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Abstract(s)
A vegetação é a estrutura biológica resultante da
coocorrência das plantas na paisagem. A vegetação é o
elemento mais conspícuo e largamente dominante na
maioria dos ecossistemas e, em geral, na biosfera: 82%
da biomassa terrestre são plantas. Assim, a maioria dos
processos ecológicos globais, como sejam os fluxos de
energia e os ciclos do carbono, do azoto, do oxigénio
e da água, é mediada pela vegetação da Terra. Mesmo
em escalas espaciais regionais ou locais, é regra a
dominância ecológica da vegetação na maioria dos ecossistemas.
A produtividade primária líquida (PPL) de
um ecossistema, isto é, o diferencial entre a biomassa
criada de novo pela fotossíntese e aquela que é autoconsumida
pela respiração, é uma função quase exclusiva
da vegetação. Em ecossistemas naturais ou agrícolas
tradicionais, que não fazem uso de energia fóssil, toda
a produção de biomassa e energia tem origem na PPL
gerada pela vegetação. A vegetação é, por inerência, a
sede da biodiversidade vegetal: estão catalogadas cerca
de 250 000 espécies de plantas com flor (Roskov et al.,
2019), num total de 1,3 milhões de espécies de organismos.
A vegetação é, ela mesma, o habitat da maior
parte da biodiversidade animal, fúngica e de microrganismos.
Se incluirmos num conceito alargado de
vegetação, para além da natural, aquela que resulta de
modificações de ecossistemas naturais pela atividade
humana, isto é, a vegetação agrícola, florestal e pastoril,
constatamos que a vegetação é o elemento cénico
dominante e estruturante da paisagem cultural nos territórios
rurais.
Description
Keywords
Fitossociologia
Citation
Capelo, Jorge; Aguiar, Carlos (2021). Conceitos de fitossociologia. In Capelo, J.; Aguiar, C. (Eds.), Vegetação de Portugal. Lisboa: INCM, p. 9-13. ISBN 978-972-27-2879-9
Publisher
Imprensa Nacional Casa da Moeda