc.subject | Circuitos | en |
dc.subject | Agentes | en |
dc.title | A comercialização da castanha | en |
dc.type | conference object | |
dspace.entity.type | Publication | |
person.familyName | Matos | |
person.givenName | Alda | |
person.identifier.orcid | 0000-0002-8021-4919 | |
rcaap.rights | openAccess | en |
rcaap.type | conferenceObject | en |
relation.isAuthorOfPublication | e7d0b065-8591-4623-8bd3-c94c7cd2ae76 | |
relation.isAuthorOfPublication.latestForDiscovery | e7d0b065-8591-4623-8bd3-c94c7cd2ae76 |