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- Estudo sobre crenças, saberes e práticas de docentes: flexibilidade curricular em discussãoPublication . Santos, Graça; Freire-Ribeiro, Ilda; Ribeiro, Maria do Céu; Mesquita, CristinaA implementação do projeto da flexibilidade curricular dos ensinos básico e secundário, através do Despacho 5908/2017, de 5 de julho, coloca a ênfase na gestão do currículo de forma flexível e contextualizada, tornando-se, por isso, um desafio fulcral para os professores. Esta comunicação tem como objetivo expor uma reflexão partilhada sobre os desafios relacionados com a flexibilidade curricular desenvolvida pela equipa que faz parte do “Estudo sobre as Crenças, Saberes e Práticas dos Professores”, constante no Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM). A sua finalidade é a construção de um referencial de práticas de ensino-aprendizagem, no âmbito da educação pré-escolar, dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário. Do ponto de vista metodológico este estudo situa-se numa abordagem mista, com recurso a múltiplas fontes. Especificamente, como processo de recolha de dados procede-se à aplicação de questionários, entrevistas, focus-group e à analise documental. Decorrida a fase de planificação do projeto, encontra-se em desenvolvimento a fase de conceção dos instrumentos e de clarificação conceptual, que exige tempo e a definição de uma estratégia que tenha em conta a singularidade dos atores, dos contextos educativos e das comunidades onde estes se enquadram.
- Conceções de aprendizagem e decisões curriculares para o 1.º ciclo do ensino básicoPublication . Santos, Graça; Festas, Maria Isabel Ferraz; Silva, Maria Isabel DamiãoNesta dissertação analisamos as conceções de aprendizagem e as decisões curriculares para o 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB), atendendo ao reconhecimento deste nível de ensino como estruturante para a aquisição de conhecimentos, valores e capacidades promotoras da aprendizagem ao longo da vida. Fundamentamos o trabalho a partir do estudo da aprendizagem no âmbito das teorias psicológicas comportamentalistas, cognitivistas e construtivistas, bem como na perspetiva de educação tradicional, apresentando as suas implicações pedagógicas, nomeadamente nos diferentes papéis desempenhados pelo professor e pelo aluno. A análise da complexidade e da evolução dos estudos e das teorias curriculares, classificadas como técnicas, práticas e críticas ou como tradicionais, críticas e pós-críticas, contextualiza o processo de desenvolvimento curricular. Na planificação didática realçamos a utilização das taxonomias, com especial destaque para a taxonomia de Bloom e colaboradores (versão revista por Anderson, Krathwohl et al., 2001). Ao assumirmos que as decisões curriculares ocorrem em diferentes contextos e níveis (macro, meso e micro), formulámos os seguintes objetivos: 1) identificar as conceções de ensino e de aprendizagem presentes nos documentos macro curriculares relativos ao 1.º CEB; 2) reconhecer as conceções dos professores do 1.º CEB relativas ao ensino e à aprendizagem; 3) saber em que medida as decisões desses professores respeitantes à sua atividade docente estão alinhadas com as conceções de ensino e de aprendizagem presentes nos documentos macro curriculares relativos ao referido ciclo de escolaridade; 4) verificar se há coerência entre as conceções de ensino e de aprendizagem presentes nos documentos macro curriculares e as que são apresentadas pelos professores. O plano de investigação incluiu a realização de dois estudos, concretizados em duas fases: A - análise de documentos oficiais e curriculares; B - conceções de ensino e de aprendizagem dos professores. A escolha metodológica assentou sobretudo numa análise de natureza qualitativa. No estudo A recorremos à análise de conteúdo, a partir dos documentos definidos a nível macro, em particular para as disciplinas de Estudo do Meio, de Matemática e de Português. Adotámos uma perspetiva curricular abrangente, em detrimento de uma leitura específica da ótica de uma determinada disciplina. No estudo B, como instrumentos de recolha de dados, elaborámos um questionário on-line e uma entrevista dirigida aos professores do 1.º CEB. Esta dissertação está dividida em duas partes: o enquadramento teórico e a investigação empírica. Na primeira distinguimos dois capítulos: conceções de ensino e de aprendizagem e as teorias curriculares; e decisões e documentos curriculares. Na segunda parte apresentamos três capítulos: estudos empíricos, resultados e discussão. Como principal conclusão do estudo A verificámos que os documentos macro curriculares relativos ao 1.º CEB eram influenciados por características dos diferentes modelos de ensino e de aprendizagem. Quanto às principais conclusões do estudo B constatámos que, quanto aos modelos subjacentes na planificação e no ensino, os professores referiram o tradicional e o cognitivista, seguido pelo comportamentalista/behaviorista. A influência evidente do modelo construtivista foi inferida através das respostas dos professores. É interessante notar que todos os professores responderam que valorizavam o processo de compreensão na aprendizagem. As decisões curriculares dos professores respeitantes à sua atividade docente seguiam a linha das conceções de ensino e de aprendizagem dos documentos definidos a nível macro, ao verificarmos a sequencialidade entre as planificações e a necessidade de cumprir os programas e as metas curriculares. Entendemos que este trabalho pode contribuir para suscitar o interesse e aprofundar conhecimentos acerca da relação entre a aprendizagem, o ensino e o currículo, no âmbito da formação inicial e contínua de professores.
