Browsing by Author "Raimundo, Ana Filipa Domingues"
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- Avaliação das aprendizagens: conceções de alunos do ensino básico sobre seus significadosPublication . Bittencourt, Guilherme; Castanheira, Luis; Perdigão, Patrícia; Pinto, Rosana Cristiana Almeida; Cipriano, Luís; Raimundo, Ana Filipa DominguesA despeito de sua riqueza e complexidade, a avaliação das aprendizagens é, frequentemente, reduzida a um instrumento de caráter estritamente punitivo e classificatório, de modo que as suas dimensões diagnóstica e formativa são desprezadas e os seus aspetos sumativos são supervalorizados. Nesse contexto, os autores desse trabalho foram incitados a realizar uma pesquisa, de natureza qualitativa, cujo objetivo era refletir sobre a seguinte questão: Quais são as conceções de alunos dos 1.o e 2.o Ciclos do Ensino Básico (CEB) de uma escola da cidade de Bragança a respeito do papel da avaliação no processo de ensino e aprendizagem? Assim, um questionário com sete questões - quatro dissertativas e três de múltipla escolha - foi elaborado e aplicado a vinte alunos do 1o CEB e a dezoito alunos do 2.o CEB de uma escola da cidade de Bragança, cujo nome não será apresentado por razões éticas. Para a intepretação das respostas obtidas, utilizou-se a análise de conteúdo e a análise estatística descritiva. Verificou-se que, apesar dos alunos, em certa medida, vislumbrarem atribuições formativas na avaliação, não reconhecem a sua função diagnóstica. Mostraram-se notavelmente predominantes perceções que enfocam o papel sumativo da avaliação, concebendo-a como uma ferramenta de verificação de conhecimentos, atribuição de notas e classificação dos alunos. Pôde-se verificar que os alunos são avaliados de diversas maneiras, por meio de: testes, trabalhos individuais, trabalhos em grupo, atitudes e valores. Notou-se que, diante de testes de avaliação, a maior parte dos alunos manifesta ansiedade e nervosismo. Este facto reflete a conceção punitiva que têm a respeito da avaliação. Constatou-se que procurar estudar mais e ficar mais atento nas aulas são as medidas que, em geral, os alunos tomam para obterem melhores resultados nas avaliações. O presente trabalho, portanto, promove reflexões sobre os processos avaliativos vivenciados por alunos do Ensino Básico e, nesse sentido, contribui para que docentes e discentes de cursos de formação de professores pensem a respeito do papel desempenhado pela avaliação no contexto do Ensino Básico, procurando adequá-la de modo a que as suas dimensões diagnóstica e formativa não sejam perdidas de vista.
- Prática de Ensino Supervisionada – O livro de Literatura para a Infância como suporte didático-pedagógico para a prática docentePublication . Raimundo, Ana Filipa Domingues; Mesquita, ElzaO presente relatório de estágio foi elaborado no âmbito da unidade curricular da Prática de Ensino Supervisionada (PES), inserida no Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Bragança. A PES foi iniciada em contexto de Creche, com um grupo de dezoito crianças de dois anos de idade. Prosseguimos para o contexto de Educação Pré-Escolar (EPE), com um grupo de dezanove crianças de três anos de idade. Por fim, terminamos o nosso percurso no 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB), com um grupo de vinte e seis crianças do 4.º ano de escolaridade, com nove e dez anos de idade. Todos os contextos foram realizados na zona urbana da cidade de Bragança. Com a elaboração deste documento pretendemos apresentar as experiências de aprendizagem (EA) que consideramos significativas e representativas do trabalho desenvolvido com as crianças ao longo da PES. Neste sentido, torna-se pertinente dar resposta à seguinte questão-problema: em que medida pode o livro de Literatura para a Infância servir como funcionalidade pedagógica, centrada numa abordagem promotora de uma aprendizagem significativa, ativa e transversal? Na tentativa de obter uma resposta adequada, delineamos os seguintes objetivos: (i) Refletir acerca do papel do educador/professor enquanto mediador criança/livro de Literatura para a Infância; (ii) Promover, no quotidiano escolar, momentos (in)formais de apresentação/partilha/troca de ideias sobre livros por parte das crianças; (iii) Potenciar o processo de aprendizagem da linguagem escrita e da leitura a partir de livros de Literatura para a Infância, apresentando sugestões práticas de atividades a realizar nos contextos em estudo (Creche, Educação Pré-Escolar, 1.º Ciclo do Ensino Básico); e (iv) Analisar o contributo da Literatura para a Infância em contexto de Creche, Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico, atendendo às oportunidades didático-pedagógicas que a exploração das obras pode proporcionar no processo de aprendizagem da literacia. De forma a obter informação fidedigna e rigorosa para a nossa investigação tivemos a necessidade de selecionar um conjunto de técnicas e instrumentos de recolha de dados. A técnica escolhida foi a observação participante e os instrumentos de recolha de dados foram as notas de campo, registos fotográficos e as grelhas de análise sustentadas nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar (OCEPE) e Aprendizagens Essenciais (AE) da área curricular de Português, homologadas para o 4.º ano de escolaridade. Recorrendo às orientações supracitadas, reunimos um conjunto de estratégias que foram adotadas posteriormente pelas estagiárias envolvidas, tendo sempre presente o bem-estar e desenvolvimento de competências nas crianças. Pese embora o objetivo destas estratégias culminasse no auxílio da elaboração de planificações, pretendíamos que nos possibilitasse investigar a nossa própria prática pedagógica. Nesse sentido, promovemos diversas atividades baseadas no livro de Literatura para a Infância. Através das estratégias implementadas e das notas de campo que foram sendo recolhidas nas observações efetuadas, foi possível identificar dificuldades individuais ou de grupo. A partir daqui, pudemos fornecer o apoio necessário à progressão das crianças, alterando as estratégias de ensino sempre que necessário. De modo a organizar as atividades e auxiliar na elaboração da planificação recorremos aos documentos oficiais que regem cada um dos níveis educativos, nomeadamente as OCEPE, as Metas de Aprendizagem para a Educação Pré-escolar e as Brochuras de Operacionalização das OCEPE. Relativamente ao 1.º CEB recorremos ao Programa do 1.º Ciclo do Ensino Básico e às Metas Curriculares para o 1.º Ciclo do Ensino Básico, para além das Aprendizagens Essenciais. A apresentação das EA apresentadas traduz-se num processo descritivo, interpretativo e reflexivo, enquadrando-se numa abordagem qualitativa.