Browsing by Author "Tipewa, Nelson"
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- Efeito de datas de sementeira e doses de azoto em colza cultivada em sequeiroPublication . Tipewa, Nelson; Arrobas, Margarida; Rodrigues, M.A.A colza tem sido uma cultura em forte expansão em vastas regiões do globo. Portugal não tem tradição no cultivo da colza. Contudo, atendendo aos preços bastante favoráveis do grão, tem começado a ser cultivada em regadio no sul do país. Na região mediterrânica, a colza é uma cultura de outono-inverno, apresentando, contudo, os estados fenológicos até à floração bastante avançados relativamente aos cereais de inverno, o que lhe dá uma vantagem considerável se cultivada em sequeiro. Em Trás-os-Montes, onde não há infraestruturas de regadio, a colza tem vindo a ser ensaiada com resultados promissores e tem sido proposta aos produtores como cultura de sequeiro, embora até ao presente sem êxito. Neste trabalho reportam-se resultados de mais uma experiência em que se ensaiaram datas de sementeira em fatorial com doses de adubação azotada. As sementeiras foram efetuadas em 25 de setembro, 16 de outubro e 14 de novembro. As doses de azoto foram (fundo + cobertura): 150 (25 + 125) kg ha-1; 100 (25 + 75) kg ha-1; 50 (25 + 25) kg ha-1, e testemunha, sem fertilização azotada. A experiência produziu resultados inequívocos, tendo sido registadas as produções de 6190, 2749 e 1227 kg ha-1, respetivamente nas datas de sementeira de 25 setembro, 16 outubro e 14 novembro, para a dose de azoto mais elevada. Doses crescentes de azoto melhoraram a produção em todas as datas de sementeira. Em 20 de fevereiro, no fim da fase roseta, a diferença de matéria seca (MS) acumulada nas plantas da sementeira precoce era já abismal comparada com a das sementeiras tardias (4769, 282 e 16 kg MS ha-1 na sequência cronológica das datas de sementeira). Esta diferença nunca mais foi recuperada nas fases reprodutivas mesmo nas modalidades com doses de azoto elevadas. Assim, em sequeiro uma sementeira precoce parece ser uma estratégia determinante na viabilidade económica da cultura.
- Estudos com inoculação e densidades de sementeira em soja no interior norte de PortugalPublication . Viegas, Rosalino; Arrobas, Margarida; Tipewa, Nelson; Rodrigues, M.A.Os sistemas de agricultura arvense nacionais não têm incluído leguminosas sobretudo pela baixa competitividade económica destas plantas nas conjunturas recentes. As vantagens da inclusão de leguminosas seriam inegáveis, não só pela promoção da fertilidade do solo mas genericamente pelo incremento da sustentabilidade dos agroecossistemas. A soja afigura-se como uma cultura promissora tendo em conta o sucesso que tem tido em vastas regiões do globo. Contudo, na região mediterrânica terá de ser cultivada em regadio, tendo de competir com outras culturas instaladas. Em Trás-os-Montes há um grupo de produtores pecuários muito interessados na soja, que vêm a cultura como uma forma de aliviar os custos com a aquisição das rações. Neste trabalho reportam-se os resultados de ensaios com a cultura da soja decorridos na região de Bragança. Uma linha de trabalho consistiu em ensaiar a resposta da planta à inoculação com rizóbios específicos. Em campo foi instalado um ensaio com e sem inoculação. Em uma segunda experiência em vasos ensaiou-se o efeito da inoculação das sementes e do suplemento com fertilizante azotado em cobertura em quatro modalidades: sementes inoculadas e aplicação de azoto; sementes inoculadas e sem aplicação de azoto; sementes não inoculadas e aplicação de azoto; e sementes não inoculadas e sem aplicação de azoto. Foi utilizada uma variedade de hilo branco recomendada para o território nacional, de ciclo curto e crescimento determinado (PR91M10). Numa segunda linha de trabalho ensaiaram-se quatro densidades de sementeira (33, 25, 20 e 13 sementes m-2). Nesta experiência utilizou-se uma variedade de ciclo longo e crescimento indeterminado proveniente de Angola (Tabarana). A soja de ciclo curto cumpriu integralmente o ciclo. Em campo atingiram-se 2012 e 1627 kg/ha de grão nos talhões com soja inoculada e não inoculada, respetivamente. A experiência em vasos mostrou melhores resultados com sementes inoculadas e com aplicação de azoto em cobertura. O ensaio das densidades não foi integralmente concluído. A Tabarana não completou o ciclo, tendo sido destruída pelo frio no mês de novembro no início da formação da vagem. Os resultados avaliados pela produção de biomassa na parte aérea da planta mostraram uma redução de produtividade contínua da maior densidade para a densidade mais baixa. Contudo, não é possível saber se o resultado se manteria se a planta atingisse a maturação completa do grão. O cultivo de soja em Trás-os-Montes em regadio parece ser possível desde que com variedades com ciclo cultural ajustado à duração da estação de crescimento.
