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- Etnobotânica das espécies florestais do Parque Natural de MontesinhoPublication . Carvalho, Ana Maria; Fernandes, Mariana; Pardo de Santayana, Manuel; Morales, RamónO Parque Natural de Montesinho é uma área protegida localizada no nordeste de Portugal. Durante cerca de quatro anos (2000 a 2004) foi realizado um exaustivo trabalho de inquirição com o objectivo de compilar, descrever e analisar os saberes etnobotânicos da população em estudo. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas a uma centena de pessoas, maioritariamente mulheres, de trinta aldeias pertencentes a dois concelhos do Distrito de Bragança (Bragança e Vinhais). Os dados foram organizados num catálogo etnobotânico que apresenta 364 espécies de plantas vasculares, muitas das quais são espécies florestais ou arbustivas. Registaram-se elevados índices de consenso (0,93), apesar da maioria dos usos descritos já não se verificarem na actualidade e fazerem só parte da memória dos inquiridos. Os resultados obtidos discutem-se em função das categorias de uso definidas e dos índices de utilização.
- Plantas y sabiduría popular del Parque Natural de Montesinho. Un estudio etnobotánico en PortugalPublication . Carvalho, Ana MariaPlantas y Sabiduría Popular del Parque Natural de Montesinho é uma contribuição para o conhecimento da Etnobotânica Ibérica. Trata-se de uma compilação exaustiva de espécies, usos e saberes, resultado de um projecto de investigação levado a cabo numa área protegida de grande valor ecológico e etnográfico, território onde transparecem ainda as marcas do quotidiano de um mundo rural em vias de desaparecer e onde se mistura um património cultural luso-espanhol. Além da informação botânica relativa a 364 taxa, também se regista a nomenclatura popular, o maneio tradicional, as tecnologias associadas aos usos das plantas, a vigência de usos e práticas, a transmissão do saber popular e distribuição do conhecimento segundo as variáveis sociais. A publicação deste livro constitui uma oportunidade para divulgar a Etnobotânica Portuguesa e una homenagem aos informantes das aldeias do Parque Natural de Montesinho cujo árduo labor é o fundamento deste trabalho.
- Etnoflora da terra de MirandaPublication . Carvalho, Ana Maria; Ramos, Margarida TeloA Etnoflora da Terra de Miranda, conjunto de espécies silvestres e cultivadas, utilizadas pelo Homem ao longo do tempo nesta região ecológica e culturalmente tão diversificada, revela uma mescla de saberes, documentados por trabalho de campo intensivo e pelo contacto estreito entre a equipa técnica do projeto e as populações locais. Os resultados provisórios (há inventários ainda em curso) mostram que ao longo de dois anos foram já identificadas 242 taxa de plantas vasculares que se distribuem por cerca de 70 famílias botânicas. Acresce a este número outras plantas (60) mencionadas durante as entrevistas mas das quais ainda não foi possível encontrar exemplares para identificação. Ou seja, trata-se muitas vezes de plantas e usos que permanecem na memória das pessoas mas que podem já não estar vigentes
- Wild species used in the traditional pharmacopoeia of Trás-os-Montes (Portugal)Publication . Carvalho, Ana Maria; Ramos, Margarida Telo; Martins, Maria Elisabete; Frazão-Moreira, Amélia
- Flora aromática e medicinal do Nordeste PortuguêsPublication . Carvalho, Ana Maria; Frazão-Moreira, Amélia; Martins, ElisabeteUm inventario florístico, realizado ao longo de cinco anos (2000-2005) nos termos de varias aldeias dos concelhos do Nordeste Transmontano, permitiu identificar cerca de 180 taxa de plantas vasculares, silvestres e cultivadas, tradicionalmente utilizados com fins aromáticos e medicinais e organizar um catálogo etnobotánico, onde para além da descrição das espécies mais usadas e citadas, se referem as indicações medicinais e os modos de emprego (Carvalho, 2005). A inquirição de vários habitantes, levada a cabo em simultâneo, permitiu também avaliar a importância da flora local na medicina tradicional, bem como a repartição do saber popular por faixa etária e sexo. Um estudo de caso (2006-2007) realizado no âmbito do "Projecto Etnobotânica do Nordeste Português: saberes, plantas e usos" vem confirmar a maioria da informação anteriormente inventariada e ressaltar a importância do conhecimento e da transmissão dos saberes, numa sociedade rural em transformação. Foram colhidas amostras de plantas secas, sementes e material de herbário que se encontram depositadas no Herbário da Escola Superior Agrária de Bragança. As informações obtidas estão organizadas numa base de dados relacional, elaborada com o programa FileMaker Pro. Neste trabalho apresentam-se taxa silvestres e cultivados mais citados na zona de estudo e sintetizam-se os principais usos e saberes recolhidos.
- Fitotoponímia na Terra de Miranda, Portugal: Plantas, saberes e vestígios de outras eras em PicotePublication . Alves, A. Bárbolo; Ramos, Margarida Telo; Carvalho, Ana MariaA partir de metodologia etnográfica fez-se a recolha e o registo de designações fitotoponímicas e determinou-se a relação entre as plantas e as formas de organizar os nomes nas Terras de Miranda, os quais conferem um significado preciso aos territórios. Foi elaborada uma listagem de designações em Mirandês e estabelecida a respectiva associação com as espécies vegetais dominantes na região.