- Documentos curriculares e conceções de ensino e de aprendizagem no 1.º ciclo do ensino básicoPublication . Santos, Graça; Damião, Maria Helena; Festas, IsabelO ensino e a aprendizagem são frequentemente enquadradas em teorias psicopedagógicas que têm implicações no exercício da docência. As escolas e, em particular, os professores, como agentes de ensino, podem, com base nessas teorias, criar as condições necessárias para que os alunos tenham a oportunidade de aprender. As suas abordagens didáticas não devem, no entanto, estar desligadas das diretrizes e orientações curriculares proporcionadas pela tutela. Nesta medida, as decisões micro-curriculares que são tomadas nas escolas e pelos professores solicitam o conhecimento dos documentos de âmbito macro (como sejam os programas e as metas) e a sua harmonização com as mencionadas abordagens. A presente comunicação dá a conhecer um estudo realizado no âmbito do 1.º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, centrado na identificação das conceções de ensino e de aprendizagem presentes nos documentos macro-curriculares relativos às disciplinas de Estudo do Meio, de Matemática e de Português. De modo mais concreto, os objetivos que a conduziram foram: 1) identificar verbos e substantivos referidos nesses documentos e interpretá-los com base na taxonomia de Bloom (versão revista) para perceber as funções cognitivas que destacam; e 2) selecionar nesses documentos expressões que indiquem conceções de ensino e aprendizagem e interpretá-las à luz dos modelos tradicionais, behavioristas, cognitivistas e construtivistas. Em termos metodológicos, selecionámos no corpus documental determinadas partes; numa primeira fase, respeitante aos “verbos”, centrámo-nos nas competências, nos objetivos, nos resultados esperados nas metas finais e intermédias; numa segunda fase, respeitante às “expressões”, centrámo-nos na introdução, finalidades e caracterização. Para explorarmos esse corpus recorremos à técnica de análise de conteúdo. Os principais resultados que obtivemos são os seguintes: 1) os níveis taxonómicos predominantes no conjunto de documentos são reconhecer (conhecer), entender (compreender), interpretar, aplicar e executar (fazer; realizar), o que nos remete para os níveis mais elementares da taxonomia; 2) as expressões predominantes no conjunto de documentos indica a influência não de um modelo de ensino e de aprendizagem mas dos vários que acima mencionámos. Em termos de implicações deste estudo para a formação inicial e contínua de professores, entendemos que importa divulgar e aprofundar o conhecimento das teorias psicopedagógicas e a sua influência nas decisões de ensino e de aprendizagem que se tomam nos âmbitos macro e micro-curriculares. Em particular, importa dar atenção às decisões respeitantes ao desenvolvimento cognitivo que ganha, caso sejam integrados os diversos níveis taxonómicos, e não apenas os elementares, de modo a promover o desenvolvimento de todos e de cada um dos alunos.
- Desenvolvimento profissional de professores: uma abordagem a partir da construção, desenvolvimento e avaliação do currículoPublication . Santos, GraçaAo iniciar este trabalho, cujo tema é o Desenvolvimento profissional de Professores – Uma abordagem a partir da construção, desenvolvimento e avaliação do currículo, procurámos delimitar os contornos do conceito de Desenvolvimento Profissional de Professores (DPPr), uma vez que a sua definição não é linear, como aparentemente poderíamos intuir. Além disso, esta nossa incursão em torno do trabalho do professor, da sua actividade lectiva enquanto investigador, reflexivo, interveniente no processo de desenvolvimento curricular, impõe-se como matéria que nos merece especial atenção e cuidados redobrados na sua abordagem. O que nos leva a realizar um trabalho desta índole? Seguramente, responde a um desejo pessoal de ser professor; de pensar e seguir os exemplos do bom professor (se é que podemos com facilidade indicar as suas características); de conhecer as dificuldades e virtudes do seu trabalho; de assumirmos que o professor, muitas vezes, é sobretudo alguém que tem de gerir as situações, de forma concertada, apelando ao bom senso da sua formação; de estudar o percurso da carreira docente; de acompanhar o DPPr; de melhor contribuir para aquilo que cremos ser uma pedra basilar no desenvolvimento social, económico, político e cultural da nossa sociedade: a formação de professores. Como surge, então, a exigência de reflectir sobre a vertente de construção profissional dos professores, do posicionamento relativo no conjunto do seu desenvolvimento? Torna-se evidente que o DPPr está intimamente relacionado com outros domínios, como o desenvolvimento da carreira de professores, com o desenvolvimento pessoal, sociológico de professores e outros, como vários estudos o demonstram. Necessariamente de forma incipiente, no âmbito deste trabalho, procuramos ainda reflectir sobre uma outra faceta do conceito: a ligação com uma outra expressão igualmente abrangente como é a de Desenvolvimento Curricular, que, por sua vez, decorre do universo polissémico daquilo que entendemos por Currículo.