- Perda de produtividade da colza à medida que se atrasa a data de sementeira em condições mediterrânicasPublication . Rodrigues, M.A.; Tipewa, Nelson; Afonso, Sandra; Almeida, Arlindo; Arrobas, MargaridaA área de colza aumentou rapidamente nas últimas décadas e as áreas cultivadas expandiram-se para latitudes mais baixas devido ao elevado valor da semente. Neste trabalho avaliou-se o efeito da data de sementeira e da adubação azotada sobre a produtividade a eficiência do uso N da colza em ambiente mediterrânico durante três anos consecutivos. A experiência foi organizada na forma de parcelas divididas (split-plot), em que a data de sementeira foi incluída como parcela principal (main-plot) a dose de azoto (N) como sub parcela (sub-plot). A colza recuperou na biomassa aérea 128 a 212 kg N ha-1 antes da aplicação da aplicação da adubação de cobertura no final do inverno, se semeado até a última semana de setembro, o que nessas condições a torna numa excelente cultura de cobertura (catch crop). A produção de semente esteve muito dependente da data da sementeira, variando de 3,4 a 6,2 Mg ha-1 na primeira data de sementeira, em setembro, e de 0,3 a 1,0 Mg ha-1 na última data de sementeira em novembro. A perda diária de produção de sementes para sementeiras de meados de setembro a meados de novembro foi de 68,9 kg ha-1 (482,3 kg ha-1 por semana) ou 1,53% (10,7% por semana). A dose de N aumentou significativamente a produção de sementes em cada data de sementeira, mas não permitiu que as plantas das sementeiras tardias recuperassem os níveis de produtividade das sementeiras precoces. A colza apresentou elevada capacidade de recuperação de N na colheita, com valores de N na biomassa aérea superiores à quantidade de nutriente aplicado com fertilizante. Após a colheita, fica um importante resíduo rico em N no solo que pode beneficiar as culturas que se seguem na rotação. Os índices estimados de eficiência de uso de N (recuperação aparente de N e eficiência agronómica) foram altamente dependentes das condições de crescimento em particular na data da sementeira. A partir deste estudo parece evidente que em condições Mediterrânicas semear o mais cedo possível, tendo por referência as primeiras chuvas de outono, parece ser uma regra fundamental para cultivar colza.
- Produtividade de colza, girassol e soja em situações culturais diversas: variedades, datas de sementeira e adubação azotadaPublication . Tipewa, Nelson; Rodrigues, M.A.; Arrobas, MargaridaO cultivo de plantas oleaginosas tem aumentando extraordinariamente um pouco por todo o mundo. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes aspetos culturais no comportamento da colza, girassol e soja em ensaios de campo. Os ensaios decorreram de setembro de 2015 a outubro de 2016 em Bragança (Portugal). No ensaio da colza avaliou-se a resposta da cultura em três datas de sementeiras (25/09/2015, 16/10/2015 e 14/11/2015) e quatro modalidades de fertilização azotadas (fundo+cobertura: 25+125 kg N ha-1; 25+75 kg N ha-1; 25+25 kg N ha-1 e testemunha, sem aplicação de azoto). O ensaio foi conduzido em regime de sequeiro. No ensaio de girassol avaliaram-se alguns parâmetros morfológicos e a produtividade de seis variedades híbridas, cinco das quais recomendadas para o território português (Kiara, P63HH79, Oleko, Fortini e Mooelli) e uma para o território angolano (Chitra), quando cultivadas em duas densidades 40 000 (D4) e 60 000 (D6) plantas/ha também em regime de sequeiro. No ensaio da soja avaliou-se a produção de biomassa de uma variedade recomendada para o território angolano (Tabarana), quando cultivada em quatro densidades (133333, 200000, 250000 e 333333 plantas/ha) em regime de regadio. Na colza, as diferentes datas de sementeiras revelaram diferenças significativas na produção de biomassa e no azoto exportado avaliados em três colheitas na fase vegetativa. A adubação azotada efetuada em fundo (antes da sementeira) não originou diferenças significativas na produção de biomassa e azoto exportado na primeira e na segunda colheita efetuadas na fase vegetativa antes da adubação de cobertura. Na terceira colheita efetuada após a adubação de cobertura, já foram registadas diferenças significativas entre os tratamentos fertilizantes. Na colheita, as diferentes datas de sementeiras revelaram diferenças significativas na produção de biomassa (na palha e no grão) e no azoto exportado. Quanto mais precoce a sementeira maior foi a produção e o azoto exportado. A adubação azotada também originou diferenças significativas entre tratamentos, tendo a produção aumentado até à dose de 100 kg N ha-1. A produção de grão atingiu 6000 kg ha-1 na modalidade mais produtiva. Os resultados mostraram de forma inequívoca grandes vantagens na sementeira precoce, devendo, se possível, ser efetuada ainda em setembro nesta região. A planta respondeu também a doses moderadas de azoto. 2 No girassol, os diferentes híbridos revelaram características morfológicas distintas relativamente à altura, diâmetro do caule e diâmetro do capítulo. Estes parâmetros variaram também de forma significativa em função da densidade de plantação. As plantas cultivadas na densidade D4 apresentaram-se mais vigorosas, sendo significativamente mais altas, com maior diâmetro do caule e do capítulo e maior produção de grão por planta. Na densidade D4 a produção por unidade de área tendeu a ser superior relativamente a D6. Foi estabelecida uma relação linear significativa nos diferentes parâmetros de vigor entre si e entre estes e a produção de grão por planta. De notar que entre o diâmetro do caule e a produção de grão por planta foi estabelecida uma relação linear significativa com R2=0,79. A variedade mais produtiva foi a Kiara, com 2886 kg/ha. Na soja as diferentes densidades de sementeiras não originaram diferenças significativas na produção de biomassa, concentração de azoto na planta e azoto exportado, embora estes parâmetros tenham aumentado de forma consistente com a densidade de sementeira, sugerindo o resultado que será possível obter melhores produções com a densidade mais elevadas (33,3 plantas m-2). Contudo, as plantas não terminaram o ciclo, não sendo possível registar a produção de grão. Nesta região o cultivo de soja terá de estar baseado em variedades de ciclo mais curto.
