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- Análise da produção e comercialização de produtos DOP da cabra Serrana TransmontanaPublication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Fernandes, António; Ribeiro, Maria IsabelEste estudo visa contribuir para o fomento da caprinicultura em Trás-os-Montes, através do desenvolvimento de produtos tradicionais de qualidade. Para tal, analisa a produção e comercialização de produtos qualificados como Denominação de Origem Protegida da região Transmontana, obtidos a partir da cabra Serrana, designadamente, o Queijo de Cabra Transmontano e o Cabrito Transmontano. A metodologia teve por base fontes documentais, publicadas pelo Gabinete de Planeamento e Políticas. O estudo engloba uma análise temporal (2003-2012) de indicadores de produção e comercialização dos referidos produtos e a comparação com produtos similares. O Queijo de Cabra Transmontano é o único queijo confecionado exclusivamente com leite de cabra. A sua produção sofreu uma perda global de volume de 5,6%, mitigada por um acréscimo médio anual de 2,4% no preço. Contudo, a análise comparativa dos preços mostra que a opção pela qualificação do produto tem vindo a perder vantagem, ou seja, a certificação nem sempre se reflete num acréscimo de preço ao produtor. Este queijo é comercializado pelo agrupamento, para os mercados local/regional e nacional, sendo as empresas transformadoras, associações de produtores e embaladores os canais preferenciais para o seu escoamento. O Cabrito Transmontano foi a única carne certificada de caprino com produção, em 2012. A sua produção sofreu uma perda global de volume de 10,4%, compensada pelo aumento global do preço em 21,9%. A análise comparativa dos preços mostra que embora a carne de Cabrito Transmontano seja a carne certificada vendida ao menor preço médio, é a que apresenta uma maior capacidade para explorar as vantagens da certificação, traduzida pelo maior diferencial médio entre o preço do produto com e sem certificação. Este cabrito é comercializado pelo agrupamento e dirigido essencialmente para os restaurantes e talhos da região.
- Evolução da produção e comercialização dos produtos tradicionais qualificados de origem caprina: 2003-2012Publication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Fernandes, António; Ribeiro, Maria IsabelEm 2013 existiam aproximadamente 975 milhões de caprinos no mundo, um acréscimo de 19,5%, desde 2003. Contrariamente, o efetivo português decresceu mais de 20% no mesmo período e, em 2013, era apenas de 398 mil cabeças, das quais, 10% era composto por animais de raças autóctones. Esta comunicação visa contribuir para o fomento da caprinicultura em Portugal, através do desenvolvimento e valorização dos produtos tradicionais de qualidade a ela associados. Para tal, analisa a evolução da produção e comercialização de produtos qualificados como Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), obtidos a partir da cabra, designadamente, queijo e carne. Metodologicamente, recorreu-se a dados secundários fornecidos pelo Gabinete de Planeamento e Políticas. A análise abarca um período de 10 anos: 2003 a 2012. O estudo engloba uma análise temporal da evolução de indicadores de produção e comercialização dos queijos e carnes, de caprino, certificados, individual e globalmente, incluindo a comparação com os referidos produtos sem certificação. Em 2012, dos 17 queijos DOP, 4 não apresentavam produção certificada. Quanto à origem da matéria-prima animal, 3 incorporavam leite de cabra/ovelha e apenas 1 incorporava unicamente leite de cabra (Queijo de Cabra Transmontano DOP). Globalmente, o referido queijo sofreu numa perda global de volume 5,6%. Este facto afetou negativamente o seu valor, contudo, esse decréscimo foi parcialmente compensado pela subida no preço, pelo que, globalmente, o valor da produção cresceu 15%. Comparativamente ao queijo não certificado, até 2007, o preço de QCT era aproximadamente 33% superior àquele, contudo este diferencial reduziuse fruto da maior valorização do queijo não certificado e, em 2012, era de apenas 15%. Em 2012 existiam 6 carnes de caprino certificadas como DOP/IGP, mas apenas uma apresentava produção certificada. Isto traduziu-se numa perda global de volume de 75%, reforçada pelo decréscimo do preço médio em 5,8% das carnes, de caprino, certificadas.
