Browsing by Author "Martins, Andreia Fernandes Familiar"
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- Materiais educacionais acessíveis – tradução para linguagem fácil e validação de folheto informativo de apoio à reabilitação respiratóriaPublication . Martins, Andreia Fernandes Familiar; Mendes, Eugénia; Martins, CláudiaEm Portugal a literacia em saúde é particularmente baixa em faixas específicas da população nomeadamente nas pessoas com baixa escolaridade e, dentro destas, nas pessoas com deficiência e incapacidade intelectual/cognitiva. A esta população, com evidentes dificuldades em aceder e compreender informações complexas, juntam-se as pessoas cuja língua materna não é o português como é o caso da população migrante. Torna-se, portanto, imperioso que toda a informação lhes seja fornecida de forma acessível. Os Enfermeiros de Reabilitação no âmbito do exercício na comunidade confrontam-se, muitas vezes, com esta realidade. Os materiais educacionais acessíveis são fundamentais para garantir a eficácia da componente educacional dos programas de reabilitação e pode assegurar a sua realização autónoma no domicílio. Objetivos: Traduzir para linguagem fácil um folheto informativo de apoio à Reabilitação Respiratória. Validar essa tradução em três grupos específicos. Metodologia: Utilizou-se uma metodologia de tradução e validação por rondas com recurso a um painel de consultores, selecionado por conveniência, que incluiu pessoas com deficiência e incapacidade intelectual/cognitiva, pessoas cuja língua materna não é o português e pessoas com baixa escolaridade. Foi, ainda, usado o software de Análise de Legibilidade Textual disponível online. Resultados: O painel de consultores foi constituído por 27 pessoas com média de idade de 35,6 anos. Relativamente à escolaridade, as pessoas cuja língua materna não é o português frequentavam o 1o ano do ensino superior, as pessoas com baixa escolaridade frequentam o 2o ciclo no ensino profissional e as pessoas com deficiência e incapacidade intelectual/cognitiva variam entre 1o ciclo (2), 2o ciclo (2) e ensino secundário (1). Nas sucessivas rondas verificou-se a necessidade de introduzir a explicação de palavras complexas que não podem ser substituídas nem retiradas como por exemplo termos técnicos, de reduzir frases longas, usar palavras mais simples e de usar um registo de língua informal para o leitor. Foram ainda substituídos os desenhos dos exercícios por fotografias da sequência dos movimentos. Da versão original para a final a análise da legibilidade textual baixou de nível 14 ‒ Média legibilidade, Dificuldade média, para nível 9 ‒ Alta legibilidade, Texto simples. Conclusões: Envolver as pessoas nos processos de criação de materiais educacionais acessíveis é reconhecido como boas práticas na promoção da Literacia em Saúde. Esta estratégia permitiu identificar as reais dificuldades e necessidades das pessoas a que a informação se destina. A componente educacional dos programas de enfermagem de reabilitação deve incluir toda a informação necessária de forma acessível tendo em consideração a população-alvo dos cuidados de Enfermagem de Reabilitação.