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- Estudo exploratório sobre as perceções da população imigrante residente no norte e interior de PortugalPublication . Novo, Rosa; Prada, Ana Raquel Russo; Florêncio, IvoneA imigração implica uma transição ecológica (Bronfenbrenner & Morris, 2006), de uma enorme extensão e significado, motivada por uma multiplicidade de causas. Perante a escassez de estudos face à população imigrante residente no norte e interior de Portugal e, sendo este um contexto cada vez mais multiétnico e multicultural, considerou-se fulcral auscultar os protagonistas envolvidos nesta transição. Neste sentido, foi desenvolvido um estudo qualitativo e de índole descritiva tendo como objetivos: (i) conhecer os motivos da imigração e a escolha da área geográfica; (ii) identificar as perceções positivas e negativas face às interações estabelecidas com a população residente; (iii) conhecer os desafios e as dificuldades vivenciadas pelos imigrantes; e (iv) tecer reflexões sobre recomendações para os decisores políticos e comunidade em geral. Para a recolha de dados foi utilizado um inquérito por questionário desenvolvido para o efeito e aplicado a 60 inquiridos. Este instrumento, além das questões sociodemográficas (referentes ao sexo, idade, estado civil, nacionalidade, nível educacional, habitabilidade e situação profissional) contemplou ainda seis questões abertas, a saber: (i) motivos da imigração; (ii) identificação dos desafios e dificuldades; (iii) relatos de uma situação pessoal vivenciada, positiva e negativamente; (iv) elaboração de uma mensagem direcionada à população residente e aos políticos com vista à promoção de uma efetiva inclusão. Os resultados evidenciaram uma diversidade de justificações face à imigração e à eleição da área geográfica. Perante as vivências de índole positiva, de entre outras, ressaltou o bom acolhimento da população residente, não obstante, nas vivências quotidianas houve relatos de discriminação percecionados em diversos ambientes. Apesar da heterogeneidade das respostas, os entrevistados salientaram a necessidade de promoção do respeito, da tolerância e solidariedade, bem como apelaram a uma menor burocratização e para o repensar das políticas de emprego. Embora esta investigação se tenha cingido às perceções de um grupo de participantes imigrante, entende-se que os dados obtidos poderão concorrer para a construção um conhecimento comum e para a identificação linhas de intervenção direcionadas, quer do ponto de vista político, quer do ponto de vista formativo.
- A velhice na perspetiva do género: diferentes olharesPublication . Novo, Rosa; Prada, Ana Raquel RussoA adoção de uma perspetiva de género, embora essencial para uma melhor compreensão da velhice e do processo de envelhecimento, é uma temática ainda pouco investigada. Este estudo, qualitativo e exploratório, teve como objetivos: analisar as semelhanças e as diferenças na autopercepção da velhice e do processo de envelhecimento em função do género e identificar as estratégias e os recursos adotados para um envelhecimento bem-sucedido. Para tal realizaram-se entrevistas semiestruturadas, administradas individualmente a cada pessoa idosa. Participaram quatro casais heterossexuais, com idades dos 70 aos 85 anos, não institucionalizados e residentes no norte de Portugal. Todos reconheceram as mudanças físicas e biológicas que surgem com a idade. Não obstante, predominaram autoperceções positivas e negativas acerca velhice, respetivamente, nos homens e nas mulheres. Prevaleceu uma conceção da mulher idosa como protetora e cuidadora da família, enquanto face ao homem idoso emergiram, sobretudo, características socialmente valorizadas. A maioria dos homens e das mulheres salientou o envolvimento em atividades significativas, destacando as crenças positivas e existência de objetivos realistas e pessoais como estratégias para um envelhecimento bem-sucedido. Reportaram igualmente o papel de agência da pessoa idosa e da diversidade de recursos comunitários enquanto elementos organizadores das rotinas. Os dados apelam para a complexidade das imagens da velhice e para a necessidade de reformulação dos estereótipos etários e sexistas que perpetuam a desigualdade social entre mulheres e homens idosos.