- Evolução da produção e comercialização dos produtos tradicionais qualificados de origem ovina: 2003-2012Publication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Fernandes, António; Ribeiro, Maria IsabelEm 2013 existiam aproximadamente 1 163 milhões de ovinos no mundo, um acréscimo de 11%, desde 2003. Contrariamente, o efetivo português decresceu cerca de 25% no mesmo período e, em 2013, era apenas de 2 milhões de cabeças, das quais, 5% era composto por animais de raças autóctones. Esta comunicação visa contribuir para o fomento da criação de ovinos em Portugal, através do desenvolvimento e valorização dos produtos tradicionais de qualidade a ela associados. Para tal, analisa a evolução da produção e comercialização de produtos qualificados como Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), obtidos a partir da ovelha, nomeadamente, queijo e carne. Metodologicamente, recorreu-se a dados secundários fornecidos pelo Gabinete de Planeamento e Políticas. A análise abarca um período de 10 anos, 2003 a 2012. O estudo engloba uma análise temporal da evolução de indicadores de produção e comercialização dos queijos e carnes, de ovino, certificados, individual e globalmente, incluindo a comparação com os referidos produtos sem certificação. Em 2012, dos 17 queijos DOP, 14 incorporavam maioritariamente leite de ovelha, embora 4 não apresentassem produção. Globalmente, no período de 2003-2012 verificou-se um crescimento de 14% no volume de produção. Contudo, o valor da produção decresceu 17,8%, fruto da alteração do preço médio de 13,62€ para 12,77€. Em 2003 existiam apenas 6 carnes de ovino certificadas como DOP/IGP, todas com produção como tal. Em 2012 este valor aumentou para 9, mas apenas duas apresentavam produção DOP/IGP. Isto traduziu-se numa perda global de volume de 87,5%, o que apesar da alteração do preço médio de 6,63€ para 6,99€, se traduziu num decréscimo de 86,9% no valor da produção de carnes, de ovino, certificadas.
- Análise da produção e comercialização de produtos DOP da Cabra Serrana TransmontanaPublication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Fernandes, António; Ribeiro, Maria IsabelNo Nordeste Transmontano, a caprinicultura baseada na raça Serrana, ecótipo Transmontano, assume, desde há séculos, uma relevância significativa para a economia da região. O sistema de exploração segue, ainda, o modelo tradicional de exploração de pastoreio extensivo, que proporciona aos animais uma alimentação que permite a obtenção de produtos de elevada qualidade. Contudo, a reduzida escala das explorações condiciona as opções estratégicas disponíveis e dita a aposta em produtos de qualidade premium, cuja mais valia é reconhecida pelo consumidor. A adoção de marcas coletivas e selos de qualidade europeus como a Denominação de Origem Protegida (DOP) ou a Indicação Geográfica Protegida (IGP) são exemplos dessa estratégia. Esta comunicação visa contribuir para o fomento da caprinicultura em Trás-os-Montes, através do desenvolvimento e valorização dos produtos tradicionais de qualidade a ela associados, designadamente, o Queijo de Cabra Transmontano (QCT) e o Cabrito Serrano Transmontano (CST). METODOLOGIA Metodologicamente, recorreu-se a dados secundários fornecidos pelo Gabinete de Planeamento e Políticas, abarcando o período de 2003 a 2012. O estudo engloba uma análise temporal dos indicadores de produção e comercialização do QCT e do CST, incluindo a comparação com a globalidade dos segmentos dos referidos produtos com e sem certificação. RESULTADOS E DISCUSSÃO Em 2012 existiam em Portugal 17 queijos DOP, sendo que 6 não foram produzidos e certificados como tal. Quanto ao QCT a sua contribuição resumia-se a 1% do total da produção de queijos DOP. Era, todavia, o único queijo cuja matéria-prima animal provinha unicamente de caprinos. Ao longo do período de análise, a produção de QCT sofreu oscilações significativas em termos de volume, refletindo-se numa perda global de 5,6%. Este facto afetou negativamente o seu valor, contudo, esse decréscimo foi parcialmente compensado pela subida no preço, pelo que, globalmente, o valor da produção cresceu 15%. No que respeita ao preço, até 2007, o preço de QCT era superior ao do queijo