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- Evolução temporal do suicídio na Península Ibérica: 1971- 2013Publication . Antão, Celeste; Teixeira, Cristina; Sousa, Filomena; Veiga-Branco, Augusta; Anes, EugéniaO suicídio é um problema de saúde pública, associado a muito sofrimento e milhares de mortes em todo mundo. Avaliar tendências da taxa de suicídio (TS) na Península Ibérica nas últimas quatro décadas. METODOLOGIA: Estudo descritivo de tendências. A TS anual foi obtida através da OCDE. Modelos de regressão segmentada estimaram a variação anual percentual (%VA) e respetivo intervalo de confiança a 95% (IC95%), estratificando por país e género. RESULTADOS: Em homens portugueses, a TS reduziu significativamente 1,3% ao ano (IC95%:-1,8;-0,7) para 1971-1993 e de 10,3% ao ano (IC95%:-16,0;-4,5) para 1993-1999 e, após tendência crescente (%VA=30,2;IC95%: -2,9;74,9) até 2002, reduziu significativamente (%VA=- 1,7:IC95%:-3,2;-0,2) atingindo 13,1/100.000 em 2013. Em homens espanhóis, houve aumento significativo de 14% ao ano (IC95%:0,5;29,3) para 1981-1984 e de 0,9% ao ano (IC95%:0,3;1,6) para 1984-1997, inverteu a tendência (%VA=-1,7;IC95%:-2,3;-1,2) entre 1997 e 2011, mostrando depois tendência crescente até 2013 quando atingiu 10,8/100.000. Nas mulheres portuguesas, houve aumento significativo de 2,8% ao ano (IC95%:1,1;4,5) até1984, reverteu a tendência (%VA=-5,7: IC95%:-7,0;-4,2) entre 1984 e 2000 e, após tendência crescente, houve decréscimo significativo (%VA=-3,5; IC95%:-5,9;-1,1) até 2013 quando atingiu 3,4/100.000. Em Espanha a TS em mulheres aumentou significativamente 7,7% ao ano (IC95%:5,5;9,8) para 1979-1987, reverteu até 1992 (%VA=-4,4; IC95%:-8,2;-0,4), após uma tendência crescente até 1996, diminuiu 2,1% ao ano (IC95%:-8,2; -0,4) para1996-2011, apresentando tendência crescente (%VA=13,2;IC95%:-0,29;28,5) para 2011-2013 quando atingiu 3,4/100.000. CONCLUSÃO: Em Portugal a TS observada nos últimos anos mostre uma tendência decrescente, este trabalho salienta a magnitude da problemática que não deve ser ignorada.
- Time-trends in cervical cancer mortality in PortugalPublication . Teixeira, Cristina; Pereira, Ana Maria Geraldes Rodrigues; Anes, Eugénia; Rodrigues, Carina; Castanheira, Maria JoséA mortalidade por cancro do colo do útero em Portugal apresenta valores mais elevados em relação a outros países europeus. O objetivo deste estudo é avaliar a variação da mortalidade por cancro do colo do útero, observada em Portugal nas últimas seis décadas. Material e Métodos: Obtivemos taxas de mortalidade por cancro do colo do útero (padronizadas para a idade) reportadas em Portugal (1955–2014), através da International Agency for Research on Cancer. Utilizando análise de regressão linear joinpoint, obtivemos a percentagem de variação anual da taxa (%VA) e respetivo intervalo de confiança a 95% (IC 95%) de acordo com a idade (30–39; 40–49, 50–64; 65–74 e ≥ 75 anos) Resultados: No grupo com 30–39 anos, a mortalidade por CCU diminuiu 1,9% ao ano, durante todo o período (IC 95%: –2,3; –1,4), atingindo 0,5/100 000 em 2014. Nas mulheres com 40–49 anos houve decréscimo acentuado entre 1971 e 1981 (%VA = –11,6; IC 95%: –14,6; –8,6), com subsequente aumento de 2,4% ao ano (IC 95%: 1,0; 3,8) até 2001, mas que reverteu a partir desse ano (%VA = –5,2; IC 95%: –7,7; –2,6), atingindo 3,0/100 000 em 2014. A mortalidade por cancro do colo do útero diminuiu de 29,2 para 6,7/100 000, de 34,3 para 7,7/100 000, e de 24,7 a 9,2/100 000, respetivamente, nas mulheres com 50–64, 65–74 e com 75 ou mais anos. Nestes três grupos o decréscimo ocorreu principalmente nas décadas de 70 e 80, não havendo variação significativa da taxa nas últimas três décadas. Discussão: O maior decréscimo da mortalidade por cancro do colo do útero observada em Portugal ocorreu na década de 70 em paralelo com profundas alterações no Sistema Nacional de Saúde caracterizadas pelo aumento do acesso ao diagnóstico precoce e da qualidade do tratamento. Nas últimas três décadas, a mortalidade por cancro do colo do útero estabilizou em idades mais avançadas, o que pode ser explicado parcialmente por fatores com impacto na adesão aos programas de rastreio. Conclusão: Houve marcado declínio da mortalidade por cancro do colo do útero em todos os grupos etários, embora com estagnação deste indicador desde meados da década de 80 para grupos etários mais avançados. Os resultados sugerem a necessidade de incrementar a adesão a programas de rastreio em Portugal.
