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- I Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas: LUSOCONF2018: livro de atasPublication . Araújo, Carla Sofia (Ed.); Teixeira, Carlos (Ed.); Falcão, Cecília (Ed.); Santos, Lídia (Ed.); Fernandes, Paula Odete (Ed.); Gonçalves, Vitor (Ed.)A Língua Portuguesa une milhões de seres humanos dispersos pelo mundo. De acordo com Simons e Fennig (2018), em Ethnologue: Languages of the World (21.ª edição, versão online: http://www.ethnologue.com), a Língua Portuguesa (LP) é atualmente falada por 236 512 000 indivíduos, sendo língua materna para 222 708 500 e língua segunda para 13 803 500 indivíduos. Estes dados provam que o Português é uma das línguas mais faladas do e no mundo, entre as 7097 línguas atualmente vivas. Seja qual for a leitura que se faça do passado, a verdade é que esta partilha da mesma língua, elemento fundamental da construção da nossa história e fator primordial da afirmação da nossa identidade, não pode deixar de ser uma oportunidade com futuro. A comunidade dos países falantes de LP é uma realidade incomparável a qualquer outra. Das línguas que se repartiram pelo mundo, aquando da primeira mundialização ocorrida na passagem do século XV para o XVI (o mais fascinante momento da história recente da humanidade), o Português é a única que cumulativamente apresenta as seguintes caraterísticas: • está presente nos blocos continentais de leste a oeste; • não há, na CPLP, países com fronteiras partilhadas; • todos esses países têm uma significativa orla marítima. É uma língua verdadeiramente repartida pelo mundo, impondo-nos o respeito ético pela diversidade e a compreensão de que essa diversidade só nos engrandece. O português é uma língua internacional, mas isso de modo algum implica que seja uma língua culturalmente desenraizada… bem pelo contrário. Pertencendo a países banhados por vários oceanos, é uma língua líquida. Olavo Bilac, no soneto «Língua Portuguesa», cantou o seu aroma a “oceano largo”. Irmanando a nossa voz à voz poética, todos podemos declarar o nosso amor a esta língua: “Amo o teu viço agreste e o teu aroma / De virgens selvas e de oceano largo”. Vêm-nos à memória as palavras de Vergílio Ferreira quando, em «A voz do mar» (texto lido pelo autor em 1991), afirmou: “Da minha língua vê-se o mar. Na minha língua ouve-se o seu rumor como na de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar foi em nós a da nossa inquietação”. Que se valorize, pois, o dinamismo da língua e não a sua inércia. Um dinamismo evidente nas suas cantantes possibilidades fonológicas, nas suas castiças variações morfológicas e lexicais, na flutuação da sua sintaxe, nas riquezas da sua semântica e na sua plasticidade pragmática. Já todos ouvimos a frase de Bernardo Soares: “A minha pátria é a língua portuguesa” e conhecemos várias glosas, como a de Mia Couto: “A minha pátria é a minha língua portuguesa”. Vamos aventurar-nos e dizer que “Nós somos a pátria da língua portuguesa”. Por isso, ela irá onde nós formos. É em nós que ela vive. Sem quixotescos idealismos e sem percutir a pérfida corda do patriotismo exacerbado, podemos, e acreditamos que devemos defender a Língua Portuguesa como língua internacional na arte e na ciência, na cultura e nos negócios e em todas as áreas das relações internacionais. Os ventos não estão propriamente de feição e nós não os podemos controlar… mas podemos ajustar as velas e acreditar que ainda há ilhas desconhecidas e que a aventura vale a pena. Em 2018, o LUSOCONF lançou-se à (a)ventura. Ele irá onde todos nós o levarmos. Haja coragem e engenho e que os ventos lhe sejam favoráveis!
- I Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas: livro de resumosPublication . Araújo, Carla Sofia (Ed.); Teixeira, Carlos (Ed.); Falcão, Cecília (Ed.); Santos, Lídia (Ed.); Fernandes, Paula Odete (Ed.); Gonçalves, Vitor (Ed.)O I Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas (LUSOCONF2018) será um tempo e um espaço de partilha e de construção de conhecimento sobre as mais diversas áreas. A lusofonia, porém, é o seu elemento identitário. Vários apontaram a importância da relação entre o conhecimento e a língua. Entre nós, Raúl Brandão foi certeiro: «[…] o que nos vale são as palavras, para termos a que nos agarrar». O LUSOCONF viverá do conhecimento, mas, também, desse particular som e sentido das palavras da língua que nos une e que nos expande. Não uma língua perfeita, mas a língua das nossas relações, a língua com que trocamos conhecimento, a língua com que nos entendemos e entendemos o mundo, a língua que dá voz aos nossos sonhos e à nossa esperança. Até lá!