não certificado em cerca de 30% (2€/Kg). Este diferencial reduziu-se a partir de 2008, altura em que ambos os produtos sofreram acréscimos no preço de venda. Porém, esse incremento foi superior para os queijos não certificados, tornando menos atrativa a opção pela certificação. Também os preços globais dos queijos DOP sofreram um decréscimo de cerca de 8,8%, reforçando a ideia de que a certificação não se reflete numa mais-valia em termos de preço para o produtor. Quanto à comercialização, o QCT é vendido pelo agrupamento, contrariamente à generalidade dos queijos qualificados, que são maioritariamente comercializados pelos produtores ou por outra entidade e apenas 21% pelos agrupamentos. O QCT destina-se tanto aos mercados local/regional como nacional, contrariamente à globalidade dos queijos certificados que são preferencialmente vendidos para o mercado nacional (80%). As empresas transformadoras, associações de produtores e embaladores são os canais mais utilizados para escoar o QCT. O comércio tradicional é responsável pelo escoamento de aproximadamente ¼ da produção e a venda direta ao consumidor surge em 3º lugar. Em termos de distribuição mensal verifica-se que o QCT é comercializado durante todo o ano, embora mais intensamente no outono e nas épocas festivas natalícias e estivais. Os restantes queijos DOP distinguem-se pelo destaque adicional do mês de fevereiro (carnaval). Em 2012 existiam em Portugal 6 carnes de caprino DOP/IGP, sendo apenas produzida e certificada a carne do CST. A sua produção sofreu oscilações significativas no volume de produção ao longo do período de análise, refletindo-se numa perda global de 10,4.%. Este facto foi parcialmente compensado pelo crescimento do preço, pelo que o valor da produção experimentou um acréscimo global de apenas 1,3%. Ainda quanto ao preço, o CST era, em 2003, comercializado abaixo do preço médio da carne de caprino certificada, em cerca de 2 €/kg. Esta diferença esbateu-se ao longo dos anos, essencialmente, devido ao incremento global de 13,4% no preço do CST. Comparativamente, o cabrito sem certificação apresentou uma relativa estabilidade de preços, sendo comercializado a um preço de aproximadamente 11% abaixo do CST. O CST é exclusivamente comercializado pelo agrupamento de produtores, contrariamente às restantes carnes certificadas. O mercado de destino da carne de CST é maioritariamente o mercado local/regional (60,7%), enquanto que as restantes carnes certificadas se destinavam essencialmente ao mercado nacional. O número de abates do CST é mais elevado durante as festividades da Páscoa e Natal, tendo a maior parte da carne como destino a restauração, seguida dos talhos e venda direta ao consumidor. Tem igualmente havido algumas tentativas de comercialização em feiras e em médias e grandes superfícies. As restantes carnes de caprino certificadas destinavam-se quase na totalidade (> 90%) às médias e grandes superfícies. CONCLUSÕES Os resultados confirmam a crescente valorização do mercado dos produtos DOP da Cabra Serrana Transmontana, traduzida pelo acréscimo nos preços de ambos os produtos. Contudo essa valorização não mostrou ainda repercussões em termos de volume de produção. De facto, trata-se de produtos geradores de maior valor acrescentado que os seus homólogos não certificados. Apesar disso, o preço que o consumidor está disposto a pagar ainda não é suficientemente elevado para tornar a atividade atrativa em termos de rentabilidade, assistindo-se à diminuição global do número de explorações em atividade. Denotam-se igualmente dificuldades de acesso destes produtos ao mercado nacional, bem como a falta de modalidades de escoamento alternativas às “tradicionais”, seja por restrições geográficas ou por reduzido volume de produção. Dificuldades que atestam uma enorme resiliência dos criadores. De facto, o CST foi a única carne com produção certificada em 2012 e historicamente remunerada a preços inferiores às restantes carnes de caprino certificadas (diferenciais até 5€/kg). Por fim, salienta-se a importância do associativismo para o desenvolvimento da atividade, em especial o papel crucial do agrupamento gestor na comercialização dos produtos DOP da Cabra Serrana Transmontana.