- Perceções dos estudantes da licenciatura em educação social sobre o estágio curricularPublication . Novo, Rosa; Prada, Ana Raquel Russo; Gutiérrez-Provecho, Lourdes; López-Aguado, MercedesCom este estudo exploratório, de cariz quantitativo, pretende-se refletir sobre as perceções dos estudantes acerca do estágio curricular supervisionado no âmbito da licenciatura em educação social de duas instituições do ensino superior, uma portuguesa e outra espanhola. Partindo da revisão da literatura, foi desenvolvido um inquérito por questionário, administrado online, constituído por duas questões sociodemográficas (idade e sexo) e duas relativas à adequabilidade da duração do estágio e satisfação com o mesmo. Este instrumento inclui ainda vinte itens referentes à contribuição do estágio para a formação do educador social, nos quais os participantes manifestam o seu grau de concordância numa escala de Likert composta por seis opções de respostas (totalmente em desacordo a totalmente em acordo). Participaram neste estudo 76 estudantes, de ambos os sexos, sendo a média etária de 23,30 anos. Os resultados evidenciam que 51,3% dos estudantes considera a duração do estágio adequada e 77,6% percebe-o como uma experiência satisfatória. Em quinze dos vinte itens contemplados os participantes apresentam percentagens de respostas favoráveis, iguais ou superiores a 85%. No entanto, nos restantes itens, 14,5% e 32,9% dos inquiridos respondem de forma desfavorável, respetivamente, quanto à mais valia do estágio no conhecimento compreensivo do trabalho do educador social e na diferenciação do papel deste profissional face a outros. Acresce referir que 17,1% dos estudantes manifestam respostas de valência negativa face ao contributo do estágio na aquisição e desenvolvimento de competências fundamentais do educador social, e em igual percentagem face à integração de conhecimentos adquiridos no curso. É ainda de sublinhar que 11,8% manifestam um parecer desfavorável quanto à seleção de critérios e indicadores na avaliação da qualidade da aprendizagem profissional no âmbito da intervenção socioeducativa. Os dados apresentados preliminarmente apontam para a necessidade de prosseguir a investigação atendendo à centralidade desta componente na formação inicial em educação social.
- Saberes e práticas dos técnicos sobre a participação social da pessoa adulta com dificuldade intelectual e desenvolvimentalPublication . Soares, Andreia Filipa Magalhães; Novo, Rosa; Prada, Ana Raquel RussoEsta investigação, de natureza qualitativa e exploratória, teve como objetivos: explicitar as conceções dos técnicos sobre a pessoa com dificuldade intelectual e desenvolvimental (DID) e sobre o conceito de participação social, bem como identificar fatores facilitadores e inibidores à participação social e delinear recomendações com vista à promoção da participação social. Em termos metodológicos recorreu-se a um questionário e à entrevista semiestruturada. Participaram 10 técnicos, de ambos os sexos, envolvidos na elaboração e implementação dos planos de desenvolvimento individuais dos utentes, em instituições situadas no Norte e interior de Portugal. A média etária dos entrevistados foi de 32,70 anos (DP = 6,72), tendo o tempo de experiência profissional variado de 16 meses a 15 anos (M= 7,70; DP = 4,24). Atendendo aos dois eixos temáticos consagrados (“Perspetivas sobre a DID” e “Participação social da pessoa com DID”) foram identificadas, à posteriori, categorias de primeira e de segunda ordem. Apesar da heterogeneidade de perceções face à pessoa com DID, prevaleceu a conceção médico-orgânica. Curiosamente esta concetualização não se refletiu no entendimento e nas práticas de participação social, sendo estas caracterizadas, sobretudo, pela realização de atividades socialmente orientadas, em interações sociais recíprocas no contexto comunitário, no âmbito de relações familiares e de amizade. O microssistema institucional foi apontado como o principal facilitador da participação social, enquanto os constrangimentos advieram, maioritariamente, de barreiras extrínsecas e societais. Face a estes resultados foram debatidas recomendações com vista à promoção direito à participação social da pessoa com DID.