- IV Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas: livro de atasPublication . Araújo, Carla Sofia (Ed.); Falcão, Cecília (Ed.); Fernandes, Paula Odete (Ed.); Monte, Ana Paula (Ed.); Rodrigues, Alexandra Soares (Ed.); Sousa, João Sérgio Carvalho (Ed.); Teixeira, Carlos (Ed.)O LUSOCONF, Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas, tem como objetivo fundamental contribuir para o avanço científico dos estudos em Língua Portuguesa e Relações Lusófonas. Este evento internacional é organizado pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB) em parceria com a Câmara Municipal de Bragança. Nele intervêm docentes do departamento de Português da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança (ESEB), docentes de vários departamentos da ESEB e docentes de todas as escolas do IPB. Participam também investigadores, professores, estudantes do ensino superior e membros de direção e de gestão de instituições das áreas da Língua Portuguesa e das Relações Lusófonas. Deste modo, o Encontro está estruturado de acordo com uma lógica multidisciplinar, que assenta nos 9 eixos temáticos propostos. A matriz do LUSOCONF assenta nesta dimensão plural, que já caracterizou as três edições anteriores do evento. Nesta 4.ª edição do Encontro, o LUSOCONF2022 continuou a ser um espaço de ampla discussão de temáticas em diversas áreas relevantes no campo de ação da Língua Portuguesa e das Relações Lusófonas. Dado que, em 2022, se celebrou o centenário do nascimento de José Craveirinha, um dos maiores nomes da poesia moçambicana e lusófona, e de José Saramago, Prémio Nobel da Literatura, nesta 4.ª edição do LUSOCONF, prestamos homenagem a estes dois grandes vultos da literatura lusófona. Dando continuidade aos propósitos das edições anteriores, o LUSOCONF2022 foi um encontro de debate dinâmico e interventivo, no qual as diferentes áreas temáticas se cruzaram, em busca de novas respostas para as problemáticas da Língua Portuguesa e das Relações Lusófonas, tendo sempre como objetivo estimular um debate académico pluridisciplinar, ancorado no diálogo e na valorização de contributos oriundos de diversas áreas do conhecimento relacionadas com a Língua Portuguesa e as Relações Lusófonas. O conjunto de conferencistas convidados assegurou ao LUSOCONF2022 uma diversidade de contributos para múltiplas reflexões sobre as desafiantes inquietudes que o universo lusófono encontra hoje num mundo cada vez mais complexo e instável, que nos confronta com questões essenciais sobre os valores, os objetivos e o sentido da ação humana, impondo a procura conjunta de resolução de problemas e de elaboração cooperada de estratégias para a abordagem dos dilemas com que o mundo lusófono se confronta, reconhecendo que, tal como nos diz Saramago, em A Segunda Vida de Francisco de Assis: «O mundo mudou porque nós não soubemos mudar doutra maneira o mundo. Agora teremos de mudar-nos a nós próprios para que o mundo possa ser mudado». Este Encontro, pela elevada qualidade dos seus participantes e pela atualidade dos temas tratados, constituiu um evento de ideias novas, que permitirão enfrentar os desafios da Língua Portuguesa e das Relações Lusófonas, num mundo cada vez mais globalizado, onde o Português é língua de pátrias plurais, a língua de todos os que a usam, formando uma verdadeira «Fraternidade das Palavras», evocando assim o título do poema de José Craveirinha, que nos permite experimentar sentidos e emoções no entrecruzar de línguas, numa pura “miscigenação” linguística: «O céu / É uma m’ benga / Onde todos os braços das mamanas / Repisam os bagos de estrelas. / Amigos: / As palavras mesmo estranhas / Se têm música verdadeira / só precisam de quem as toque / ao mesmo ritmo para serem / todas irmãs». A conceção holística do mundo lusófono e dos seus desafios permite-nos apresentar o LUSOCONF como um Encontro concebido para a partilha e a reflexão. Os textos que se reúnem neste volume configuram uma partilha do nosso saber sobre a Língua Portuguesa e sobre as problemáticas que se levantam no âmbito das Relações Lusófonas. finalizar esta breve nota de apresentação, a Comissão Organizadora agradece a todos os que tornaram possível o LUSOCONF2022 e, em particular, aos conferencistas convidados e a todos os investigadores que nele participaram.