Escola Superior de Saúde
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Browsing Escola Superior de Saúde by Subject "Abortamento espontâneo"
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- Abortamento espontâneo – um estudo epidemiológicoPublication . Borges, Amandina; Correia, Teresa I.G.As mulheres em idade fértil estão em risco de problemas relacionados com a gestação, os quais englobam o abortamento espontâneo. Objetivo: O objetivo deste estudo é descrever o perfil epidemiológico de mulheres hospitalizadas por abortamento espontâneo, numa Unidade de Saúde do Nordeste de Portugal. Metodologia: Estudo observacional analítico retrospetivo, no período de 2010 a 2012, com uma amostra inicial de 165 mulheres resultando para análise final 122, após aplicação de critérios de inclusão, conseguida na base de dados do Sistema Informático Hospitalar. Foi definido como critério de inclusão todas as mulheres com o diagnóstico de abortamento espontâneo até 22 semanas e/ou feto pesando menos que 500 gr, registado no processo clinico e diagnosticado pelo médico e como critérios de exclusão: registo incompleto de dados, outro motivo de internamento e ausência de processo clínico. A informação foi obtida pela análise dos processos clínicos, nos dias úteis, entre as 9:00 e 17:00 horas, no mês de janeiro e fevereiro de 2013, no serviço de arquivo da instituição. Sucedeu-se a compilação dos dados para um guião, depois foram informatizados e tratados no programa SPSS. Foi obtido parecer favorável da Comissão de Ética. Resultados: A prevalência do abortamento aumenta com a idade das mulheres, incide nas urbanas (64,8%), casadas (75,4%), com escolaridade até ao 12º ano (68,9%), profissão remunerada (61,5%), com filhos (53,3%), sem abortamentos anteriores (75,4%), gestação inferior a 12 semanas (66,4%), fumadoras (21,3%), aceitando a gravidez (94,3%) e permanecem hospitalizadas um dia (86%). Quanto à forma clínica de abortamento, predominou a incompleta em 74% das mulheres. Mulheres com idade igual ou superior a 35 anos (OR=4,5; IC: 1,886-10,737; p=0,001), com mais de um filho (OR= 4,9761, IC: 859-13,318; p=0,001) e que foram submetidas a procedimento medicamentoso (OR= 5,371; IC95%: 1,582-18,242; p= 0,007) apresentam um risco de abortamento cerca de 5 vezes superior em relação às mulheres que não apresentam estas caraterísticas. Conclusões: A prevalência de abortamentos espontâneos das mulheres desta unidade de saúde sofreu variações nestes três anos. Mulheres mais velhas, com menor escolaridade, com mais de um filho e com recurso a procedimento medicamentoso são as que mais abortam.
- Orientações de enfermagem face ao abortamento espontâneoPublication . Borges, Amandina; Correia, Teresa I.G.A educação em saúde constitui-se como parte integrante na assistência à mulher que vivencia uma situação de abortamento espontâneo. Identificar as orientações de Enfermagem fornecidas às mulheres hospitalizadas por abortamento espontâneo, numa Unidade de Saúde do Norte de Portugal. Metodologia: Realizou-se estudo observacional analítico retrospetivo, no período de 2010 a 2012, com amostra inicial de 165 mulheres resultando para análise final 122, após aplicação de critérios de inclusão, conseguida na base de dados do Sistema Informático Hospitalar. A informação foi obtida pela análise dos processos clínicos, feita compilação dos dados para um guião, sustentado na colheita de dados e registos contidos nas notas de enfermagem, depois foram informatizados e tratados no programa SPSS. Foi obtido parecer favorável da Comissão de Ética. Resultados: A prevalência dos abortamentos espontâneos, segundo o ano de análise, sofreu variação, com maior predomínio para o ano de 2011 (43,4%), aumentou com a idade das mulheres, recaiu nas urbanas (64,8%), casadas (75,4%), com escolaridade até ao 12º ano (68,9%), profissão remunerada (61,5%), com filhos (53,3%), sem abortamentos anteriores (75,4%), apresentou-se na forma incompleta (73,8%), com permanência hospitalar de um dia (86,1%) e com ausência de orientações de Enfermagem (83%). Verificou-se associação estatisticamente significativa entre o tempo de permanência hospitalar e as orientações de Enfermagem, sendo que as mulheres que permanecerem mais de um dia internadas receberam mais orientações de Enfermagem. O acesso à educação em saúde sexual e reprodutiva, sobretudo, para mulheres mais velhas, com menor escolaridade e com mais de um filho, torna-se premente. O tempo de permanência hospitalar parece ser insuficiente para a realização de orientações de Enfermagem, podendo comprometer a qualidade de atenção às mulheres.