- Evolução da produção e comercialização dos produtos tradicionais qualificados de origem ovina: 2003-2012Publication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Fernandes, António; Ribeiro, Maria IsabelEm 2013 existiam aproximadamente 1.163 milhões de ovinos no mundo, um acréscimo de 7,6% numa década. Contrariamente, o efetivo português decresceu cerca de 4% no mesmo período e, em 2013, era apenas de 2 milhões de cabeças, das quais, 10% era composto por animais de raças autóctones. Esta comunicação visa contribuir para o fomento da criação de ovinos em Portugal, através do desenvolvimento e valorização dos produtos tradicionais de qualidade a ela associados. Para tal, analisa a evolução da produção e comercialização de produtos qualificados como Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), obtidos a partir da ovelha, nomeadamente, queijo e carne. Metodologicamente, recorreu-se a dados secundários fornecidos pelo Gabinete de Planeamento e Políticas. A análise abarca um período de 10 anos, 2003 a 2012. O estudo engloba uma análise temporal da evolução de indicadores de produção e comercialização dos queijos e carnes, de ovino, certificados, individual e globalmente, incluindo a comparação com os referidos produtos sem certificação. Em 2012, dos 17 queijos DOP, 14 incorporavam maioritariamente leite de ovelha, embora 4 não apresentassem produção. Globalmente, no período de 2003-2012 verificou-se um crescimento de 14% no volume de produção. Contudo, o valor da produção decresceu 17,8%, fruto da alteração do preço médio de 13,62€ para 12,77€. Em 2003 existiam apenas 6 carnes de ovino certificadas como DOP/IGP, todas com produção como tal. Em 2012 este valor aumentou para 9, mas apenas duas apresentavam produção DOP/IGP. Isto traduziu-se numa perda global de volume de 87,5%, o que apesar da alteração do preço médio de 6,63€ para 6,99€, se traduziu num decréscimo de 86,9% no valor da produção de carnes, de ovino, certificadas.
- Evolução da produção e comercialização de produtos tradicionais qualificados de ovinos e caprinos (2003-2012)Publication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Fernandes, António; Ribeiro, Maria IsabelO presente estudo analisa a produção e comercialização de produtos qualificados de ovinos e caprinos (carne e queijo), com base em fontes documentais. Evidencia -se a relevância decrescente das carnes qualificadas de borrego relativamente à produção nacional. Todavia, globalmente, os produtores são capazes de explorar a mais -valia da qualificação por via do diferencial dos preços. As carnes são comercializadas pelos agrupamentos, para os mercados local/regional e nacional, preferencialmente para as Médias e Grandes Superfícies – M&GS. Quanto às carnes caprinas é o Cabrito Transmontano que apresenta maior estabilidade na produção. As M&GS e a restauração são os canais mais usuais para o escoamento, sendo comercializadas pelos agrupamentos para o mercado nacional. Relativamente ao queijo de ovelha, verifica -se, em média, um diferencial de 23% entre os preços dos produtos qualificados e similares. Já no queijo de cabra, a opção pela qualificação tem vindo a perder vantagem, pois nem sempre representa uma mais -valia no preço ao produtor. Os queijos de ovelha são maioritariamente comercializados pelos produtores, para as M&GS, no mercado nacional. O queijo de cabra é comercializado pelo agrupamento de produtores, para os mercados local/regional e nacional, preferencialmente para Empresas Transformadoras, Associações de Produtores e Embaladores – ETAP&E.
- Evolução da produção e comercialização dos produtos tradicionais qualificados de origem caprina: 2003-2012Publication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Fernandes, António; Ribeiro, Maria IsabelEm 2013 existiam aproximadamente 975 milhões de caprinos no mundo, um acréscimo de 19,5%, desde 2003. Contrariamente, o efetivo português decresceu mais de 10% no mesmo período e, em 2013, era apenas de 398 mil cabeças, das quais, 10% era composto por animais de raças autóctones. Esta comunicação visa contribuir para o fomento da caprinicultura em Portugal, através do desenvolvimento e valorização dos produtos tradicionais de qualidade a ela associados. Para tal, analisa a evolução da produção e comercialização de produtos qualificados como Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), obtidos a partir da cabra, designadamente, queijo e carne. Metodologicamente, recorreu-se a dados secundários fornecidos pelo Gabinete de Planeamento e Políticas. A análise abarca um período de 10 anos: 2003 a 2012. O estudo engloba uma análise temporal da evolução de indicadores de produção e comercialização dos queijos e carnes, de caprino, certificados, individual e globalmente, incluindo a comparação com os referidos produtos sem certificação. Em 2012, dos 17 queijos DOP, 4 não apresentavam produção certificada. Quanto à origem da matéria-prima animal, 3 incorporavam leite de cabra/ovelha e apenas 1 incorporava unicamente leite de cabra (Queijo de Cabra Transmontano DOP). Globalmente, o referido queijo sofreu numa perda global de volume 5,6%. Este facto afetou negativamente o seu valor, contudo, esse decréscimo foi parcialmente compensado pela subida no preço, pelo que, globalmente, o valor da produção cresceu 15%. Comparativamente ao queijo não certificado, até 2007, o preço de QCT era aproximadamente 33% superior àquele, contudo este diferencial reduziu-se fruto da maior valorização do queijo não certificado e, em 2012, era de apenas 15%. Em 2012 existiam 6 carnes de caprino certificadas como DOP/IGP, mas apenas uma apresentava produção certificada. Isto traduziu-se numa perda global de volume de 75%, reforçada pelo decréscimo do preço médio em 5,8% das carnes, de caprino, certificadas.