- A pessoa adulta com dificuldade intelectual e desenvolvimental: olhares dos profissionaisPublication . Soares, Andreia Filipa Magalhães; Novo, Rosa; Prada, Ana Raquel RussoA perceção dos profissionais sobre a pessoa adulta com dificuldade intelectual e desenvolvimental (DID) influencia as relações interpessoais e a eficácia das suas intervenções. Escasseando investigações neste âmbito, esta comunicação em poster retrata uma dimensão de um estudo qualitativo e exploratório mais amplo realizado com dez profissionais de respostas sociais situadas no norte e interior de Portugal. Este estudo visa analisar as conceções dos profissionais sobre a pessoa adulta com DID com recurso a uma entrevista semiestruturada. Mediante análise de conteúdo identificaram-se quatro categorias: Dificuldades (F=10), Capacidades/Potencialidades (F=4), Dependência (F=2) e Direitos/Deveres (F=1). Apesar das diferentes perceções, predominou uma visão deficitária, patologizante, organicista e redutora, subestimando o potencial individual de desenvolvimento e aprendizagem da pessoa com DID. Com uma menor frequência emergiu o entendimento da mesma como um cidadão de pleno direito. Impõe-se uma reflexão sobre a forma como os profissionais compreendem a pessoa adulta com DID, respeitando a sua singularidade e potencialidade, e incentivando a sua autodeterminação e inclusão social.
- Perceções dos estudantes da licenciatura em educação social sobre o estágio curricularPublication . Novo, Rosa; Prada, Ana Raquel Russo; Gutiérrez-Provecho, Lourdes; López-Aguado, MercedesCom este estudo exploratório, de cariz quantitativo, pretende-se refletir sobre as perceções dos estudantes acerca do estágio no âmbito da licenciatura em educação social de duas instituições do ensino superior. Foi desenvolvido um inquérito por questionário, administrado online, constituído por duas questões sociodemográficas (idade e sexo) e duas relativas à adequabilidade da duração e satisfação com o estágio. Este instrumento incluiu ainda vinte itens referentes ao contributo do estágio, nos quais os participantes manifestam o seu grau de concordância numa escala de Likert composta por seis opções de respostas (totalmente em desacordo a totalmente em acordo). Participaram neste estudo 76 estudantes, de ambos os sexos, sendo a média etária de 23,30 anos. Os resultados evidenciam que 51,3% dos estudantes considera a duração do estágio adequada e 77,6% percebe-o como uma experiência satisfatória. Em quinze dos vinte itens contemplados os participantes apresentam percentagens de respostas favoráveis, iguais ou superiores a 85%. No entanto, nos restantes itens, 17,1% dos estudantes manifestam respostas de valência negativa face ao contributo do estágio na integração de conhecimentos adquiridos no curso, no conhecimento/ consolidação das competências profissionais do educador social e no reconhecimento de limitações. Também 15,7% apreciam negativamente o contributo do estágio na identificação de lacunas de aprendizagem. Acresce referir que 32,9% dos inquiridos respondem de forma desfavorável, quanto à mais valia do estágio na distinção do seu papel profissional. Os dados apresentados preliminarmente apontam para a necessidade de prosseguir a investigação atendendo à centralidade desta componente na formação inicial em educação social.
- Olhares retrospetivos de adultos ex-acolhidos face ao acolhimento residencialPublication . Abrunhosa, Fernanda Mónica Trindade; Novo, Rosa; Prada, Ana Raquel Russo; Abrunhosa, FernandaEste estudo aborda as vivências em Casas de Acolhimento Residencial na perspetiva de dezoito adultos ex-acolhidos, partindo dos seguintes objetivos: (i) conhecer os motivos da medida de acolhimento residencial; (ii) identificar os sentimentos vivenciados aquando da medida de acolhimento residencial; (iii) identificar os valores e as competências desenvolvidos durante a medida de acolhimento; (iv) inferir os fatores promotores e inibidores da adaptação durante o período de acolhimento residencial. Optou-se por uma investigação qualitativa, através de entrevistas semiestruturadas sujeitas a análise de conteúdo. Os motivos subjacentes à institucionalização foram consequência, sobretudo, de problemáticas presentes no contexto familiar e os entrevistados recordaram a entrada na instituição como um momento difícil e doloroso. Como principais facilitadores da adaptação inferiu-se a afetividade e durabilidade das relações com adultos e pares, bem como as oportunidades educativas/ lazer, a aquisição de valores e competências, e a existência de um clima familiar, marcado por rotinas estáveis, enquanto a separação / perda de familiares, a rigidez das regras, as práticas punitivas e o presenciar de comportamentos disruptivos constituíram fatores inibidores. Constatou-se uma apreciação positiva da medida de acolhimento residencial, descortinando potenciais implicações à luz do modelo bioecológico.