- Perfil das mulheres que sofreram abortamento espontâneoPublication . Borges, Amandina; Correia, Teresa I.G.; Abrantes, AdelaideA questão de saúde sexual e reprodutiva da mulher é uma preocupação de Saúde Pública, considerando-se saúde reprodutiva como um estado de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade, em todos os aspetos relacionados com o sistema reprodutivo, suas funções e processos, implicando usufruto de uma vida sexual satisfatória e segura e decidir se, quando e com que frequência têm filhos, constituindo um desafio para os profissionais. O abortamento espontâneo é identificado clinicamente em ¼ das mulheres, tendo uma ocorrência de uma em cada sete das gestações, nas primeiras 12 semanas.Identificar o perfil sócio-demográfico e obstétrico das mulheres hospitalizadas por abortamento espontâneo. Estudo epidemiológico de corte transversal retrospetivo, de 165 mulheres no período de 2010-2012, registadas com diagnóstico de abortamento espontâneo, na base de dados do Sistema Informático Hospitalar, internadas numa Unidade de Saúde do Norte de Portugal. A amostra final ficou constituída por 122 mulheres, após aplicação dos critérios de exclusão, registos incompletos (10,3%), outro diagnóstico (14,5%) e falta do processo clinico (0,6%). Quanto à recolha de informação, os dados relativos à ocorrência de abortamentos nos três anos definidos, foram colhidos pelas investigadoras, tendo como suporte um guia, sobre as variáveis a analisar. Esta recolha foi realizada nos dias úteis, entre 9 e 17 horas, durante os meses de janeiro e fevereiro de 2013, no serviço de arquivo da instituição. A informação recolhida foi analisada com a metodologia estatística usual, após a sua informatização, com recurso ao programa SPSS. Foi obtido parecer positivo da Comissão de Ética e autorização da instituição para desenvolvimento da investigação, garantido o anonimato e confidencialidade dos dados. O total de abortamentos ao longo do período avaliado foi de 122, com a seguinte distribuição: no ano 2010 foi de 49, em 2011 foi de 53 e em 2012 foi de 20. Os dados revelaram que 75,4% das mulheres eram casadas e que a maior frequência do abortamento foi em primigestas com 41,8%, em mulheres com atividade remunerada, 61,5% e sem história de abortamento 75,4%. A aceitação da gravidez constatou-se em 94,3%. Relativamente à idade gestacional houve predominância (66,4%) do abortamento abaixo das 12 semanas. Do total de mulheres, 26,2% passaram pela forma completa de expulsão do produto de conceção, no entanto, nas restantes isso não aconteceu e necessitaram de intervenção cirúrgica, curetagem 31,1% e AMIU 13,1%. De salientar que, 89,3% das mulheres não tiveram complicações pós-aborto, verificando-se nas restantes, infeções em 6,6% e hemorragia com 4,1%. A permanência hospitalar de um dia verificou-se em 86,1% e a ausência de orientações esteve evidente em 83% dos registos das mulheres. O perfil sócio-demografico e reprodutivo das mulheres com abortamento internadas no serviço parece não ser diferente do da população geral. A evidência permite a implementação de ações de educação relativamente ao abortamento quer no âmbito institucional quer noutros contextos.