- Plantas, usos e saberes: diversidade, conservação e aproveitamento do património natural e cultural em Trás-os-MontesPublication . Carvalho, Ana Maria; Frazão-Moreira, Amélia; Ramos, Margarida TeloVários trabalhos de investigação etnobotânica (Carvalho et al., 2001 a 2012), que estuda as interações entre o universo vegetal e o Homem, destacam a riqueza de saberes e usos tradicionais sobre plantas em Trás-os-Montes. A biodiversidade e a riqueza paisagística do território Transmontano sustentam-se essencialmente num património natural de enorme valor, mas também num importante património cultural reflexo da ocupação humana do espaço desde tempos imemoriais e da adaptação dos homens às particulares condições orográficas e edafoclimáticas, revelador da sua integração no meio envolvente. Os inventários realizados ao longo de 12 anos, com o imprescindível apoio de muitos habitantes (informantes) das aldeias Transmontanas, põem de manifesto que os conhecimentos empíricos sobre plantas e suas utilizações são ferramentas basilares para o uso sustentado, a gestão e conservação da etnoflora e para a criação de novas oportunidades de revitalização das zonas rurais.
- Yerbas i árboles de la Tierra de Miranda: nomes, mezinhas e outros usosPublication . Alves, António Bárbolo; Ramos, Margarida Telo; Carvalho, Ana MariaA Terra de Miranda é bem conhecida pela especificidade de algumas manifestações culturais ressaltando, como marca distintiva, a língua mirandesa. Um dos desafios que se coloca a todas as línguas é a forma como demonstram ser capazes de responder ao mundo, nomeando-o, dizendo-o, comunicando-o. Entre outras estratégias para vencer esse repto, destaca-se a hiperonímia, como um grande chapéu debaixo do qual cabem muitas categorias. Por exemplo, a palavra “árvore” pode albergar toda a floresta sem se referir a nenhuma árvore em concreto. Mas as línguas não se contentam com esta rede de malha larga. Cada uma constrói a sua própria teia, através da qual captam, separam, ordenam e filtram o seu mundo. É por isso que o universo muda também com a língua, porquanto cada uma estrutura e separa de uma forma diferente o universo. As designações tradicionais, nomeadamente os nomes comuns das plantas que crescem e são utilizadas na Terra de Miranda, constituem justamente um dos bastiões da língua mirandesa. Neste artigo, através de uma abordagem pluridisciplinar, procuraremos apresentar essas designações e a importância que elas têm para essas disciplinas, mostrando também alguns saberes, usos e costumes ligados a essas plantas.
- Du savoir-faire à la connaissance des plantes: pratiques ancestrales et savoirs modernes au sein du monde rural portugaisPublication . Frazão-Moreira, Amélia; Carvalho, Ana Maria; Martins, ElisabeteAux villages du nord-est portugais, dans les mémoires d’enfance des hommes, l’imaginaire des plantes est associé aux jeux et travaux de la vie quotidienne d’autrefois. Les femmes évoquent aussi les histoires de leurs grand-mères, des histoires où les plantes jouent un rôle fondamental aux cérémonies religieuses et festives du village, guérissent et préviennent les maladies et protègent la famille et le foyer. Dans cet imaginaire les plantes sont perçues comme indispensables à la survie, au loisir et à un rapport étroit avec le milieu naturel et le surnaturel. Ce texte se conçoit à partir de trois questions : Est-ce que les changements socio-économiques récents et le rapprochement du rural au quotidien urbain ont modifié l’imaginaire des plantes ? Est-ce qu’on peut parler d’un rural contemporain ? S’agit-il de l’imaginaire contemporain du végétal au monde rural ou de l’imaginaire du végétal dans un monde rural contemporain ? On essaiera de répondre à ces questions en recourant à des exemples de usages et perceptions, passées et actuelles, de plusieurs espèces qui se font remarquer en trois dimensions de la culture locale : alimentation, médecine et symbolisme.
- Alimentos do passado, nutrientes de futuro! Inventariação e caracterização de espécies com interesse alimentar presentes nos agroecossistemas da Terra-Fria TransmontanaPublication . Carvalho, Ana Maria; Barros, Lillian; Ferreira, Isabel C.F.R.Inventários etnobotânicos realizados durante a última década no território integrado na zona agroecológica da Terra-Fria Transmontana mostram a importância dos saberes e das práticas tradicionais na gestão e manutenção dos agroecossistemas e da biodiversidade que os caracteriza. Por outro lado, revelam também a multifuncionalidade de espaços silvestres, parcelas cultivadas e hortas e o papel preponderante que certas espécies desempenharam na alimentação, na saúde, no bem-estar, em suma, no quotidiano das populações rurais. Dada a especificidade local/regional do conhecimento e uso e do seu aproveitamento sazonal e extensivo, estas espécies não foram objecto de estudos que comprovassem o seu contributo em termos nutricionais e medicinais ou de medidas que garantissem a continuidade do seu uso sustentável. As alterações ocorridas nas zonas rurais no contexto produtivo e socioeconómico e a globalização levaram ao abandono de muitas das actividades tradicionais (incluindo as de carácter agro-pecuário), introduziram novas necessidades e hábitos alimentares e tiveram como consequência o esquecimento e o cair em desuso de muitas espécies vegetais.