- Tendências temporais da mortalidade por carcinoma do colo do útero em portugal: 1955-2014Publication . Teixeira, Cristina; Pereira, Ana Maria Geraldes Rodrigues; Anes, Eugénia; Rodrigues, Carina; Castanheira, Maria JoséO carcinoma do colo do útero (CCU) é das neoplasias mais frequente e uma das principais causas de morte por cancro na população feminina (Alves, Alves, & Lunet, 2010), mas há meios de prevenção e deteção precoce (Goodman, 2015). Nestas circunstâncias, a monitorização da evolução temporal da mortalidade por CCU adquire importância em saúde pública, pois reflete a abordagem global dos sistemas de saúde ao problema e permite detetar tendências desfavoráveis que exijam a reavaliação de estratégias implementadas. Objetivo: Com este estudo pretendeu-se avaliar a tendência temporal da mortalidade por CCU em Portugal nos últimos 60 anos. Metodologia: Através da International Agency of Cancer Investigation (IARC), obtiveram-se taxas de mortalidade por CCU (padronizadas para a idade) reportadas em Portugal entre 1955 e 2014 (WHO; 2016). Utilizando análise de regressão linear segmentada, obtiveram-se segmentos de reta separados por pontos de inflexão (anos de mudança significativa na evolução temporal). A partir do declive dos segmentos de reta obteve-se a percentagem de variação anual (%VA) da taxa e respectivo intervalo de confiança a 95% (IC95%) de acordo com a idade (25-39; 40-54; 55-64 e >=65 anos). Resultados: No grupo com 25-39 anos, a mortalidade por CCU diminuiu 1,9 % ao ano, durante todo o período (IC95%:-2,3;-1,5), atingindo 0,5/100.000 em 2014. Nas mulheres com 40-54 anos houve decréscimo acentuado entre 1971 e 1981 (%VA=-11,2; IC95%:-13,7;-8,8), com subsequente aumento de 1,9% ao ano (IC95%:0,5;3,4) até 2001, mas que reverteu a partir desse ano (%VA=-3,4; IC95%:-5,7;-1,1), atingindo 3,8/100.000 em 2014. A mortalidade por CCU variou entre 32,6 e 7,3/100.000 e entre 48,2 e 8,2/100.000, respectivamente, nas mulheres com 55-64 e com 65 ou mais anos. Nestes dois grupos o decréscimo ocorreu principalmente entre 1970 e 1980, não havendo variação significativa da taxa nas últimas três décadas Conclusões: No grupo mais jovem houve redução significativa da mortalidade por CCU que provavelmente reflecte o impacto positivo das consultas de planeamento familiar e de vigilância pré-natal na adesão ao rastreio para detecção precoce de CCU. Nos grupos de idade mais avançada, a mortalidade por CCU mantém-se praticamente inalterada desde início da década de 80, sugerindo ineficácia dos meios e estratégias disponíveis para detecção precoce desta patologia. Os resultados sugerem a necessidade de reformular estratégias de prevenção e vigilância para CCU, existentes em Portugal. Referências Alves, C., Alves, L., & Lunet, N. (2010). Epidemiology of Cervical Cancer. Arquivos de Medicina, 24(6), 266-277. Goodman, A. (2015). HPV testing as a screen for cervical cancer. Bmj, 350, h2372. doi: 10.1136/bmj.h2372 WHO (2016). Cancer mortality data base. Lyon, France: Internantional Agency for Research on Cancer. Available from Retrieved 6th July, 2016 http://www-dep.iarc.fr