- Quantification of loss in oilseed rape yield caused by delayed sowing date in a Mediterranean environmentPublication . Rodrigues, M.A.; Afonso, Sandra; Tipewa, Nelson; Almeida, Arlindo; Arrobas, MargaridaRapeseed acreage has been increasing fast in the last few decades and cultivated areas have expanded into lower latitudes because of the high value of its seed. This work evaluates the effect of date of sowing and nitrogen (N) fertilization on crop productivity and N use efficiency in a Mediterranean environment. The experiment was arranged in a split-plot design with the dates of sowing as the main-plots and N rates the sub-plots. Rapeseed recovered 128 to 212 kg N hm-2 before top-dress N application in late winter if sown before the last week of September. Seed yield was very dependent on the date of sowing, varying from 3.4 to 6.2 Mg hm-2 on the first sowing date in September to 0.3 to 1.0 Mg hm-2 on the last sowing date in November. The daily loss in seed production was 68.9 kg hm-2 (or 482.3 kg hm-2 per week) or 1.53 % (or 10.7 % per week). N rate significantly increased seed yield within each sowing date but did not allow late-sowed plants to regain the productivity levels of those sown earlier. Apparent N recovery and agronomic N efficiency were particularly dependent on the growing conditions associated to different sowing dates.
- Resposta de seis variedades de girassol semeadas em duas densidades de sementeira cultivadas em sequeiro no Nordeste de PortugalPublication . Tipewa, Nelson; Arrobas, Margarida; Rodrigues, M.A.O sistema cerealífero necessita de diversidade de culturas. Sem este requisito está em causa a sustentabilidade por desequilíbrios fitossanitários e redução de fertilidade do solo. O girassol, que chegou a entusiasmar o interior do país na década de 1960, é hoje uma cultura marginal ainda que com um ligeiro ressurgimento recente associado aos regadios do sul. O sistema cerealífero transmontano não tem tradição no cultivo de girassol. Contudo, também ele necessita de mais culturas para incluir na rotação. Em Trás-os-Montes a hipótese de regadio não pode ser colocada, devido à completa inexistência deste tipo de infraestruturas. Neste trabalho reportam-se resultados de um ensaio de girassol conduzido em sequeiro em que foram utilizadas seis cultivares, cinco em circulação no mercado Nacional português (Kiara, P63HH79, Oleko, Fortini e Mooelli) e uma proveniente do mercado de Angola (Chitra) combinadas num fatorial com duas densidades de sementeira (4 e 6 plantas m-2). A instalação do ensaio ocorreu em 4 de maio de 2016. O solo onde se instalou o ensaio é um Cambissolo êutrico, com pH 6,5 e teor de matéria orgânica de 1,5%. A adubação foi feita integralmente em fundo seguindo a recomendação de fertilização de um laboratório. As produções de semente variaram entre 1845 e 2886 kg ha-1. A variedade Kiara mostrou-se particularmente adaptada a estas condições de cultivo, tendo sido a que atingiu 2886 kg ha-1, na densidade de 4 plantas m-2. Em todas as variedades foram registadas maiores produções com a densidade de 4 plantas ha-1. As produções obtidas foram bastante interessantes tendo em conta as médias nacionais de produção de girassol. A primavera de 2016 foi particularmente favorável, com precipitação muito abundante nos meses de abril e maio. As plantas atingiram elevada exuberância vegetativa antes do stresse estival se ter manifestado de forma mais severa. A elevada tolerância do girassol ao stresse hídrico e a radiação e temperaturas elevadas terá permitido a translocação dos fotoassimilados para o grão, tendo originado produções muito aceitáveis. Estes resultados mostraram que não deve ser descartada a possibilidade de se cultivar girassol em Trás-os-Montes, embora se deva admitir que produtividades deste nível sejam difíceis de repetir.