- Produção e mercados dos queijos regionais de qualidadePublication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Fernandes, António; Ribeiro, Maria IsabelA presente comunicação visa contribuir para o incremento da competitividade da fileira dos queijos regionais de qualidade, em particular, de pequenos ruminantes. Para tal, tendo por base informação publicada pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral – GPP, é realizada uma análise temporal (2003-2012) de indicadores de produção e comercialização de queijos com Nome Protegido obtidos a partir da cabra e da ovelha, incluindo a sua comparação com produtos similares. Em 2012 existiam 17 queijos qualificados em Portugal, embora 6 deles sem produção. O peso médio do queijo de ovelha certificado no total nacional foi 3,6%, tendo aumentado ao longo do período analisado, pese embora a diminuição global de 23% do volume de produção, reforçada por uma descida ligeira no preço médio. O diferencial de preços entre o produto certificado e sem certificação é, em média, de 23% (2,60€/kg), sendo o Queijo de Azeitão aquele que apresenta a maior valorização do produto certificado (80%). O Queijo Terrincho apresenta o pior desempenho, com um diferencial médio de apenas 11%. As médias e grandes superfícies foram o canal mais utilizado para escoar os queijos de ovelha, sendo estes predominantemente comercializados pelos produtores para o mercado nacional. O Queijo de Cabra Transmontano é o único queijo certificado confecionado exclusivamente com leite de cabra. A sua produção sofreu uma perda global de volume de 5,6%, mitigada por um acréscimo médio anual de 2,4% no preço. Contudo, a análise comparativa dos preços mostra que a opção pela qualificação do produto tem vindo a perder vantagem. Este queijo é comercializado pelo agrupamento, para os mercados local/regional e nacional, sendo as empresas transformadoras, associações de produtores e embaladores os canais preferenciais para o escoamento.
- Produção e mercados dos produtos tradicionais portugueses de origem ovina: 2003-2012Publication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Ribeiro, Maria Isabel; Fernandes, AntónioEste trabalho visa contribuir para o desenvolvimento da ovinocultura em Portugal baseado em produtos de elevado valor acrescentado, ou seja, em produtos tradicionais de qualidade. Neste sentido, analisa a produção e comercialização de produtos qualificados com Denominação de Origem Protegida e Indicação Geográfica Protegida, provenientes de ovinos (queijo e carne), com base em fontes documentais. O estudo engloba uma análise temporal (2003-2012) de indicadores de produção e comercialização de queijos e carnes certificados e sua comparação com produtos similares. Os resultados evidenciam a relevância decrescente das carnes qualificadas de borrego relativamente à produção nacional. Todavia, globalmente, os produtores mostraram ser capazes de explorar a mais-valia da certificação por via do diferencial dos preços. As carnes foram comercializadas pelos agrupamentos de produtores, para os mercados locais/regionais e nacional, preferencialmente para os médios e grandes supermercados. Relativamente ao queijo de ovelha, verificou-se, em média, um diferencial de 23% entre os preços dos produtos certificados e similares, a favor do produto certificado. Os queijos de ovelha eram maioritariamente comercializados pelos produtores, para os médios e grandes supermercados, no mercado nacional. Os resultados demonstram a importância do associativismo no desenvolvimento da atividade e evidenciam a necessidade de melhorar a estratégia de comunicação de marketing e de aumentar o poder negocial dos criadores e produtores.